Principais manifestações bucais em pacientes pediátricos HIV positivos e o efeito da terapia antirretroviral altamente ativa

Joyce Figueira de Araújo Ana Emília Figueiredo de Oliveira Halinna Larissa Cruz Correia de Carvalho Fábia Regina Vieira de Oliveira Roma Fernanda Ferreira Lopes Sobre os autores

Resumo

Esta revisão integrativa da literatura tem por objetivo identificar as principais lesões bucais que afetam pacientes pediátricos com HIV, bem como descrever o efeito da terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) sobre essas lesões, comparando-a com a terapia antirretroviral (ART). Foi feita uma busca nas bases de dados PubMed e Scielo, seguindo critérios de inclusão e exclusão pré-determinados. Foram selecionados dezenove artigos científicos e extraídas as informações principais sobre prevalência e a frequência das manifestações bucais em pacientes pediátricos HIV positivos e o efeito da terapêutica aplicada. As lesões mais frequentes foram candidíase oral, gengivite, aumento das parótidas e eritema gengival linear. O uso da HAART mostrou diminuir a prevalência das manifestações bucais nos pacientes pediátricos com HIV e ser mais eficaz que a ART. Os achados deste estudo sugerem que a manifestação bucal mais frequente em pacientes pediátricos com HIV é a candidíase oral, seguida de alterações como gengivite e aumento das glândulas parótidas. O uso de HAART parece reduzir a prevalência dessas lesões orais, apresentando resultados mais eficazes que os da ART.

Palavras-chave
Criança; Síndrome de imunodeficiência adquirida; Manifestações bucais; Terapia antirretroviral

Introdução

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS) é uma doença sistêmica ocasionada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que acomete o sistema imunológico do indivíduo e o deixa mais suscetível a outras doenças de origem sistêmica, como por exemplo, as lesões bucais11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372..

Os primeiros casos de AIDS foram relatados em meados da década de 80 e sua transmissão heterossexual tem crescido ao longo do tempo, acometendo um grande número de mulheres na idade fértil e capazes de transmitir o vírus HIV para seus filhos22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61.. Essa transmissão vertical, isto é, de mãe para filho, é considerada o principal fator para o aumento da prevalência da doença nos pacientes pediátricos22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61.44. Glick M. Orofacial disorders in children with HIV disease. Dent Clin N Am 2005; 49(1):259-271. e pode ocorrer durante a gravidez, o parto ou por meio da amamentação55. Leao JC, Ribeiro CM, Carvalho AA, Frezzini C, Porter S. Oral complications of HIV disease. Clinics (Sao Paulo) 2009; 64(5):459-470.,66. Jose R, Chandra S, Puttabuddi JH, Vellappally S, Al Khuraif AA, Halawany HS, Abraham NB, Jacob V, Hashim M. Prevalence of oral and systemic manifestations in pediatric HIV cohorts with and without drug therapy. Curr HIV Res 2013; 11(6):498-505..

Atualmente a infecção pelo HIV atinge mais de 2 milhões de crianças menores de 15 anos no mundo e está associada a inúmeras comorbidades ao longo da vida para essa população66. Jose R, Chandra S, Puttabuddi JH, Vellappally S, Al Khuraif AA, Halawany HS, Abraham NB, Jacob V, Hashim M. Prevalence of oral and systemic manifestations in pediatric HIV cohorts with and without drug therapy. Curr HIV Res 2013; 11(6):498-505.,77. Domaneschi C, Massarente DB, de Freitas RS, Sousa Marques HH, Paula CR, Migliari DA, Antunes JL. Oral colonization by Candida species in AIDS pediatric patients. Oral Dis 2011; 17(4):393-398.. A identificação precoce das manifestações orais que, geralmente, são os primeiros sinais dessa infecção ou de sua progressão nas crianças22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61., pode ajudar na escolha da terapêutica adequada e reduzir a sua morbidade66. Jose R, Chandra S, Puttabuddi JH, Vellappally S, Al Khuraif AA, Halawany HS, Abraham NB, Jacob V, Hashim M. Prevalence of oral and systemic manifestations in pediatric HIV cohorts with and without drug therapy. Curr HIV Res 2013; 11(6):498-505..

