Fitoterapia na atenção primária à saúde

Gisele Damian Antonio Charles Dalcanale Tesser Rodrigo Otavio Moretti-Pires Sobre os autores

Resumo

OBJETIVO

Caracterizar a inserção da fitoterapia em ações e programas na atenção primária à saúde no Brasil.

MÉTODOS

Realizou-se levantamento bibliográfico de artigos de periódicos e teses e dissertações nacionais. Foram utilizadas as bases de dados: SciELO, Lilacs, PubMed, Scopus, Web of Science e Portal de Teses Capes no período entre janeiro de 1988 e março de 2013. Foram analisados 53 estudos originais sobre ações, programas e aceitação de uso de fitoterápicos e plantas medicinais na atenção primária à saúde do Sistema Único de Saúde. Foram analisados dados bibliométricos, características das ações e programas, local e sujeitos envolvidos na pesquisa, tipo e objetivo dos estudos selecionados.

RESULTADOS

Entre 2003 e 2013 houve aumento das publicações em diferentes áreas de conhecimento, comparado ao período de 1990-2002. As ações e programas de fitoterapia inseridos nos serviços de atenção primária à saúde variaram em objetivos e ações: inserir outras opções terapêuticas, reduzir custos, resgatar saberes tradicionais, preservar a biodiversidade, promover o desenvolvimento social, estimular ações intersetoriais, interdisciplinares, de educação em saúde e a participação comunitária.

CONCLUSÕES

Nos últimos 25 anos houve aumento pequeno da produção científica sobre ações/programas de fitoterapia desenvolvidos na atenção primária à saúde. A inserção da fitoterapia nos serviços de atenção primária estimulou a interação entre usuários e profissionais de saúde. Também contribui para socialização da pesquisa científica e desenvolvimento da visão crítica tanto dos profissionais quanto da população sobre o uso adequado de plantas medicinais e fitoterápicos.

Fitoterapia, utilização; Plantas Medicinais; Atenção Primária à Saúde; Serviços de Saúde; Revisão


INTRODUÇÃO

A trajetória do uso de fitoterápicos e plantas medicinais no âmbito dos serviços de atenção primária à saúde no Brasil foi estimulada por movimentos populares, diretrizes de várias conferências nacionais de saúde e por recomendações da Organização Mundial da Saúde. A publicação da Portaria 971, de 3 de maio de 2006, e o Decreto 5.813, de 22 de junho de 2006, que regulamentam a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, foram marcos decisivos para a introdução do uso de plantas medicinais e fitoterápicos no sistema único de saúde. 9 Bruning MCR, Mosegui GBG, Vianna CMM. A utilização da fitoterapia e de plantas medicinais em unidades básicas de saúde nos municípios de Cascavel e Foz do Iguaçu - Paraná: a visão dos profissionais de saúde. Cienc Saude Coletiva. 2012;17(10):2675-85. DOI:10.1590/S1413-81232012001000017
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, aa Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica/Ministério da Saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2012.156 p:il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica; n. 31). [citado 2014 mar 22]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_31.pdf

Anteriormente à política e depois estimulados por elas, alguns estados e municípios institucionalizaram ações e programas com plantas medicinais na atenção primária à saúde. O uso da fitoterapia tem motivações diversas, tais como aumentar os recursos terapêuticos, resgatar saberes populares, preservar a biodiversidade, fomentar a agroecologia, o desenvolvimento social e a educação ambiental, popular e permanente. 3 Antonio GD, Tesser DC, Moretti-Pires RO. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária à saúde. Interface (Botucatu). 2013;17(46):615-33. DOI:10.1590/S1414-32832013005000014
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Todavia, até o momento há poucas revisões sobre estudos que registraram e analisaram essas experiências, sendo esse um tema relativamente pouco avaliado no campo da saúde coletiva.

O objetivo do presente estudo foi caracterizar a inserção da fitoterapia em ações e programas na atenção primária à saúde no Brasil.

MÉTODOS

Realizou-se levantamento bibliográfico de artigos de periódicos e teses e dissertações nacionais, indexados nas seguintes bases eletrônicas: PubMed, Scopus, Web of Science, SciELO, Lilacs e Portal de Teses Capes, de jan/1988 a mar/2013. Foram utilizadas combinações de palavras-chave e descritores como estratégia de busca. Nas bases internacionais foram pesquisados os descritores: “Herbal” AND “Primary Health Care”; “Plant Preparations” AND “Primary Health Care”; “Phytotherapy” AND “Primary Health Care”; “Phytotherapeutic Drugs” AND “Primary Health Care”; “Herbal” AND “Family Health”; “Phytotherapy” AND “Family Health”; “Plant Preparations” AND “Family Health”; “Complementary Therapies” AND phytotherapy AND “Primary Health Care”; “Complementary Therapies” AND phytotherapy AND “Family Health”; “Herbal” AND “Single Health System”; phytotherapy AND “Single Health System”; nas bases SciELO, Lilacs e Portal de teses da Capes as palavras-chaves pesquisadas foram: fitoterapia AND “Saúde Pública”, fitoterapia AND “Saúde da Família”, “Plantas Medicinais” AND “Saúde da Família”, “Plantas Medicinais” AND “Atenção Primária à Saúde”, “Plantas Medicinais” AND “Saúde Coletiva”. Entre o total de 511 estudos encontrados, foram selecionados somente os estudos primários que relatassem/analisassem a inserção de ações/programas e/ou aceitação/uso/prescrição de plantas medicinais no contexto dos serviços da atenção primária à saúde. Foram excluídos editoriais, matérias jornalísticas, estudos de avaliação de protocolos clínicos e técnicas, resenhas, comentários, revisão bibliográfica, manuais educativos, informações pessoais e pesquisas fitoquímicas, de farmacognosia, estudos farmacológicos e toxicológicos. Também foram excluídas três publicações dos anos de 1988 a 1990 por não estarem disponíveis na internet e no acervo de bibliotecas universitárias de instituições públicas federais ou estaduais do País, seja por empréstimo, seja por cópia dos textos. No total, foram selecionadas 53 publicações para análise ( Figura ).

