Ciência & Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/csc/2017.v22n11/2017-01-13T00:12:00ZVol. 22 No. 11 - 2017WerkzeugAprimoramento da política pública com foco na funcionalidade: avaliações e reflexões sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no Brasil10.1590/1413-812320172211.236020172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSabariego, Carla
<em>Sabariego, Carla</em>;
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Democracia, Seguridade Social e Transferência de Renda no Brasil10.1590/1413-812320172211.236220172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCosta, Nilson do Rosário
<em>Costa, Nilson Do Rosário</em>;
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O BPC: dos avanços na seguridade aos riscos da reforma da previdência10.1590/1413-812320172211.224120172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZJaccoud, Luciana de BarrosMesquita, Ana Cleusa SerraPaiva, Andrea Barreto de
<em>Jaccoud, Luciana De Barros</em>;
<em>Mesquita, Ana Cleusa Serra</em>;
<em>Paiva, Andrea Barreto De</em>;
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Resumo Este artigo analisa as propostas de alteração no Benefício de Prestação Continuada (BPC) discutidas no âmbito da reforma previdenciária, tanto na original do governo de 2016 quanto no substitutivo apresentado pelo relator do projeto no Congresso em 2017. As mudanças aventadas incidem sobre dois aspectos: aumento na idade mínima de acesso e desvinculação do valor do benefício do salário mínimo. São discutidas no texto, as justificativas para a reforma do BPC, referentes tanto aos desestímulos à contribuição previdenciária como às mudanças demográficas, assim como são estimados possíveis impactos das alterações propostas. O estudo conclui que as medidas, se aprovadas, tendem a reduzir a cobertura e a ampliar a vulnerabilidade de renda de idosos e de pessoas com deficiência no país.Burocracia pública e política social no Brasil10.1590/1413-812320172211.199520172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCosta, Nilson do Rosário
<em>Costa, Nilson Do Rosário</em>;
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Resumo O artigo descreve a burocracia do governo central brasileiro e o acesso da pessoa com deficiência ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Este acesso é dependente da avaliação da condição de vulnerabilidade realizada pela burocracia ministerial. Foram utilizadas revisão de literatura e dados secundários de séries de tempo e transversal para descrever a burocracia federal. Documentos legais e indicadores descrevem o regime de avaliação pericial. É demonstrada a evolução desigual no quantitativo da burocracia de carreira do governo central brasileiro nas últimas duas décadas. Resultado: O governo central brasileiro adotou a concepção internacional da pessoa com deficiência na avaliação dos requerentes ao BPC. A despeito dessa decisão, é demonstrado que o governo central brasileiro ampliou seletivamente a burocracia de carreira para atuar na área social. Constou-se que o resultado do processo de avaliação foi bastante severo, favorecendo os requerentes em condição de extrema vulnerabilidade biomédica. A despeito da adoção do modelo social, a elegibilidade ao BPC é subordinada ao diagnóstico médico.Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com deficiência: barreiras de acesso e lacunas intersetoriais10.1590/1413-812320172211.200420172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZVaitsman, JeniLobato, Lenaura de Vasconcelos Costa
<em>Vaitsman, Jeni</em>;
<em>Lobato, Lenaura De Vasconcelos Costa</em>;
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Resumo A Constituição Federal de 1988 aprovou o Benefício de Prestação (BPC) para idosos e pessoas com deficiência com renda familiar até 1/4 do salário mínimo, que alcançou em 2015 cerca de 4 milhões de pessoas. Para pessoas com deficiência, a implementação do BPC envolve organizações da previdência social, assistência social e saúde. O trabalho discute como algumas lacunas nos mecanismos de coordenação intersetorial entre essas áreas produzem barreiras de acesso aos potenciais beneficiários. Os resultados são de pesquisa qualitativa realizada com médicos, técnicos administrativos e assistentes sociais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) em três municípios de diferentes regiões do país. A coordenação e a cooperação intersetoriais mais estruturadas ocorrem no nível federal. No nível local, dependem de iniciativas informais e horizontais, o que produz soluções imediatas, mas descontínuas. O papel dos CRAS permanece contingente na implementação. Ficou patente a necessidade de estabelecimento de mecanismos institucionalizados de coordenação e cooperação entre os setores da assistência social, saúde e previdência para melhorar a implementação e diminuir as barreiras de acesso ao BPC.Desigualdades sociais nas limitações causadas por doenças crônicas e deficiências no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde – 201310.1590/1413-812320172211.225520172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBoccolini, Patricia de Moraes MelloDuarte, Cristina Maria RabelaisMarcelino, Miguel AbudBoccolini, Cristiano Siqueira
<em>Boccolini, Patricia De Moraes Mello</em>;
<em>Duarte, Cristina Maria Rabelais</em>;
<em>Marcelino, Miguel Abud</em>;
<em>Boccolini, Cristiano Siqueira</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a associação entre desigualdades sociais e autorrelato de limitações para a realização de atividades diárias, causadas por doenças crônicas ou deficiências. Inquérito nacional (Pesquisa Nacional de Saúde, 2013) que avaliou amostra de brasileiros com 18+ anos. O desfecho foi o indivíduo relatar ter suas atividades habituais limitadas moderadamente ou intensamente ou muito intensamente (Limit) devido a uma ou mais doenças crônicas, ou ainda por deficiência mental, física, auditiva ou motora. A exposição principal foi a classe econômica, classificada em cinco categorias, indo de A (mais rica) até E (mais pobre). Foi estimado um modelo de regressão logística ajustado por classe econômica e variáveis de confundimento, considerando o desenho complexo da amostra e alfa = 5%. 15,5% dos indivíduos relataram ter Limit. Comparando as classes sociais, 19,5%, 21,9%, 16,1%, 11,1%, e 7,7% indivíduos pertencentes à classe E, D, C, B e A relataram o desfecho. O modelo ajustado evidenciou maior chance dos indivíduos da classe D+E, e D, relatarem Limit do que indivíduos da classe A+B (referência). Políticas públicas de assistência à saúde e assistência social para pessoas com deficiências devem focar nas classes sociais E e D.Posição socioeconômica e deficiência: “Estudo Saúde em Belo Horizonte, Brasil”10.1590/1413-812320172211.224320172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFelicíssimo, Mônica FariaFriche, Amélia Augusta de LimaXavier, César CoelhoProietti, Fernando AugustoNeves, Jorge Alexandre BarbosaCaiaffa, Waleska Teixeira
