Comunidades epistêmicas e os desafios na formação de técnicos em saúde na pandemia de covid-19

Epistemic communities and the challenges of training health technicians during the COVID-19 pandemic

Comunidades epistémicas y retos en cuanto a la educación de los técnicos en salud durante la pandemia de COVID-19

Carlos Eduardo Colpo Batistella Ana Beatriz Marinho de Noronha Luciana Frederico Milagres Sobre os autores

RESUMO

Este artigo discute a atuação da comunidade epistêmica ligada à formação de técnicos em saúde a partir da análise das ações desencadeadas pelo Centro Colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) para a educação desses técnicos durante a pandemia de covid-19, com o objetivo de cotejar essas ações com os principais elementos que definem a constituição e o funcionamento de comunidades epistêmicas conforme a literatura especializada. Argumenta-se que, a despeito das diferenças na configuração histórica dos sistemas nacionais de saúde e dos sistemas formadores, o surgimento de desafios comuns na formação de técnicos propiciou articulação de demandas, compartilhamento de avaliações diagnósticas e cooperação entre a Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde, a Rede Ibero-Americana de Educação de Técnicos em Saúde e a Rede de Escolas Técnicas de Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, promovendo troca de experiências, busca de soluções estratégicas e disseminação de recomendações entre os países. Ao reafirmar o papel central dos técnicos nas ações de vigilância epidemiológica, diagnóstico e assistência, a emergência sanitária exigiu respostas imediatas e consistentes de governos e instituições formadoras, favorecendo o fortalecimento da comunidade epistêmica de formação de técnicos em saúde pela circulação de discursos e da hegemonização de sentidos para a educação de técnicos em saúde. Essa atuação, no entanto, não confere estabilidade ou homogeneidade à comunidade epistêmica de formação de técnicos em saúde, uma vez que suas articulações são provisórias e contingentes, nem assegura capacidade de influência direta sobre as políticas em cada país.

Palavras-chave
Formação profissional em saúde; recursos humanos; cooperação internacional; redes científicas; covid-19

ABSTRACT

This article discusses the role of the epistemic community linked to the training of health technicians through analysis of the actions initiated by the Pan-American Health Organization/World Health Organization (PAHO/WHO) Collaborating Center for the education of these technicians during the COVID-19 pandemic, with the aim of comparing these actions with the main elements that define the constitution and functioning of epistemic communities according to the specialized literature. It is argued that, despite the differences in the historical configuration of national healthcare and training systems, the emergence of common challenges in the training of technicians allowed the articulation of demands, the sharing of diagnostic assessments, and the cooperation between the International Network of Health Technicians Education, the Ibero-American Network of Health Technicians Education, and the Community of Portuguese Language Countries Network of Health Technician Schools, promoting the exchange of experiences, the search for strategic solutions, and the dissemination of recommendations across countries. By reaffirming the central role of health technicians in epidemiological surveillance, diagnosis and assistance, the COVID health emergency demanded immediate and consistent responses from governments and educational institutions, favoring the strengthening of the health technician epistemic community through the circulation of discourses and the hegemonization of meanings for the education of technicians. These actions, however, do not translate into stability or homogeneity for the epistemic community, since their articulation is always provisional and contingent, nor do they ensure the capacity to directly influence policies in each country.

Keywords
Health human resource training; workforce; international cooperation; science and technology information networks; COVID-19