Figura
Fluxograma de seleção das publicações.

As Tabelas 1 , 2 e 3 mostram a relação e a caracterização bibliométrica das publicações selecionadas (autoria, ano de publicação, tipo de estudo, população de referência da intervenção e o objetivo/enfoque do estudo). A caracterização das ações e programas desenvolvidos no contexto dos serviços da atenção primária à saúde brasileira foi sistematizada na Tabela 4 . Foram considerados programas os casos que envolviam atividades continuadas e institucionalizadas nos municípios. Foram consideradas ações o uso de plantas medicinais por profissionais de saúde e usuários como recurso terapêutico (indicação/prescrição) e/ou atividades educativas, interdisciplinares e intersetoriais desenvolvidas nos serviços de atenção primária à saúde.

Tabela 4
Características principais das ações e programas de fitoterapia consolidados na atenção primária à saúde no Brasil, 1990-2013.

RESULTADOS

Nos estudos analisados observou-se aumento da quantidade de publicações a partir de 1990. No período de 2003 a 2012 o número de publicações foi maior, comparado ao período de 1990 a 2002. Esse fato pode estar relacionado à instituição da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, bb Ministério da Saúde, Gabinete do Ministro. Portaria n° 971, de 3 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Brasília (DF); 2006 [citado 2014 mar 22]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0971_03_05_2006.html assim como à Política Nacional de Plantas Medicinais, cc Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto n° 5.813, 22 de junho de 2006. Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Brasília (DF); 2006 [citado 2014 mar 22]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5813.htm em 2006, que podem ter tido significado decisivo para o desenvolvimento de práticas integrativas na atenção primária. Embora pequena, houve expansão da produção científica sobre fitoterapia nos serviços de atenção primária à saúde, nos últimos 25 anos, possivelmente motivada pela institucionalização dessa prática por meio das citadas políticas nacionais bb Ministério da Saúde, Gabinete do Ministro. Portaria n° 971, de 3 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Brasília (DF); 2006 [citado 2014 mar 22]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0971_03_05_2006.html , cc Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto n° 5.813, 22 de junho de 2006. Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Brasília (DF); 2006 [citado 2014 mar 22]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5813.htm e seus desdobramentos em legislações sanitárias específicas, que podem ser consultadas no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). aa Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica/Ministério da Saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2012.156 p:il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica; n. 31). [citado 2014 mar 22]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_31.pdf

Em relação às publicações, observou-se a inserção de ações e programas com plantas medicinais com diversas características, objetivos e ações na atenção primária à saúde relevantes para promoção de saúde e para o cuidado profissional e autônomo. Registraram-se 24 estudos sobre programas de fitoterapia implantados e desenvolvidos em municípios e estados brasileiros ( Tabela 1 ), 13 estudos sobre as ações isoladas desenvolvidas no contexto dos serviços de atenção primária por profissionais de saúde ( Tabela 2 ) e 16 estudos sobre aceitação e uso/prescrição de plantas medicinais e fitoterápicos por profissionais de saúde nos serviços de atenção primária à saúde ( Tabela 3 ). Os estudos apresentaram variados métodos. O estudo de caso e o relato de experiência foram os principais métodos utilizados para descrever e analisar a implantação e desenvolvimento de programas de fitoterapia ( Tabela 1 ), enquanto os estudos etnográficos, etnobotânicos e pesquisas quali-quantitativas foram utilizados para analisar ações e a aceitação de uso de plantas medicinais por profissionais de saúde nos serviços de atenção primária ( Tabelas 2 e 3 ).

Tabela 1
Características dos estudos sobre implementação e desenvolvimento de programas de fitoterapia na atenção primária à saúde. Brasil, 1990-2012.
Tabela 2
Características dos estudos sobre ações com plantas medicinais e fitoterápicos desenvolvidas no contexto dos serviços de atenção primária à saúde. Brasil, 1990-2012.
Tabela 3
Características dos estudos sobre aceitação de uso e prescrição de plantas medicinais e fitoterápicos, por parte dos profissionais de saúde, no contexto dos serviços de atenção primária à saúde. Brasil, 1990-2013.