<em>Felicíssimo, Mônica Faria</em>;
<em>Friche, Amélia Augusta De Lima</em>;
<em>Xavier, César Coelho</em>;
<em>Proietti, Fernando Augusto</em>;
<em>Neves, Jorge Alexandre Barbosa</em>;
<em>Caiaffa, Waleska Teixeira</em>;
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Resumo O objetivo deste estudo é investigar a associação da posição socioeconômica e comorbidades com o autorrelato da deficiência. Dados provenientes de inquérito populacional em Belo Horizonte, entre 2008 e 2009. Amostragem foi probabilística, estratificada por conglomerados em três estágios: setor censitário, domicílio e indivíduos. A variável resposta foi deficiência, definida a partir do autorrelato de problemas nas funções ou nas estruturas do corpo. As variáveis explicativas foram: sexo, idade, morbidade referida e índice da posição socioeconômica que incluiu variáveis de escolaridade materna, do entrevistado e renda familiar. Empregou-se a análise fatorial para avaliar a composição do índice da posição socioeconômica e análise de regressão logística. A prevalência de deficiência foi de 10,43%. O autorrelato de deficiência associou-se à idade (OR = 1,02; IC 95%: 1,01-1,03), ao relato de duas ou mais doenças (OR = 3,24; 2,16-4,86) e ao índice da posição socioeconômica (OR = 0,96; IC 95%: 0,95-0,97). A pior posição socioeconômica e a ocorrência de doenças parecem contribuir para a ocorrência de deficiência. Esses resultados evidenciam as iniquidades em saúde entre as pessoas com deficiência e a relevância do BPC no atendimento a populações vulneráveis.Perfil da demanda e dos Benefícios de Prestação Continuada (BPC) concedidos a crianças com diagnóstico de microcefalia no Brasil10.1590/1413-812320172211.221820172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPereira, Éverton LuísBezerra, Josierton CruzBrant, Jonas LotufoAraújo, Wildo Navegantes deSantos, Leonor Maria Pacheco
<em>Pereira, Éverton Luís</em>;
<em>Bezerra, Josierton Cruz</em>;
<em>Brant, Jonas Lotufo</em>;
<em>Araújo, Wildo Navegantes De</em>;
<em>Santos, Leonor Maria Pacheco</em>;
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Resumo A Constituição Federal de 1988 introduziu o Benefício de Prestação Continuada (BPC) possibilitando a inclusão de pessoas com deficiência. Estudo descritivo, com dados municipais agregados, da distribuição temporal e geográfica da incidência de microcefalia relacionada ao Zika vírus no Brasil e dados das concessões de BPC a crianças com diagnóstico de microcefalia. Apresentam-se dados sobre a demanda e a concessão do BPC para crianças com microcefalia desde 2009. Os casos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central foram obtidos do Ministério da Saúde e totalizaram 2.366 casos confirmados de 01/01/2015 a 31/12/2016. A série histórica da concessão de BPC de 2009 a 2016 foi elaborada a partir de dados do Instituto Nacional do Seguro Social e mostrou, até 2014, uma linha de base com a média de 200 benefícios anuais para crianças menores de 48 meses com microcefalia. Em 2016 as concessões aumentaram oito vezes atingindo 1.603 benefícios concedidos a crianças de 731 municípios, das 27 Unidades da Federação. A Região Nordeste concentrou 73% dos BPC concedidos, mas, ainda assim, isto representou menos do que 65% da demanda de casos incidentes. É preciso reforçar a implementação do sistema de referência integrado, inclusive com busca ativa, para que todas as crianças com direito ao BPC tenham acesso.Minor psychiatric disorders and their associations in family caregivers of people with mental disorders10.1590/1413-812320172211.069220162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZTreichel, Carlos Alberto dos SantosJardim, Vanda Maria da RosaKantorski, Luciane PradoNeutzling, Aline dos SantosOliveira, Michele Mandagará deCoimbra, Valéria Cristina Christello
<em>Treichel, Carlos Alberto Dos Santos</em>;
<em>Jardim, Vanda Maria Da Rosa</em>;
<em>Kantorski, Luciane Prado</em>;
<em>Neutzling, Aline Dos Santos</em>;
<em>Oliveira, Michele Mandagará De</em>;
<em>Coimbra, Valéria Cristina Christello</em>;
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Abstract This study aims to analyze the occurrence of minor psychiatric disorder and their associations in relatives of people with mental disorders. This is a cross-sectional study of 1164 relatives. For the tracking of minor psychiatric disorders the Self-Reporting Questionnaire Scale (SRQ20) was used, adopting 6/8 as cut-off point. Bivariate analyzes were conducted using Chi-squared test. Trends among strata of independent variables were investigated in relation to the outcome using nonparametric linear trend test. Statistic significance was defined as p-value < 0.05. Crude and adjusted binary logistic regressions were conducted using as a basis the hierarchical model developed through a systematic literature review. It was observed in the population a prevalence of 46.9% for minor psychiatric disorders. Higher prevalence of minor psychiatric disorders were strongly associated with the female gender, older age, first degree family ties, not having a paid work, lower education level, lower income, health problems, lower quality of life and feeling of burden. Many factors are related to the emotional and mental illness of family caregivers, demanding health services to be prepared to recognize and intervene in these situations.Percepção da perda auditiva: utilização da escala subjetiva de faces para triagem auditiva em idosos10.1590/1413-812320172211.2778720162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCosta-Guarisco, Letícia PimentaDalpubel, DanielaLabanca, LudimilaChagas, Marcos Hortes Nisihara