Pacientes imunodeprimidos são mais susceptíveis às infecções oportunistas, principalmente aquelas que acometem a cavidade bucal, como é o caso da candidíase oral88. Konstantyner TC, Silva AM, Tanaka LF, Marques HH, Latorre MR. Factors associated with time free of oral candidiasis in children living with HIV/AIDS, São Paulo, Brazil. Cad Saude Publica 2013; 29(11):2197-2207.. Esse problema se agrava em pacientes pediátricos HIV positivo, pois apresentam um sistema imunológico imaturo que os tornam mais propensos à imunossupressão grave e avanço rápido da doença22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61.,66. Jose R, Chandra S, Puttabuddi JH, Vellappally S, Al Khuraif AA, Halawany HS, Abraham NB, Jacob V, Hashim M. Prevalence of oral and systemic manifestations in pediatric HIV cohorts with and without drug therapy. Curr HIV Res 2013; 11(6):498-505..

Algumas manifestações orais em pacientes pediátricos apresentam prevalência distinta dos pacientes adultos99. Miziara ID, Filho BC, Weber R. Oral lesions in Brazilian HIV infected children undergoing HAART. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2006; 70(6):1089-1096.. A prevalência das lesões bucais é, em média, 63%11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.,1010. Sales-Peres SHC, Mapengo MA, Moura-Grec PG, Marsicano JA, Sales-Peres AC, Sales-Peres A. Oral manifestations in HIV+ children in Mozambique. Cien Saude Colet 2012; 17(1):55-60., podendo variar de 20 a 80%1111. Pinheiro RS, França TT, Ribeiro CMB, Leão JC, Souza IPR, Castro GF. Oral manifestations in human immunodeficiency virus infected children in highly active antiretroviral therapy era. J Oral Pathol Med 2009; 38(8):613-622.. Essa variação pode ocorrer de acordo com a região ou país e tipo de tratamento instituído, como o acesso ou não a medicamentos antirretrovirais mais potentes44. Glick M. Orofacial disorders in children with HIV disease. Dent Clin N Am 2005; 49(1):259-271..

A introdução da terapia antirretroviral (ART) no tratamento de pacientes infectados pelo HIV trouxe melhorias na qualidade de vida relacionada à saúde oral desses pacientes, diminuindo a frequência de manifestações orais decorrentes da doença66. Jose R, Chandra S, Puttabuddi JH, Vellappally S, Al Khuraif AA, Halawany HS, Abraham NB, Jacob V, Hashim M. Prevalence of oral and systemic manifestations in pediatric HIV cohorts with and without drug therapy. Curr HIV Res 2013; 11(6):498-505.. Posteriormente, surgiu a terapia de combinação conhecida como terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) que teve resultados mais eficazes, alterando a prevalência de algumas lesões orais decorrentes do HIV, além de reduzir as infecções oportunistas, morbidade e mortalidade em decorrência da melhora na função imune1111. Pinheiro RS, França TT, Ribeiro CMB, Leão JC, Souza IPR, Castro GF. Oral manifestations in human immunodeficiency virus infected children in highly active antiretroviral therapy era. J Oral Pathol Med 2009; 38(8):613-622.,1212. Ponnam SR, Srivastava G, Theruru K. Oral manifestations of human immunodeficiency virus in children: An institutional study at highly active antiretroviral therapy centre in India. J Oral Maxillofac Pathol 2012; 16(2):195-202..