Os estudos sobre programas ( Tabela 1 ) e ações ( Tabela 2 ) de fitoterapia relataram que a inserção de fitoterápicos e plantas medicinais na atenção primária à saúde melhorou o acesso a outras possibilidades terapêuticas, além dos medicamentos de síntese, 1616  Graça C. Treze anos de fitoterapia em Curitiba. Divulg Saude Debate. 2004;(30):36-41. , 1717  Guimarães J, Vieira LA, Medeiros JC. Programa fitoterápico Farmácia Viva no SUS-Betim-Minas Gerais. Divulg Saude Debate. 2006;(36):41-7. , 2424  Matos FJA. O projeto Farmácias-Vivas e a fitoterapia no nordeste do Brasil. Rev Cienc Agrovet. 2006;5(1):24-32. , 2727  Nagai SC, Queirós MS. Medicina complementar e alternativa na rede básica de serviços de saúde: uma aproximação qualitativa . Cienc Saude Coletiva. 2011;16(3):1793-800. DOI:10.1590/S1413-81232011000300015
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, 2929  Ogava SEN, Pinto MTC, Kikuchi T, Menegueti VAF, Martins DBC, Coelho SAD, et al. Implantação do programa de fitoterapia “Verde Vida” na Secretaria de Saúde de Maringá (2000-2003). Rev Bras Farmacogn . 2003;13(Supl. 1):58-62. DOI:10.1590/S0102-695X2003000300022
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, 3737  Sacramento HT. O programa de fitoterapia do Município de Vitória (ES). Divulg Saude Debate . 2004;(30):59-65. , 4141  Silva MIG, Gondim APS, Nunes IFS, Sousa FCF. Utilização de fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à saúde da família no município de Maracanaú (CE). Rev Bras Farmacogn . 2006;16(4):455-62. DOI:10.1590/S0102-695X2006000400003
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fortaleceram a implementação de políticas públicas, 2525  Menéndez EL. Modelos de atención de los padecimientos: de exclusiones teóricas y articulaciones prácticas. Cienc Saude Coletiva. 2003;8(1):185-207. DOI:10.1590/S1413-81232003000100014
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, 3535  Reis MCP, Leda PHO, Pereira MTCL, Tunala EAM. Experiência na implantação do Programa de Fitoterapia do Município do Rio de Janeiro. Divulg Saude Debate. 2004;(30):42-9. o desenvolvimento local 1010  Carneiro SMO, Pontes LML, Gomes Filho VAF, Guimarães MA. Da planta ao medicamento: experiência da utilização da fitoterapia na atenção primária à saúde no Município de Itapipoca/CE. Divulg Saude Debate . 2004;(30):50-5. , 3333  Pires AM, Borella JC, Raya LC. Práticas alternativas de saúde na atenção básica na rede SUS de Ribeirão Preto/SP. Divulg Saude Debate. 2004;(30):56-8. e promoveram o resgate do saber tradicional da população. 4 Araújo MAM. Bactris e quebras-pedras. Interface (Botucatu). 2000;4(7):103-10. DOI:10.1590/S1414-32832000000200008
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, 1010  Carneiro SMO, Pontes LML, Gomes Filho VAF, Guimarães MA. Da planta ao medicamento: experiência da utilização da fitoterapia na atenção primária à saúde no Município de Itapipoca/CE. Divulg Saude Debate . 2004;(30):50-5. , 1616  Graça C. Treze anos de fitoterapia em Curitiba. Divulg Saude Debate. 2004;(30):36-41. , 2424  Matos FJA. O projeto Farmácias-Vivas e a fitoterapia no nordeste do Brasil. Rev Cienc Agrovet. 2006;5(1):24-32. , 2929  Ogava SEN, Pinto MTC, Kikuchi T, Menegueti VAF, Martins DBC, Coelho SAD, et al. Implantação do programa de fitoterapia “Verde Vida” na Secretaria de Saúde de Maringá (2000-2003). Rev Bras Farmacogn . 2003;13(Supl. 1):58-62. DOI:10.1590/S0102-695X2003000300022
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, 3737  Sacramento HT. O programa de fitoterapia do Município de Vitória (ES). Divulg Saude Debate . 2004;(30):59-65. , 4141  Silva MIG, Gondim APS, Nunes IFS, Sousa FCF. Utilização de fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à saúde da família no município de Maracanaú (CE). Rev Bras Farmacogn . 2006;16(4):455-62. DOI:10.1590/S0102-695X2006000400003
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Adicionalmente, tal inserção estimulou profissionais de saúde a organizar ações de educação em saúde 1010  Carneiro SMO, Pontes LML, Gomes Filho VAF, Guimarães MA. Da planta ao medicamento: experiência da utilização da fitoterapia na atenção primária à saúde no Município de Itapipoca/CE. Divulg Saude Debate . 2004;(30):50-5. , 1 Alvim NAT, Cabral IE. A aplicabilidade das plantas medicinais por enfermeiras no espaço do cuidado institucional. Esc Anna Nery. 2001;5(2):201-10. 7 Bastos RAA, Lopes AMC. A fitoterapia na rede básica de saúde: o olhar da enfermagem. Rev Bras Cienc Saude . 2010;14(2):21-8. , 2424  Matos FJA. O projeto Farmácias-Vivas e a fitoterapia no nordeste do Brasil. Rev Cienc Agrovet. 2006;5(1):24-32. , 2727  Nagai SC, Queirós MS. Medicina complementar e alternativa na rede básica de serviços de saúde: uma aproximação qualitativa . Cienc Saude Coletiva. 2011;16(3):1793-800. DOI:10.1590/S1413-81232011000300015
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, 3333  Pires AM, Borella JC, Raya LC. Práticas alternativas de saúde na atenção básica na rede SUS de Ribeirão Preto/SP. Divulg Saude Debate. 2004;(30):56-8. , 3737  Sacramento HT. O programa de fitoterapia do Município de Vitória (ES). Divulg Saude Debate . 2004;(30):59-65. , 4040  Santos MC, Tesser CD. Um método para implantação e promoção de acesso às práticas integrativas e complementares na Atenção Primária à Saúde. Cienc Saude Coletiva . 2011;17(11):3011-24. DOI:10.1590/S1413-81232012001100018
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, 4343  Thiago SCS, Tesser CD. Percepção de médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família sobre terapias complementares . Rev Saude Publica . 2011;45(2):249-57. DOI:10.1590/S0034-89102011005000002
