Ciência & Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/csc/2004.v9n4/2017-01-13T00:12:00ZUnknown authorVol. 9 No. 4 - 2004WerkzeugEDITORIALS1413-812320040004000012017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLessa, Ines
<em>Lessa, Ines</em>;
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Doenças crônicas não-transmissíveis no Brasil: repercussões do modelo de atenção à saúde sobre a seguridade socialS1413-812320040004000022017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAchutti, AloyzioAzambuja, Maria Inês Reinert
<em>Achutti, Aloyzio</em>;
<em>Azambuja, Maria Inês Reinert</em>;
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A seguridade social envolve ações do poder público e da sociedade sobre direitos à previdência social, à assistência social e à própria saúde. Este artigo traça um esboço de cada um desses elementos. Muitas doenças crônicas não-transmissíveis têm fatores de risco comuns e demandam assistência continuada de serviços. Comparando-se nossa população com a dos EUA, vê-se que é praticamente do mesmo tamanho até a faixa dos 15 aos 24 anos. A americana é duas vezes maior dos 35 aos 44 anos e mais de quatro vezes maior acima dos 75 anos. Tais diferenças explicam porque o número de mortes por DCNT é muito mais baixo no Brasil: nossa população é mais jovem e morre antes. Na medida em que o processo de envelhecimento avance, especialmente, via redução da mortalidade precoce, aumentará a prevalência das DCNT e sua repercussão na seguridade social. Assim como a atenção à saúde, a previdência social e a assistência social sofrem pressões políticas, econômicas e culturais. Na tentativa de imaginar um cenário futuro possível para a seguridade social no Brasil discute-se a necessidade de reformular o orçamento do País, visando ao equilíbrio financeiro.Transição epidemiológica, modelo de atenção à saúde e previdência social no Brasil: problematizando tendências e opções políticasS1413-812320040004000032017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZTeixeira, Carmen Fontes
<em>Teixeira, Carmen Fontes</em>;
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Modelos assistenciais podem diminuir o impacto das DCNT na seguridade social?S1413-812320040004000042017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLoureiro, Sebastião
<em>Loureiro, Sebastião</em>;
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Por que não vivemos uma epidemia de doenças crônicas: o exemplo das doenças cardiovasculares?S1413-812320040004000052017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLotufo, Paulo Andrade
<em>Lotufo, Paulo Andrade</em>;
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Os autores respondemS1413-812320040004000062017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFrom degeneration to infection/inflammation, and from individual-centered to ecologic approaches to investigation of evolving patterns of diseases occurrences in populationsS1413-812320040004000072017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAzambuja, Maria Inês Reinert
<em>Azambuja, Maria Inês Reinert</em>;
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Variation in attributes of CHD cases over time suggests a temporal change in the source sub-population of cases. It is proposed that an early 20th century expansion of a CHD-prone sub-population, characterized by high-serum cholesterol phenotype and high case-fatality - and which contributed with most of the CHD cases and deaths during the 1960s - may have followed the 1918 Influenza Pandemic. The extinction of those birth-cohorts would have resulted in a relative increase in cases coming from a second source sub-population, characterized by insulin resistance and chronic expression of low grade inflammation markers, comparatively less vulnerable to acutely die from CHD. This re-interpretation of the CHD trend, and the abandonment of the idea of degeneration for inflammation/infection calls for a change in epidemiology. Besides exposures (diet, infection...), temporal variations in proportional representations of inherited and acquired phenotypes associated with individual resistance/vulnerability, would be important determinants of evolving patterns of diseases occurrences in populations.Estilos de vida e uso de serviços preventivos de saúde entre adultos filiados ou não a plano privado de saúde (inquérito de saúde de Belo Horizonte)S1413-812320040004000082017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLima-Costa, Maria Fernanda