Uma grande variedade de lesões bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV é relatada na literatura, como: candidíase88. Konstantyner TC, Silva AM, Tanaka LF, Marques HH, Latorre MR. Factors associated with time free of oral candidiasis in children living with HIV/AIDS, São Paulo, Brazil. Cad Saude Publica 2013; 29(11):2197-2207.,1010. Sales-Peres SHC, Mapengo MA, Moura-Grec PG, Marsicano JA, Sales-Peres AC, Sales-Peres A. Oral manifestations in HIV+ children in Mozambique. Cien Saude Colet 2012; 17(1):55-60.1212. Ponnam SR, Srivastava G, Theruru K. Oral manifestations of human immunodeficiency virus in children: An institutional study at highly active antiretroviral therapy centre in India. J Oral Maxillofac Pathol 2012; 16(2):195-202., gengivite1212. Ponnam SR, Srivastava G, Theruru K. Oral manifestations of human immunodeficiency virus in children: An institutional study at highly active antiretroviral therapy centre in India. J Oral Maxillofac Pathol 2012; 16(2):195-202.1414. Ranganathan K, Geethalakshmi E, Krishna Mohan Rao U, Vidya KM, Kumarasamy N, Solomon S. Orofacial and systemic manifestations in 212 paediatric HIV patients from Chennai, South India. Int J Paediatr Dent 2010; 20(4):276-282., leucoplasia pilosa99. Miziara ID, Filho BC, Weber R. Oral lesions in Brazilian HIV infected children undergoing HAART. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2006; 70(6):1089-1096.,1313. Vaseliu N, Carter AB, Kline NE, Kozinetz C, Cron SG, Matusa R, Kline MW. Longitudinal Study of the Prevalence and Prognostic Implications of Oral Manifestations in Romanian Children Infected with Human Immunodeficiency Virus Type 1. Pediatr Infect Dis J 2005; 24(12):1067-1071., sarcoma de Kaposi55. Leao JC, Ribeiro CM, Carvalho AA, Frezzini C, Porter S. Oral complications of HIV disease. Clinics (Sao Paulo) 2009; 64(5):459-470.,1010. Sales-Peres SHC, Mapengo MA, Moura-Grec PG, Marsicano JA, Sales-Peres AC, Sales-Peres A. Oral manifestations in HIV+ children in Mozambique. Cien Saude Colet 2012; 17(1):55-60.,1515. Miziara, ID, Weber R. Oral lesions as predictors of highly active antiretroviral therapy failure in Brazilian HIV infected children. J Oral Pathol Med 2008; 37(2):99-106., aumento da parótida11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.,44. Glick M. Orofacial disorders in children with HIV disease. Dent Clin N Am 2005; 49(1):259-271.,1414. Ranganathan K, Geethalakshmi E, Krishna Mohan Rao U, Vidya KM, Kumarasamy N, Solomon S. Orofacial and systemic manifestations in 212 paediatric HIV patients from Chennai, South India. Int J Paediatr Dent 2010; 20(4):276-282.,1616. Sowole CA, Orenuga OO, Naidoo S. Access to oral health care and treatment needs of HIV positive paediatric patients. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2009; 9(2):141-146., herpes simples11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.,22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61., havendo uma divergência de informações sobre quais são as manifestações bucais mais frequentes e como as terapias antirretrovirais agem sobre elas. Por essa razão, o presente estudo tem o objetivo de identificar as principais lesões bucais que afetam pacientes pediátricos com HIV, bem como os efeitos da ART e HAART sobre essas lesões.

Metodologia

Esta revisão integrativa constituiu-se no levantamento bibliográfico nas bases de dados: PubMed e Scielo. No modo “pesquisa avançada”, foram utilizadas as seguintes palavras-chave individuais e combinadas: “manifestações orais”, “HIV”, “crianças”, “infância”, “prevalência”, “HAART”, “terapia antirretroviral”, tanto em português quanto em inglês.

Os critérios de inclusão para os artigos foram: estudos descritivos, transversais e de comparação que relatassem as manifestações orais em crianças infectadas pelo HIV, publicados nos idiomas português ou inglês, entre os anos de 2004 e 2014.

Após a seleção inicial, foram excluídos da amostra os artigos repetidos, aqueles que não contemplassem pelo menos três palavras-chave no título ou resumo, que não estivessem publicados na íntegra e não tivessem como tema central a questão investigada. A última etapa da seleção consistiu na leitura dos textos na íntegra, seguida da construção de tabelas com as informações mais relevantes de cada artigo selecionado.

Resultados

Foram identificados 367 artigos nas bases de dados pesquisadas. Após exclusão dos artigos duplicados e daqueles que não atendiam aos critérios de inclusão e exclusão pré-determinados, permaneceram 24 artigos para a leitura na íntegra. Após análise do conteúdo de cada artigo, foram selecionados para esta revisão 19 artigos científicos que abordavam as questões investigadas. Os assuntos mais relevantes levantados foram:

  • Identificação das manifestações bucais que acometem pacientes pediátricos HIV positivos, destacando as mais frequentes;

  • Efeitos da ART e HAART nas lesões orais das crianças HIV positivas, em especial a HAART na prevalência dessas manifestações bucais.