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e ambiental, 1616  Graça C. Treze anos de fitoterapia em Curitiba. Divulg Saude Debate. 2004;(30):36-41. , 3737  Sacramento HT. O programa de fitoterapia do Município de Vitória (ES). Divulg Saude Debate . 2004;(30):59-65. além de ações intersetorais 1010  Carneiro SMO, Pontes LML, Gomes Filho VAF, Guimarães MA. Da planta ao medicamento: experiência da utilização da fitoterapia na atenção primária à saúde no Município de Itapipoca/CE. Divulg Saude Debate . 2004;(30):50-5. , 1212  Diniz RC. Programa Municipal de Fitoterapia no município de Londrina, Paraná (PR). Divulg Saude Debate . 2006;(34):73-80. , 1616  Graça C. Treze anos de fitoterapia em Curitiba. Divulg Saude Debate. 2004;(30):36-41. , 1717  Guimarães J, Vieira LA, Medeiros JC. Programa fitoterápico Farmácia Viva no SUS-Betim-Minas Gerais. Divulg Saude Debate. 2006;(36):41-7. , 2020  Leite SN, Schor N. Fitoterapia no Serviço de Saúde: significados para clientes e profissionais de saúde. Saude Debate. 2005;29(69):78-85. , 2 Alvim NAT, Ferreira MA, Cabral IE, Almeida Filho AJ. The use of medicinal plants as a therapeutical resource: from the influences of the professional formation to the ethical and legal implications of its applicability as an extension of nursing care practice. Rev Latino-Am Enfermagem. 2006 ; 14(3):316-23. DOI:10.1590/S0104-11692006000300003
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4 Araújo MAM. Bactris e quebras-pedras. Interface (Botucatu). 2000;4(7):103-10. DOI:10.1590/S1414-32832000000200008
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, 3333  Pires AM, Borella JC, Raya LC. Práticas alternativas de saúde na atenção básica na rede SUS de Ribeirão Preto/SP. Divulg Saude Debate. 2004;(30):56-8. , 3535  Reis MCP, Leda PHO, Pereira MTCL, Tunala EAM. Experiência na implantação do Programa de Fitoterapia do Município do Rio de Janeiro. Divulg Saude Debate. 2004;(30):42-9. , 3838  Sampaio LA, Oliveira DR, Kerntopf MR, Brito Júnior FE, Menezes IRA. Percepção dos enfermeiros da estratégia saúde da família sobre o uso da fitoterapia. REME Rev Min Enferm. 2013;17(1):76-84. DOI:10.5935/1415-2762.20130007
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, 4141  Silva MIG, Gondim APS, Nunes IFS, Sousa FCF. Utilização de fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à saúde da família no município de Maracanaú (CE). Rev Bras Farmacogn . 2006;16(4):455-62. DOI:10.1590/S0102-695X2006000400003
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(parceria com agricultura, educação, meio ambiente) e ações de extensão e pesquisa com universidades. 1616  Graça C. Treze anos de fitoterapia em Curitiba. Divulg Saude Debate. 2004;(30):36-41. , 2020  Leite SN, Schor N. Fitoterapia no Serviço de Saúde: significados para clientes e profissionais de saúde. Saude Debate. 2005;29(69):78-85. , 4141  Silva MIG, Gondim APS, Nunes IFS, Sousa FCF. Utilização de fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à saúde da família no município de Maracanaú (CE). Rev Bras Farmacogn . 2006;16(4):455-62. DOI:10.1590/S0102-695X2006000400003
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Alguns estudos apontaram obstáculos para a consolidação de ações e programas de fitoterapia nos serviços de saúde que incluem falta de estratégias de registro e acompanhamento de uso clínico (para que se reverta em evidências clínicas), 1717  Guimarães J, Vieira LA, Medeiros JC. Programa fitoterápico Farmácia Viva no SUS-Betim-Minas Gerais. Divulg Saude Debate. 2006;(36):41-7. , 3333  Pires AM, Borella JC, Raya LC. Práticas alternativas de saúde na atenção básica na rede SUS de Ribeirão Preto/SP. Divulg Saude Debate. 2004;(30):56-8. pouco investimento em estudo de plantas medicinais brasileiras, 1515  França WFA, Marques MMMR, Lira KDL, Higino ME. Terapêutica com plantas medicinais nas doenças bucais: a percepção dos profissionais no Programa de Saúde da Família do Recife. Odontol Clin Cient . 2007;6(3):233-7. , 1616  Graça C. Treze anos de fitoterapia em Curitiba. Divulg Saude Debate. 2004;(30):36-41. , 2929  Ogava SEN, Pinto MTC, Kikuchi T, Menegueti VAF, Martins DBC, Coelho SAD, et al. Implantação do programa de fitoterapia “Verde Vida” na Secretaria de Saúde de Maringá (2000-2003). Rev Bras Farmacogn . 2003;13(Supl. 1):58-62. DOI:10.1590/S0102-695X2003000300022
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, 3333  Pires AM, Borella JC, Raya LC. Práticas alternativas de saúde na atenção básica na rede SUS de Ribeirão Preto/SP. Divulg Saude Debate. 2004;(30):56-8. , 3737  Sacramento HT. O programa de fitoterapia do Município de Vitória (ES). Divulg Saude Debate . 2004;(30):59-65. , 4141  Silva MIG, Gondim APS, Nunes IFS, Sousa FCF. Utilização de fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à saúde da família no município de Maracanaú (CE). Rev Bras Farmacogn . 2006;16(4):455-62. DOI:10.1590/S0102-695X2006000400003
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déficit na formação e qualificação de recursos humanos 2 Alvim NAT, Ferreira MA, Cabral IE, Almeida Filho AJ. The use of medicinal plants as a therapeutical resource: from the influences of the professional formation to the ethical and legal implications of its applicability as an extension of nursing care practice. Rev Latino-Am Enfermagem. 2006 ; 14(3):316-23. DOI:10.1590/S0104-11692006000300003
https://doi.org/10.1590/S0104-1169200600...
, 3 Antonio GD, Tesser DC, Moretti-Pires RO. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária à saúde. Interface (Botucatu). 2013;17(46):615-33. DOI:10.1590/S1414-32832013005000014
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, 7 Bastos RAA, Lopes AMC. A fitoterapia na rede básica de saúde: o olhar da enfermagem. Rev Bras Cienc Saude . 2010;14(2):21-8. , 1010  Carneiro SMO, Pontes LML, Gomes Filho VAF, Guimarães MA. Da planta ao medicamento: experiência da utilização da fitoterapia na atenção primária à saúde no Município de Itapipoca/CE. Divulg Saude Debate . 2004;(30):50-5. , 1313  Fontanella F, Speck FP, Piovezan AP, Kulkamp IC. Conhecimento, acesso e aceitação das práticas integrativas e complementares em saúde por uma comunidade usuária do Sistema Único de Saúde na cidade de Tubarão/SC. ACM Arq Catarin Med . 2007;36(2):69-74.