<em>Lima-Costa, Maria Fernanda</em>;
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O objetivo deste estudo foi investigar as associações entre filiação a plano privado de saúde, alguns estilos de vida, aconselhamento médico sobre fumo e consumo de álcool e uso de serviços preventivos. O trabalho foi desenvolvido em uma amostra representativa de residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte com > 20 anos (13.851 participaram). Desses 34% eram filiados a plano privado e 66% dependiam exclusivamente do SUS. Os primeiros apresentavam hábitos mais saudáveis: fumavam menos, consumiam menos bebidas alcóolicas, praticavam mais exercícios e consumiam, mais freqüentemente, cinco ou mais porções diárias de frutas, verduras ou legumes frescos. Além disso, haviam recebido, com mais freqüência, aconselhamento médico sobre o consumo de álcool e cigarros. As prevalências de usos de serviços preventivos (pressão arterial, colesterol, mamografia, exame de papanicolau e pesquisa de sangue oculto nas fezes) eram significativamente mais altas entre os filiados a plano privado de saúde. Todas as associações acima mencionadas eram independentes do sexo, da idade, e da escolaridade. Esses resultados apontam para a premente necessidade de superação dessas iniqüidades.Modelos de determinação social das doenças crônicas não-transmissíveisS1413-812320040004000092017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAlmeida-Filho, Naomar
<em>Almeida-Filho, Naomar</em>;
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Este ensaio revisa criticamente marcos referenciais e modelos teóricos de determinação social das chamadas Doenças Crônicas Não-Transmissíveis. A sociologia funcionalista gerou modelos socioculturais de saúde que influenciaram o campo de investigação epidemiológica da chamada "nova morbidade" (basicamente enfermidades crônicas e degenerativas), posteriormente agrupados sob o rótulo genérico de Teoria do Estresse. Analisam-se abordagens neodurkheimianas das desigualdades sociais, baseadas no conceito de capital social, criticando especialmente os usos quase-teóricos da noção de "estilo de vida" no campo da saúde. Discutem-se ainda alguns modelos derivados do materialismo dialético que se tornaram bastante influentes na epidemiologia social latino-americana, com base nos conceitos de trabalho e classe social. Finalmente, considerando lacunas teóricas e conceituais dessas teorias parciais no que diz respeito ao espaço simbólico da vida social, apresentam-se as bases conceituais de um enfoque teórico alternativo - a "teoria do modo de vida e saúde". Tomada como síntese possível dos modelos objeto desta revisão crítica, considera-se esta teoria como especialmente indicada para a elaboração de modelos epidemiológicos de determinação social de doenças crônicas não-transmissíveis.As campanhas nacionais para detecção das doenças crônicas não-transmissíveis: diabetes e hipertensão arterialS1413-812320040004000102017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZToscano, Cristiana M.
<em>Toscano, Cristiana M.</em>;
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O diabetes mellitus e a hipertensão arterial estão associadas à morbidade e à mortalidade e são responsáveis por complicações cardiovasculares, encefálicas, coronarianas, renais e vasculares periféricas. Estudos recentes demonstraram que os benefícios da redução de fatores de risco para doenças cardiovasculares são significativos em indivíduos com diabetes melittus. O controle intensivo da hipertensão arterial tem se mostrado eficaz na redução de complicações em pacientes com diabetes e hipertensão. No entanto, não há evidência científica irrefutável acerca da eficiência dos programas de rastreamento para o diabetes melittus e a hipertensão. Na grande maioria das diretrizes vigentes, o rastreamento é recomendado de forma seletiva. Essas atividades apresentam oportunidades de se coletarem dados observacionais que, embora não substituam a evidência direta de ensaios clínicos randomizados, podem produzir importantes evidências sobre eficiência, custo e impacto. Com o propósito de reduzir a morbi-mortalidade associada à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus, o Ministério da Saúde implementou o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus no País, durante o período de 2001-2003.Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no BrasilS1413-812320040004000112017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSchramm, Joyce Mendes de AndradeOliveira, Andreia Ferreira deLeite, Iúri da CostaValente, Joaquim GonçalvesGadelha, Ângela Maria JourdanPortela, Margareth CrisóstomoCampos, Mônica Rodrigues
<em>Schramm, Joyce Mendes De Andrade</em>;
<em>Oliveira, Andreia Ferreira De</em>;
<em>Leite, Iúri Da Costa</em>;
<em>Valente, Joaquim Gonçalves</em>;
<em>Gadelha, Ângela Maria Jourdan</em>;
<em>Portela, Margareth Crisóstomo</em>;
<em>Campos, Mônica Rodrigues</em>;
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No Brasil, a transição epidemiológica não tem ocorrido de acordo com o modelo experimentado pela maioria dos países desenvolvidos. Velhos e novos problemas em saúde coexistem, com predominância das doenças crônico-degenerativas, embora as doenças transmissíveis ainda desempenhem um papel importante. Neste estudo, os diferenciais, em relação ao padrão epidemiológico, são descritos para o Brasil e grandes regiões, para o indicador de saúde dos estudos da carga de doença, o DALY. Entre os principais resultados encontrados, para o Brasil, destaca-se que o grupo das doenças não-transmissíveis, infecciosas/parasitárias/maternas/perinatais/nutricionais, e das causas externas representaram, respectivamente, 66,3%, 23,5% e 10,2% da carga total de doença estimada. A utilização do indicador DALY propicia a identificação de prioridades em função do perfil epidemiológico, facilitando a tomada de decisões e destinação adequada de recursos por parte dos gestores.A confiabilidade dos dados de mortalidade e morbidade por doenças crônicas não-transmissíveisS1413-812320040004000122017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLaurenti, RuyMello Jorge, Maria Helena P. deGotlieb, Sabina Léa D.
<em>Laurenti, Ruy</em>;
<em>Mello Jorge, Maria Helena P. De</em>;
<em>Gotlieb, Sabina Léa D.</em>;
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As estatísticas de mortalidade constituem- se em importante subsídio para o conhecimento do perfil epidemiológico de uma população, elaboração de indicadores de saúde e conseqüente planejamento de ações desse setor. No Brasil, esses dados são rotineiramente elaborados, desde 1975, pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, que tem cobertura estimada em torno de 82%, com variações nas regiões do país. Quanto à confiabilidade dos dados, está ocorrendo uma melhora gradativa, mas há, ainda, cerca de 14% de mortes classificadas como mal definidas. O objetivo deste trabalho é mostrar a confiabilidade dos dados de mortalidade e morbidade por doenças crônicas não-transmissíveis. A partir de investigações levadas a efeito por pesquisadores nacionais e internacionais, são feitos comentários e críticas, sendo possível concluir que, embora ainda não totalmente exatos ou confiáveis, esses dados são relevantes para numerosas avaliações epidemiológicas. É bom ressaltar que os dados brasileiros de mortalidade, do ponto de vista qualitativo, têm exatidão e fidedignidade semelhantes aos de qualquer outro país de longa tradição na elaboração dessas estatísticas.Cobertura de planos privados de saúde e doenças crônicas: notas sobre utilização de procedimentos de alto custoS1413-812320040004000132017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBahia, LigiaSimmer, ElaineOliveira, Daniel Canavese de
<em>Bahia, Ligia</em>;
<em>Simmer, Elaine</em>;
<em>Oliveira, Daniel Canavese De</em>;
