Ciência & Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/csc/2013.v18n4/2017-01-13T00:12:00ZVol. 18 No. 4 - 2013WerkzeugPrograma Nacional de Alimentação Escolar: limites e possibilidades para a garantia do direito humano à alimentação adequada, saudável e sustentávelS1413-812320130010000012017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZVasconcelos, Francisco de Assis Guedes de
<em>Vasconcelos, Francisco De Assis Guedes De</em>;
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A trajetória do Programa Nacional de Alimentação Escolar no período de 2003-2010: relato do gestor nacionalS1413-812320130010000022017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPeixinho, Albaneide Maria Lima
<em>Peixinho, Albaneide Maria Lima</em>;
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O objetivo deste estudo é realizar um relato do gestor nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), com ênfase no período de 2003 a 2010. Trata-se de ensaio crítico baseado em revisão da literatura e em dados oficiais. Em relação ao volume de recursos financeiros e ao número de alunos atendidos, observou-se que, em 2003, o Programa executou um total de 954,2 milhões de reais para atender 37,3 milhões de alunos, ao passo que em 2010, o total de recursos passou a ser de 3 bilhões de reais para um total de 45,6 milhões de alunos atendidos. Outros avanços importantes foram os estímulos para a ampliação e o fortalecimento do papel dos Conselhos de Alimentação Escolar e as estratégias normativas para as ações do nutricionista como Responsável Técnico. A Lei nº 11.947/2009 fez o PNAE avançar ainda mais, estendendo o programa para toda a rede pública de educação básica e de jovens e adultos, e recomendando que 30% dos repasses do FNDE sejam investidos na aquisição de produtos da agricultura familiar. São evidentes os avanços nos critérios técnicos e operacionais visando maior flexibilidade, eficiência e eficácia na gestão do PNAE. Espera-se que tais avanços possam se traduzir em melhoria das condições de alimentação e nutrição dos escolares.Reflexões sobre a atuação do nutricionista no Programa Nacional de Alimentação Escolar no BrasilS1413-812320130010000032017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZChaves, Lorena GonçalvesSantana, Thais Cristina MantovaniGabriel, Cristine GarciaVasconcelos, Francisco de Assis Guedes de
<em>Chaves, Lorena Gonçalves</em>;
<em>Santana, Thais Cristina Mantovani</em>;
<em>Gabriel, Cristine Garcia</em>;
<em>Vasconcelos, Francisco De Assis Guedes De</em>;
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O objetivo deste artigo é refletir sobre a atuação do nutricionista no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), com ênfase no número de profissionais, nas atribuições e nos avanços e desafios do profissional. Ensaio crítico realizado com base em revisão da literatura e em dados oficiais fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/Ministério da Educação (FNDE/MEC). Entre os anos de 2003 a 2011, o percentual de municípios brasileiros com nutricionistas cadastrados no PNAE/FNDE cresceu de 12% para 79%. Em 2011, dentre as regiões do país, a região Norte é a que apresentava o menor percentual de municípios cobertos por nutricionistas cadastrados (59%), a região Sul apresentava o maior valor (85%), enquanto que a cobertura nacional foi de 79%. Os resultados encontrados refletem desigualdade na distribuição dos profissionais entre as regiões. As diversas atividades do profissional no Programa sugerem a necessidade de constante atualização e formação do nutricionista atuante no PNAE. É necessário também o cumprimento e a fiscalização dos parâmetros numéricos de referência para contratação de nutricionistas nos distintos municípios e estados brasileiros.Panorama da compra de alimentos da agricultura familiar para o Programa Nacional de Alimentação EscolarS1413-812320130010000042017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSaraiva, Elisa BragaSilva, Ana Paula Ferreira daSousa, Anete Araújo deCerqueira, Gabrielle FernandesChagas, Carolina Martins dos SantosToral, Natacha
<em>Saraiva, Elisa Braga</em>;
<em>Silva, Ana Paula Ferreira Da</em>;
<em>Sousa, Anete Araújo De</em>;
<em>Cerqueira, Gabrielle Fernandes</em>;
<em>Chagas, Carolina Martins Dos Santos</em>;
<em>Toral, Natacha</em>;
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O artigo tem por objetivo apresentar um panorama da compra de alimentos provenientes da agricultura familiar, analisando o seu cumprimento frente às novas diretrizes de execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Trata-se de ensaio crítico realizado com base em revisão da literatura e em dados oficiais fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/Ministério da Educação/PNAE, referentes às prestações de contas dos órgãos gestores municipais relativas ao exercício 2010. O orçamento do PNAE em 2010 foi de aproximadamente R$ 2,5 bilhões e beneficiou 45,6 milhões de estudantes da educação básica e de jovens e adultos. Deste montante, R$ 150.397.052,68 foram destinados para a compra da agricultura familiar. No Brasil, 47,4% dos municípios adquiriram alimentos da agricultura familiar para o PNAE e o percentual médio de compra nestes municípios foi de 22,7%. Em função do caráter recente da legislação, destaca-se a necessidade de organização de gestores e agricultores para a efetivação desta normativa nos diferentes contextos brasileiros e assim contribuir tanto para o desenvolvimento econômico local, como para o fornecimento de refeições aos escolares que atendam aos princípios de uma alimentação saudável e adequada.Alimentação na escola e autonomia - desafios e possibilidadesS1413-812320130010000052017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBarbosa, Najla Veloso SampaioMachado, Neila Maria ViçosaSoares, Maria Cláudia VeigaPinto, Anelise Regina Royer
<em>Barbosa, Najla Veloso Sampaio</em>;
<em>Machado, Neila Maria Viçosa</em>;
<em>Soares, Maria Cláudia Veiga</em>;
<em>Pinto, Anelise Regina Royer</em>;