14  Fontenele RP, Sousa DMP, Carvalho ALM, Oliveira FA. Fitoterapia na Atenção Básica: olhares dos gestores e profissionais da Estratégia Saúde da Família de Teresina (PI), Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2385-94. DOI:10.1590/S1413-81232013000800023
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15  França WFA, Marques MMMR, Lira KDL, Higino ME. Terapêutica com plantas medicinais nas doenças bucais: a percepção dos profissionais no Programa de Saúde da Família do Recife. Odontol Clin Cient . 2007;6(3):233-7.
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, 4040  Santos MC, Tesser CD. Um método para implantação e promoção de acesso às práticas integrativas e complementares na Atenção Primária à Saúde. Cienc Saude Coletiva . 2011;17(11):3011-24. DOI:10.1590/S1413-81232012001100018
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, 3535  Reis MCP, Leda PHO, Pereira MTCL, Tunala EAM. Experiência na implantação do Programa de Fitoterapia do Município do Rio de Janeiro. Divulg Saude Debate. 2004;(30):42-9. Também foi citada a ausência de recursos financeiros e apoio de gestores 1010  Carneiro SMO, Pontes LML, Gomes Filho VAF, Guimarães MA. Da planta ao medicamento: experiência da utilização da fitoterapia na atenção primária à saúde no Município de Itapipoca/CE. Divulg Saude Debate . 2004;(30):50-5. , 1212  Diniz RC. Programa Municipal de Fitoterapia no município de Londrina, Paraná (PR). Divulg Saude Debate . 2006;(34):73-80. , 1414  Fontenele RP, Sousa DMP, Carvalho ALM, Oliveira FA. Fitoterapia na Atenção Básica: olhares dos gestores e profissionais da Estratégia Saúde da Família de Teresina (PI), Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2385-94. DOI:10.1590/S1413-81232013000800023
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, 2828  Negrelle RRB, Tomazzoni MI, Ceccon MF, Valente TP. Estudo etnobotânico junto à Unidade Saúde da Família Nossa Senhora dos Navegantes: subsídios para o estabelecimento de programa de fitoterápicos na rede básica de saúde do município de Cascavel (Paraná). Rev Bras Plantas Med. 2007;9(3):6-22. , 3434  Pontes RMF, Monteiro PS, Rodrigues MCS. O uso de plantas medicinais no cuidado de crianças atendidas em um centro de saúde do Distrito Federal. Comun Cienc Saude. 2006;17(2):129-39. , 3535  Reis MCP, Leda PHO, Pereira MTCL, Tunala EAM. Experiência na implantação do Programa de Fitoterapia do Município do Rio de Janeiro. Divulg Saude Debate. 2004;(30):42-9.