<em>Costa-Guarisco, Letícia Pimenta</em>;
<em>Dalpubel, Daniela</em>;
<em>Labanca, Ludimila</em>;
<em>Chagas, Marcos Hortes Nisihara</em>;
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Resumo A presbiacusia é uma alteração prevalente na população idosa, porém subdiagnosticada, desta forma, é importante aprimorar instrumentos de triagem simples. A escala subjetiva de faces foi proposta como forma de avaliar a autopercepção auditiva do idoso e sua correlação com exames audiológicos. Foram avaliados todos os pacientes encaminhados para o serviço de audiologia de um centro de referência de atenção à saúde do idoso no período de fevereiro a novembro de 2013. Os pacientes foram examinados por meatoscopia, audiometria tonal e vocal e responderam a escala subjetiva de faces e o teste do sussurro. Participaram 164 idosos com média de idade de 77 anos. Encontrou-se boa correlação entre a escala subjetiva de faces e o limiar audiométrico (r = 0,66). Houve correspondência entre as faces e o grau da perda auditiva, sendo a face 1 correspondente a audição normal, face 2 a perda auditiva leve e face 3 a perda auditiva moderada grau I. Ao avaliar as qualidades psicométricas da escala subjetiva de faces, verificou-se que as faces 2 e 3 apresentam bons índices de sensibilidade e especificidade, com área sob a curva ROC de 0,81. A escala subjetiva de faces parece ser um bom instrumento complementar de triagem auditiva em serviços gerontológicos, de fácil aplicação e baixo custo.Triagem auditiva em idosos: avaliação da acurácia e reprodutibilidade do teste do sussurro10.1590/1413-812320172211.312220162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLabanca, LudimilaGuimarães, Fernando SalesCosta-Guarisco, Letícia PimentaCouto, Erica de Araújo BrandãoGonçalves, Denise Utsch
<em>Labanca, Ludimila</em>;
<em>Guimarães, Fernando Sales</em>;
<em>Costa-Guarisco, Letícia Pimenta</em>;
<em>Couto, Erica De Araújo Brandão</em>;
<em>Gonçalves, Denise Utsch</em>;
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Resumo Devido à alta prevalência da presbiacusia e as suas consequências, métodos de triagem auditiva são necessários no âmbito da atenção primária. Diante disso, o objetivo do estudo foi verificar a reprodutibilidade e acurácia do teste do sussurro como metodologia de triagem auditiva em idosos. Trata-se de estudo transversal com medidas de acurácia que incluiu 210 idosos, entre 60 e 97 anos, submetidos ao teste do sussurro com dez expressões diferentes e ao exame de referência audiometria tonal limiar. Calculou-se a sensibilidade, a especificidade, o valor preditivo positivo, o valor preditivo negativo e a acurácia do teste, avaliada por meio da área sob a curva Receiver Operating Characteristic (ROC). O teste foi repetido em 20% das orelhas por um segundo examinador com a finalidade de avaliar a reprodutibilidade interexaminador (RIE). As expressões que apresentaram melhor área sob a curva ROC (AUC) e RIE foram: “sapato” (AUC = 0,918; RIE = 0,877), “janela” (AUC = 0,917; RIE = 0,869), “parece que vai chover” (AUC = 0,911; RIE = 0,810) e o “ônibus está atrasado” (AUC = 0,900; RIE = 0,810). Estas são, pois, as expressões propostas para fazerem parte do protocolo do teste do sussurro que mostrou-se como uma ferramenta útil para triagem auditiva em idosos.Monitoramento da audição e da linguagem na atenção primária à saúde: projeto piloto10.1590/1413-812320172211.301820162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZWagner, JulianneBonamigo, Andrea WanderOliveira, Fabiana deMachado, Márcia Salgado
<em>Wagner, Julianne</em>;
<em>Bonamigo, Andrea Wander</em>;
<em>Oliveira, Fabiana De</em>;
<em>Machado, Márcia Salgado</em>;
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Resumo Este artigo analisa a viabilidade da implantação de um programa de monitoramento do desenvolvimento auditivo e de linguagem no primeiro ano de vida. Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, no qual quarenta e um agentes comunitários de saúde foram convidados a monitorar mensalmente, por meio de um questionário já validado, a audição e a linguagem de crianças nascidos nas suas microáreas de atuação. Trinta e nove agentes comunitários de saúde aceitaram participar, havendo apenas duas recusas. Cinco desistiram da participação. Vinte e seis (66,66%) não realizaram o monitoramento, sete (17,94%) monitoraram de forma inadequada e apenas seis (15,38%) monitoraram adequadamente. Apenas uma criança falhou no questionário, a qual foi reencaminhada ao hospital em que realizou a triagem auditiva para reteste. Acredita-se que a elevada demanda de atividades destes profissionais foi o principal motivo para as dificuldades observadas neste projeto. Além disso, destaca-se a dificuldade no contato com as equipes de Estratégia Saúde da Família, bem como a inviabilidade de discussões presenciais permanentes e a influência dos supervisores dos agentes comunitários de saúde.Fatores associados ao uso de cadeira de rodas por idosos institucionalizados10.1590/1413-812320172211.143320162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAlves, Elysama FernandesBezerra, Poliana Penasso
<em>Alves, Elysama Fernandes</em>;
<em>Bezerra, Poliana Penasso</em>;