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Com o objetivo de contribuir para especificar a origem das fontes de remuneração dos procedimentos de alto custo, relacionados com a assistência a doenças crônicas, o presente trabalho examina a utilização de procedimentos médicos selecionados por clientes vinculados a planos privados de saúde e pelos segmentos populacionais cobertos exclusivamente pelo SUS. O estudo se baseia na comparação entre taxas de utilização dos procedimentos selecionados, obtidos por meio de informações solicitadas a empresas de planos de saúde, consultas às fontes oficiais e estimativas fornecidas por informantes-chave. Apesar de possíveis problemas de classificação, as taxas de utilização dos clientes de planos privados de saúde para revascularização do miocárdio, angioplastia, artroplastia de quadril, e cirurgia de obesidade mórbida são mais elevadas do que as estimadas para os segmentos populacionais exclusivamente cobertos pelo SUS. Por outro lado, as proporções de transplantes hepáticos e terapias renais substitutivas remuneradas diretamente pelo SUS variam de 89% a 96%. Tais resultados sinalizam uma divisão de atribuições entre as esferas pública e privada no que se refere às fontes de remuneração dos procedimentos de alta complexidade.Doenças crônicas não-transmissíveis no Brasil: um desafio para a complexa tarefa da vigilânciaS1413-812320040004000142017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLessa, Ines
<em>Lessa, Ines</em>;
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A literatura na área da saúde pública é pobre em textos sobre vigilância epidemiológica (VE) para DCNT, mas contém várias propostas de programas e várias redes em andamento nos 5 continentes. O tema encontra-se em destaque mundial, não só pela liderança das doenças cardiovasculares na mortalidade na grande maioria dos países, como pela já considerada pandemia da obesidade, inclusive em crianças e adolescentes. A endemia do diabetes é esperada. No Brasil a situação é grave. O envelhecimento populacional é rápido, com expectativa de aumento real das freqüências da obesidade e o diabetes como problema populacional sem concomitantes estratégias de proteção e promoção da saúde no contexto das DCNT. Predomina maciçamente a prática clínica, mas sem assegurar o tratamento ininterrupto para as DCNT na rede básica de saúde. O texto apresentado aborda sumariamente a VE para DCNT de modo geral e comenta o Método Progressivo de VE para DCNT proposto pela OMS, no caso do Brasil. Para aceitá-la é imprescindível uma análise crítica dos dados secundários nacionais disponíveis e mencionados na proposta. É também necessário produzir, a curto prazo, dados primários metodologicamente padronizados com enfoque para fatores de risco.Entrevista: O enfoque das políticas do SUS para promoção da saúde e prevenção das DCNT: do passado ao futuroS1413-812320040004000152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFranco, Laércio JoelCampos, Geniberto PaivaMachado, Carlos Alberto
<em>Franco, Laércio Joel</em>;
<em>Campos, Geniberto Paiva</em>;
<em>Machado, Carlos Alberto</em>;
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Síntese da oficina de vigilância em doenças crônicas não-transmissíveisS1413-812320040004000162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZEntre quatro paredes: atendimento fonoaudiológico a crianças e adolescentes vítimas de violênciaS1413-812320040004000172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZNoguchi, Milica SatakeAssis, Simone Gonçalves deSantos, Nilton Cesar dos
<em>Noguchi, Milica Satake</em>;
<em>Assis, Simone Gonçalves De</em>;
<em>Santos, Nilton Cesar Dos</em>;
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Buscou-se levantar o conhecimento e a experiência de fonoaudiólogos da cidade do Rio de Janeiro sobre o problema da violência familiar contra a criança e o adolescente. Foi efetuado um survey via correio, com duplo envio de questionários, a uma amostra de profissionais registrados no Conselho Regional de Fonoaudiologia. Foram enviados 500 questionários sendo obtidas 224 respostas. Os resultados indicam que, dos 71% dos entrevistados que trabalham em consultório ou clínica particular, 25,8% já tiveram clientes infanto-juvenis que sofreram violência familiar. Apesar de somente 12,9% dos fonoaudiólogos trabalharem em centro/posto de saúde, quase a metade desses