As lesões mais frequentes nos pacientes pediátricos HIV positivos foram candidíase oral, gengivite, aumento das parótidas e eritema gengival linear, sendo a candidíase oral considerada um preditor da progressão da doença. O uso da HAART mostrou diminuir a prevalência das manifestações bucais nos pacientes pediátricos com HIV e ser mais eficaz que a ART. As principais informações contidas em cada artigo foram descritas em forma de Quadros (1 a 4) e ordenadas de acordo com o ano de publicação.

Quadro 1
Consolidação da revisão integrativa.
Quadro 2
Consolidação da revisão integrativa.
Quadro 3
Consolidação da revisão integrativa.
Quadro 4
Consolidação da revisão integrativa.

Discussão

Estudos transversais e prospectivos têm demonstrado que os pacientes pediátricos infectados pelo vírus HIV irão apresentar algum tipo de lesão estomatológica em fases não específicas de sua infância, que auxiliarão no correto diagnóstico da síndrome11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.,22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61.,1717. Kumar RK, Mohan G, Reddy NV, Rao VA, Shameer M, Christopher A. Associated oral lesions in human immunodefeciency virus infected children of age 1 to 14 years in antiretroviral therapy centers in Tamil Nadu. Contemp Clin Dent 2013; 4(4):467-471., e, consequentemente, no tratamento com a terapia antirretroviral mais adequada44. Glick M. Orofacial disorders in children with HIV disease. Dent Clin N Am 2005; 49(1):259-271.,99. Miziara ID, Filho BC, Weber R. Oral lesions in Brazilian HIV infected children undergoing HAART. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2006; 70(6):1089-1096.,1111. Pinheiro RS, França TT, Ribeiro CMB, Leão JC, Souza IPR, Castro GF. Oral manifestations in human immunodeficiency virus infected children in highly active antiretroviral therapy era. J Oral Pathol Med 2009; 38(8):613-622..

