Atualmente, a sociedade necessita compreender que a longevidade não é algo que ocorrerá no futuro, mas estar preparado para atender as necessidades dessa geração, já idosa. Por esta razão, quanto maior o número de informações, estudos e livros que abordem esse assunto são de grande valia para a coletividade. Deve-se ressaltar que, no Brasil, pouco se escreve sobre a geração de idosos e assim existe a dificuldade de compreender como se deve atender a essa parcela da população que deixa de ser mínima para fazer parte, cada vez mais, de estatísticas de crescimento.

Escrever sobre uma geração que enfrenta sérios problemas, que vão desde um simples acolhimento familiar como um programa de saúde adequado às suas necessidades, são desafios que, aos poucos, parecem ser menores que há dez anos, quando o idoso era visto como um indivíduo que cumpriu seu papel na sociedade e que agora deve “descansar”. O atual idoso sente a cada dia uma necessidade maior de inclusão em todos os âmbitos e a sociedade ainda se depara com a inexperiência em como agir com esse ancião.

Quanto mais o assunto é explorado, mais os profissionais, de todas as áreas, iniciam um processo de compreensão e ajustamento para com esse longevo. Dessa forma, todos os estudos sempre são de grande valia para a sociedade e, principalmente, para o próprio idoso, que é beneficiado nesta sua etapa da vida.

O propósito da recente obra dos autores, que escreveram outros livros sobre segurança do trabalho e meio ambiente, é entender o ciclo de vida do ser humano. Capítulo a capítulo, a obra é dividida desde as fases da vida humana até as questões sociais que ocorrem com os idosos. O livro tem caráter didático e uma linguagem simples, o que pode facilitar a compreensão de pessoas que não tem acesso à informações sobre os idosos, talvez este seja o maior ponto positivo do livro, chega a lembrar livros didáticos escolares do ensino fundamental ou programas de tv voltados para a saúde.

O primeiro capítulo mostra o panorama do ciclo de vida colocando as diversas fases da vida humana. Após essa introdução, o livro continua com o envelhecimento biológico passando pelas alterações dermatológicas, de audição, visão, perda óssea e muscular, respiratórias e orgânicas, tudo de forma elementar. Ao final de cada capítulo, os autores fazem uma recapitulação e a seguir alguns exercícios para melhor fixação do que foi explanado.

Os capítulos posteriores abordam o lazer e a ocupação, fatores psicossociais, que em um ponto demonstra que o isolamento social é um problema constante em nossa sociedade atual, a qual ignora que isso pode ser considerado como “abandono de incapaz”.

A obra também aborda os direitos dos idosos, os próprios e a família, cuidadores, como reduzir as quedas e alimentação. Ao final, a bibliografia consultada e um glossário para a elucidação de possíveis termos desconhecidos do leitor.

Conforme consta na própria contracapa do livro, segundo a própria editora, a leitura é indicada para os seguintes cursos técnicos profissionalizantes nacionais: Agenciamento de viagem, Guia de turismo, Hospedagem, Eventos, Lazer, Estática, Farmácia, Enfermagem, Agente comunitário de saúde, Orientação comunitária e Cuidadores de idosos. Há também uma observação que o livro tem material de apoio ao professor.

A problemática do livro está na referência consultada, a qual poderia ter sido melhor explorada para que os temas fossem mais aprofundados e bem discutidos, permitindo ao professor dar uma amplitude maior nas questões que envolvem os idosos, já que na contracapa a editora indica a obra como livro-texto para a sala de aula. Uma das questões mais abordadas por diversos professores é a falta de aprofundamento de temas, os quais deixariam de ser apenas uma informação para ampliar o assunto de forma mais consistente. Deve-se levar em conta que este livro se destina à construção de um conhecimento técnico profissionalizante com o objetivo de capacitar o aluno para o mercado de trabalho, proporcionando debates para aguçar pesquisas nesta nova geração de profissionais, não apenas de modo informativo, mas sim reflexivo, sendo esta a maior preocupação com relação à educação.

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