Os estudos sobre aceitabilidade da fitoterapia por profissionais de saúde ( Tabela 3 ), nos serviços de atenção primária à saúde, apresentaram dificuldades diante da prescrição/orientação de plantas medicinais e fitoterápicos na prática clínica de médicos, enfermeiros e odontólogos de equipes de saúde. Também foram citadas estratégias para qualificar os profissionais de saúde no cotidiano de trabalho.

A ausência de uma formação técnico-prática relativa à fitoterapia no percurso acadêmico/profissional, refletindo de certa forma a realidade do ensino universitário nacional, 1 Alvim NAT, Cabral IE. A aplicabilidade das plantas medicinais por enfermeiras no espaço do cuidado institucional. Esc Anna Nery. 2001;5(2):201-10. 5 Badke MR, Budó MLD, Silva FM, Ressel LB. Plantas medicinais: o saber sustentado na prática do cotidiano popular. Esc. Anna Nery. 2011;15(1):132-9. DOI:10.1590/S1414-81452011000100019
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, 2222  Machado DC, Czermainski SBC, Lopes EC. Percepções de coordenadores de unidades de saúde sobre fitoterapia e outras práticas integrativas e complementares. Saude Debate. 2012;36(95):615-23. DOI:10.1590/S0103-11042012000400013
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, 3636  Rosa C, Câmara SG, Béria JU. Representações e intenção de uso da fitoterapia na atenção básica à saúde. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(1):311-8. DOI:10.1590/S1413-81232011000100033
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, 4343  Thiago SCS, Tesser CD. Percepção de médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família sobre terapias complementares . Rev Saude Publica . 2011;45(2):249-57. DOI:10.1590/S0034-89102011005000002
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foi considerada a principal dificuldade para prescrição da fitoterapia nos serviços de atenção primária e para orientação aos usuários sobre a sua utilização. 2 Alvim NAT, Ferreira MA, Cabral IE, Almeida Filho AJ. The use of medicinal plants as a therapeutical resource: from the influences of the professional formation to the ethical and legal implications of its applicability as an extension of nursing care practice. Rev Latino-Am Enfermagem. 2006 ; 14(3):316-23. DOI:10.1590/S0104-11692006000300003
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, 3 Antonio GD, Tesser DC, Moretti-Pires RO. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária à saúde. Interface (Botucatu). 2013;17(46):615-33. DOI:10.1590/S1414-32832013005000014
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, 7 Bastos RAA, Lopes AMC. A fitoterapia na rede básica de saúde: o olhar da enfermagem. Rev Bras Cienc Saude . 2010;14(2):21-8. , 1010  Carneiro SMO, Pontes LML, Gomes Filho VAF, Guimarães MA. Da planta ao medicamento: experiência da utilização da fitoterapia na atenção primária à saúde no Município de Itapipoca/CE. Divulg Saude Debate . 2004;(30):50-5. , 1313  Fontanella F, Speck FP, Piovezan AP, Kulkamp IC. Conhecimento, acesso e aceitação das práticas integrativas e complementares em saúde por uma comunidade usuária do Sistema Único de Saúde na cidade de Tubarão/SC. ACM Arq Catarin Med . 2007;36(2):69-74.