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Este estudo tem por objetivo evidenciar a alimentação na escola como importante política na promoção da autonomia dos estudantes por meio de uma educação alimentar e nutricional desenvolvida de modo curricular, integrado pelos diferentes atores e sob a ótica da cidadania. Retomar conceitos fundamentais no contexto da alimentação escolar, refletindo sobre eles por meio de pressuposições teóricas para identificar possíveis estratégias na promoção de cidadania e da autonomia na escola. As estratégias envolveram educação alimentar e nutricional com a presença cotidiana de qualidade e adequação na alimentação escolar, de debates sobre as diversas dimensões da alimentação no currículo vivido e com integração da alimentação no projeto pedagógico estendido a vários âmbitos do sistema de ensino. A alimentação na escola suscita que haja integração das ações, dos atores e dos diversos espaços sociais interessados pelo tema alimentação, como ministérios, sistemas de ensino, secretarias e escolas, de modo que se possa enfrentar, de modo integrado, sistemático, consistente e eficiente, as demandas da realidade contemporânea.Instrumento de avaliação das Boas Práticas em Unidades de Alimentação e Nutrição Escolar: da concepção à validaçãoS1413-812320130010000062017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZStedefeldt, ElkeCunha, Diogo Thimoteo daJúnior, Êneo Alves SilvaSilva, Sueli Maria daOliveira, Ana Beatriz Almeida de
<em>Stedefeldt, Elke</em>;
<em>Cunha, Diogo Thimoteo Da</em>;
<em>Júnior, Êneo Alves Silva</em>;
<em>Silva, Sueli Maria Da</em>;
<em>Oliveira, Ana Beatriz Almeida De</em>;
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O objetivo deste artigo é elaborar e validar instrumento de avaliação das Boas Práticas para Unidades de Alimentação e Nutrição Escolares. Estudo desenvolvido na cidade de Santos, realizado em dois momentos: 1) Elaboração da Lista de Verificação das Boas Práticas na Alimentação Escolar (Lista de Verificação BPAE) e; 2) Validação da Lista de Verificação BPAE com aplicação desta e de outras duas listas de referência em 76 escolas municipais. A sensibilidade e a especificidade foram estimadas por meio da Curva ROC - Receiver Operating Characteristics e a lista de verificação foi avaliada de acordo com a escala de Likert. Os blocos temáticos receberam pesos para o cálculo do percentual de adequação. Após aplicação das listas nas escolas foi observado valor de área sob a curva de 0,79 em relação à lista SS-196 e 0,85 para a Portaria 542/2006, indicando boa capacidade da Lista de Verificação BPAE em identificar inadequações. Esta lista recebeu avaliação positiva dos nutricionistas da alimentação escolar revelando que a mesma auxiliará na tomada de decisões para o controle de qualidade. A Lista de Verificação de BPAE elaborada e validada pode se constituir em importante instrumento para o controle de qualidade da alimentação escolar.Avaliação da presença de microrganismos indicadores higiênico-sanitários em alimentos servidos em escolas públicas de Porto Alegre, BrasilS1413-812320130010000072017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOliveira, Ana Beatriz Almeida deCapalonga, RobertaSilveira, Joice TrindadeTondo, Eduardo CesarCardoso, Marisa Ribeiro de Itapema
<em>Oliveira, Ana Beatriz Almeida De</em>;
<em>Capalonga, Roberta</em>;
<em>Silveira, Joice Trindade</em>;
<em>Tondo, Eduardo Cesar</em>;
<em>Cardoso, Marisa Ribeiro De Itapema</em>;
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Este estudo tem por objetivo avaliar a presença de microrganismos indicadores higiênico-sanitários em amostras de alimentos servidos em escolas públicas de Porto Alegre. Foram analisados todos os alimentos servidos na refeição do turno da visita, quanto à presença de Escherichia coli, Staphylococcus coagulase positiva, Salmonella sp. e Shigella sp. No total de 196 alimentos analisados de 120 escolas, 4 apresentavam contagem de Escherichia coli acima do permitido e dois tinham a presença de Staphylococcus coagulase positiva. Os gêneros Shigella e Salmonella não foram encontrados. Foi observado que a maioria das escolas estudadas servia alimentos dentro de padrões higiênico-sanitários adequados. Foi evidenciado que somente escolas municipais contavam com a orientação de responsável técnico pela alimentação escolar. Das escolas estaduais 60% nunca haviam recebido visita de nutricionista nas quais foram encontrados procedimentos em desacordo com as exigências da legislação. Na maioria das escolas, os alimentos servidos estavam dentro de padrões adequados, porém os problemas detectados demonstram a necessidade da implantação das Boas Práticas no ambiente escolar.O Programa Nacional de Alimentação Escolar sob a ótica dos alunos da rede estadual de ensino de Minas Gerais, BrasilS1413-812320130010000082017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Camilo Adalton Mariano daMarques, Luciana AraújoBonomo, ÉlidoBezerra, Olívia Maria de Paula AlvesCorrêa, Margareth da SilvaPassos, Letícia Siqueira FalceSouza, Anelise Andrade deBarros, Betannya FrançaSouza, Débora Maria Soares deReis, Joana Almeida dosAndrade, Noemi Gonçalves de
<em>Silva, Camilo Adalton Mariano Da</em>;
<em>Marques, Luciana Araújo</em>;
<em>Bonomo, Élido</em>;
<em>Bezerra, Olívia Maria De Paula Alves</em>;
<em>Corrêa, Margareth Da Silva</em>;
<em>Passos, Letícia Siqueira Falce</em>;
<em>Souza, Anelise Andrade De</em>;
<em>Barros, Betannya França</em>;
<em>Souza, Débora Maria Soares De</em>;
<em>Reis, Joana Almeida Dos</em>;
<em>Andrade, Noemi Gonçalves De</em>;
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O objetivo deste artigo é analisar o Programa de Alimentação Escolar sob a ótica dos alunos atendidos na rede estadual de ensino de Minas Gerais. Trata-se de estudo transversal, quali-quantitativo, com amostra de 1500 alunos, representativa do universo da rede estadual de ensino de Minas Gerais, utilizando questionário semiestruturado analisado por meio de frequência simples, média, desvio padrão, teste exato de Fisher, teste qui-quadrado e regressão logística (p < 0,05; IC 95%). Houve efetiva aceitação de 28,8% e efetiva adesão de 45,1% ao Programa. A aceitação foi significativamente maior entre alunos do sexo masculino e entre aqueles que apresentaram menor consumo de alimentos extrainstitucionais. A aceitação e a adesão foram significativamente maiores entre alunos do grupo etário mais velho e entre aqueles que referiram participar de atividades de Educação Alimentar e Nutricional. No total, 73,5% dos alunos sugeriram melhorias para a Alimentação Escolar. Muitos princípios e diretrizes do programa não estão sendo cumpridos. A aceitação da Alimentação Escolar mostrou-se negativamente influenciada pelo consumo de alimentos extrainstitucionais e positivamente influenciada pelas ações de Educação Alimentar e Nutricional.Conselhos Municipais de Alimentação Escolar em Santa Catarina: caracterização e perfil de atuaçãoS1413-812320130010000092017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGabriel, Cristine GarciaMachado, Manuella de SouzaSchmitz, Bethsáida de Abreu SoaresCorso, Arlete Catarina TittoniCaldeiras, Gilberto VerasVasconcelos, Francisco de Assis Guedes de