RESUMEN

En este artículo se examina el desempeño de la comunidad epistémica vinculada a la educación de técnicos en salud a partir del análisis de las medidas iniciadas por el centro colaborador de la Organización Panamericana de la Salud/Organización Mundial de la Salud (OPS/OMS) para la educación de técnicos en salud durante la pandemia de COVID-19, con el objetivo de comparar estas medidas con los principales elementos que definen la constitución y el funcionamiento de las comunidades epistémicas, de conformidad con la bibliografía especializada. Se argumenta que, a pesar de las diferencias en la configuración histórica de los sistemas nacionales de salud y de educación, el surgimiento de desafíos comunes para la educación de técnicos propició la articulación de demandas, el intercambio de evaluaciones con fines de diagnóstico y la cooperación entre la Red Internacional de Educación de Técnicos en Salud, la Red Iberoamericana de Educación de Técnicos en Salud y la Red de Escuelas Técnicas de Salud de la Comunidad de Países de Lengua Portuguesa, con el fin de promover el intercambio de experiencias, la búsqueda de soluciones estratégicas y la difusión de recomendaciones entre los países. Al reafirmar el papel central de los técnicos en las medidas de vigilancia epidemiológica, diagnóstico y atención, la emergencia de salud exigió respuestas inmediatas y coherentes de los gobiernos y de las instituciones educativas, lo cual favoreció el fortalecimiento de la comunidad epistémica vinculada a la educación de técnicos en salud al hacer circular discursos y ejercer hegemonía con respecto al sentido de la educación de esos profesionales. Sin embargo, esta actuación no confiere estabilidad ni homogeneidad a dicha comunidad epistémica, en vista de que sus afirmaciones son provisionales y contingentes, ni asegura su capacidad de influir directamente en las políticas de cada país.

Palabras clave
Capacitación de recursos humanos en salud; recursos humanos; cooperación internacional; redes de información de ciencia y tecnología; COVID-19

Desde março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de covid-19, os sistemas nacionais de saúde sofreram com o aumento da demanda por serviços em todos os níveis de complexidade e com a perda de profissionais por adoecimento e morte (11. World Health Organization (WHO). Third round of the global pulse survey on continuity of essential health services during the COVID-19 pandemic. Interim report: November–December 2021. Genebra: WHO; 2022. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-2019-nCoV-EHS_continuity-survey-2022.1 Acessado em 6 de maio de 2022.
https://www.who.int/publications/i/item/...
, 22. Organización Panamericana de la Salud, Organización Mundial de la Salud. Impacto de la COVID-19 en los recursos humanos para la salud y respuesta de política: el caso del Estado Plurinacional de Bolivia, Chile, Colombia, Ecuador y el Perú. Síntesis de hallazgos en cinco países de América Latina. Genebra: Organización Mundial de la Salud; 2021. Disponível em: https://www.who.int/es/publications/i/item/9789240039001 Acessado em 22 de fevereiro de 2022.
https://www.who.int/es/publications/i/it...
). Nesse cenário, o trabalho dos técnicos em saúde, definidos pela Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde (RETS) como os trabalhadores que exercem atividades técnico-científicas no setor — desde as menos especializadas, realizadas por auxiliares e agentes comunitários de saúde, até as de natureza mais complexa, realizadas por técnicos de nível superior — ganhou maior visibilidade, representando uma alternativa estratégica para as políticas públicas voltadas à redução dos impactos da pandemia, especialmente entre os mais vulneráveis e em regiões remotas e desatendidas.

No campo da formação de técnicos em saúde, a interrupção das atividades presenciais para evitar a propagação do vírus nas salas de aula exigiu a reinvenção do cotidiano das escolas para que continuassem a cumprir sua missão institucional. A impossibilidade de realizar práticas profissionalizantes previstas para a conclusão dos cursos, o difícil acesso e adaptação de professores e alunos ao ensino mediado por plataformas de comunicação e a incipiente formação pedagógica de docentes para lidar com os novos problemas do ensino na pandemia foram dificuldades relatadas em muitas instituições dos países que integram a RETS. Ao lado dos profundos impactos sociais e econômicos, essas questões representaram grandes desafios para a continuidade da titulação de pessoal devidamente qualificado e estiveram associadas ao aumento da evasão escolar e do sofrimento psíquico entre professores e alunos.

Diante da crescente demanda por informações precisas e conhecimentos capazes de proporcionar soluções para problemas específicos, o surgimento de comunidades epistêmicas articulando profissionais de diferentes países e campos disciplinares apresenta-se como elemento estratégico no provimento desses dados. Este artigo discute a atuação da comunidade epistêmica ligada à formação de técnicos em saúde por meio da análise das ações desencadeadas pelo Centro Colaborador (CC) da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/OMS para a Educação de Técnicos em Saúde (BRA-59) no contexto da pandemia de covid-19. Também busca entender as dinâmicas de constituição e funcionamento da comunidade epistêmica, assim como sua capacidade de manter-se como instância dinamizadora apta a interferir nas políticas nacionais e internacionais.

