Ciência & Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/csc/2022.v27n4/2017-01-13T00:12:00ZVol. 27 No. 4 - 2022WerkzeugIntersetorialidade e saúde nas políticas estaduais de segurança pública e de prevenção à violência no Brasil10.1590/1413-81232022274.068020212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOliveira, Daniela Cristina Neves deLico, Fátima Madalena de CamposPereira, Hegle Mariano SilvaRegina, Fernanda LopesPeres, Maria Fernanda Tourinho
<em>Oliveira, Daniela Cristina Neves De</em>;
<em>Lico, Fátima Madalena De Campos</em>;
<em>Pereira, Hegle Mariano Silva</em>;
<em>Regina, Fernanda Lopes</em>;
<em>Peres, Maria Fernanda Tourinho</em>;
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Resumo O presente estudo tem como objetivo compreender de que forma os Planos Estaduais de Segurança Pública (PSP) incorporam a perspectiva da prevenção da violência e da intersetorialidade, com especial atenção para o papel do setor Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo que utilizou as técnicas de análise documental e de conteúdo, tendo como material empírico os PSP implementados ou em fase de formulação. Foram identificados 14 PSP. Todos os planos incorporam as concepções de prevenção da violência, intersetorialidade e participação do setor saúde. A concepção de prevenção da violência decorre do conceito de segurança cidadã, mas ações específicas de prevenção são mencionadas de forma genérica. A incorporação da intersetorialidade é heterogênea e insuficiente, na medida em que a participação dos setores na fase de planejamento não é a regra. A participação do setor saúde nem sempre é ativa, ou seja, desde a fase de planejamento das ações, as quais, na maioria das vezes, são pontuais e assistenciais. O setor saúde assume, ainda, um papel secundário, sem que suas experiências e potencialidades sejam reconhecidas. Concepções de prevenção da violência, intersetorialidade e participação do setor saúde, estão presentes nos planos de forma incipiente. Ressalta-se a importância de novos estudos.Cardiovascular risk behavior among industrial workers in the Northeast of Brazil: a cluster analysis10.1590/1413-81232022274.071220212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZClark, Sabrina Gomes FerreiraGuilherme, Ruth CavalcantiMotter, Fabiane RaquelVasconcelos, Fábio Nogueira deLira, Pedro Israel Cabral deCanuto, Raquel
<em>Clark, Sabrina Gomes Ferreira</em>;
<em>Guilherme, Ruth Cavalcanti</em>;
<em>Motter, Fabiane Raquel</em>;
<em>Vasconcelos, Fábio Nogueira De</em>;
<em>Lira, Pedro Israel Cabral De</em>;
<em>Canuto, Raquel</em>;
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Abstract This research aimed to investigate the occurrence of clusters of cardiovascular risk behaviors and their association with social demographic and occupational characteristics in a population of industrial workers in the metropolitan area of Recife, Brazil. It was a transversal study with 727 workers of both genders. We identified cluster distribution from the variables: smoking, alcohol consumption, physical activity and waist circumference, by a combination of hierarchical and non-hierarchical analysis. We later tested the association with the social demographic and occupational variables with a multi-varied analysis. We have identified a protection cluster (sufficient physical activity, moderate alcohol consumption) and a risk cluster (high waist circumference, sedentarism, smoking, excessive alcohol consumption). The protection cluster was positively associated with night shift or variable shift work (RP: 1.66, IC95%: 1.26-2.17), and the risk cluster was associated with women (RP: 1.15, IC95%: 1.01-1.31). Cluster analysis allowed to identify that, for day shift workers and women, the shortest daytime outside the work environment can influence the adoption of cardiovascular risk behaviors.Relação de fatores pessoais e ambientais com a prevalência de deficiências físicas adquiridas no Brasil - estudo de base populacional10.1590/1413-81232022274.064720212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBarreto, Marina Carvalho ArrudaAraújo, Larissa FortunatoCastro, Shamyr Sulyvan de
<em>Barreto, Marina Carvalho Arruda</em>;
<em>Araújo, Larissa Fortunato</em>;
<em>Castro, Shamyr Sulyvan De</em>;