<em>Gabriel, Cristine Garcia</em>;
<em>Machado, Manuella De Souza</em>;
<em>Schmitz, Bethsáida De Abreu Soares</em>;
<em>Corso, Arlete Catarina Tittoni</em>;
<em>Caldeiras, Gilberto Veras</em>;
<em>Vasconcelos, Francisco De Assis Guedes De</em>;
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O objetivo deste estudo é avaliar os Conselhos Municipais de Alimentação Escolar (CAE) no Estado de Santa Catarina. Investigação transversal em amostra de municípios catarinenses (n = 152; 52%). Entrevistaram-se preferencialmente os presidentes dos CAE, pesquisando-se o perfil dos conselheiros, as atribuições realizadas e a relação do CAE com outras instâncias de controle social. Utilizou-se Regressão de Poisson para obter razões de prevalências bruta e ajustada. No modelo ajustado seguiu-se uma abordagem hierárquica. A maioria dos conselhos analisava a prestação de contas, fiscalizava os recursos, zelava pela qualidade do PNAE em todos os níveis, orientava o armazenamento dos alimentos, participava da elaboração do cardápio, acompanhava a compra de gêneros e tinha regimento interno. Entretanto, apenas 22,4% realizavam todas as atribuições com frequência maior ou igual à anual. Verificou-se associação positiva entre uma boa atuação do CAE e existência de relação com outros conselhos locais. A sensibilização dos CAE e o estímulo à atuação articulada com outros conselhos e atores envolvidos com a segurança alimentar e nutricional, são essenciais para a garantia do direito à alimentação saudável e adequada nas escolas.Escola: lugar de estudar e de comerS1413-812320130010000102017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFreitas, Maria do Carmo Soares deMinayo, Maria Cecília de SouzaRamos, Lilian BarbosaFontes, Gardênia VieiraSantos, Ligia AmparoSouza, Elizeu Clementino deSantos, Anderson Carvalho dosMota, Sara EmanuelaPaiva, Janaina Braga deBernardelli, Tânia MaraDemétrio, FranklinMenezes, Isadora
<em>Freitas, Maria Do Carmo Soares De</em>;
<em>Minayo, Maria Cecília De Souza</em>;
<em>Ramos, Lilian Barbosa</em>;
<em>Fontes, Gardênia Vieira</em>;
<em>Santos, Ligia Amparo</em>;
<em>Souza, Elizeu Clementino De</em>;
<em>Santos, Anderson Carvalho Dos</em>;
<em>Mota, Sara Emanuela</em>;
<em>Paiva, Janaina Braga De</em>;
<em>Bernardelli, Tânia Mara</em>;
<em>Demétrio, Franklin</em>;
<em>Menezes, Isadora</em>;
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Este estudo tem por objetivo discutir significados sobre alimentação escolar atribuídos por estudantes em escolas públicas na Bahia. Trata-se de compreender aspectos simbólicos associados à alimentação escolar na complexidade do mundo cotidiano da escola. Utiliza-se uma abordagem qualitativa para a compreensão do comer na escola e das noções sobre alimentação saudável, a partir das narrativas orais e escritas desses adolescentes. Os relatos enunciam oposições entre alimentação estranha e familiar e vice-versa. O que é familiar torna-se estranho a depender do tempo/lugar. Citam diversos exemplos de alimentos que são da tradição, mas que se tornam estranhos ou não habituais ao horário. A cultura alimentar dos estudantes requer a obtenção de alimentos em dois momentos: merenda e almoço (ou jantar). Entidades estas que são distintas, não se mesclam e devem estar presentes na escola, pois para estes atores sociais, estudar e comer são necessidades que se complementam.Alimentação escolar nas comunidades quilombolas: desafios e potencialidadesS1413-812320130010000112017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSousa, Lucilene Maria deMartins, Karine AnuscaCordeiro, Mariana de MoraisMonego, Estelamaris TroncoSilva, Simoni Urbano daAlexandre, Veruska Prado
<em>Sousa, Lucilene Maria De</em>;
<em>Martins, Karine Anusca</em>;
<em>Cordeiro, Mariana De Morais</em>;
<em>Monego, Estelamaris Tronco</em>;
<em>Silva, Simoni Urbano Da</em>;
<em>Alexandre, Veruska Prado</em>;
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O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) para estudantes de escolas públicas. Este artigo tem por objetivos discutir os desafios e as potencialidades da alimentação escolar nas comunidades quilombolas e relatar a experiência do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar da Universidade Federal de Goiás e Região Centro-Oeste (CECANE UFG/Centro-Oeste). Relato de experiência associado à sistematização da literatura sobre o PNAE, SAN e outras políticas. O acesso permanente e adequado às políticas sociais é um desafio para as comunidades quilombolas. Identificam-se na execução do PNAE entraves de ordem econômica, estrutural e social. Neste contexto, a Lei 11.947/2009 incentiva o desenvolvimento local, por meio da aquisição de alimentos da região e determina valor per capita diferenciado, traduzido em cardápio com alimentos da cultura negra e que atenda no mínimo 30% das necessidades nutricionais diárias. O CECANE UFG/Centro-Oeste no projeto alimentação, saúde e qualidade de vida de escolares quilombolas realiza ações em SAN. O campo da alimentação escolar mostra-se sensível às necessidades locais e apoia o desenvolvimento e a promoção da qualidade de vida.Formação de coordenadores pedagógicos em alimentação escolar: um relato de experiênciaS1413-812320130010000122017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSantos, Ligia Amparo da SilvaCarvalho, Danilo Melo de MoraisReis, Amélia Borba CostaRamos, Lilian BarbosaFreitas, Maria do Carmo Soares de
<em>Santos, Ligia Amparo Da Silva</em>;
<em>Carvalho, Danilo Melo De Morais</em>;
<em>Reis, Amélia Borba Costa</em>;
<em>Ramos, Lilian Barbosa</em>;
<em>Freitas, Maria Do Carmo Soares De</em>;