COMUNIDADES EPISTÊMICAS

O conceito de comunidade epistêmica surgiu na década de 1970 em associação com o campo das relações internacionais, sendo retomado por Peter Haas em 1992 (33. Haas PM. Introduction: epistemic communities and international policy coordination. Int Organ. 1992;46(1):1-35.) e progressivamente incorporado na análise de políticas públicas em saúde e educação (44. Antoniades A. Epistemic communities, epistemes and the construction of (world) politics. Glob Soc. 2003;17(1):21-38. doi: 10.1080/0953732032000053980
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5. Lopes AC. Políticas de currículo: questões teórico-metodológicas. Em: Lopes AC, Dias RE, Gomes RA, editores. Discursos nas políticas de currículo. Rio de Janeiro: Quartet; Faperj; 2011. Pp. 19-45.
-66. Maldonado AM. Comunidades epistémicas: una propuesta para estudiar el papel de los expertos en la definición de políticas en educación superior en México. Rev Educ Sup. 2005;34(2):107-22.). Recorrendo às primeiras formulações, Haas define “comunidade epistêmica” como “uma rede de profissionais com reconhecida experiência e competência em um campo particular e uma reivindicação de autoridade de conhecimentos relevantes para a política dentro desse âmbito ou área temática” (33. Haas PM. Introduction: epistemic communities and international policy coordination. Int Organ. 1992;46(1):1-35., p.3, tradução livre).

As comunidades epistêmicas ganharam relevância nas pesquisas em ciências sociais por permitirem a incorporação de atores não governamentais ao processo de construção de políticas, em contraposição às abordagens centradas no Estado. Nesses enfoques, a esfera governamental e a estrutura econômica aparecem como determinantes da organização e das práticas educacionais, não deixando espaço para a agência humana.

A adoção de novas perspectivas teóricas permite ampliar a investigação dos contextos de produção das políticas, realçando as dinâmicas complexas, os conflitos e os antagonismos que constituem o currículo como produção cultural e luta pela significação do mundo (55. Lopes AC. Políticas de currículo: questões teórico-metodológicas. Em: Lopes AC, Dias RE, Gomes RA, editores. Discursos nas políticas de currículo. Rio de Janeiro: Quartet; Faperj; 2011. Pp. 19-45.). Buscando trazer contornos mais nítidos para a definição, Haas afirma que, embora uma comunidade epistêmica possa ser composta por profissionais de diversas disciplinas e formações, esses profissionais devem compartilhar:

1) um conjunto de crenças normativas e de princípios, que fornecem uma fundamentação baseada em valores para a ação social dos membros da comunidade; 2) crenças causais, que são derivadas de sua análise de práticas e conduzem ou contribuem para um conjunto central de problemas em seu domínio e que depois servem como base para elucidar as múltiplas ligações entre as possíveis ações políticas e os resultados desejados; 3) noções de validade, ou seja, critérios intersubjetivos, definidos internamente para ponderar e validar o conhecimento no domínio de sua especialidade; e 4) uma visão de empreendimento político, ou seja, um conjunto de práticas comuns associadas a um conjunto de problemas aos quais sua competência profissional é dirigida, presumivelmente por causa da convicção de que o bem-estar humano será melhorado como consequência (33. Haas PM. Introduction: epistemic communities and international policy coordination. Int Organ. 1992;46(1):1-35., p.3, tradução livre).

Embora o objetivo deste artigo não seja fazer uma ampla revisão desse conceito, tarefa já desenvolvida por outros autores (44. Antoniades A. Epistemic communities, epistemes and the construction of (world) politics. Glob Soc. 2003;17(1):21-38. doi: 10.1080/0953732032000053980
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, 66. Maldonado AM. Comunidades epistémicas: una propuesta para estudiar el papel de los expertos en la definición de políticas en educación superior en México. Rev Educ Sup. 2005;34(2):107-22.