Em todos os estudos analisados, apesar de terem ocorrido em diferentes regiões e países, as manifestações bucais foram destacadas como característica comum em crianças infectadas pelo vírus HIV. As lesões mais comumente encontradas foram candidíase oral nas diversas formas33. Ogunbosi, BO, Oladokun RE, Brown BJ, Osinusi KI. Prevalence and clinical pattern of paediatric HIV infection at the University College Hospital, Ibadan, Nigeria: a prospective cross-sectional study. Ital J Pediatr 2011; 37:29.,77. Domaneschi C, Massarente DB, de Freitas RS, Sousa Marques HH, Paula CR, Migliari DA, Antunes JL. Oral colonization by Candida species in AIDS pediatric patients. Oral Dis 2011; 17(4):393-398.,1414. Ranganathan K, Geethalakshmi E, Krishna Mohan Rao U, Vidya KM, Kumarasamy N, Solomon S. Orofacial and systemic manifestations in 212 paediatric HIV patients from Chennai, South India. Int J Paediatr Dent 2010; 20(4):276-282.,1818. Gaitán-Cepeda LA, Domínguez-Sánchez A, Pavía-Ruz N, Muñoz-Hernández R., Verdugo-Díaz R, Valles-Medina AM, Meráz-Acosta H. Oral lesions in HIV+/AIDS adolescents perinatally infected undergoing HAART. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2010; 15(4):e545-e550., gengivites22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61.,1313. Vaseliu N, Carter AB, Kline NE, Kozinetz C, Cron SG, Matusa R, Kline MW. Longitudinal Study of the Prevalence and Prognostic Implications of Oral Manifestations in Romanian Children Infected with Human Immunodeficiency Virus Type 1. Pediatr Infect Dis J 2005; 24(12):1067-1071.,1414. Ranganathan K, Geethalakshmi E, Krishna Mohan Rao U, Vidya KM, Kumarasamy N, Solomon S. Orofacial and systemic manifestations in 212 paediatric HIV patients from Chennai, South India. Int J Paediatr Dent 2010; 20(4):276-282.,1616. Sowole CA, Orenuga OO, Naidoo S. Access to oral health care and treatment needs of HIV positive paediatric patients. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2009; 9(2):141-146., gengivo-estomatite herpética aguda22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61., eritema gengival linear11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.,1111. Pinheiro RS, França TT, Ribeiro CMB, Leão JC, Souza IPR, Castro GF. Oral manifestations in human immunodeficiency virus infected children in highly active antiretroviral therapy era. J Oral Pathol Med 2009; 38(8):613-622.,1717. Kumar RK, Mohan G, Reddy NV, Rao VA, Shameer M, Christopher A. Associated oral lesions in human immunodefeciency virus infected children of age 1 to 14 years in antiretroviral therapy centers in Tamil Nadu. Contemp Clin Dent 2013; 4(4):467-471., leucoplasia pilosa55. Leao JC, Ribeiro CM, Carvalho AA, Frezzini C, Porter S. Oral complications of HIV disease. Clinics (Sao Paulo) 2009; 64(5):459-470.,99. Miziara ID, Filho BC, Weber R. Oral lesions in Brazilian HIV infected children undergoing HAART. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2006; 70(6):1089-1096.,1313. Vaseliu N, Carter AB, Kline NE, Kozinetz C, Cron SG, Matusa R, Kline MW. Longitudinal Study of the Prevalence and Prognostic Implications of Oral Manifestations in Romanian Children Infected with Human Immunodeficiency Virus Type 1. Pediatr Infect Dis J 2005; 24(12):1067-1071., sarcoma de Kaposi11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.,55. Leao JC, Ribeiro CM, Carvalho AA, Frezzini C, Porter S. Oral complications of HIV disease. Clinics (Sao Paulo) 2009; 64(5):459-470.,1515. Miziara, ID, Weber R. Oral lesions as predictors of highly active antiretroviral therapy failure in Brazilian HIV infected children. J Oral Pathol Med 2008; 37(2):99-106. e aumento das parótidas44. Glick M. Orofacial disorders in children with HIV disease. Dent Clin N Am 2005; 49(1):259-271.,1313. Vaseliu N, Carter AB, Kline NE, Kozinetz C, Cron SG, Matusa R, Kline MW. Longitudinal Study of the Prevalence and Prognostic Implications of Oral Manifestations in Romanian Children Infected with Human Immunodeficiency Virus Type 1. Pediatr Infect Dis J 2005; 24(12):1067-1071.,1515. Miziara, ID, Weber R. Oral lesions as predictors of highly active antiretroviral therapy failure in Brazilian HIV infected children. J Oral Pathol Med 2008; 37(2):99-106.,1919. Meless D, Ba B, Faye M, Diby JS, N'zoré S, Datté S, Diecket L, N'Diaye C, Aka EA, Kouakou K, Ba A, Ekouévi DK, Dabis F, Shiboski C, Arrivé E. Oral lesions among HIV-infected children on antiretroviral treatment in West Africa. Trop Med Int Health 2014; 19(3):246-255.. No entanto, quase a totalidade deles relatou a candidíase oral como a manifestação mais frequente, corroborando com os achados na literatura. Esse fato pode ser observado na análise dos quadros de 1 a 4 e será mais discutido no decorrer desse artigo.

Em relação às condições periodontais, observa-se que nos pacientes imunossuprimidos a gengivite pode ocorrer mesmo quando o paciente apresenta boa higienização e há ausência de biofilme, o que não acontece em crianças saudáveis22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61..

Em um estudo longitudinal, Vaseliu et al.1313. Vaseliu N, Carter AB, Kline NE, Kozinetz C, Cron SG, Matusa R, Kline MW. Longitudinal Study of the Prevalence and Prognostic Implications of Oral Manifestations in Romanian Children Infected with Human Immunodeficiency Virus Type 1. Pediatr Infect Dis J 2005; 24(12):1067-1071. verificaram que a gengivite foi a lesão oral mais frequente (49%), contudo os autores sugerem que a relevância da gengivite no cenário da infecção pediátrica ainda é desconhecida. Por sua vez, Sowole et al.1616. Sowole CA, Orenuga OO, Naidoo S. Access to oral health care and treatment needs of HIV positive paediatric patients. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2009; 9(2):141-146. encontraram a gengivite (25,5%) como a segunda lesão mais prevalente, seguida pelo aumento das glândulas parótidas (3,6%).