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Este artigo descreve a experiência de formação de coordenadores pedagógicos em Alimentação Escolar desenvolvida pelo Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar da Universidade Federal da Bahia. Utilizou-se da observação participante e análise de dados documentados em: filmagens, resumos de discussão grupal, avaliações processuais e finais e diários de campo. As experiências de formação foram em 2011, em dois municípios da Bahia e na capital de Sergipe, com 118 coordenadores pedagógicos de 79 municípios dos dois estados. Constatou-se que os objetivos da formação de sensibilizar e orientar os coordenadores para a transversalização do tema alimentação e nutrição no currículo escolar foram alcançados. A proposta educativa foi avaliada pelos participantes como "dinâmica", "produtiva" e "interativa", promovendo trocas de experiências. Embora considerem um tema relevante, os coordenadores pedagógicos não têm formação suficiente nos conhecimentos de alimentação e nutrição para subsidiar as suas práticas pedagógicas. Considera-se que a formação apresente limitações quanto a seu desdobramento no campo de trabalho, pois a sensibilização alcançada pode ser fragilizada na volta dos atores ao seu ambiente laboral por falta de uma formação permanente.Formação para nutricionistas que atuam no Programa Nacional de Alimentação Escolar: uma avaliação da efetividadeS1413-812320130010000132017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZScarparo, Ana Luiza SanderOliveira, Viviani Ruffo deBittencourt, Jaqueline Marcela VillafuerteRuiz, Eliziane Nicolodi FrancescatoFernandes, Patrícia FogaçaZys, Júlia ZanchettaMoulin, Cileide Cunha
<em>Scarparo, Ana Luiza Sander</em>;
<em>Oliveira, Viviani Ruffo De</em>;
<em>Bittencourt, Jaqueline Marcela Villafuerte</em>;
<em>Ruiz, Eliziane Nicolodi Francescato</em>;
<em>Fernandes, Patrícia Fogaça</em>;
<em>Zys, Júlia Zanchetta</em>;
<em>Moulin, Cileide Cunha</em>;
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O objetivo deste artigo é verificar a efetividade das formações de nutricionistas realizadas pelo Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CECANES UFRGS), entre 2007 e 2009. O foco da avaliação foi a percepção destes atores quanto à consecução dos objetivos da formação e quanto ao potencial das temáticas da formação em alterar o dia a dia de trabalho no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Para avaliação da efetividade foi utilizada a metodologia elaborada pela equipe do CECANES da UFRGS. A coleta de dados foi realizada com 118 nutricionistas, que atuam na alimentação escolar no RS, através de preenchimento de questionário eletrônico elaborado especificamente para esse trabalho. Observou-se que a formação cumpriu seus objetivos (P < 0,05), deixando claro para mais de 95% dos nutricionistas as atribuições e o que se espera do profissional no PNAE. Quando questionados sobre os obstáculos encontrados, os participantes relatam dificuldade em adaptar a teoria abordada na formação à realidade em que atuam. As temáticas trabalhadas contribuíram para a promoção de mudanças na execução do PNAE, principalmente em termos de difusão e atualização das normas e objetivos e na troca de experiências e práticas eficientes de gestão.A experiência da Oficina Permanente de Educação Alimentar e em Saúde (OPEAS): formação de profissionais para a promoção da alimentação saudável nas escolasS1413-812320130010000142017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZJuzwiak, Claudia RidelCastro, Paula Morcelli deBatista, Sylvia Helena Souza da Silva
<em>Juzwiak, Claudia Ridel</em>;
<em>Castro, Paula Morcelli De</em>;
<em>Batista, Sylvia Helena Souza Da Silva</em>;
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Este artigo tem por objetivo apresentar a experiência da Oficina Permanente de Educação Alimentar e em Saúde, um espaço de articulação dos profissionais envolvidos na promoção da alimentação saudável na escola. Em 2009, foram realizadas 10 oficinas com nutricionistas, diretores/assistentes de direção, coordenadores pedagógicos, professores e graduandos de nutrição, tendo como referências Paulo Freire e Pichon-Riviére. Os dados coletados foram analisados por meio da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Ao iniciar a participação na OPEAS, a relação entre os profissionais era distante e poucas atividades interdisciplinares eram desenvolvidas. Apreendeu-se como centrais na promoção da alimentação saudável: comunicação entre a equipe escolar; realização do trabalho conjunto; envolvimento de toda a comunidade escolar; inclusão da educação alimentar e nutricional no currículo e oferta de alimento como a ferramenta central de educação nutricional. Na avaliação somativa, foram apreendidas quatro ideias centrais situando a OPEAS como: aquisição de conhecimento, espaço para reflexão, oportunidade de integração e ideias para a prática. Espaços de Educação Permanente devem ser construídos com os profissionais para apoiar e fomentar as ações de promoção da alimentação saudável na escola.Qualidade de vida de professores de Instituições de Ensino Superior Comunitárias do Rio Grande do SulS1413-812320130010000152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZKoetz, LydiaRempel, ClaudetePérico, Eduardo
<em>Koetz, Lydia</em>;
<em>Rempel, Claudete</em>;
<em>Périco, Eduardo</em>;
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Qualidade de vida é a percepção dos sujeitos sobre sua posição perante a sociedade, permeada por sua cultura, valores e cotidiano e com vistas a seu objetivo e expectativas de vida e as formas de pensar sobre sua vida. O estudo investigou a qualidade de vida de docentes de instituições de ensino superior comunitárias não confessionais, com mais de 40 anos de atuação e com mais de dez mil alunos no Rio Grande do Sul. A pesquisa, com perfil quali-quantitativo e de corte transversal, ocorreu em agosto e setembro de 2011, através de um questionário de perfil profissional e do questionário WHOQOL-bref. Participaram 203 professores, perfazendo 17% do total de docentes das três instituições analisadas. Quando analisado o índice de qualidade de vida de acordo com a titulação dos docentes, os 22 especialistas apresentam o maior escore no domínio psicológico (72,1 ± 3,1) e o menor no domínio social (69,3 ± 4,4), entre os 125 mestres e os 43 doutores os maiores escores foram no domínio físico (74,8 ± 1,3 e 75,7 ± 2,1 respectivamente) e os menores no domínio ambiental (69,4 ± 1,0 e 70,8 ± 1,8 respectivamente). Conclui-se que o índice de qualidade de vida dos docentes foi enquadrado como bom em todos os domínios analisados e sem diferença estatística significativa entre eles.Prevalência de morbidades e sintomas em idosos: um estudo comparativo entre zonas rural e urbanaS1413-812320130010000162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Eveline Fronza daPaniz, Vera Maria VieiraLaste, GabrielaTorres, Iraci Lucena da Silva