7. Machoň M, Kohoutová J, Burešová J, Bobková J. Epistemic communities and their influence in international politics: updating of the concept. Janus.net. 2019;9(2):1-16. doi: 10.26619/1647-7251.9.2.1
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-88. Pimentel Jr C. Políticas curriculares, pertencimento: ponderações sobre o uso do conceito de comunidades epistémicas em chave pós-estrutural. Rev Linhas. 2018;19(41):213-41. doi: 10.5965/1984723819412018213
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), duas críticas à formulação de Haas merecem destaque, considerando a contribuição que trazem para este estudo. Em diálogo com Haas, Antoniades (44. Antoniades A. Epistemic communities, epistemes and the construction of (world) politics. Glob Soc. 2003;17(1):21-38. doi: 10.1080/0953732032000053980
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) afirma que a conceitualização proposta por aquele autor carece de uma análise mais aprofundada das relações entre conhecimento e poder. Dando maior relevo à legitimação social do conhecimento, as comunidades epistêmicas são definidas por Antoniades do seguinte modo:

(…) comunidades de pensamento formadas por redes socialmente reconhecidas baseadas no conhecimento, cujos membros compartilham um entendimento comum de um problema/questão particular ou uma visão comum do mundo e procuram traduzir suas crenças em discurso social dominante e prática social. Esse pensamento comunitário pode ser local, nacional ou transnacional (44. Antoniades A. Epistemic communities, epistemes and the construction of (world) politics. Glob Soc. 2003;17(1):21-38. doi: 10.1080/0953732032000053980
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, p.26, tradução livre).

Ao dar primazia ao reconhecimento social da autoridade do conhecimento, essa perspectiva assume a indissociabilidade entre conhecimento e poder, mostrando-se mais adequada para pensar a integração das comunidades epistêmicas ao seu contexto social, uma vez que os conceitos de conhecimento e autoridade do conhecimento são historicizados.

Em outro registro, incorporando os aportes pós-estruturais da teoria do discurso de Ernesto Laclau (99. Laclau E. Nuevas reflexiones sobre la revolución de nuestro tiempo. 2ª ed. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión; 2000.), diversos autores (55. Lopes AC. Políticas de currículo: questões teórico-metodológicas. Em: Lopes AC, Dias RE, Gomes RA, editores. Discursos nas políticas de currículo. Rio de Janeiro: Quartet; Faperj; 2011. Pp. 19-45., 88. Pimentel Jr C. Políticas curriculares, pertencimento: ponderações sobre o uso do conceito de comunidades epistémicas em chave pós-estrutural. Rev Linhas. 2018;19(41):213-41. doi: 10.5965/1984723819412018213
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, 1010. Torres WN, Dias RE. Comunidades epistêmicas nas políticas de currículo em EJA. Em: Lopes AC, Dias RE, Gomes RA, editores. Discursos nas políticas de currículo. Rio de Janeiro: Quartet; Faperj; 2011. Pp. 205-24.) investigaram os processos de articulação que permitem a hegemonização de determinados discursos na produção das políticas. Os estudos desenvolvidos nessa perspectiva concebem a impossibilidade de definir as fronteiras identitárias das comunidades epistêmicas:

Como são partes integrantes das interações sociais nas quais influenciam e de certa forma direcionam determinados critérios na produção das políticas em diferentes segmentos, as comunidades epistêmicas não são estáticas, nem imutáveis. Também não são homogêneas, nem seus consensos — sempre conflituosos — são constantes (1010. Torres WN, Dias RE. Comunidades epistêmicas nas políticas de currículo em EJA. Em: Lopes AC, Dias RE, Gomes RA, editores. Discursos nas políticas de currículo. Rio de Janeiro: Quartet; Faperj; 2011. Pp. 205-24., p. 208).

Nessa concepção, as comunidades epistêmicas emergem a partir da articulação de determinadas demandas, de modo contingente e provisório, e os sentidos hegemonizados nos discursos que enunciam são marcados pela instabilidade e impossibilidade de fixação.