profissionais já atendeu vítimas de violência familiar (48,3%). Dos fonoaudiólogos que atenderam pelo menos um caso de violência, 88,9% indicaram o Conselho Tutelar para encaminhamento dos casos, mas somente quatro fonoaudiólogos afirmaram ter efetuado a notificação. Os resultados sugerem que, além da falta de informação sobre o tema, a configuração do trabalho deste profissional, em que predomina a atuação em consultórios particulares, dificulta a realização da notificação, já que não contam com um apoio institucional no enfrentamento deste grave problema.As mensagens sobre drogas no rap: como sobreviver na periferiaS1413-812320040004000182017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Vinícius Gonçalves Bento daSoares, Cássia Baldini
<em>Silva, Vinícius Gonçalves Bento Da</em>;
<em>Soares, Cássia Baldini</em>;
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O objetivo é analisar as mensagens sobre drogas nas letras de rap de grupos com representatividade e influência entre jovens da periferia de São Paulo. O rap é um gênero musical que faz parte de um movimento cultural - o hip hop -, que difunde uma visão social de mundo, principalmente nas periferias das grandes cidades. Por meio da Análise de Discurso estudaram-se 11 letras de 9 grupos. O tema marcante é a vida na periferia retratada pelo tráfico e consumo de drogas, pela violência e pela discriminação. O uso de drogas é compreendido por alguns grupos como conseqüência do modo de produção, e por outros, pelas características individuais, pela influência da família e dos amigos. As propostas para o enfrentamento e para a superação dos problemas estão voltadas à responsabilização do sujeito que, através de um esforço pessoal, não se envolveria com o tráfico e consumo de drogas consideradas perigosas e destrutivas como o crack e a cocaína. O fortalecimento de laços familiares e de amizade e a educação são também vistos como saídas para os problemas advindos do envolvimento com as drogas. As propostas invocam um discurso que, além de denunciar a situação dos jovens da periferia, propõe mecanismos de proteção para criar uma alternativa de "vida possível" - de convivência com a violência, com o tráfico e consumo de drogas.O uso de medicamentos na gravidezS1413-812320040004000192017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOsorio-de-Castro, Claudia Garcia SerpaPaumgartten, Francisco José RomaSilver, Lynn Dee
<em>Osorio-De-Castro, Claudia Garcia Serpa</em>;
<em>Paumgartten, Francisco José Roma</em>;
<em>Silver, Lynn Dee</em>;
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O uso de medicamentos na gravidez é cada vez mais intenso, enquanto a prática médica volta-se para a incorporação do conceito de risco. Embora a tragédia da talidomida tenha marcado o início da reflexão sobre a ocorrência de efeitos adversos de medicamentos usados durante a gestação, as percepções dos prescritores, no âmbito da terapêutica medicamentosa na gravidez, ainda oscilam entre a certeza de que tudo é nocivo e a relativa crença de que tudo é seguro até que se prove o contrário. Faz-se necessária a produção de evidências que substanciem as condutas clínicas. O ensaio clínico randomizado é considerado a pedra angular do paradigma da medicina baseada em evidências. Sugerem-se os contextos nos quais a aplicação dos diversos tipos de pesquisa clínica seriam apropriados na gestação e ainda o emprego ampliado da farmacoepidemiologia para a construção de evidências nessa população, por meio de estudos analíticos, em especial a coorte. Entende-se que estes estudos, desde que executados com rigor metodológico, possam oferecer informação balizada, geradora de hipóteses, essenciais para a prática clínica.Avaliação da qualidade da formação: contribuição à discussão na área da saúde coletivaS1413-812320040004000202017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZHortale, Virginia AlonsoMoreira, Carlos Otávio F.Koifman, Lilian
<em>Hortale, Virginia Alonso</em>;
<em>Moreira, Carlos Otávio F.</em>;
<em>Koifman, Lilian</em>;