<em>Silva, Eveline Fronza Da</em>;
<em>Paniz, Vera Maria Vieira</em>;
<em>Laste, Gabriela</em>;
<em>Torres, Iraci Lucena Da Silva</em>;
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Realizou-se um estudo transversal, com a população idosa moradora nas zonas rural e urbana caracterizando a prevalência de morbidades e sintomas. Entrevistou-se 229 idosos, com média de idade de 72,3 anos, 57,2% residem na zona urbana, 56,3% são do sexo feminino. As morbidades mais relatadas por residentes da zona urbana foram: insônia (37,7%), ansiedade (32,1%), depressão (26,7%); e na rural, diabetes (13,3%). Nesta, a Doença de Alzheimer foi mais prevalente em idosos que utilizam agrotóxicos (21,7%). Os sintomas mais prevalentes por moradores da zona urbana foram: tosse/coriza e visão alterada (41,2%), alergia/coceira (11,4%). Na rural, boca seca (25,4%), visão alterada (35,6%) e dor nas pernas (66,1%) que também foram mais prevalentes em quem utilizava agrotóxicos. O uso de Equipamentos de Proteção Individual de forma incompleta foi de 85,4% e 45,1% descartam as embalagens de forma inadequada. Há a necessidade de desenvolvimento de programas de saúde pública que auxiliem na promoção de saúde do idoso, e que considere a possível exposição dessa população a agrotóxicos com um determinante em saúde.Perfil de mulheres com alta fecundidade em um grande centro urbano no BrasilS1413-812320130010000172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSoares, Vânia Muniz NéquerSchor, Neia
<em>Soares, Vânia Muniz Néquer</em>;
<em>Schor, Neia</em>;
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Estudo quantitativo, descritivo que teve como objetivo conhecer e caracterizar as condições sociodemográficas, reprodutivas e de proteção social de mulheres que vivenciam alta fecundidade, em um grande centro urbano. A população pesquisada constituiu-se de 441 mulheres residentes em Curitiba que tiveram o quinto filho, ou mais, no ano de 2005, identificadas pela declaração de nascido vivo do último filho. Realizaram-se visitas domiciliares para entrevistas nos anos de 2006 a 2008. Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário semiestruturado. Os resultados foram apresentados em tabelas com frequências absolutas e relativas, médias e desvio padrão, permitindo delinear o seguinte perfil: mulher migrante do interior do estado, residente há mais de dez anos na capital, vinda de família numerosa, com 35 anos em média e cinco anos de estudo, com mais de uma união, vivendo em união consensual, subempregada, com renda média aproximada de R$ 600,00, responsável por sete dependentes ou mais. Confirmando claramente a vulnerabilidade dessas mulheres e suas famílias. Conclui-se que a busca ativa de mulheres com alta fecundidade pelas equipes de saúde da família, priorizando suas necessidades, contribuiria para a redução das desigualdades sociais e em saúde a que elas estão sujeitas.Vulnerabilidade ao burnout entre médicos de hospital público do RecifeS1413-812320130010000182017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLima, Raitza Araújo dos SantosSouza, Ariani Impieri deGalindo, Renata HirschleFeliciano, Katia Virginia de Oliveira
<em>Lima, Raitza Araújo Dos Santos</em>;
<em>Souza, Ariani Impieri De</em>;
<em>Galindo, Renata Hirschle</em>;
<em>Feliciano, Katia Virginia De Oliveira</em>;
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Identificou-se o burnout e fatores associados entre médicos de hospital público do Recife, Brasil, obtendo resposta de 158 profissionais (92,4% do total) para questionário autoaplicável (aspectos sociodemográficos, laborais e Maslach Burnout Inventory). Definiu-se burnout pela sobreposição de alta exaustão emocional (EE) e despersonalização (DP) e baixa realização profissional (RP). Aplicou-se qui-quadrado e teste exato de Fisher. Predominaram sexo feminino (83,5%) e tempo de profissão acima de 10 anos (81,6%). Constataram-se altos níveis de EE (61,4%) e DP (36,7%) e baixo nível de RP (13,3%), estando 5,1% com burnout. Mostraram associação: alto nível de EE e realizar "frequentemente/sempre" tarefas com muita rapidez e "nunca/às vezes" ter tempo suficiente; alto nível de DP e ter até dez anos de profissão e efetuar "frequentemente/sempre" tarefas com muita rapidez; baixo nível de RP e gênero feminino e "nunca/às vezes" ter tempo suficiente; burnout e executar "frequentemente/sempre" tarefas com muita rapidez, "nunca/às vezes" dispor de tempo suficiente, ser do gênero masculino e não ter expectativa de ascensão profissional. Para 37,3% duas das três dimensões indicavam alta propensão à síndrome. O burnout institui-se entre médicos, tornando premente a transformação das condições de trabalho.O papel das obstetrizes e enfermeiras obstetras na promoção da maternidade segura no BrasilS1413-812320130010000192017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZNarchi, Nádia ZanonCruz, Elizabete FrancoGonçalves, Roselane
<em>Narchi, Nádia Zanon</em>;
<em>Cruz, Elizabete Franco</em>;
<em>Gonçalves, Roselane</em>;
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O Brasil necessita melhorar a assistência à saúde materna e perinatal, haja vista os índices elevados de morbimortalidade e de cesáreas, o processo de medicalização do corpo feminino e a violação dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal. A partir da contribuição de pesquisadores e organismos internacionais dedicados ao estudo destas questões, este texto tem como finalidade oferecer subsídios teóricos que sustentem a proposta de que a promoção da maternidade segura requer a efetiva participação de obstetrizes e enfermeiras obstetras, profissionais que, a partir da perspectiva da promoção da saúde, podem colaborar na constituição de uma rede efetiva de cuidados, cuja premissa básica seja a atenção humanizada e baseada em evidências científicas a fim de melhorar a experiência da mulher e da família no processo de gestação, parto e pós-parto.Perfil socioeconômico, epidemiológico e farmacoterapêutico de idosos institucionalizados de Brasília, BrasilS1413-812320130010000202017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOliveira, Mirna Poliana Furtado deNovaes, Maria Rita Carvalho Garbi