O CENTRO COLABORADOR E A MOBILIZAÇÃO DAS REDES

Já nos primeiros meses da pandemia, as dificuldades vivenciadas pelas instituições que integram a RETS foram relatadas em um seminário virtual (1111. Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde. 9º Seminário Virtual da RETS: a Covid-19 e a formação dos técnicos em saúde. 2020. Disponível em: https://www.rets.epsjv.fiocruz.br/noticias/9o-seminario-virtual-da-rets-covid-19-e-formacao-dos-tecnicos-em-saude-videos-e Acessado em 12 de abril de 2022.
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), com a participação de gestores e pesquisadores de Argentina, Moçambique, Portugal e Brasil. Esse evento, aberto para a participação de membros de diversos países da América Latina e países africanos de língua portuguesa, permitiu a unificação de uma pluralidade de demandas e a articulação de uma cadeia de equivalência em torno da manutenção dos processos formativos em um contexto de crise. A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), desde 2004 designada CC da OPAS/OMS para a Educação de Técnicos em Saúde, percebeu a necessidade de responder em tempo aos dilemas da formação. Passou, assim, a desenvolver uma série de atividades, pesquisas e materiais de apoio estratégico para as instituições formadoras, tanto no campo técnico quanto pedagógico (1212. Groisman D, Santos AGS, Chagas DC, Lordello IMS, Bernardo MH, Duarte YAO. Orientaciones para cuidadores de adultos mayores en el marco de la epidemia del nuevo coronavírus Covid-19. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz; 2020. Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/covid19/Cartilha_cuidador_espanhol.pdf Acessado em 14 de abril de 2022.
http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/defaul...

13. Pereira IDF, Corbo AD, Paula TSG, Mendonça RCR, Carvalho PR, Bottino FO, et al. Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da COVID-19. 2ª ed. Rio de Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fundação Oswaldo Cruz; 2020. Disponível em: https://www.epsjv.fiocruz.br/publicacao/livro/manual-sobre-biosseguranca-para-reabertura-de-escolas-no-contexto-da-covid-19-2a Acessado em 11 de maio de 2022.
https://www.epsjv.fiocruz.br/publicacao/...

14. Cuida-COVID. Pesquisa nacional sobre as pessoas cuidadoras de idosos na pandemia de COVID-19. Disponível em: https://www.covid19.cuidadores.fiocruz.br/ Acessado em 03 de maio de 2022.
https://www.covid19.cuidadores.fiocruz.b...
-1515. Nogueira ML, Borges CF, Lacerda A, Fonseca AF, Vellasques AP, Morel CMTM, et al. 3º boletim da pesquisa Monitoramento da saúde e contribuições ao processo de trabalho e à formação profissional dos agentes comunitários de saúde em tempos de Covid-19. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz; 2021. Disponível em: https://acscovid19.fiocruz.br/boletim Acessado em 03 de maio de 2022.
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).

Entre essas atividades, o CC propôs a realização do ciclo de oficinas Desafios para a formação de técnicos em saúde no contexto da pandemia, com o objetivo de mobilizar docentes e pesquisadores do campo para a criação de um espaço privilegiado de troca de experiências, reflexão e aprendizado que auxiliasse as instituições formadoras a darem continuidade ao seu trabalho. Buscando parceria com a RETS e suas sub-redes, a Rede Ibero-Americana de Educação de Técnicos em Saúde (RIETS) e a Rede de Escolas Técnicas de Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (RETS-CPLP), o CC promoveu a articulação de especialistas (pesquisadores, docentes e gestores) de instituições governamentais e não governamentais de diferentes países, abordando temáticas identificadas como demandas relevantes pelas instituições formadoras: estratégias para a manutenção das práticas profissionalizantes, o trabalho e a formação docente no ensino remoto; novos perfis profissionais e atribuições dos técnicos em saúde para o trabalho na atenção primária à saúde; o trabalho em redes, a formação de técnicos e a Agenda 2030; a interculturalidade e a saúde mental. As oficinas, transmitidas simultaneamente em português e espanhol, enfocaram experiências desenvolvidas em Moçambique, Brasil, Portugal, Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Peru e Uruguai, incorporando ainda no debate a participação de membros e instituições de Angola, Chile, Cuba, Equador, Guiné Bissau, México, Paraguai e República Dominicana.

