• O tempo de sono está associado à força de preensão manual em adolescentes da Coorte de São Luís de 1997/1998? Free Themes

    Confortin, Susana Cararo; Batista, Rosângela Fernandes Lucena; Barbosa, Aline Rodrigues; Wendt, Andrea; Crochemore-Silva, Inácio; Alves, Maria Teresa Seabra Soares de Britto e; Simões, Vanda Maria Ferreira; Silva, Antônio Augusto Moura da

    Resumo em Português:

    Resumo O objetivo deste artigo é analisar a associação entre tempo de sono e força de preensão manual em adolescentes da Coorte de Nascimentos de São Luís 1997/1998. Estudo transversal aninhado a um estudo de coorte de nascimentos. Mil duzentos e sessenta e nove indivíduos (18 e 19 anos) usaram um acelerômetro Actigraph® GTX3 + em seu pulso 24 horas/dia por sete dias consecutivos. A força de preensão manual foi medida por meio de um dinamômetro digital de mão. Usou-se gráficos acíclicos direcionados (DAG) para identificar variáveis de confusão. A amostra de adolescentes foi composta em sua maioria por homens, de cor da pele parda, classe econômica C, que não trabalhava, não consumiam álcool, não fumavam e nunca usaram drogas. O valor médio da força de preensão manual foi de 28,2 (±9,3) kgf, e a média do tempo de sono foi de seis (±1,0) horas por dia. A análise bruta mostrou associação entre tempo de sono e força muscular. O aumento de uma hora de sono reduziu a força de preensão manual em 1,95 kgf (IC95%:-2,51;-1,39). No entanto, após o ajuste para fatores de confusão, a associação não foi mantida (β:-0,07; IC95%:-0,48;0,36). O tempo de sono não foi associado à força de preensão manual em adolescentes de São Luís.

    Resumo em Inglês:

    Abstract This article aims to analyze the association between sleep time and handgrip strength in adolescents belonging to the 1997/1998 São Luís Birth Cohort. This was a cross-sectional study nested in a birth cohort study. One thousand two hundred sixty-nine individuals (18 and 19 years) wore an Actigraph® GTX3+ accelerometer on their wrist 24 hr/day for 7 consecutive days. Handgrip strength was measured using a digital hand dynamometer. We used directed acyclic graphs (DAG) to identify confounding variables. This sample of adolescents was mostly composed of men, with brown skin color, economic class C, which did not work, did not consume alcohol, did not smoke, and never used drugs. The mean value of handgrip strength was 28.2 (±9.3) kgf, and the mean of sleep time was 6 (±1.0) hours per day. The crude analysis showed an association between sleep time and muscle strength. An increase of one hour of sleep reduced the handgrip strength by 1.95 kgf (95%CI:-2.51;-1.39). However, after adjustment for confounders, the association was not maintained (β:-0.07; 95%CI:-0.48;0.36). Sleep time is not associated with handgrip strength in adolescents in São Luís.
  • Associação entre baixo nível de atividade física e limitação de mobilidade em idoso: evidência do estudo SABE Free Themes

    Gomes, Igor Conterato; Oliveira Neto, Leônidas de; Tavares, Vagner Deuel de Oliveira; Duarte, Yeda Aparecida de Oliveira

    Resumo em Português:

    Resumo Vários estudos são limitados por meio da verificação do nível de atividade física com questionários, mas não possuem medidas objetivas em adultos mais velhos. O objetivo deste artigo é analisar a associação entre um baixo nível de atividade física e limitação de mobilidade em idosos. Um estudo transversal de base populacional realizado com 543 idosos. A análise múltipla da regressão foi realizada usando a análise hierárquica, agrupando as variáveis em dois blocos ordenados de acordo com a precedência com que atuaram sobre os resultados. Entre os idosos avaliados, 13,7% apresentaram limitações de mobilidade e entre estes 60,39% estavam no baixo nível de atividade física. Idosos com um baixo nível de atividade física (OR = 3,49 [2,0 - 6,13]), com idade igual ou superior a 75 anos (OR = 1,97 [1,03 - 3,72]), vivendo sem parceiro (OR = 2,01 [1,09 - 3,68]), dificuldade de viver sem um parceiro (OR = 2,01 [1,09 - 3,68]), dificuldades com atividades básicas (OR = 2,49 [1,45 - 4,28]) e as atividades instrumentais (OR = 2.28) [1.18 - 4.36]) atividades da vida do dia a dia e multimobilidade (OR = 2,06 [1,04 - 4,08]) foram associadas independentemente à mobilidade. Um baixo nível de atividade física aumenta a possibilidade de limitação da mobilidade em adultos idosos, independentemente das variáveis sociodemográficas e clínicas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Several studies are limited by verifying the level of physical activity with questionnaires and not through objective measurement in older adults. This article aims to analyze the association between a low level of physical activity with accelerometry) and mobility limitation in older adults. A population-based cross-sectional study conducted with 543 older adults. Multiple regression analysis was performed using hierarchical analysis, grouping the variables into two blocks ordered according to the precedence with which they acted on the outcomes. Among the evaluated older adults, 13.7% presented mobility limitations and among these 60.39% were in the low level of physical activity group. Older adults with a low level of physical activity (OR = 3.49 [2.0 - 6.13]), aged 75 and over (OR = 1.97 [1.03 - 3.72]), living without a partner (OR = 2.01 [1.09 - 3.68]), having difficulty performing basic (OR = 2.49 [1.45 - 4.28]) and instrumental (OR = 2.28) [1.18 - 4.36]) activities of daily life, and multimorbidity (OR = 2.06 [1.04 - 4.08]) were independently associated with mobility limitation. A low level of physical activity increases the chance of mobility limitation in older adults, regardless of sociodemographic and clinical variables.
  • Noticiando pré-prints sobre a COVID-19: a ciência rápida em jornais dos Estados Unidos, Reino Unido e Brasil Free Themes