<em>Oliveira, Mirna Poliana Furtado De</em>;
<em>Novaes, Maria Rita Carvalho Garbi</em>;
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O objetivo deste estudo é descrever o perfil socioeconômico, epidemiológico e farmacoterapêutico de 154 idosos de cinco Instituições de Longa Permanência de Brasília por meio de questionário adaptado do Método Dáder e complementado com informações dos prontuários. A amostra é caracterizada por indivíduos solteiros e viúvos, em sua maioria homens, com idade média de 74,6 anos, sedentários, com estado cognitivo preservado, baixa renda mensal e baixo nível de escolaridade. O grupo consome de quatro a cinco medicamentos e é acometido, principalmente, por distúrbios psiquiátricos e cardiovasculares. Os medicamentos mais utilizados são os cardiovasculares e os psicofármacos. A adesão à farmacoterapia é comprometida pela falta de conhecimento sobre a prescrição médica atual, dificuldade de acesso e recusa em tomar os medicamentos prescritos. Resultados sugerem que tal perfil influencia a qualidade e a eficácia da terapêutica medicamentosa indicando a necessidade de implementação de um acompanhamento farmacoterapeutico a esses idosos bem como de políticas públicas de saúde mais focadas nas particularidades dessa população a fim de proporcionar melhoria da qualidade de vida e redução dos custos com assistência à saúde.A promoção da saúde da criança: a participação da FisioterapiaS1413-812320130010000212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSá, Miriam Ribeiro Calheiros deGomes, Romeu
<em>Sá, Miriam Ribeiro Calheiros De</em>;
<em>Gomes, Romeu</em>;
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O artigo objetiva analisar, na literatura disponível, o estado da arte das ações fisioterapêuticas voltadas para a criança, tendo como foco a promoção da saúde. Com isso, através da problematização de ideias presentes na produção do conhecimento, pretende-se contribuir com subsídios para a formulação de princípios para a Fisioterapia e promover ações de atenção integral à saúde da criança. Metodologicamente, o estudo consiste numa revisão bibliográfica de cunho qualitativo, focando artigos disponíveis em bibliotecas virtuais e bases de dados nacionais e internacionais. São apontados quatro eixos temáticos que permeiam a discussão, a saber: Fisioterapia na perspectiva da promoção da saúde da criança; práticas corporais em diferentes níveis de atenção; Fisioterapia voltada para crianças em âmbito coletivo e intersetorialidade. As discussões da literatura consultada possibilitaram evidenciar limites para o desenvolvimento da Fisioterapia voltada para a criança numa perspectiva da promoção da saúde.A tese da judicialização da saúde pelas elites: os medicamentos para mucopolissacaridoseS1413-812320130010000222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMedeiros, MarceloDiniz, DeboraSchwartz, Ida Vanessa Doederlein
<em>Medeiros, Marcelo</em>;
<em>Diniz, Debora</em>;
<em>Schwartz, Ida Vanessa Doederlein</em>;
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O artigo avalia a hipótese de se a judicialização de medicamentos para o tratamento das mucopolissacaridoses no Brasil seria uma ação das elites econômicas. Debatem-se estudos prévios que defendem a tese da judicialização pelas elites em outros medicamentos. Discute-se, a metodologia desses estudos e as inferências dela derivadas e o respaldo empírico dessa tese no caso de um dos medicamentos judicializados de mais alto custo para o SUS. Foram analisados os 196 processos julgados entre fevereiro de 2006 e dezembro de 2010 que determinam a provisão gratuita dos medicamentos para mucopolissacaridoses pelo Ministério da Saúde. Há evidências de que os custos advocatícios sejam financiados por entidades interessadas nos resultados da judicialização, como as empresas distribuidoras ou indústrias farmacêuticas, de que pode haver migração dos pacientes para diagnóstico e tratamentos em centros universitários de referência para a inovação médica no país, e de que a opção por serviços públicos se dá por sua capacidade técnica e científica superior à de outras instituições. Logo, a advocacia privada, indicadores de exclusão social do local de residência dos pacientes e uso de serviços públicos não são informações de classe que corroborem ou refutem a tese da judicialização pelas elites.Percepção de profissionais de saúde de CAPS I quanto a demandas relativas ao consumo de crackS1413-812320130010000232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZHorta, Rogério LessaEsswein, Georgius CardosoHorta, Cristina Lessa
<em>Horta, Rogério Lessa</em>;
<em>Esswein, Georgius Cardoso</em>;
<em>Horta, Cristina Lessa</em>;
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Pesquisa qualitativa que analisa dois grupos focais realizados em 2009 com vinte trabalhadores de dois CAPS I da região de Porto Alegre, para verificar a sua percepção diante do aumento de demandas que a expansão do crack tende a gerar sobre as redes locais de saúde mental. Propôs-se que debatessem o que lhes parecia fonte de sobrecarga e insatisfação em geral e, especificamente, em função das demandas de usuários de crack. Os resultados mostram forte preocupação com a instabilidade dos contratos de trabalho, levando à falta de projeção no futuro. Além disso, o acúmulo de tarefas para suprir carências das equipes, justificando-se o limitado interesse em planejar ações de longo prazo e a opção por tarefas menos complexas. Consideraram-se problemas na rotina de trabalho as ordens judiciais e a interferência de agentes públicos, pedido expresso de hospitalização, familiares sem postura cooperativa, querelantes e usuários desmotivados para o tratamento ou reingressando no serviço. As equipes parecem estar no centro um conflito entre a impossibilidade de se evitar o surgimento de demandas da população usuária das redes locais de saúde, o que se evidencia no contexto do uso de crack, e os limites da gestão, ampliando o desgaste e a sobrecarga percebidos.Prevalência de transtornos alimentares em trabalhadores urbanos de município do Nordeste do BrasilS1413-812320130010000242017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPrisco, Ana Paula KalilAraújo, Tânia Maria deAlmeida, Maura Maria Guimarães deSantos, Kionna Oliveira Bernardes