Não obstante a diversidade de inserções institucionais e das funções de seus integrantes, a mobilização das redes envolveu o compartilhamento de um conjunto de crenças e princípios normativos suficientes para prover “uma racionalidade baseada em valores para a ação social” (33. Haas PM. Introduction: epistemic communities and international policy coordination. Int Organ. 1992;46(1):1-35.), como a defesa intransigente do direito à saúde e do papel estratégico dos técnicos no fortalecimento da atenção primária à saúde. Não se depreende daí que a comunidade epistêmica seja uma comunidade de consenso. As diferenças, apesar de suspensas pela lógica de equivalência constituída na articulação, seguem habitando a particularidade de seus elementos (99. Laclau E. Nuevas reflexiones sobre la revolución de nuestro tiempo. 2ª ed. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión; 2000.). A implantação do ensino remoto emergencial, ainda que tenha propiciado a criação de consensos provisórios em torno da defesa de novas competências para a formação docente, permitindo, assim, certa rubrica identitária à comunidade epistêmica (88. Pimentel Jr C. Políticas curriculares, pertencimento: ponderações sobre o uso do conceito de comunidades epistémicas em chave pós-estrutural. Rev Linhas. 2018;19(41):213-41. doi: 10.5965/1984723819412018213
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, p. 229), não representou uma homogeneização da defesa da educação a distância entre seus integrantes.

Outra característica reconhecida do modo de atuar das comunidades epistêmicas é a preocupação com a disseminação de suas concepções, seus diagnósticos e suas proposições. Todas as oficinas realizadas tiveram cobertura jornalística e ampla divulgação, gerando matérias no site da RETS (1616. Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde. Disponível em: https://www.rets.epsjv.fiocruz.br/ Acessado em 12 de abril de 2022.
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), publicação de informes e conteúdo para redes sociais, além da edição de um e-book (1717. Noronha AB, Batistella CE, Paro CA, Caetano K, Tobar LMS. Los desafíos de la formación de técnicos en salud en el contexto de la pandemia. Ciclo de talleres: síntesis y recomendaciones. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz; 2022. Disponível em: https://www.rets.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/arquivos/biblioteca/libro_final-02_esp.pdf Acessado em 14 de setembro de 2022.
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) com as sínteses das discussões e as principais recomendações para formuladores de políticas, gestores de educação e saúde, docentes e profissionais da saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O esforço empenhado pelo CC para gerar conhecimentos capazes de fortalecer as instituições formadoras no enfrentamento da pandemia foi potencializado pela estratégia do trabalho em rede. Mesmo considerando suas limitações (1818. Martínez AC, Malvarez S. La red de técnicos en salud (RETS): logros y desafíos. Trab Educ Saude. 2005;3(1):213-25. doi: 10.1590/S1981-77462005000100012
https://doi.org/10.1590/S1981-7746200500...
, 1919. Organización Panamericana de la Salud, Organización Mundial de la Salud (OPS/OMS). Redes de relacionamiento estratégico de la OPS/OMS: conceptos y lecciones aprendidas. Brasília: OPS; 2011. Disponível em https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/3568/9788579670671_spa.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acessado em de 26 fevereiro de 2022.
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), a RETS e suas sub-redes podem ser entendidas como meios de divulgação de ideias e de diagnósticos sobre a formação de técnicos em saúde por parte de integrantes de uma comunidade epistêmica global.

A despeito das inúmeras diferenças quanto à configuração histórica dos sistemas nacionais de saúde e dos sistemas formadores, o surgimento de desafios comuns na formação de técnicos propiciou a articulação de demandas, o compartilhamento de diagnósticos situacionais e a cooperação entre as redes, promovendo a troca de experiências, a busca de soluções estratégicas e a disseminação de recomendações entre os países.