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Visando contribuir com a discussão da implantação e implementação de mecanismos de avaliação de qualidade da formação na área da saúde coletiva, são abordadas neste artigo as principais características de processos de avaliação educacional a partir de alguns autores que tomam por base o conceito de qualidade. Entende-se ser necessária a criação de instrumentos de avaliação em todos os níveis da educação e que os instrumentos de avaliação das instituições de ensino devam ser calcados em princípios determinados pelos setores e representações pertinentes.A obesidade como objeto complexo: uma abordagem filosófico-conceitualS1413-812320040004000212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCarvalho, Maria CláudiaMartins, André
<em>Carvalho, Maria Cláudia</em>;
<em>Martins, André</em>;
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O artigo examina a construção de conceitos na área da saúde e sua utilização como um instrumento metodológico na dissolução de dicotomias limitantes como a de corpo/mente. O trabalho parte de uma perspectiva da filosofia em busca de uma aproximação com a realidade complexa da saúde coletiva, aplicada à problemática da obesidade. Discute a superação de oposições como a do "comer porque quero e não comer porque engorda" numa compreensão ética dos conflitos alimentares e agravos nutricionais, de modo a articular teoria e prática na contemporaneidade. Foram elaboradas, como exercício de conceituação, duas definições de obesidade. Uma levando em conta a capacidade singular de as pessoas estarem ativas e potentes na vida, e outra considerando os padrões atuais de normalidade para os corpos. Concluímos descrevendo algumas possibilidades de utilização desse recurso na área de alimentação e saúde de forma que o ser humano não seja reduzido a uma metade, seja ela corpo ou alma, mas que seja compreendido em sua integralidade.Comunicação em saúde: algumas reflexões a partir da percepção de pacientes acamados em uma enfermariaS1413-812320040004000222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZToralles-Pereira, Maria LúciaSardenberg, TrajanoMendes, Heloisa Wey BertiOliveira, Reinaldo Ayer de
<em>Toralles-Pereira, Maria Lúcia</em>;
<em>Sardenberg, Trajano</em>;
<em>Mendes, Heloisa Wey Berti</em>;
<em>Oliveira, Reinaldo Ayer De</em>;
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Investigam-se imagens e significados sobre experiências vivenciadas por pacientes no processo de atendimento/tratamento em uma enfermaria, visando problematizar questões éticas no cotidiano das práticas de saúde, que possam contribuir para refletir, no espaço da formação profissional, sobre situações que, muitas vezes, se "naturalizam" pela urgência da rotina. O trabalho consistiu em entregar câmaras fotográficas a cinco pacientes acamados, internados em uma Enfermaria de Ortopedia de um hospital universitário, no segundo semestre do ano de 2001, para que registrassem, pela fotografia, experiências que vivenciavam na condição de pacientes, procurando responder às perguntas: o que significa estar na cama sem poder sair dela? O que é bom e o que é ruim em sua rotina na Enfermaria? Buscando compreender o material pela ótica dos pacientes, apresenta-se aqui parte da experiência registrada e relatada. Os resultados obtidos apontam que entre as maiores dificuldades enfrentadas pelos pacientes entrevistados estão a dependência, gerando constrangimento e desconforto, e a falta de informação, gerando insegurança e ampliando a dependência.Informação e planejamento familiar como medidas de promoção da saúdeS1413-812320040004000232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMoura, Escolástica Rejane FerreiraSilva, Raimunda Magalhães da
<em>Moura, Escolástica Rejane Ferreira</em>;
<em>Silva, Raimunda Magalhães Da</em>;