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Resumo Devido à alta prevalência do uso de cadeira de rodas por idosos institucionalizados, objetivou-se verificar se os fatores sexo, idade, escolaridade, tempo de admissão, comorbidades, cognição e funcionalidade estão associados ao uso deste dispositivo, como também averiguar os motivos que podem levar a essa utilização segundo a percepção dos idosos. Estudo transversal e descritivo, incluídos 55 idosos subdivididos em G1 (locomoção sem auxílio) e G2 (cadeirantes). Análise do perfil através dos prontuários, cognição e funcionalidade pelo Mini-Exame do Estado Mental e Índice de Barthel. Foram questionados 33(60,0%) cadeirantes no G1 e 22(40,0%) no G2 sobre os fatores que os levaram à utilização da cadeira de rodas. Houve diferença entre os grupos em relação à funcionalidade (p = 0,005). O idoso que não tem acidente vascular encefálico tem menor chance de utilizar cadeira de rodas (OR:0,09; IC95%:0,02-0,36). Idosos cadeirantes relataram: medo de cair, dor, cansaço, fraqueza nas pernas, dificuldades de caminhar e falta de auxílio na deambulação. O acidente vascular encefálico e a funcionalidade estão associados ao uso de cadeira de rodas. O conhecimento destes fatores e dos motivos relatados pelos idosos pode permitir que alternativas de prevenção sejam traçadas.Análise espacial e temporal da cobertura da triagem auditiva neonatal no Brasil (2008-2015)10.1590/1413-812320172211.214520162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPaschoal, Monique RamosCavalcanti, Hannalice GottschalckFerreira, Maria Ângela Fernandes
<em>Paschoal, Monique Ramos</em>;
<em>Cavalcanti, Hannalice Gottschalck</em>;
<em>Ferreira, Maria Ângela Fernandes</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é conhecer a cobertura da triagem auditiva neonatal no Brasil de janeiro de 2008 a junho de 2015. Trata-se de um estudo ecológico que utiliza como base o território nacional, através das Regiões de Articulação Urbana. Para o cálculo da porcentagem da cobertura da triagem foram utilizados o Sistema de Informação de Nascidos Vivos, o Sistema de Informações Ambulatoriais e o Sistema de Informações de Beneficiários da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Foi realizada a análise exploratória dos mapas e a análise espacial estatística por meio do programa TerraView 4.2.2. A cobertura da triagem auditiva neonatal apresentou uma evolução de 9,3 para 37,2 % no período estudado. Em 2008-2009 observa-se que a porcentagem da cobertura variou de 0,00 a 79,92% e a maioria das regiões obteve cobertura entre 0,0 e 20%, já em 2014-2015 a cobertura variou entre 0,0 a 171,77% e observou-se um visível aumento da porcentagem da cobertura no país, principalmente na Região do Sul. A cobertura da triagem tem crescido ao longo do tempo, mas ainda é baixa e apresenta uma distribuição desigual no território, o que pode ser explicado pelas leis e políticas locais e pela disposição das diferentes modalidades de serviço de saúde auditiva no país.Sobrecarga dos cuidadores de crianças e adolescentes com Síndrome de Down10.1590/1413-812320172211.311020162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBarros, Alina Lúcia OliveiraBarros, Amanda OliveiraBarros, Geni Leda de MedeirosSantos, Maria Teresa Botti Rodrigues
<em>Barros, Alina Lúcia Oliveira</em>;
<em>Barros, Amanda Oliveira</em>;
<em>Barros, Geni Leda De Medeiros</em>;
<em>Santos, Maria Teresa Botti Rodrigues</em>;
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Resumo O objetivo foi avaliar o perfil e a sobrecarga de cuidadores de crianças/adolescentes com e sem síndrome de Down. As avaliações foram realizadas por meio dos questionários sobre o perfil e a sobrecarga dos cuidadores (Burden Interview), e o perfil das crianças/adolescentes. Estes questionários foram aplicados a 168 cuidadores. Os testes Qui-quadrado, Exato de Fisher e Análise de Variância foram empregados com nível de significância fixado em α = 5%. Ambos os grupos eram compostos por 84 participantes, e os cuidadores do grupo com deficiência apresentaram porcentagem significantemente maior para o sexo feminino (p = 0,001), faixa etária de 41-60 anos (p < 0,001), não possuíam ocupação laboral (p < 0,001), baixa renda per capita (p < 0,001), baixo nível de escolaridade (p = 0,021), religião católica (p = 0,001), maiores de problemas de saúde (p < 0,001), em uso de medicação continua (p < 0,001) e com nível de sobrecarga moderada (p < 0,001). As crianças/adolescentes com deficiência necessitavam significantemente maior auxilio para a alimentação (p = 0,051), banho (p = 0,006), vestuário (p = 0,042), controle de esfíncteres (p = 0,027) e higiene íntima (p < 0,001). Os cuidadores de crianças/adolescentes com síndrome de Down apresentam sobrecarga moderada, quando comparados à cuidadores de crianças/adolescentes normoreativas.Artisanal fisherwomen/shellfish gatherers: analyzing the impact of upper limb functioning and disability on health-related quality of life10.1590/1413-812320172211.133920162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMüller, Juliana dos SantosFalcão, Ila RochaCouto, Maria Carolina Barreto MoreiraViana, Wendel da SilvaAlves, Ivone BatistaViola, Denise NunesWoods, Courtney GeorgetteRêgo, Rita de Cássia Franco
<em>Müller, Juliana Dos Santos</em>;
<em>Falcão, Ila Rocha</em>;
<em>Couto, Maria Carolina Barreto Moreira</em>;
<em>Viana, Wendel Da Silva</em>;
<em>Alves, Ivone Batista</em>;
<em>Viola, Denise Nunes</em>;
<em>Woods, Courtney Georgette</em>;
<em>Rêgo, Rita De Cássia Franco</em>;
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Abstract The aim is to analyze upper limb functioning and disability, and its association with health-related quality of life among artisanal fisherwomen from Bahia, Brazil. Cross-sectional epidemiological study was conducted with a sample of 209 fisherwomen. Structured questionnaires were used for socio-demographic and comorbidity information, as well as the instruments Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) and Short-Form Healthy Survey (SF-36) respectively, to evaluate the upper limbs and health-related quality of life. The results demonstrated that the presence of musculoskeletal disorders in the upper limbs directly affects the values of the DASH instrument and the SF-36v01 questionnaire scores, while also generating a negative correlation between the DASH and SF-36v01. The varying functioning abilities, pain and social aspects negatively affect upper limb function, and the daily activities and work of fisherwomen. The presence of chronic disease and the absence of intervention and rehabilitation for these professionals, that could produces, in a long-term, cases of disability.Influência ambiental sobre a incapacidade física: uma revisão sistemática da literatura10.1590/1413-812320172211.019920172017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAthayde, FilipeMancuzo, Eliane VianaCorrêa, Ricardo de Amorim
<em>Athayde, Filipe</em>;