Por outro lado, a capacidade da comunidade epistêmica de influenciar as políticas nacionais mostra-se ainda incipiente, já que “uma transferência bem-sucedida significa que as convicções partilhadas se tornam parte de uma agenda política” (77. Machoň M, Kohoutová J, Burešová J, Bobková J. Epistemic communities and their influence in international politics: updating of the concept. Janus.net. 2019;9(2):1-16. doi: 10.26619/1647-7251.9.2.1
https://doi.org/10.26619/1647-7251.9.2.1...
, p.2). Mesmo considerando que a comunidade se fortalece cada vez mais com as ações desencadeadas na articulação de seus integrantes — CCs, organismos de cooperação e redes de instituições formadoras —, as orientações e recomendações por ela difundidas ainda encontram pouca ressonância nas instâncias governamentais. Estruturalmente subalternizados na hierarquia da força de trabalho em saúde, os técnicos não recebem a devida atenção das políticas públicas. Apesar da aproximação observada em diversos países entre os setores responsáveis pela formação e aqueles que regulam seu trabalho (2020. Pronko M, Corbo A, Stauffer A, Lima JC, Reis R. A formação de trabalhadores técnicos em saúde no Brasil e no Mercosul. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz; 2011. Disponível em: https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/l168.pdf Acessado em 14 de setembro de 2022.
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), ainda é grande a distância a percorrer para que esses ordenamentos se traduzam na redução da invisibilidade desses trabalhadores, em sua valorização profissional e na qualificação dos processos formativos (1717. Noronha AB, Batistella CE, Paro CA, Caetano K, Tobar LMS. Los desafíos de la formación de técnicos en salud en el contexto de la pandemia. Ciclo de talleres: síntesis y recomendaciones. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz; 2022. Disponível em: https://www.rets.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/arquivos/biblioteca/libro_final-02_esp.pdf Acessado em 14 de setembro de 2022.
https://www.rets.epsjv.fiocruz.br/sites/...
, 2020. Pronko M, Corbo A, Stauffer A, Lima JC, Reis R. A formação de trabalhadores técnicos em saúde no Brasil e no Mercosul. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz; 2011. Disponível em: https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/l168.pdf Acessado em 14 de setembro de 2022.
https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/defau...
).

A incorporação do conceito de comunidade epistêmica na análise das políticas de formação de técnicos em saúde pode ser bastante produtiva na medida em que permite entender a contingência dos movimentos de aglutinação e a atuação de distintos atores na produção das políticas. No entanto, é preciso deslocar o foco dos atributos e das fronteiras que delimitam a comunidade para o modo como uma determinada rede de especialistas responde às demandas educacionais em determinado espaço-tempo de atuação política, entendendo, nas palavras de Pimentel (88. Pimentel Jr C. Políticas curriculares, pertencimento: ponderações sobre o uso do conceito de comunidades epistémicas em chave pós-estrutural. Rev Linhas. 2018;19(41):213-41. doi: 10.5965/1984723819412018213
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), que a comunidade não se forma a partir do reconhecimento de traços identitários em comum, prévios à articulação, mas na própria subjetivação política.

Declaração.

As opiniões expressas no manuscrito são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem necessariamente a opinião ou política da RPSP/PAJPH ou da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Agradecimentos.

Os autores agradecem aos membros da Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde pela sua participação nas diferentes sessões do ciclo de oficinas; ao Centro de Relações Internacionais da Fiocruz pelo apoio na organização das oficinas e na definição do estudo; e aos avaliadores deste manuscrito, que aportaram contribuições importantes para sua versão final.

  • Contribuições dos autores.
    CECB e ABMN foram responsáveis pela concepção do estudo, recolhimento e análise dos dados e redação da primeira versão do manuscrito. LFM foi responsável pelo recolhimento e análise dos dados. Todos os autores revisaram e aprovaram a versão final.
  • Financiamento.
    Parte deste trabalho se desenvolveu com o apoio do Programa Sub-regional de Cooperação da Organização Pan-Americana da Saúde para a América do Sul.
  • Conflito de interesses.
    Nada declarado pelos autores.

REFERÊNCIAS

  • 1.
    World Health Organization (WHO). Third round of the global pulse survey on continuity of essential health services during the COVID-19 pandemic. Interim report: November–December 2021. Genebra: WHO; 2022. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-2019-nCoV-EHS_continuity-survey-2022.1 Acessado em 6 de maio de 2022.
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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Mar 2023
  • Data do Fascículo
    2023

Histórico

  • Recebido
    14 Maio 2022
  • Aceito
    24 Ago 2022
Organización Panamericana de la Salud Washington - Washington - United States
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