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Resumo Objetivou estimar a relação de fatores pessoais e ambientais com a prevalência de deficiência física adquirida em adultos e idosos brasileiros. Realizado um estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013. A variável resposta foi: autorrelato deficiência física adquirida. As variáveis explicativas de interesse foram: sexo, raça/cor, escolaridade, classe social, trabalho remunerado, plano de saúde, água canalizada e rede de esgoto. As magnitudes das associações e seus respectivos intervalos de confiança (95%) foram estimadas utilizando a Regressão de Poisson. O autorrelato de deficiência física foi encontrado em 1,25% dos 55.369 participantes. Após completo ajustamento, o sexo masculino, raça/cor não branca, menores níveis de escolaridade, viver sozinho, não ter trabalho remunerado, plano de saúde, água canalizada e rede de esgoto foram associados a maiores prevalências de deficiência física adquirida. Esses achados evidenciam que a população mais vulnerável apresenta maior prevalência de deficiência física e os fatores pessoais e ambientais são importantes de serem avaliados em nível populacional.13 anos depois: diálogos sobre a Interrupção Voluntária da Gestação em Portugal10.1590/1413-81232022274.061620212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBarretto, Raquel SilvaDuarte, MadalenaFigueiredo, Ana Elisa Bastos
<em>Barretto, Raquel Silva</em>;
<em>Duarte, Madalena</em>;
<em>Figueiredo, Ana Elisa Bastos</em>;
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Resumo A Lei 16/2007 representou um marco na luta pelos direitos sexuais e reprodutivos das cidadãs portuguesas, instituindo a possibilidade da exclusão da ilicitude para as interrupções voluntárias da gestação, realizadas até a décima semana, por solicitação das mulheres. Através de uma pesquisa descritivo-analítica, objetivou-se conhecer a opinião das cidadãs e de investigadoras (atuantes na causa), frente a esse processo e às transformações que dele decorreram, com ênfase no contexto atual. Entre março e setembro de 2020 foram realizadas 12 entrevistas, divididas em duas etapas. Ao serem precedidas as técnicas da Análise de Discurso, chegou-se à existência de alguns pontos frágeis, como a incerteza sobre o acesso, a presença de julgamentos e as limitações interpostas pela objeção da consciência, que refletem as necessidades de ampliação das semanas gestacionais permitidas para a interrupção. Houve um reconhecimento quanto à segurança nos procedimentos, na liberdade das mulheres diante das suas escolhas, na maior abertura para o diálogo, fato este que contribuiu conjuntamente com o reforço no planejamento familiar. Para além dessas construções, novas demandas foram situadas.O que revela o Índice de Qualidade da Dieta associado ao Guia Alimentar Digital comparativamente a outro índice, em idosos?10.1590/1413-81232022274.009320212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAssumpção, Daniela deCaivano, SimoneCorona, Ligiana PiresBarros, Marilisa Berti de AzevedoBarros Filho, Antonio de AzevedoDomene, Semíramis Martins Álvares
<em>Assumpção, Daniela De</em>;
<em>Caivano, Simone</em>;
<em>Corona, Ligiana Pires</em>;
<em>Barros, Marilisa Berti De Azevedo</em>;
<em>Barros Filho, Antonio De Azevedo</em>;
<em>Domene, Semíramis Martins Álvares</em>;
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Resumo Objetivou-se avaliar o Índice de Qualidade da Dieta associado ao Guia Alimentar Digital (IQD-GAD) em comparação a outro mais utilizado e difundido na literatura, o Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R). Estudo transversal de base populacional, com 822 idosos (≥ 60 anos) de Campinas, São Paulo. Utilizaram-se dados de um recordatório de 24 horas para efetuar os indicadores, cujas pontuações globais variam de zero a cem: quanto maior, melhor é a qualidade. Regressão linear simples e múltipla foi aplicada nas análises. O IQD-R resultou em maior pontuação global do que o IQD-GAD (62,9 vs. 47,5). No IQD-R, os escores médios foram melhores nos mais longevos e piores nos mais escolarizados e nos tabagistas. Quanto aos escores do IQD-GAD, não foram detectadas diferenças significativas em idade, escolaridade e tabagismo, mas