O eritema gengival linear também foi descrito por alguns autores como uma manifestação bucal comum nesses pacientes11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.,1717. Kumar RK, Mohan G, Reddy NV, Rao VA, Shameer M, Christopher A. Associated oral lesions in human immunodefeciency virus infected children of age 1 to 14 years in antiretroviral therapy centers in Tamil Nadu. Contemp Clin Dent 2013; 4(4):467-471., sendo ainda considerado uma característica exclusiva dos pacientes soropositivos por Tonelli et al.11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.. Essas características reforçam a necessidade de uma avaliação clínica criteriosa da condição periodontal para um possível diagnóstico precoce da presença do vírus HIV no organismo de pacientes pediátricos.

A candidíase oral e suas variantes pseudomembranosa, queilite angular, eritematosa e orofaríngea foram relatadas na maioria das pesquisas11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.,22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61.,1616. Sowole CA, Orenuga OO, Naidoo S. Access to oral health care and treatment needs of HIV positive paediatric patients. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2009; 9(2):141-146.,1717. Kumar RK, Mohan G, Reddy NV, Rao VA, Shameer M, Christopher A. Associated oral lesions in human immunodefeciency virus infected children of age 1 to 14 years in antiretroviral therapy centers in Tamil Nadu. Contemp Clin Dent 2013; 4(4):467-471.,1919. Meless D, Ba B, Faye M, Diby JS, N'zoré S, Datté S, Diecket L, N'Diaye C, Aka EA, Kouakou K, Ba A, Ekouévi DK, Dabis F, Shiboski C, Arrivé E. Oral lesions among HIV-infected children on antiretroviral treatment in West Africa. Trop Med Int Health 2014; 19(3):246-255.. As três primeiras variantes foram descritas como os tipos reconhecidamente associados à infecção pelo HIV, nos dias atuais1111. Pinheiro RS, França TT, Ribeiro CMB, Leão JC, Souza IPR, Castro GF. Oral manifestations in human immunodeficiency virus infected children in highly active antiretroviral therapy era. J Oral Pathol Med 2009; 38(8):613-622..

Dessa forma, é possível afirmar que a lesão oportunista mais comumente associada aos pacientes infectados pelo vírus do HIV é a candidíase oral e que esse achado é fundamental para o diagnóstico precoce da AIDS11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372.33. Ogunbosi, BO, Oladokun RE, Brown BJ, Osinusi KI. Prevalence and clinical pattern of paediatric HIV infection at the University College Hospital, Ibadan, Nigeria: a prospective cross-sectional study. Ital J Pediatr 2011; 37:29.,1111. Pinheiro RS, França TT, Ribeiro CMB, Leão JC, Souza IPR, Castro GF. Oral manifestations in human immunodeficiency virus infected children in highly active antiretroviral therapy era. J Oral Pathol Med 2009; 38(8):613-622.,1414. Ranganathan K, Geethalakshmi E, Krishna Mohan Rao U, Vidya KM, Kumarasamy N, Solomon S. Orofacial and systemic manifestations in 212 paediatric HIV patients from Chennai, South India. Int J Paediatr Dent 2010; 20(4):276-282.,1616. Sowole CA, Orenuga OO, Naidoo S. Access to oral health care and treatment needs of HIV positive paediatric patients. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2009; 9(2):141-146.,1818. Gaitán-Cepeda LA, Domínguez-Sánchez A, Pavía-Ruz N, Muñoz-Hernández R., Verdugo-Díaz R, Valles-Medina AM, Meráz-Acosta H. Oral lesions in HIV+/AIDS adolescents perinatally infected undergoing HAART. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2010; 15(4):e545-e550.,1919. Meless D, Ba B, Faye M, Diby JS, N'zoré S, Datté S, Diecket L, N'Diaye C, Aka EA, Kouakou K, Ba A, Ekouévi DK, Dabis F, Shiboski C, Arrivé E. Oral lesions among HIV-infected children on antiretroviral treatment in West Africa. Trop Med Int Health 2014; 19(3):246-255.. Além disso, essa manifestação bucal pode servir como um marcador da progressão da doença e imunossupressão22. Rosendo IA, Ferreira SMS, Pugliesi DM. Avaliação das condições bucais em crianças infectadas pelo HIV atendidas em um posto de assistência municipal de Maceió-AL. Estudo longitudinal. Revista Semente 2011; 6(6):53-61.,55. Leao JC, Ribeiro CM, Carvalho AA, Frezzini C, Porter S. Oral complications of HIV disease. Clinics (Sao Paulo) 2009; 64(5):459-470.,1313. Vaseliu N, Carter AB, Kline NE, Kozinetz C, Cron SG, Matusa R, Kline MW. Longitudinal Study of the Prevalence and Prognostic Implications of Oral Manifestations in Romanian Children Infected with Human Immunodeficiency Virus Type 1. Pediatr Infect Dis J 2005; 24(12):1067-1071.,1515. Miziara, ID, Weber R. Oral lesions as predictors of highly active antiretroviral therapy failure in Brazilian HIV infected children. J Oral Pathol Med 2008; 37(2):99-106., uma vez que sua prevalência está relacionada a valores mais baixos de linfócitos TCD4+11. Tonelli SQ, Oliveira WF, Oliveira GA, Popoff DAV, Coelho MQ, Barbosa Júnior ES. Manifestações bucais em pacientes pediátricos infectados pelo HIV: uma revisão sistemática da literatura. RFO 2013; 18(3):365-372..