<em>Prisco, Ana Paula Kalil</em>;
<em>Araújo, Tânia Maria De</em>;
<em>Almeida, Maura Maria Guimarães De</em>;
<em>Santos, Kionna Oliveira Bernardes</em>;
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Este artigo tem por objetivo, estimar a prevalência de transtornos alimentares em trabalhadores residentes em área urbana de Feira de Santana, Bahia. Trata-se de estudo epidemiológico de corte transversal exploratório, incluindo 1.273 trabalhadores, aleatoriamente selecionados. Características sociodemográficas e do trabalho, hábitos de vida, aspectos psicossociais do trabalho e transtornos alimentares foram investigados. Foi predominante o sexo feminino (60,2%), os mais jovens (51,7% tinham até 35 anos), casados (53,1%), de cor parda (55,2%), com ensino médio (51,5%) e com baixa renda (81,2%). As prevalências de Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica e Bulimia Nervosa foram, respectivamente, 4,3% e 1,0%. As prevalências foram mais elevadas entre os que apresentaram consumo abusivo de álcool, insatisfação com o peso, história de agressão na infância, problema financeiro/preocupações, pertenciam aos setores de serviços domésticos e comércio, os que tinham vínculo informal de trabalho e os que estavam no grupo de trabalho de alta exigência. Além de investigar a relação entre os transtornos alimentares e o trabalho, obteve-se dados sobre esses transtornos em estudo de base populacional. Espera-se que os achados obtidos possam fomentar políticas de saúde para os transtornos alimentares.Controle do tabagismo em instituição de longa permanência para idosos: relato de experiênciaS1413-812320130010000252017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCarvalho, Anderson Albuquerque deGomes, LucyLoureiro, Altair LahudBezerra, Armando José China
<em>Carvalho, Anderson Albuquerque De</em>;
<em>Gomes, Lucy</em>;
<em>Loureiro, Altair Lahud</em>;
<em>Bezerra, Armando José China</em>;
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Estudos sobre tabagismo em idosos institucionalizados são importantes, para que se desenvolvam intervenções apropriadas. Estudo transversal, base populacional, em indivíduos com 60 anos ou mais, internados em ILPI do DF. Verificou-se prevalência de tabagismo, perfil sociodemográfico e clínico: gênero, escolaridade, provável depressão, grau de motivação para cessação tabágica, uso anterior de auxílio medicamentoso para abolição do tabagismo e percepção de prejuízo do fumo para a saúde. Realizadas espirometria, medição do monóxido de carbono exalado e classificação segundo gravidade da dependência nicotínica. O Programa seguiu diretrizes para cessação do tabagismo, sendo avaliado após um ano do início. Do total, 25,7% eram fumantes, sendo 22,8% homens e 2,9% mulheres, com idade média 68,3 ± 8,5 anos. Surgiu significativa redução da prevalência de tabagismo nos mais idosos e associações significativas entre grau de dependência nicotínica e escolaridade, provável depressão, grau de motivação para cessação de tabagismo e percepção de prejuízo do fumo para saúde. Identificaram-se maiores valores de monóxido de carbono naqueles com obstrução grave. Inicialmente, 37,9% dos tabagistas concordaram em participar da Campanha, obtendo-se êxito, após um ano, em 9% deles.Contextos e padrões do uso indevido de benzodiazepínicos entre mulheresS1413-812320130010000262017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSouza, Ana Rosa Lins deOpaleye, Emérita SátiroNoto, Ana Regina
<em>Souza, Ana Rosa Lins De</em>;
<em>Opaleye, Emérita Sátiro</em>;
<em>Noto, Ana Regina</em>;
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O uso indevido de benzodiazepínicos, especialmente entre mulheres, tem despertado preocupação na área de saúde pública. Este estudo objetivou compreender qualitativamente crenças e valores associados ao consumo indevido dessa substância por mulheres. Foram entrevistadas trinta e três mulheres (18-60 anos) com histórico de uso indevido de benzodiazepínicos no último ano, selecionadas intencionalmente e por critérios. Os discursos foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo com auxílio do software NVivo. A maioria das entrevistadas referiu tempo de uso bem superior ao recomendado (mediana: 7 anos) e compra com receita médica. Os motivos de uso mais citados foram diminuição da ansiedade, problemas de insônia e fuga dos problemas. Apesar de reconhecerem a possibilidade de dependência, esta não motivou a interrupção do uso. O acompanhamento médico não pareceu, necessariamente, estimular a percepção de risco dos benzodiazepínicos, sendo um fator que favoreceu a manutenção do uso prolongado.A endogamia explicaria a elevada prevalência de deficiências em populações do Nordeste brasileiro?S1413-812320130010000272017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSantos, Silvana Cristina dosMelo, Uirá SoutoLopes, Simone Silva dos SantosWeller, MathiasKok, Fernando
<em>Santos, Silvana Cristina Dos</em>;
<em>Melo, Uirá Souto</em>;
<em>Lopes, Simone Silva Dos Santos</em>;
<em>Weller, Mathias</em>;
<em>Kok, Fernando</em>;
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Apesar da inexatidão conceitual e de métodos de aferição, a OMS estima que cerca de 10% da população mundial apresente alguma forma de deficiência. Com a finalidade de investigar a prevalência e a etiologia das deficiências e verificar se elas estariam associadas à endogamia, foi realizado um estudo epidemiológico transversal com uso do método do informante envolvendo cinco municípios do Estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro; nos quais foram estimadas frequências de casamentos consanguíneos que variam de 9 a 32%. A prevalência média estimada para deficiências nos cinco municípios amostrados foi de 4,53%, obtida por meio de entrevistas envolvendo 37,87% de uma população de 39.054 habitantes. Em média, 25% dos casais consanguíneos e 12% dos não consanguíneos apresentaram um ou mais filhos com alguma deficiência. A elevada prevalência de pessoas com deficiência no Nordeste brasileiro pode ter associação com a manutenção da tradição de casamentos consanguíneos nessas populações e parte dessas deficiências pode ser causada por doenças genéticas.Saúde e relações de gênero: uma reflexão sobre os desafios para a implantação de políticas públicas de atenção à saúde da mulher indígenaS1413-812320130010000282017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFerreira, Luciane Ouriques