foram maiores em segmentos de maior renda. Os componentes com piores pontuações: cereais integrais, sódio e leite (IQD-R); frutas, cereais integrais, raízes/tubérculos, leite, cereais refinados e carne vermelha/processada (IQD-GAD). Observaram-se discrepâncias nos escores globais e dos componentes dos indicadores, que refletem importantes diferenças metodológicas. Investigações dessa natureza configuram uma oportunidade de aprimorar a sensibilidade de indicadores a aspectos particulares da alimentação.Psychometric investigation of the Attention to Body Shape Scale in Brazilian adults10.1590/1413-81232022274.019720212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZTeixeira, Patrícia AngélicaSilva, Wanderson Roberto daCampos, Lucas Arrais deMarôco, JoãoCampos, Juliana Alvares Duarte Bonini
<em>Teixeira, Patrícia Angélica</em>;
<em>Silva, Wanderson Roberto Da</em>;
<em>Campos, Lucas Arrais De</em>;
<em>Marôco, João</em>;
<em>Campos, Juliana Alvares Duarte Bonini</em>;
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Abstract The objectives of the study were to develop a Portuguese version of Attention to Body Shape Scale (ABS), estimate the psychometric properties of the ABS for Brazilian data, and compare the ABS scores between the sexes and the different sample characteristics. The Portuguese version was developed following a standardized protocol. The factorial and convergent validity were evaluated using goodness-of-fit parameters and average variance extracted. Composite reliability and ordinal coefficient alpha were calculated. The invariance of the fitted model was investigated across independent subsamples using multigroup analysis. The scores were compared between variables using two-way ANOVA. A total of 1,056 individuals (71% female) with a mean age of 26.1 (SD=6.4) years participated in the study. Item 3 was removed due to low factor loading. The refined model presented good psychometric properties for the data. Different characteristics contributed to greater attention to body shape. The Portuguese version of the ABS will be useful to investigate attention to body shape in Brazil. The validity and reliability of the data supported the adequacy of the refined model. Specific characteristics influenced attention to body shape, and therefore, should be considered in future protocols.Concordância entre informações registradas no cartão pré-natal e no estudo MINA-Brasil10.1590/1413-81232022274.045020212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZDamasceno, Ana Alice de AraújoMosquera, Paola SoledadMalta, Maíra BarretoMatijasevich, AliciaCardoso, Marly Augusto
<em>Damasceno, Ana Alice De Araújo</em>;
<em>Mosquera, Paola Soledad</em>;
<em>Malta, Maíra Barreto</em>;
<em>Matijasevich, Alicia</em>;
<em>Cardoso, Marly Augusto</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é analisar a concordância entre dados de peso pré-gestacional, peso na gravidez, altura e pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) registradas tanto na caderneta da gestante quanto nas informações obtidas no estudo longitudinal MINA-Brasil. Foram selecionadas as gestantes participantes do estudo MINA-Brasil que apresentavam cartão do pré-natal no momento do parto. A análise de concordância dos dados utilizou o coeficiente de correlação de concordância de Lin e análise de Bland-Altman. Foram incluídas 428 gestantes. Houve concordância moderada entre as informações para o peso pré-gestacional autorreferido (0,935) e altura (0,913), e concordância substancial para o peso da gestante no segundo (0,993) e terceiro (0,988) trimestres de gestação. Verificou-se baixa concordância da PAS e PAD no segundo (PAS=0,447; PAD=0,409) e terceiro (PAS=0,436; PAD=0,332) trimestres gestacionais. As medidas antropométricas apresentaram boa concordância. Houve baixa concordância entre as medidas de pressão arterial, que podem estar relacionadas tanto à variabilidade como também à padronização dessas medidas, sugerindo-se necessidade de capacitação e treinamento contínuo das equipes de pré-natal na atenção primária à saúde.Apoio institucional na Atenção Primária em Saúde no Brasil: uma revisão integrativa10.1590/1413-81232022274.002120212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBrito, Christiane da SilvaSantos, Hebert Luan Pereira Campos dosMaciel, Fernanda Beatriz MeloMartins, Poliana CardosoPrado, Nília Maria de Brito Lima