    Massarani, Luisa; Neves, Luiz Felipe Fernandes

    Resumo em Português:

    Resumo A pandemia COVID-19 acelerou o ritmo da ciência. Muitos dados científicos são publicados em repositórios de pré-print, antes da revisão por pares, o que levanta questionamentos sobre a credibilidade das informações ainda não validadas por outros cientistas. Analisamos 76 matérias publicadas de janeiro a julho de 2020 por três jornais (The New York Times - EUA, The Guardian - Reino Unido e Folha de S. Paulo - Brasil), que tiveram como tema estudos sobre COVID-19 publicados em plataformas de pré-print. O objetivo foi analisar como a mídia cobriu pesquisas não revisadas por pares, em países marcados por discursos conflitantes motivados pelo negacionismo de seus governantes. Os resultados mostram que os jornais não fornecem explicações detalhadas sobre o que é uma plataforma de pré-print, como funciona o processo de publicação de resultados de pesquisas e as implicações de um estudo que ainda não foi revisado por pares. A análise também revela como esses veículos foram guiados pela ansiedade gerada por uma doença desconhecida, com foco em pesquisas sobre testes de medicamentos e soroprevalência. O estudo nos leva a refletir sobre os desafios e fragilidades na cobertura de uma ciência rápida e a necessidade de ampliar a compreensão do público sobre os métodos e processos da ciência.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The COVID-19 pandemic accelerated the pace of science. Many scientific data are published on preprint repositories, prior to peer review, which raises questions about the credibility of the information not yet validated by other scientists. We analyzed 76 stories published from January to July 2020 by three newspapers (The New York Times - USA, The Guardian - UK and Folha de S. Paulo - Brazil), having as topic studies on COVID-19 published on preprint platforms. The objective was to analyze how the media covered non-peer-reviewed research, in countries marked by conflicting discourses prompted by the denialist attitude of their government leaders. The results show that the newspapers did not provide a detailed explanation of what a preprint platform is, how the process of publishing research results works, and the implications of a study that has not yet been peer reviewed. The analysis also reveals how these news outlets were guided by the anxiety from an unknown disease, focusing on research on drug trials and seroprevalence. The study leads us to reflect on the challenges and weaknesses of covering fast science and the need to broaden the public’s understanding of the methods and processes of science.
  • Mortalidade por câncer de cólon, pulmão, esôfago, próstata, colo do útero e mama nas capitais brasileiras, 2000-2015: uma análise multinível Free Themes

    Rodrigues, Nádia Cristina Pinheiro; O’Dwyer, Gisele; Andrade, Mônica Kramer de Noronha; Monteiro, Denise Leite Maia; Reis, Inês do Nascimento; Frossard, Vera Cecília; Lino, Valéria Teresa Saraiva

    Resumo em Português:

