Ciência pós-normal; Comunidade ampliada de pares; Pesquisa participativa; Saúde ambiental; Saúde pública
Questões socioambientais de elevada influência na saúde humana vêm se correspondendo intensamente com as transições e dilemas contemporâneos, inclusive no que diz respeito à ciência clássica, por sua forma de respaldar as decisões políticas. Esse contexto vem demandando a participação dos sujeitos dos riscos na produção e controle de qualidade de saberes, assim como nos processos de governança mediante a crescente escala de incertezas e disputas em jogo. Tendo como ponto de partida uma experiência em pesquisa participativa em terra indígena na Amazônia brasileira, esta tese propõe uma crítica avaliação de diferentes aspectos de projetos de pesquisa e intervenção com foco em contextos socioambientais e de saúde. Associando-se com os pressupostos da ciência pós-normal, faz-se uma classificação de artigos selecionados em revisão sistemática sobre o tema, categorizando aspectos de aplicação de instrumentos participativos, escala de abordagem e funcionalidade das experiências descritas. Dentre cento e setenta artigos selecionados, apenas dez representaram o mais elevado grau de participação dialógica por meio da combinação cíclica de instrumentos e foco em fenômenos emergentes. Os demais desempenharam condições bastante exitosas de participação, porém, não representaram uma perspectiva de sustentabilidade, pois não dialogaram com prospectiva de cenários futuros e/ou não proveram meios de conexão por dinâmicas globais-locais, indutoras da constante reprodução dos riscos. Por meio do panorama possibilitado pela revisão bibliográfica, foi possível identificar que um novo paradigma das relações ciência, sociedade e política está apenas se iniciando.
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Datas de Publicação
- Publicação nesta coleção
Jan-Mar 2015
Histórico
- Recebido
29 Set 2014 - Aceito
19 Out 2014