<em>Mancuzo, Eliane Viana</em>;
<em>Corrêa, Ricardo De Amorim</em>;
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Resumo Indivíduos com incapacidades físicas podem, em interação com facilitadores e barreiras, modificar a sua participação em sociedade. O ambiente, no panorama da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), apresenta-se com relevante papel na saúde e na expressão da funcionalidade. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi investigar a influência de fatores ambientais sobre a incapacidade física, pautado no referencial teórico da CIF. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, norteada por recomendações dos documentos Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology Statement (STROBE). Os estudos selecionados puderam reforçar os preceitos teóricos da CIF. O ambiente físico e social, de modo geral, pôde ter sua interferência atribuída a diferentes condições clínicas, especialmente em neurologia, tanto em estudos quantitativos quanto qualitativos. Limitações metodológicas foram observadas e podem ser entraves à consolidação de alguns direcionamentos, o que deve incentivar novas pesquisas sobre o tema com métodos criteriosos, instrumentos validados e amostras cuidadosamente selecionadas.Interação equipe de enfermagem, família, e criança hospitalizada: revisão integrativa10.1590/1413-812320172211.263620152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAzevêdo, Adriano Valério dos SantosLançoni Júnior, Antônio CarlosCrepaldi, Maria Aparecida
<em>Azevêdo, Adriano Valério Dos Santos</em>;
<em>Lançoni Júnior, Antônio Carlos</em>;
<em>Crepaldi, Maria Aparecida</em>;
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Resumo Este estudo tem o objetivo de apresentar uma revisão integrativa de artigos científicos, referentes à produção nacional e internacional, sobre interação equipe de enfermagem, família, e criança hospitalizada. Foram realizadas consultas nas bases de dados Bireme, Lilacs, Medline, IBECS, Psyc Info, Science Direct, e Web of Science (2008-2013), o que permitiu identificar 31 artigos, os quais são representados pelos seguintes eixos temáticos: Relação interpessoal, Comunicação e Cuidado. O estabelecimento de relações interpessoais, de maneira técnica e formal, ocasiona dificuldades na comunicação e nas ações destinadas ao cuidado. O cuidado foi o tema predominante nestas pesquisas, acompanhantes reivindicam dos profissionais de saúde uma atenção ampliada às necessidades da criança e da família, e maior envolvimento de todos no processo de cuidado. Os resultados sugerem a necessidade da equipe de saúde reconhecer a dinâmica vivenciada pela díade (criança/acompanhante), para que possibilite desenvolver a atenção integral que favoreça a inclusão da família e da criança por meio de estratégias de humanização.A nova organização do trabalho na universidade pública: consequências coletivas da precarização na saúde dos docentes10.1590/1413-812320172211.011920162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSouza, Katia ReisMendonça, André Luis OliveiraRodrigues, Andrea Maria SantosFelix, Eliana GuimarãesTeixeira, Liliane ReisSantos, Maria Blandina MarquesMoura, Marisa
<em>Souza, Katia Reis</em>;
<em>Mendonça, André Luis Oliveira</em>;
<em>Rodrigues, Andrea Maria Santos</em>;
<em>Felix, Eliana Guimarães</em>;
<em>Teixeira, Liliane Reis</em>;
<em>Santos, Maria Blandina Marques</em>;
<em>Moura, Marisa</em>;
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Resumo Este artigo tem como principal objetivo analisar a nova organização do trabalho dos professores universitários, estabelecendo uma relação com o panorama de saúde desses trabalhadores. Parte-se do pressuposto segundo o qual a precarização do trabalho nas universidades públicas vem gerando repercussões na saúde dos docentes da educação superior. Realizou-se um estudo qualitativo de caráter exploratório por meio de pesquisa bibliográfica em bases de dados indexadas. Como método de análise, lançou-se mão da analise temática, chegando a quatro categorias empíricas, sendo elas: precarização do trabalho docente; intensificação laboral; aspectos da organização do trabalho docente em universidade; e dados sobre a saúde dos docentes universitários. Verificou-se, na literatura, que prepondera no cenário das universidades o uso de fortes pressões organizacionais e como consequência produz-se a intensificação do trabalho, com destaque para a questão do aumento da exigência de produtividade acadêmica. Constatou-se, ainda, que o tema da sobrecarga de trabalho do professor é recorrente e prevalece a ideia de menor disponibilidade de tempo para o lazer. Além disso, confirmou-se o imperativo da resistência coletiva organizada de maneira a se modificar o quadro de precarização do trabalho do professor.Josué de Castro e o pensamento social brasileiro10.1590/1413-812320172211.350020162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Mercês de Fátima dos SantosNunes, Everardo Duarte
<em>Silva, Mercês De Fátima Dos Santos</em>;
<em>Nunes, Everardo Duarte</em>;
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Resumo Este artigo aponta que a obra de Josué de Castro traz à tona algumas das interpretações mais relevantes sobre a situação alimentar brasileira, lançando o primeiro manifesto-propositivo para construção de uma política social de alimentação no país. Subjazem a esta sua discussão os aspectos do processo de construção do Estado-nação, o desenvolvimentismo nacional e o papel dos intelectuais brasileiros. Tais questões somam-se à preocupação do autor com a formação de ações propositivas que levassem às mudanças sociais e redefinições das condições de exclusão social de parcela significativa da população brasileira. Partimos da afirmação que sua obra faz parte das interpretações mais amplas sobre o Brasil, sendo necessária ser revisitada.Accelerometer-determined peak cadence and weight status in children from São Caetano do Sul, Brazil10.1590/1413-812320172211.219620152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFerrari, Gerson Luis de MoraesAraújo, TimóteoOliveira, Luis CarlosMatsudo, Victor Keihan RodriguesMire, EmilyBarreira, TiagoTudor-Locke, CatrineKatzmarzyk, Peter T.