14  Fontenele RP, Sousa DMP, Carvalho ALM, Oliveira FA. Fitoterapia na Atenção Básica: olhares dos gestores e profissionais da Estratégia Saúde da Família de Teresina (PI), Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2013;18(8):2385-94. DOI:10.1590/S1413-81232013000800023
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15  França WFA, Marques MMMR, Lira KDL, Higino ME. Terapêutica com plantas medicinais nas doenças bucais: a percepção dos profissionais no Programa de Saúde da Família do Recife. Odontol Clin Cient . 2007;6(3):233-7.
- 1616  Graça C. Treze anos de fitoterapia em Curitiba. Divulg Saude Debate. 2004;(30):36-41. , 2020  Leite SN, Schor N. Fitoterapia no Serviço de Saúde: significados para clientes e profissionais de saúde. Saude Debate. 2005;29(69):78-85.

21  Lima Júnior JF, Dimenstein M. A fitoterapia na saúde pública em Natal/RN: visão do odontólogo. Saude Rev . 2006;8(19):37-44.
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, 2929  Ogava SEN, Pinto MTC, Kikuchi T, Menegueti VAF, Martins DBC, Coelho SAD, et al. Implantação do programa de fitoterapia “Verde Vida” na Secretaria de Saúde de Maringá (2000-2003). Rev Bras Farmacogn . 2003;13(Supl. 1):58-62. DOI:10.1590/S0102-695X2003000300022
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, 3333  Pires AM, Borella JC, Raya LC. Práticas alternativas de saúde na atenção básica na rede SUS de Ribeirão Preto/SP. Divulg Saude Debate. 2004;(30):56-8. , 3636  Rosa C, Câmara SG, Béria JU. Representações e intenção de uso da fitoterapia na atenção básica à saúde. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(1):311-8. DOI:10.1590/S1413-81232011000100033
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, 3838  Sampaio LA, Oliveira DR, Kerntopf MR, Brito Júnior FE, Menezes IRA. Percepção dos enfermeiros da estratégia saúde da família sobre o uso da fitoterapia. REME Rev Min Enferm. 2013;17(1):76-84. DOI:10.5935/1415-2762.20130007
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, 4040  Santos MC, Tesser CD. Um método para implantação e promoção de acesso às práticas integrativas e complementares na Atenção Primária à Saúde. Cienc Saude Coletiva . 2011;17(11):3011-24. DOI:10.1590/S1413-81232012001100018
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, 4343  Thiago SCS, Tesser CD. Percepção de médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família sobre terapias complementares . Rev Saude Publica . 2011;45(2):249-57. DOI:10.1590/S0034-89102011005000002
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Desse modo, a prescrição de fitoterápicos e plantas medicinais, por parte dos profissionais, poderia ser estimulada a partir do processo de educação continuada e permanente dos profissionais no cotidiano de trabalho das equipes de saúde. 7 Bastos RAA, Lopes AMC. A fitoterapia na rede básica de saúde: o olhar da enfermagem. Rev Bras Cienc Saude . 2010;14(2):21-8. , 3636  Rosa C, Câmara SG, Béria JU. Representações e intenção de uso da fitoterapia na atenção básica à saúde. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(1):311-8. DOI:10.1590/S1413-81232011000100033
https://doi.org/10.1590/S1413-8123201100...
, 4343  Thiago SCS, Tesser CD. Percepção de médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família sobre terapias complementares . Rev Saude Publica . 2011;45(2):249-57. DOI:10.1590/S0034-89102011005000002
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Assim, os profissionais capacitados poderiam reconhecer as plantas medicinais/fitoterápicos mais utilizados entre os pacientes que atendem 3 Antonio GD, Tesser DC, Moretti-Pires RO. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária à saúde. Interface (Botucatu). 2013;17(46):615-33. DOI:10.1590/S1414-32832013005000014
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, 7 Bastos RAA, Lopes AMC. A fitoterapia na rede básica de saúde: o olhar da enfermagem. Rev Bras Cienc Saude . 2010;14(2):21-8. , 1313  Fontanella F, Speck FP, Piovezan AP, Kulkamp IC. Conhecimento, acesso e aceitação das práticas integrativas e complementares em saúde por uma comunidade usuária do Sistema Único de Saúde na cidade de Tubarão/SC. ACM Arq Catarin Med . 2007;36(2):69-74. , 3636  Rosa C, Câmara SG, Béria JU. Representações e intenção de uso da fitoterapia na atenção básica à saúde. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(1):311-8. DOI:10.1590/S1413-81232011000100033
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e orientá-los. A identificação de práticas e recursos terapêuticos locais poderia contribuir para o desenvolvimento de estratégias adequadas na comunicação clínica entre profissional e usuário, 1 Alvim NAT, Cabral IE. A aplicabilidade das plantas medicinais por enfermeiras no espaço do cuidado institucional. Esc Anna Nery. 2001;5(2):201-10. , 3 Antonio GD, Tesser DC, Moretti-Pires RO. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária à saúde. Interface (Botucatu). 2013;17(46):615-33. DOI:10.1590/S1414-32832013005000014
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, 1616  Graça C. Treze anos de fitoterapia em Curitiba. Divulg Saude Debate. 2004;(30):36-41. , 2525  Menéndez EL. Modelos de atención de los padecimientos: de exclusiones teóricas y articulaciones prácticas. Cienc Saude Coletiva. 2003;8(1):185-207. DOI:10.1590/S1413-81232003000100014
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evitando práticas inadequadas que conduzam ao uso irracional, à crença nas propagandas midiáticas, 1111  Cruz PLB, Sampaio SF, Gomes TLCS. O uso de práticas complementares por uma equipe de Saúde da Família e sua população. Rev APS . 2012;15(4):486-95. às iatrogenias clínicas e à falta de adesão ao tratamento. 3 Antonio GD, Tesser DC, Moretti-Pires RO. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária à saúde. Interface (Botucatu). 2013;17(46):615-33. DOI:10.1590/S1414-32832013005000014
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Além disso, foi relatado que a inserção de ações com plantas medicinais aproxima profissionais – de diferentes contextos de uso de plantas medicinais –, com os serviços de atenção primária à saúde, por meio do diálogo com usuário e comunidade. 4 Araújo MAM. Bactris e quebras-pedras. Interface (Botucatu). 2000;4(7):103-10. DOI:10.1590/S1414-32832000000200008
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, 1515  França WFA, Marques MMMR, Lira KDL, Higino ME. Terapêutica com plantas medicinais nas doenças bucais: a percepção dos profissionais no Programa de Saúde da Família do Recife. Odontol Clin Cient . 2007;6(3):233-7. , 3636  Rosa C, Câmara SG, Béria JU. Representações e intenção de uso da fitoterapia na atenção básica à saúde. Cienc Saude Coletiva. 2011;16(1):311-8. DOI:10.1590/S1413-81232011000100033
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A inserção da fitoterapia suporia um protagonismo e corresponsabilização do usuário no diálogo profissional-paciente. 1 Alvim NAT, Cabral IE. A aplicabilidade das plantas medicinais por enfermeiras no espaço do cuidado institucional. Esc Anna Nery. 2001;5(2):201-10. , 3 Antonio GD, Tesser DC, Moretti-Pires RO. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária à saúde. Interface (Botucatu). 2013;17(46):615-33. DOI:10.1590/S1414-32832013005000014
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Araújo MAM. Bactris e quebras-pedras. Interface (Botucatu). 2000;4(7):103-10. DOI:10.1590/S1414-32832000000200008
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- 5 Badke MR, Budó MLD, Silva FM, Ressel LB. Plantas medicinais: o saber sustentado na prática do cotidiano popular. Esc. Anna Nery. 2011;15(1):132-9. DOI:10.1590/S1414-81452011000100019
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DISCUSSÃO

Ainda que o presente artigo não tenha realizado uma exploração exaustiva do conjunto de indicadores bibliométricos disponíveis para estudos dessa natureza, pode ser considerado como uma primeira aproximação à produção científica na área. O uso dos recursos disponíveis na base de dados da Lilacs, SciELO e portal de teses da Capes mostrou-se fértil para a realização do estudo, além de propiciar estudos posteriores, considerando o intenso uso de tecnologias eletrônicas de informações.

Devido ao pequeno número de publicações (53 estudos), sub-representados nos 350 municípios que oferecem fitoterapia na atenção primária à saúde no Brasil, não foi possível discutir sobre a existência de tendências, sazonalidade e significância na produção sobre o tema. Todavia, parece estar havendo aumento da produção científica sobre fitoterapia nos serviços de atenção primária à saúde.

Chama a atenção que no país com a maior biodiversidade do mundo, extensão territorial continental, grande riqueza cultural e de conhecimentos sobre plantas medicinais, 6 Barreiro EJ, Bolzani VS. Biodiversidade: fonte potencial para a descoberta de fármacos. Quim Nova. 2009;32(3):679-88. DOI:10.1590/S0100-40422009000300012 
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oriunda das três matrizes étnicas formadoras da população brasileira (indígena, africana e europeia), a atenção primária à saúde e o sistema único de saúde tenham tão poucas experiências registradas de ações com plantas medicinais disponíveis na literatura científica ao final da primeira década do século XXI.

Em relação à escassa literatura e diante do potencial da fitoterapia para a promoção e cuidado em saúde, levantamos algumas hipóteses. Além de haver sub-registro das ações, é provável que tenha havido pouco interesse acadêmico no estudo do tema, fazendo com que a literatura seja relativamente pobre em relação à quantidade e diversidade maiores de experiências com plantas medicinais na atenção primária à saúde. Isso pode também estar alinhado com o pouco apoio e ou ênfase governamentais e das instituições científicas de fomento à pesquisa dedicados a esse assunto. Perante o grande potencial desse uso e de produção de conhecimento e tecnologia 4646  Villas Bôas GK, Gadelha CAG. Oportunidades na indústria de medicamentos e a lógica do desenvolvimento local baseado nos biomas brasileiros: bases para a discussão de uma política nacional. Cad Saude Publica . 2007;23(6):1463-71. DOI:10.1590/S0102-311X2007000600021
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relacionados, pode-se considerar haver um desperdício de experiências nos serviços da atenção primária, em expansão via Estratégia Saúde da Família.