Para Konstantyner et al.88. Konstantyner TC, Silva AM, Tanaka LF, Marques HH, Latorre MR. Factors associated with time free of oral candidiasis in children living with HIV/AIDS, São Paulo, Brazil. Cad Saude Publica 2013; 29(11):2197-2207., a candidíase tem uma importância considerável no prognóstico clínico da infecção por HIV, além de ser um bom indicador da não-eficácia do tratamento com antirretroviral. Em seu estudo, o uso da terapia antirretroviral (mono, dupla ou tripla/altamente ativa) provou ser um fator de proteção significativo contra as manifestações bucais, sendo que a última (tripla/altamente ativa) demonstrou um melhor efeito benéfico na prevenção da candidíase oral em pacientes pediátricos HIV positivos.

De acordo com Pinheiro et al.1111. Pinheiro RS, França TT, Ribeiro CMB, Leão JC, Souza IPR, Castro GF. Oral manifestations in human immunodeficiency virus infected children in highly active antiretroviral therapy era. J Oral Pathol Med 2009; 38(8):613-622., o uso da HAART reduz significativamente as manifestações bucais associadas à AIDS, pois ocorre uma melhora no sistema imunológico e consequentemente uma diminuição da incidência e prevalência das infecções oportunistas. Tal achado foi reportado em outros estudos que compararam as manifestações bucais em crianças HIV positivas fazendo ou não o uso dessa terapia, onde aquelas que receberam a medicação apresentaram menor prevalência de alterações bucais do que as crianças que não receberam o referido tratamento99. Miziara ID, Filho BC, Weber R. Oral lesions in Brazilian HIV infected children undergoing HAART. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2006; 70(6):1089-1096.,1010. Sales-Peres SHC, Mapengo MA, Moura-Grec PG, Marsicano JA, Sales-Peres AC, Sales-Peres A. Oral manifestations in HIV+ children in Mozambique. Cien Saude Colet 2012; 17(1):55-60.,1212. Ponnam SR, Srivastava G, Theruru K. Oral manifestations of human immunodeficiency virus in children: An institutional study at highly active antiretroviral therapy centre in India. J Oral Maxillofac Pathol 2012; 16(2):195-202..