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Trata-se de pesquisa de avaliação com abordagens quantitativa e qualitativa que teve por objetivo descrever as barreiras relacionadas à oferta de informações em planejamento familiar (PF) / métodos anticoncepcionais (MACs); identificar os atores responsáveis por esta atividade; levantar o conhecimento da clientela sobre os MACs e a noção que esta tem a respeito da importância de planejar a família. Os dados foram coletados por meio de entrevista e observação livre em uma região do Ceará. Os resultados descreveram uma prática de dar informação em PF centrada na orientação individual e atividades grupais ou coletivas sendo realizadas esporadicamente, o que a maioria dos enfermeiros atribuiu à sobrecarga de tarefas e ao elevado número de pessoas vinculado a uma Equipe de Saúde da Família (ESF); a ausência de médicos em algumas ESF, sobrecarregando o enfermeiro; e a escassez de matérias de apoio e de um espaço físico apropriado. A pílula, o preservativo masculino e o injetável foram os MACs mais conhecidos das mulheres entrevistadas, seguidos pelo DIU, a tabela e o aleitamento materno. Mesmo assim, ficou constatada a necessidade de maior divulgação dessas informações. Ressaltamos as percepções singulares descritas pelo grupo de mulheres, guardando informações de sentido bastante amplo sobre os benefícios do PF.Aplicação de um instrumento para detecção precoce e previsibilidade de agravos na população idosaS1413-812320040004000242017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZNegri, Leticya dos Santos AlmeidaRuy, Gustavo FavaratoCollodetti, João BoscoPinto, Luiz FelipeSoranz, Daniel Ricardo
<em>Negri, Leticya Dos Santos Almeida</em>;
<em>Ruy, Gustavo Favarato</em>;
<em>Collodetti, João Bosco</em>;
<em>Pinto, Luiz Felipe</em>;
<em>Soranz, Daniel Ricardo</em>;
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O aumento da população idosa exige mudanças nos modelos de assistência e previsão das doenças que acometem os idosos. Trata-se de um grupo etário cujos cuidados com a saúde devem ser maiores, uma vez que 80% de seus integrantes apresentam pelo menos uma enfermidade crônica. Em busca de uma assistência adequada à saúde do idoso, este estudo de natureza exploratória e corte transversal optou por aplicar um questionário a uma amostra intencional de 103 idosos que utilizaram os serviços numa semana típica de duas unidades de saúde do município de João Neiva (ES). Uma das unidades está na área rural, que possui uma equipe de saúde da família, e a outra na área urbana, que desenvolve atendimento com demanda espontânea e agendada. Este protocolo permite avaliar o quadro físico do paciente em diferentes grupos de riscos e grau de fragilização a que estão sujeitos. O alto risco de fragilização da população idosa de João Neiva é superior na área rural (54,6%) quando comparado à área urbana (42,4%). Os fatores de risco observados mais importantes para a previsibilidade de agravos foram gênero, faixa etária, autopercepção de saúde, e internação nos últimos 12 meses anteriores à entrevista. Sugere-se testar a validade do método em um estudo prospectivo, com uma amostra de tamanho maior.Aspectos epidemiológicos do uso de drogas entre estudantes do ensino médio no município de Palhoça 2003S1413-812320040004000252017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSanceverino, Sérgio LuizAbreu, José Luiz Crivelatti de
<em>Sanceverino, Sérgio Luiz</em>;
<em>Abreu, José Luiz Crivelatti De</em>;
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Este estudo teve como objetivo conhecer a prevalência do uso de drogas entre estudantes do ensino médio em um município do Sul do Brasil, em 2003, além de averiguar se houve utilização de algum serviço de saúde. Foi realizado em nove - entre dez - escolas de ensino médio da rede pública e particular. A amostra foi de 889 (18, 1%) em um universo de 4.909 estudantes - 4.139 (84,3%) da rede pública e 770 (15,7%) da rede particular. Os participantes responderam a questionário que seguiu o modelo utilizado por Galduróz, Noto e Carlini no IV Levantamento sobre o Uso de Drogas entre Estudantes de 1º e 2º graus em Dez Capitais Brasileiras. Os dados foram inseridos no Programa Epi Info 6.04d e observou-se que as drogas de maior prevalência foram o álcool, o tabaco, os inalantes, a maconha e as anfetaminas. Excetuando-se o álcool e o tabaco, as drogas mais consumidas entre as mulheres foram os inalantes, a maconha, os tranqüilizantes, as anfetaminas e os sedativos; e entre os homens, os inalantes, a maconha, as anfetaminas, os tranqüilizantes e a cocaína. O consumo de drogas também é maior entre estudantes de maior faixa etária e os que freqüentam as aulas no período noturno. Não se verificaram diferenças significativas entre os níveis socioeconômicos. Foram feitas comparações com outras pesquisas.O processo de cuidar participante com um grupo de gestantes: repercussões na saúde integral individual-coletivaS1413-812320040004000262017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZDelfino, Maria Regina RufinoPatrício, Zuleica MariaMartins, Andréia SimonSilvério, Maria Regina