<em>Ferreira, Luciane Ouriques</em>;
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O presente artigo apresenta alguns contrastes existentes entre os discursos das políticas públicas de atenção à saúde da mulher, particularmente da indígena, e o discurso etnológico que enfatiza a especificidade das relações de gênero em sociedades indígenas. Partimos do pressuposto que o desenvolvimento dessas políticas públicas e a organização dos serviços de atenção à saúde, se bem que necessários, têm um efeito transformador sobre as relações de gênero vigentes nas sociedades ameríndias. Por um lado, as relações de gênero entre os povos indígenas estão associadas aos domínios do parentesco e da corporalidade. Por outro, o processo de construção de políticas públicas, por meio da intervenção biomédica e da medicalização do corpo feminino, se constitui em uma ferramenta poderosa de modelamento de corpos e construção de subjetividades contribuindo para forjar mulheres como sujeitos de cidadania. A categoria mulher está em pauta e o seu conteúdo está sendo negociado.Risco reprodutivo e renda familiar: análise do perfil de gestantesS1413-812320130010000292017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZXavier, Rozania BicegoJannotti, Claudia BonanSilva, Katia Silveira daMartins, Aline de Carvalho
<em>Xavier, Rozania Bicego</em>;
<em>Jannotti, Claudia Bonan</em>;
<em>Silva, Katia Silveira Da</em>;
<em>Martins, Aline De Carvalho</em>;
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Em face do desafio de enfrentar a morbimortalidade materna e perinatal, a discussão sobre risco reprodutivo e sua associação com situações de vulnerabilidade em saúde é relevante à saúde publica. A pesquisa realizada teve como objetivos descrever o perfil de risco reprodutivo de 3440 mulheres matriculadas em um serviço de pré-natal de alto risco, entre 2006 e 2008, e investigar sua relação com renda familiar e situações de vulnerabilidade em saúde. Trata-se de estudo transversal que teve como fonte o banco de dados do pré-natal. O perfil econômico do grupo estudado é de baixa renda. Encontrou-se associação entre baixa renda familiar e malformações fetais, gravidez antes dos 15 anos e HIV. Renda familiar mais elevada foi associada à idade materna acima de 35 anos, translucência nucal alterada, ginecopatias e abortamento habitual. Os achados podem refletir situações de vulnerabilidade de mulheres de baixa renda, como condições de saúde desfavoráveis e menor acesso e utilização de serviços de saúde. É necessário obter um maior conhecimento do perfil do risco reprodutivo no Brasil e sua distribuição segundo características sociodemográficas, visando ao aperfeiçoamento das práticas assistenciais.Avaliação in situ da genotoxicidade de triazinas utilizando o bioensaio Trad-SHM de Tradescantia clone 4430S1413-812320130010000302017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPatussi, CarinaBündchen, Márcia
<em>Patussi, Carina</em>;
<em>Bündchen, Márcia</em>;
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O bioensaio da mutação do pelo estaminal de Tradescantia clone 4430 (Trad-SHM) foi utilizado para avaliar a genotoxicidade de um herbicida composto por triazinas (atrazina e simazina) após exposição in situ. Trinta vasos da planta foram expostos durante a aplicação do herbicida (grupo teste) mantendo-se um grupo controle em casa de vegetação. A genotoxicidade foi expressa em termos de eventos mutantes pink (EMP) e a análise dos dados foi realizada por meio do teste t de Student em oito dias de avaliação (C8D = controle 8 dias; T8D = teste 8 dias) e no dia de pico (CPD = controle dia de pico; TPD = teste dia de pico). A exposição ao herbicida causou um número significativamente maior de EMP no grupo teste (T8D = 2,27; TPD = 4,69) do que no controle (C8D = 0,71; CPD = 0,62), demonstrando a existência de risco genotóxico associado ao uso das triazinas, sendo o bioensaio Trad-SHM uma eficiente ferramenta para avaliar o potencial genotóxico destes contaminantes ambientais causadores de efeitos adversos à saúde humana.Quando uma proposição não se converte em política?: O caso da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens - PNAISAJS1413-812320130010000312017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLopez, Silvia BrãnaMoreira, Martha Cristina Nunes
<em>Lopez, Silvia Brãna</em>;
<em>Moreira, Martha Cristina Nunes</em>;
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As três últimas décadas foram fecundas à instituição de políticas públicas voltadas para a saúde integral de vários extratos populacionais no Brasil. Pretendemos apresentar os resultados parciais da análise das narrativas de atores participantes da construção da proposta da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens (PNAISAJ), com o objetivo de explorar os dissensos observados neste processo. A análise se baseou nas narrativas de 8 atores partícipes do processo e buscou identificar as unidades temáticas que expressam tais dissensos numa leitura compreensivista segundo a perspectiva sociológica de Bourdieu. Concluímos que a não legitimação de uma Política Nacional para este extrato populacional expressa o não reconhecimento dos adolescentes e jovens como sujeitos autônomos e protagonistas de decisões políticas a estes afetas. Apesar do protagonismo juvenil ser enunciado nos textos políticos como um novo paradigma para a promoção da saúde integral dos adolescente e dos jovens, concluímos que, culturalmente, o que prevalece é a legitimação de outros sentidos. Sentidos estes deliberados segundo os interesses e a compreensão da adolescência e da juventude pelas instâncias sociais mais ampliadas, se constituindo como políticas culturais.Resenhas: Book ReviewS1413-812320130010000322017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSousa, Bruna da SilvaMontagner, Maria Inez
<em>Sousa, Bruna Da Silva</em>;
<em>Montagner, Maria Inez</em>;
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Atitudes relacionadas ao consentimento para doação de órgãos e tecidos para pesquisa no BrasilS1413-812320130010000332017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPadoan, Carolina StopinskiMagalhães, Pedro Vieira da Silva
<em>Padoan, Carolina Stopinski</em>;
<em>Magalhães, Pedro Vieira Da Silva</em>;
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