Corroborando com a afirmativa da ação protetora dos medicamentos antirretrovirais, Meless et al.1919. Meless D, Ba B, Faye M, Diby JS, N'zoré S, Datté S, Diecket L, N'Diaye C, Aka EA, Kouakou K, Ba A, Ekouévi DK, Dabis F, Shiboski C, Arrivé E. Oral lesions among HIV-infected children on antiretroviral treatment in West Africa. Trop Med Int Health 2014; 19(3):246-255. observaram em seu estudo uma baixa prevalência de lesões orais, possivelmente porque todas as crianças do estudo estavam sendo tratadas com esse tipo de medicação. Jose et al.66. Jose R, Chandra S, Puttabuddi JH, Vellappally S, Al Khuraif AA, Halawany HS, Abraham NB, Jacob V, Hashim M. Prevalence of oral and systemic manifestations in pediatric HIV cohorts with and without drug therapy. Curr HIV Res 2013; 11(6):498-505. compararam pacientes fazendo uso ou não de HAART e observaram que aqueles que faziam o uso da medicação apresentaram intensidade moderada das manifestações orais, com menor ocorrência de candidíase oral. Além disso, houve uma redução significativa na presença das lesões quanto maior o tempo de tratamento com a HAART, principalmente em períodos superiores a cinco meses.

O estudo de Ogumbosi et al.33. Ogunbosi, BO, Oladokun RE, Brown BJ, Osinusi KI. Prevalence and clinical pattern of paediatric HIV infection at the University College Hospital, Ibadan, Nigeria: a prospective cross-sectional study. Ital J Pediatr 2011; 37:29. mostrou que o número elevado de mortalidade esteve relacionado à era pré-antirretroviral, e que taxas menores de mortalidade foram observadas quando a ART foi instituída. Já Ponnam et al.1212. Ponnam SR, Srivastava G, Theruru K. Oral manifestations of human immunodeficiency virus in children: An institutional study at highly active antiretroviral therapy centre in India. J Oral Maxillofac Pathol 2012; 16(2):195-202. observaram que a administração de HAART resultou em aumento no tempo livre da doença, com consequente aumento da sobrevida desses pacientes. No entanto, é importante ressaltar que manifestações clínicas não usuais das lesões orais podem aparecer em decorrência da restauração da resposta imune, conhecida como síndrome da reconstituição imune (SRI), podendo ocorrer poucas semanas após o início do tratamento1111. Pinheiro RS, França TT, Ribeiro CMB, Leão JC, Souza IPR, Castro GF. Oral manifestations in human immunodeficiency virus infected children in highly active antiretroviral therapy era. J Oral Pathol Med 2009; 38(8):613-622., devendo o profissional estar atento a esse efeito adverso.

Destaca-se que o uso de HAART pode estar associado a menor prevalência de lesões orais em comparação com o uso de ART99. Miziara ID, Filho BC, Weber R. Oral lesions in Brazilian HIV infected children undergoing HAART. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2006; 70(6):1089-1096.. Assim, é possível dizer que a HAART tem um papel fundamental na redução da prevalência das manifestações bucais em pacientes pediátricos HIV positivos, contribuindo substancialmente para uma melhor qualidade de vida desses pacientes imunossuprimidos1111. Pinheiro RS, França TT, Ribeiro CMB, Leão JC, Souza IPR, Castro GF. Oral manifestations in human immunodeficiency virus infected children in highly active antiretroviral therapy era. J Oral Pathol Med 2009; 38(8):613-622.,1818. Gaitán-Cepeda LA, Domínguez-Sánchez A, Pavía-Ruz N, Muñoz-Hernández R., Verdugo-Díaz R, Valles-Medina AM, Meráz-Acosta H. Oral lesions in HIV+/AIDS adolescents perinatally infected undergoing HAART. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2010; 15(4):e545-e550..

Considerações Finais

Os achados deste estudo sugerem que a manifestação bucal mais frequente em crianças infectadas pelo vírus HIV é a candidíase oral, seguida de alterações como gengivite e aumento das glândulas parótidas, sendo a candidíase considerada um marcador da progressão da doença. É importante destacar que as manifestações bucais são comuns em pacientes pediátricos soropositivos, e tratá -las é fundamental para melhorar a qualidade de vida dessas crianças. Além disso, o uso de HAART parece reduzir a prevalência dessas lesões orais, sendo, portanto, benéfico a esses pacientes.

Referências

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan 2018

Histórico

  • Recebido
    18 Abr 2015
  • Revisado
    16 Dez 2015
  • Aceito
    18 Dez 2015
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