<em>Delfino, Maria Regina Rufino</em>;
<em>Patrício, Zuleica Maria</em>;
<em>Martins, Andréia Simon</em>;
<em>Silvério, Maria Regina</em>;
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O artigo tem como objetivo conhecer a repercussão da aplicação de um processo de cuidar participante na saúde integral individual-coletiva de um grupo de gestantes. O estudo foi realizado através de atividade prática de cuidado em saúde, desenvolvida com um grupo de dez gestantes, no período de setembro a dezembro de 2002. As atividades grupais se deram em seis oficinas de saúde, ao término das quais foi realizada uma visita domiciliar a cada uma das participantes. Numa abordagem qualitativa, o levantamento dos dados foi realizado pela observação participante com entrevista nas dinâmicas de oficinas e nas visitas domiciliares, delineadas pelo Referencial do Cuidado Holístico-Ecológico. Através do processo de análise-reflexão-síntese, foram identificadas as repercussões do desenvolvimento do processo de cuidar participante nas seguintes dimensões: a gestante com ela própria; a gestante com o seu bebê e com os familiares; e os familiares e a gestante com a comunidade. A busca do conhecimento alicerçada na abordagem participante influenciou na ampliação do conceito de saúde e de cidadania no contexto das gestantes e dos seus coletivos. A utilização de abordagens dos novos paradigmas pode contribuir para a construção do conhecimento e com o processo de promoção da saúde, bem como subsidiar trabalhos interdisciplinares.O papel das ONGs na construção de políticas de saúde: a Aids, a saúde da mulher e a saúde mentalS1413-812320040004000272017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZRamos, Sílvia
<em>Ramos, Sílvia</em>;
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Este artigo analisa iniciativas da sociedade civil na elaboração de políticas de saúde no Brasil a partir do exame de três casos em que a atuação de organizações não-governamentais teve papel relevante nas três últimas décadas: a epidemia de Aids, a saúde da mulher e a reforma psiquiátrica. Situa o surgimento das ONGs no contexto dos movimentos de participação civil no Brasil, identifica suas características distintivas em relação a outras formas de associação e compara as trajetórias específicas nos casos da Aids, da saúde da mulher e do movimento psiquiátrico. O texto indica dilemas comuns ao campo das organizações não-governamentais no final dos anos 90 e aponta a necessidade de estudos sobre a participação de organizações da sociedade civil no desenvolvimento de políticas sociais, em especial das políticas contra a violência.A dádiva da sobriedade: a ajuda mútua nos grupos de alcoólicos anônimosS1413-812320040004000282017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMoreira, Martha Cristina Nunes
<em>Moreira, Martha Cristina Nunes</em>;
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Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúdeS1413-812320040004000292017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGomes, Maria Auxiliadora de S. Mendes
<em>Gomes, Maria Auxiliadora De S. Mendes</em>;
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A saúde pelo avessoS1413-812320040004000302017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSouza, Waldir da Silva
<em>Souza, Waldir Da Silva</em>;
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Sociologia da sexualidadeS1413-812320040004000312017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZNascimento, Elaine Ferreira do
<em>Nascimento, Elaine Ferreira Do</em>;
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Nota da editoria científica sobre plágioS1413-812320040004000322017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00Z