Outra hipótese é que o tema das plantas medicinais tem sido subvalorizado no Brasil 2020  Leite SN, Schor N. Fitoterapia no Serviço de Saúde: significados para clientes e profissionais de saúde. Saude Debate. 2005;29(69):78-85. devido ao predomínio amplo de um paradigma que vê o cuidado como centrado na quimioterapia, em que um único princípio ativo purificado e seu mecanismo de ação (modelo molecular e do sítio receptor) são os protótipos de entendimento e de ação na terapêutica. 4545  Viegas Jr C, Bolzani VS, Barreiro EJ. Os produtos naturais e a química moderna. Quím Nova. 2006;29(2):326-37. DOI: 10.1590/S0100-40422006000200025
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Isso faz com que o uso das plantas medicinais pareça um resquício de tempos subdesenvolvidos, primitivos e arcaicos de cuidado, e não como um futuro possível de tecnologias novas sustentáveis (e paradoxalmente antigas), aberto a modelos mais complexos de entendimento da ação das plantas sobre o ser humano. Mesmo a partir do paradigma instituído no isolamento de princípios ativos, este é dirigido com mais eficiência a partir de usos tradicionais das plantas, fazendo do pioneirismo potencial do Brasil um fato inconteste. 6 Barreiro EJ, Bolzani VS. Biodiversidade: fonte potencial para a descoberta de fármacos. Quim Nova. 2009;32(3):679-88. DOI:10.1590/S0100-40422009000300012 
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, 4646  Villas Bôas GK, Gadelha CAG. Oportunidades na indústria de medicamentos e a lógica do desenvolvimento local baseado nos biomas brasileiros: bases para a discussão de uma política nacional. Cad Saude Publica . 2007;23(6):1463-71. DOI:10.1590/S0102-311X2007000600021
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Pode-se sugerir ainda como hipótese para a escassez de literatura sobre o tema a ausência de integração de diferentes áreas de conhecimento (química, bioquímica, farmacologia, botânica, tecnologia farmacêutica, entre outras), necessária para obter um resultado efetivo na pesquisa e desenvolvimento de novos fitoterápicos. 4646  Villas Bôas GK, Gadelha CAG. Oportunidades na indústria de medicamentos e a lógica do desenvolvimento local baseado nos biomas brasileiros: bases para a discussão de uma política nacional. Cad Saude Publica . 2007;23(6):1463-71. DOI:10.1590/S0102-311X2007000600021
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Além disso, o fato de a maioria dos periódicos que publicaram sobre o tema ser de menor qualificação (Qualis) para Saúde Coletiva pode indicar uma relativa desvalorização do tema ou não priorização nas linhas editoriais dos periódicos científicos da área da saúde coletiva. 2020  Leite SN, Schor N. Fitoterapia no Serviço de Saúde: significados para clientes e profissionais de saúde. Saude Debate. 2005;29(69):78-85. , 4646  Villas Bôas GK, Gadelha CAG. Oportunidades na indústria de medicamentos e a lógica do desenvolvimento local baseado nos biomas brasileiros: bases para a discussão de uma política nacional. Cad Saude Publica . 2007;23(6):1463-71. DOI:10.1590/S0102-311X2007000600021
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A relevância científica do desenvolvimento de pesquisas sobre programas de fitoterápicos no Brasil está ligada à importância da temática para a produção de conhecimento em uma área ainda pouco desenvolvida, com poucos pesquisadores brasileiros, e na saúde coletiva. Todavia, a inserção do uso de fitoterápicos e plantas medicinais pode contribuir tanto para o acesso a outras opções terapêuticas de cuidado como para promover a articulação e o diálogo entre diferentes saberes, valores e práticas não regulamentadas científica e administrativamente ou pelo mercado, mas ainda encontradas nas comunidades, importantes para promoção de saúde e o cuidado institucional e autônomo. 3 Antonio GD, Tesser DC, Moretti-Pires RO. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária à saúde. Interface (Botucatu). 2013;17(46):615-33. DOI:10.1590/S1414-32832013005000014
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, 2525  Menéndez EL. Modelos de atención de los padecimientos: de exclusiones teóricas y articulaciones prácticas. Cienc Saude Coletiva. 2003;8(1):185-207. DOI:10.1590/S1413-81232003000100014
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A relevância prática e social do tema está ligada à necessidade de ampliar a visão de gestores, profissionais da saúde e pesquisadores para a importância do tema com implicações em práticas dialógicas, solidárias, participativas, interdisciplinares e intersetoriais de forma comprometida com o cuidado qualificado e culturalmente adequado 2525  Menéndez EL. Modelos de atención de los padecimientos: de exclusiones teóricas y articulaciones prácticas. Cienc Saude Coletiva. 2003;8(1):185-207. DOI:10.1590/S1413-81232003000100014
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na atenção primária à saúde, convergindo com o discurso da promoção da saúde. 3 Antonio GD, Tesser DC, Moretti-Pires RO. Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária à saúde. Interface (Botucatu). 2013;17(46):615-33. DOI:10.1590/S1414-32832013005000014
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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 2014

Histórico

  • Recebido
    10 Jun 2013
  • Aceito
    26 Fev 2014
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revsp@org.usp.br