    Resumo Este estudo teve como objetivo analisar o papel de fatores temporais, geográficos e sociodemográficos na mortalidade por câncer de próstata, mama, colo do útero, cólon, pulmão e esôfago nas capitais brasileiras (2000-2015). Estudo ecológico utilizando informações brasileiras de mortalidade. Modelos de Poisson multinível foram usados para estimar o risco ajustado de mortalidade por câncer. Os níveis de mortalidade foram maiores em homens para câncer de cólon, pulmão e esôfago. As taxas de mortalidade foram mais altas nos idosos. Nossos resultados mostraram risco aumentado de mortalidade por câncer de cólon em ambos os sexos de 2000 a 2015, o que também foi evidenciado para câncer de mama e de pulmão em mulheres. Em ambos os sexos, o maior risco de mortalidade para câncer de pulmão e esôfago foi observado nas capitais do Sul. As capitais do Centro-Oeste, Sul e Sudeste apresentaram o maior risco de mortalidade por câncer de cólon tanto para homens quanto para mulheres. A taxa de mortalidade por câncer de cólon aumentou para ambos os sexos, enquanto a mortalidade por câncer de mama e de pulmão aumentou apenas para as mulheres. A região Norte apresentou a menor taxa de mortalidade por câncer de mama, colo do útero, cólon e esôfago. As regiões Centro-Oeste e Nordeste apresentaram as maiores taxas de mortalidade por câncer de próstata.

    Resumo em Inglês:

    Abstract This study aimed to analyze the role of period, geographic and socio demographic factors in cancer-related mortality by prostate, breast, cervix, colon, lung and esophagus cancer in Brazilians capitals (2000-2015). Ecological study using data of Brazilian Mortality Information. Multilevel Poisson models were used to estimate the adjusted risk of cancer mortality. Mortality rate levels were higher in males for colon, lung and esophageal cancers. Mortality rates were highest in the older. Our results showed an increased risk of colon cancer mortality in both sexes from 2000 to 2015, which was also evidenced for breast and lung cancers in women. In both genders, the highest mortality risk for lung and esophageal cancers was observed in Southern capitals. Midwestern, Southern and Southeastern capitals showed the highest mortality risk for colon cancer both for males and females. Colon cancer mortality rate increased for both genders, while breast and lung cancers mortality increased only for women. The North region showed the lowest mortality rate for breast, cervical, colon and esophageal cancers. The Midwest and Northeast regions showed the highest mortality rates for prostate cancer.
  • Associação entre indicadores de capital social e sintomas depressivos entre estudantes universitários brasileiros Free Themes

    Backhaus, Insa; Borges, Carolina; Baer, Alice de Paula; Monteiro, Luciana Zaranza; Torre, Giuseppe La; Varela, Andrea Ramirez

    Resumo em Português:

    Resumo O estudo investigou a associação entre indicadores de capital social e sintomas depressivos entre estudantes universitários do Brasil. Um estudo transversal foi conduzido com uma amostra de 579 estudantes universitários selecionados randomicamente em 2018. Os estudantes completaram questionários auto-administrados para avaliar sintomas depressivos, indicadores de capital social e comportamentos de estilos de vida. Os dados foram analisados usando modelos de regressão logística multivariada. Indicadores de capital social incluíam confiança, associações em grupos, frequência de encontrar com os amigos, entre outros. Quatro indicadores de capital social se associaram significativamente com relevantes sintomas clínicos de depressão. Estudantes que disseram que as pessoas tendem a tirar mais vantagens umas das outras eram mais propensas a relatar sintomas clínicos relevantes de depressão (OR: 1.80, 95%CI: 1.00 - 3.23), assim como estudantes que relataram que as pessoas não estão dispostas a ajudar caso precise de ajuda (OR: 2.11, 95%CI: 1.02 - 4.36). A autopercepção de estresse, o consumo de álcool e o fumo não se associaram aos sintomas clínicos de depressão. O capital social desempenha um papel importante na explicação dos sintomas depressivos entre os universitários brasileiros. O estudo sugere que promover confiança e aumentar a participação nas redes sociais pode ser uma estratégia importante para a promoção da saúde mental entre os universitários investigados neste estudo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The study aimed to investigate the association between social capital indicators and depressive symptoms among university students from Brazil. The study drew on a sample of 579 randomly selected university students, from a greater crossnational study conducted in 2018. Students completed a self-administered questionnaire assessing depressive symptoms, indicators of social capital and lifestyle behaviors. Data were analyzed using multivariate logistic regression models. Indicators of social capital included trust, group membership and frequency of meeting friends. Four social capital indicators were significantly associated with clinically relevant depressive symptoms. Students who agreed that people are likely to take advantage of one another were more likely to report depressive clinically relevant symptoms (OR: 1.80, 95%CI: 1.00 - 3.23) as well as students who agreed that people are not willing to help in case needed (OR: 2.11, 95%CI: 1.02 - 4.36). Perceived stress, smoking and hazardous alcohol consumption were not associated with clinically relevant depressive symptoms. Social capital plays an important role in explaining depressive symptoms among Brazilian university students. The study suggests that creating trust and enhancing participation in social networks can be an important strategy for promoting mental health among university students investigated in this study.
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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