<em>Ferrari, Gerson Luis De Moraes</em>;
<em>Araújo, Timóteo</em>;
<em>Oliveira, Luis Carlos</em>;
<em>Matsudo, Victor Keihan Rodrigues</em>;
<em>Mire, Emily</em>;
<em>Barreira, Tiago</em>;
<em>Tudor-Locke, Catrine</em>;
<em>Katzmarzyk, Peter T.</em>;
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Abstract The purpose of this study was to determine the relationship between peak cadence indicators and body mass index (BMI) and body fat percentage (BF%)-defined weight status in children. The sample comprised 485 Brazilian children. Minute-by-minute step data from accelerometry were rank ordered for each day to identify the peak 1-minute, 30-minute and 60-minute cadence values. Data were described by BMI–defined and bioelectrical impedance-determined BF% weight status. BMI-defined normal weight children had higher peak 1-minute (115.5 versus 110.6 and 106.6 steps/min), 30-minute (81.0 versus 77.5 and 74.0 steps/min) and 60-minute cadence (67.1 versus 63.4 and 60.7 steps/min) than overweight and obese children (p<.0001), respectively. Defined using %BF, normal weight children had higher peak 1-minute (114.5 versus 106.1 steps/min), 30-minute (80.4 versus 73.1 steps/min) and 60-minute cadence (66.5 versus 59.9 steps/min) than obese children (p<.0001). Similar relationships were observed in boys; however, only peak 1- minute cadence differed significantly across BMI and %BF-defined weight status categories in girls. Peak cadence indicators were negatively associated with BMI and BF% in these schoolchildren and significantly higher among normal weight compared to overweight or obese children.Fatores sociodemográficos, perinatais e comportamentais associados aos tipos de leite consumidos por crianças menores de seis meses: coorte de nascimento10.1590/1413-812320172211.284820152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCarvalho, Carolina Abreu deFonsêca, Poliana Cristina de AlmeidaNobre, Luciana NeriSilva, Mariane AlvesPessoa, Milene CristineRibeiro, Andréia QueirozPriore, Silvia EloizaFranceschini, Sylvia do Carmo Castro
<em>Carvalho, Carolina Abreu De</em>;
<em>Fonsêca, Poliana Cristina De Almeida</em>;
<em>Nobre, Luciana Neri</em>;
<em>Silva, Mariane Alves</em>;
<em>Pessoa, Milene Cristine</em>;
<em>Ribeiro, Andréia Queiroz</em>;
<em>Priore, Silvia Eloiza</em>;
<em>Franceschini, Sylvia Do Carmo Castro</em>;
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Resumo Avaliar os fatores associados ao consumo de leite materno (LM), fórmulas lácteas (FL) e leite de vaca (LV). Estudo de coorte com 247 crianças acompanhadas no 1°, 4° e 6° mês de vida, em Viçosa-MG. Para o LV e FL contabilizouse o consumo independentemente da ingestão de LM. Para o LM, considerou-se apenas o consumo exclusivo ou predominante. Do 1° ao 6° mês observou-se o aumento do não consumo de LM de forma exclusiva ou predominante (31,6%), bem como do consumo de LV (27,2%) e FL (9,3%). O LM associou-se ao uso de chupeta no 1° mês, e ao trabalho materno e uso de chupeta no 4° e 6° mês. O uso de chupeta foi fator de risco para o consumo de FL em todos os meses, enquanto pertencer ao grupo de menor renda foi inversamente associado no 6° mês. Para o LV, o número de consultas pré-natal foi fator de risco em todos os meses, o trabalho materno e o uso de chupeta no 4° mês, a renda familiar, trabalho materno, baixo peso ao nascer, número de consultas pré-natal e uso de chupeta no 6° mês. Desde o 1° mês a introdução de outros tipos de leite é elevada, revelando que ainda há muito a se percorrer para a garantia do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses.A relação das variáveis climáticas na prevalência de infecção respiratória aguda em crianças menores de dois anos em Rondonópolis-MT, Brasil10.1590/1413-812320172211.283220152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSantos, Débora Aparecida da SilvaAzevedo, Pedro Vieira deOlinda, Ricardo Alves deSantos, Carlos Antonio Costa dosSouza, Amaury deSette, Denise MariaSouza, Patrício Marques de
<em>Santos, Débora Aparecida Da Silva</em>;
<em>Azevedo, Pedro Vieira De</em>;
<em>Olinda, Ricardo Alves De</em>;
<em>Santos, Carlos Antonio Costa Dos</em>;
<em>Souza, Amaury De</em>;
<em>Sette, Denise Maria</em>;
<em>Souza, Patrício Marques De</em>;
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Resumo Estima-se que aproximadamente 30% das doenças infantis possam ser atribuídas a fatores ambientais e 40% acometem crianças com idade inferior a cinco anos, representando cerca de 10% da população mundial. Esta pesquisa objetivou analisar a relação das variáveis climáticas na prevalência de infecção respiratória aguda (IRA) em crianças menores de dois anos em Rondonópolis-MT, de 1999 a 2014. Usou-se um estudo do tipo transversal com abordagem quantitativa e descritiva, com dados do banco de dados meteorológicos para ensino e pesquisa e do sistema de informações em saúde. Para a análise estatística, foi ajustado o modelo binomial negativo pertencente à classe dos modelos lineares generalizados, adotando-se nível de significância de 5%, com base na plataforma estatística R. Estimou-se que o número médio de casos de IRA diminui em aproximadamente 7,9% a cada grau centígrado de aumento acima da média da temperatura do ar e diminua cerca de 1,65% a cada 1% de aumento acima da média da umidade relativa do ar. Já a precipitação pluviométrica não apresentou relação com estes casos. Cabe à equipe interdisciplinar, reorientar ações práticas que auxiliem no controle e na redução dos números significativos de IRA na atenção primária à saúde, relacionados com as questões climáticas em crianças.Fatores individuais associados à má oclusão em adolescentes10.1590/1413-812320172211.049720162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZRebouças, Adriana GamaZanin, LucianeAmbrosano, Gláucia Maria BoviFlório, Flávia Martão
<em>Rebouças, Adriana Gama</em>;
<em>Zanin, Luciane</em>;
<em>Ambrosano, Gláucia Maria Bovi</em>;
<em>Flório, Flávia Martão</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo foi identificar a severidade da má oclusão e fatores associados em adolescentes brasileiros. Foram analisados dados dos 5.445 adolescentes que participaram do inquérito nacional de saúde bucal (SB Brasil 2010), sendo que destes, 4276 permaneceram no estudo com base nos critérios de inclusão. A variável dependente foi má oclusão severa e muito severa, classificada pelo índice de estética dentária (DAI > 30). As variáveis independentes foram: local de moradia, macrorregião, cor da pele autorreferida, renda, sexo, escolaridade, acesso a serviço de saúde bucal, presença de cárie não tratada e dentes perdidos por cárie, anteriores e posteriores. Foi realizada analise de regressão logística múltipla hierarquizada considerando o plano amostral complexo de conglomerados. A prevalência de má oclusão severa e muito severa foi de 17,5%. Após ajustes, o grupo preto/pardo (OR1,59 IC95%1,09-2,34), a menor renda familiar (OR0,67 IC95%0,55-0,82), a perda por cárie de dentes anteriores (OR2,32 IC95%1,14-4,76) e posteriores (OR1,45 IC95%1,14-1,84) mostraram associação com o desfecho. Concluiu-se que o grupo pretos/pardos, os que possuem menor a renda familiar e os que têm mais dentes anteriores e posteriores perdidos por carie, apresentam maior a chance de ter má oclusão severa/muito severa.Uma onda que vem e dá um caixote: representações e destinos da crise em adolescentes usuários de um CAPSi10.1590/1413-812320172211.004920162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPereira, Melissa de OliveiraSá, Marilene de CastilhoMiranda, Lilian
<em>Pereira, Melissa De Oliveira</em>;
<em>Sá, Marilene De Castilho</em>;
<em>Miranda, Lilian</em>;
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Resumo O artigo enfoca os aspectos intersubjetivos envolvidos na atenção à crise psicossocial de adolescentes, suas representações e desdobramentos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida através da perspectiva psicossociológica, através da construção de narrativas de vidas de adolescentes que se tratam num Centro de Atenção Psicossocial para Crianças e Adolescentes (CAPSi). Baseamo-nos nas contribuições teóricas de René Kaës sobre aspectos grupais e culturais da crise, assim como sua relação com a adolescência. As narrativas de vida, construídas através de entrevistas em profundidade com adolescentes, parentes próximos dos mesmos e profissionais do CAPSi, apresentam a crise como “surpresa”, violência e estranhamento, momento que precisa ser esquecido, negado, silenciado e medicalizado. Concluímos que a crise envolve forte sofrimento psíquico por parte do adolescente, pessoas próximas e também profissionais, o que coloca em questão as possibilidades e os limites do cuidado. Apontamos, assim, para a importância de espaços protegidos, na instituição e na rede de saúde, que possibilitem construção coletiva de novos sentidos, representações e destinos da crise, tanto por parte de usuários quanto de profissionais.Análise de sobrevivência de mulheres com câncer de mama: modelos de riscos competitivos10.1590/1413-812320172211.050920162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFerraz, Rosemeire de OlandaMoreira-Filho, Djalma de Carvalho
<em>Ferraz, Rosemeire De Olanda</em>;
<em>Moreira-Filho, Djalma De Carvalho</em>;
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Resumo O objetivo deste estudo foi estimar os efeitos de fatores prognósticos na sobrevida do câncer de mama, como idade, estadiamento e extensão do tumor, utilizando modelos de riscos proporcionais de Cox e de riscos competitivos de Fine-Gray. É um estudo de coorte retrospectiva de base-populacional referente a 524 mulheres diagnosticadas com câncer de mama no período de 1993 a 1995, acompanhadas até 2011, residentes no município de Campinas, São Paulo, Brasil. O ponto de corte (cutoff) da variável idade foi definido utilizando-se modelos simples de Cox. Nos ajustes de modelos simples e múltiplo de Fine-Gray, a idade não foi significativa na presença de riscos competitivos e nem nos modelos de Cox, considerando-se, para ambas as modelagens, óbito por câncer de mama como desfecho de interesse. As curvas de sobrevidas estimadas por Kaplan-Meier evidenciaram diferenças expressivas para óbitos por câncer de mama e por riscos competitivos. As curvas de sobrevida por câncer de mama não apresentaram diferenças significativas quando comparados os grupos de idades, segundo teste de log rank. Os modelos de Cox e de Fine-Gray identificaram os mesmos fatores prognósticos que influenciavam na sobrevida do câncer de mama.Fatores associados à iniciação sexual em mães de 14 a 16 anos em Porto Alegre/RS, Brasil10.1590/1413-812320172211.000820162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSpinola, Mara Cristiany RodriguesBéria, Jorge UmbertoSchermann, Lígia Braun
<em>Spinola, Mara Cristiany Rodrigues</em>;
<em>Béria, Jorge Umberto</em>;
<em>Schermann, Lígia Braun</em>;
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Resumo O presente estudo analisou os fatores associados à iniciação sexual em 427 mães de 14 a 16 anos de Porto Alegre/RS/Brasil. Foram coletados dados referentes à condição sociodemográfica das adolescentes (cor da pele, religião e defasagem escolar) e dimensão reprodutiva (idade na menarca, idade na iniciação sexual, tipo de parceria na iniciação sexual e idade do parceiro) através de inquérito domiciliar. A avaliação dos dados foi realizada com o uso de análise bivariada e multivariada através de regressão de Poisson com variância robusta. Entre as adolescentes com iniciação sexual precoce (até os 14 anos), 77,4% tiveram menarca até os 12 anos e o parceiro na iniciação sexual foi casual em 16,4% dos casos. Essas variáveis foram associadas ao desfecho e mostram que menarca precoce (RP=1,26; IC95%:1,04-1,52) e parceiro casual na iniciação sexual (RP=1,28; IC95%:1,09-1,49) aumentam em, respectivamente, 26% e 28% a prevalência da iniciação sexual precoce. Este estudo evidencia a necessidade de fortalecer os programas e políticas de saúde já implantados, como o Programa Saúde do Escolar, e reforça que pais e professores precisam ser orientados de maneira integrada com o fim de facilitar o diálogo com as adolescentes e promover um aconselhamento adequado.Violência cometida por pessoa conhecida - Brasil, 201310.1590/1413-812320172211.086720162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMascarenhas, Márcio Dênis MedeirosSinimbu, Raniela BorgesMalta, Deborah CarvalhoSilva, Marta Maria Alves daSantos, Alexandre FonsecaVieira, Maria Lucia França PontesSzwarcwald, Célia Landmann
<em>Mascarenhas, Márcio Dênis Medeiros</em>;
<em>Sinimbu, Raniela Borges</em>;
<em>Malta, Deborah Carvalho</em>;
<em>Silva, Marta Maria Alves Da</em>;
<em>Santos, Alexandre Fonseca</em>;
<em>Vieira, Maria Lucia França Pontes</em>;
<em>Szwarcwald, Célia Landmann</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é descrever a prevalência de violência cometida por pessoas conhecidas segundo características demográficas. Trata-se de estudo descritivo, a partir dos dados obtidos em inquérito de base populacional, a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada no Brasil em 2013. Foram analisados dados da população adulta (≥ 18 anos) em 64.348 domicílios. Calcularamse as prevalências e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) segundo sexo, faixa etária, escolaridade, cor/raça, zona de residência e região geográfica. A prevalência de violência cometida por pessoa conhecida foi de 2,5% (IC95% 2,3-2,7), significativamente maior nas mulheres (3,1%; IC95% 2,8-3,5) quando comparadas aos homens (1,8%; IC95% 1,6-2,1), na população jovem de 18 a 29 anos (3,2%; IC95% 2,8-3,7) em relação aos mais velhos (1,1%; IC95% 0,8-1,3) e nos residentes das Regiões Norte (3,2%; IC95% 2,5-3,8) e Nordeste (3,0%; IC95% 2,5-3,8) em comparação aos da Região Sudeste (2,0%; IC95% 1,6-2,3). A violência foi observada em maior prevalência no sexo feminino, comprovando a ocorrência da ‘violência de gênero’ e confirmando sua existência em todas as regiões geográficas e nos diferentes grupos populacionais do Brasil, em 2013.Prevalência de hemoglobinas variantes em comunidades quilombolas no estado do Piauí, Brasil10.1590/1413-812320172211.043920162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSoares, Leonardo FerreiraLima, Eleonidas MouraSilva, José Alexsandro daFernandes, Suenia SoaresSilva, Keyla Malba da CostaLins, Sarah PereiraDamasceno, Bolivar Ponciano Goulart de LimaVerde, Roseane Mara Cardoso LimaGonçalves, Marilda de Souza
<em>Soares, Leonardo Ferreira</em>;
<em>Lima, Eleonidas Moura</em>;
<em>Silva, José Alexsandro Da</em>;
<em>Fernandes, Suenia Soares</em>;
<em>Silva, Keyla Malba Da Costa</em>;
<em>Lins, Sarah Pereira</em>;
<em>Damasceno, Bolivar Ponciano Goulart De Lima</em>;
<em>Verde, Roseane Mara Cardoso Lima</em>;
<em>Gonçalves, Marilda De Souza</em>;
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Resumo As hemoglobinas variantes (Hb) decorrem de mutações nos genes da globina. As variantes estruturais mais frequentes são HbS, HbC, HbD e HbE. O gene da hemoglobina S tem frequência elevada na América, enquanto que no Brasil é maior no Sudeste e Nordeste. O presente artigo tem por objetivo investigar a presença de hemoglobinas variantes em 15 comunidades quilombolas do estado do Piauí. Foram analisadas 1.239 amostras, nas quais as hemoglobinas foram triadas pela cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Aplicou-se questionário referente a gênero, etnia e consanguinidade das populações. Das 1.239 amostras, 5,4% apresentaram o traço falciforme AS, as doenças falciformes SS e SC apareceram em 0,8% do total, nas hemoglobinas AC, AD e DD. Das 1.069 pessoas negras, 84 apresentaram alteração das hemoglobinas; destas, 34 eram do sexo masculino e 53 do feminino. Ocorreu a presença de 13 casamentos consanguíneos dentre as 84 alterações das hemoglobinas. O estudo das hemoglobinas variantes em 15 comunidades remanescentes de quilombos do Piauí contribui para sua educação em saúde frente aos aspectos da herança genética destas proteínas, relevante questão de saúde pública, proporcionando subsídios para a implantação do Programa Estadual da Doença Falciforme do Piauí.Sobrevida de pacientes com AIDS e coinfecção pelo bacilo da tuberculose nas regiões Sul e Sudeste do Brasil10.1590/1413-812320172211.263520152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMelo, Márcio Cristiano deDonalisio, Maria RitaCordeiro, Ricardo Carlos
<em>Melo, Márcio Cristiano De</em>;
<em>Donalisio, Maria Rita</em>;
<em>Cordeiro, Ricardo Carlos</em>;
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Resumo O presente estudo buscou analisar a sobrevida de pacientes com a coinfecção AIDS-Tuberculose por meio de um estudo de coorte retrospectivo de indivíduos com 13 anos ou mais e diagnóstico de AIDS notificados nos anos de 1998-99 e seguimento de 10 anos. Dos 2.091 casos de AIDS, 517 (24,7%) tinham diagnóstico positivo para tuberculose, sendo 379 (73,3%) masculinos. O risco entre os coinfectados foi 1,65 vezes os não coinfectados. As variáveis associadas à maior sobrevida foram: sexo feminino (HR = 0,63), escolaridade ≥ oito anos (HR = 0,52), critério diagnóstico CD4 (HR = 0,64); e à menor sobrevida: faixa etária ≥ 60 anos (HR = 2,33), não uso de ARV (HR = 8,62), não investigação para hepatite B (HR = 2,44) e doenças oportunistas (≥ duas) (HR = 1,97). A sobrevivência acumulada foi de 71% nos não coinfectados e 62% nos coinfectados na região Sul e de 74% e 58%, respectivamente, na região Sudeste, 60 meses após o diagnóstico de AIDS. A AIDS e a Tuberculose exigem acompanhamento e adesão ao tratamento e são marcadores da atenção à saúde e da sobrevivência dos pacientes no Brasil.Diagnóstico participativo socioambiental e de riscos à saúde das comunidades do entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, Brasil10.1590/1413-812320172211.238520152017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMoniz, Marcela de AbreuSabóia, Vera MariaCarmo, Cleber Nascimento doHacon, Sandra de Souza
<em>Moniz, Marcela De Abreu</em>;
<em>Sabóia, Vera Maria</em>;
<em>Carmo, Cleber Nascimento Do</em>;
<em>Hacon, Sandra De Souza</em>;
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Resumo O objetivo deste estudo foi diagnosticar os problemas socioambientais prioritários e os riscos à saúde das comunidades do entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. De abordagem participativa, a pesquisa-ação conduziu a aplicação de entrevistas, grupos focais, reuniões e oficina com atores sociais de Porto das Caixas e Sambaetiba, localizados em Itaboraí/RJ, no período de novembro de 2013 a dezembro de 2014. Uma análise estrutural dos problemas priorizados pelas comunidades (oferta de água, tratamento de esgoto e risco de doenças transmissíveis; risco de poluição do ar e doenças respiratórias; ausência de segurança pública e risco de violência) esquematizou a relação causa-efeito-intervenção, com base no Protocolo para Avaliação Comunitária de Excelência em Saúde Ambiental. O processo revelou ausência de representatividade dos atores sociais das localidades estudadas em espaços decisórios sobre a problemática ambiental. Urgem ações educativas com profissionais e moradores que visem a favorecer a constituição de movimentos coletivos, indispensáveis à garantia dos direitos de mitigação das situações de contaminação do ar e de acesso aos serviços de saneamento e de segurança pública e de condições de menor risco à saúde.A pessoa com deficiência auditiva: os múltiplos olhares da família, saúde e educação10.1590/1413-812320172211.289220162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBrasil, Mikael LimaBrandão, Gisetti Corina GomesSantos, Lais Vasconcelos
<em>Brasil, Mikael Lima</em>;
<em>Brandão, Gisetti Corina Gomes</em>;
<em>Santos, Lais Vasconcelos</em>;
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Being Mortal: Medicine and What Matters in the End10.1590/1413-812320172211.099720162017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCusciano, Dalton Tria
<em>Cusciano, Dalton Tria</em>;
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