<em>Brito, Christiane Da Silva</em>;
<em>Santos, Hebert Luan Pereira Campos Dos</em>;
<em>Maciel, Fernanda Beatriz Melo</em>;
<em>Martins, Poliana Cardoso</em>;
<em>Prado, Nília Maria De Brito Lima</em>;
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Resumo Um dos grandes desafios do Sistema Único de Saúde é a necessidade de transcender o caráter disciplinador e controlador da gestão e fomentar a função democrática, para possibilitar uma maior participação de trabalhadores e comunidade na gestão em saúde. Com o intuito de identificar e sintetizar definições e práticas de apoio institucional implementadas no âmbito da Atenção Primária à Saúde no Brasil, de acordo com o método Paidéia, que preconiza democratização institucional e a qualificação do atendimento à população através de novos arranjos e dispositivos de gestão e do processo trabalho, foi desenvolvida uma revisão integrativa da literatura referente ao período de 2005 a 2019. O corpus de análise contemplou 24 publicações que explicitaram definições e aspectos operacionais incipientes, fragilidades na integração entre o âmbito da clínica ampliada e da gestão compartilhada que deveria se dar na dialética entre o Apoio Institucional e o Apoio Matricial, a necessidade de fortalecer a função do apoiador institucional, enquanto mediador metodológico e de reformular os tradicionais mecanismos de gestão e as estratégias para educação permanente em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde.Oferta e demanda de procedimentos atribuíveis ao diabetes mellitus e suas complicações no Brasil10.1590/1413-81232022274.056120212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMuzy, JéssicaCampos, Monica RodriguesEmmerick, IsabelSabino, Raulino
<em>Muzy, Jéssica</em>;
<em>Campos, Monica Rodrigues</em>;
<em>Emmerick, Isabel</em>;
<em>Sabino, Raulino</em>;
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Resumo Este artigo tem como objetivo apresentar uma metodologia de monitoramento dos procedimentos preconizados no protocolo de atenção ao paciente diabético a partir do indicador de razão entre a oferta e a demanda de exames, segundo nível nacional, macrorregiões, UF e municípios. A prevalência de diabetes mellitus (DM) e suas complicações foi estimada a partir de modelo multinomial. A oferta de procedimentos para DM foi obtida a partir do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS) e a demanda a partir do número de exames definidos no protocolo como necessários por ano, segundo categorias de risco da doença. A partir disso foi criado o indicador de razão entre oferta e demanda. A inovação que ora apresentamos consiste em analisar conjuntamente a demanda por cuidado ao diabético segundo parâmetros estabelecidos e a oferta de serviços de saúde. A conexão entre o protocolo de tratamento preconizado e a existência do serviço ofertado em relação da demanda de cuidado baseada na prevalência da doença disponibiliza uma ferramenta chave de monitoramento. E, quando analisado conjuntamente ao indicador de razão entre oferta e demanda de procedimentos, essas medidas tornam-se proxy da qualidade da prevenção e atenção ao portador da doença.Schwarcz LM, Starling HM. A bailarina da morte: a gripe espanhola no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras; 2020.10.1590/1413-81232022274.440120202017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGomes, Luciano Bezerra
<em>Gomes, Luciano Bezerra</em>;
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Resistir e crescer para servir: Ciência & Saúde Coletiva em 202110.1590/1413-81232027274.015920222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMinayo, Maria Cecília de SouzaGomes, RomeuSilva, Antonio Augusto Moura da
<em>Minayo, Maria Cecília De Souza</em>;
<em>Gomes, Romeu</em>;
<em>Silva, Antonio Augusto Moura Da</em>;
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Mortality surveillance in Brazil: factors associated with certification of unspecified external cause of death10.1590/1413-81232022274.104220212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSoares Filho, Adauto MartinsDuarte, ElisabethAdair, TimBermúdez, Ximena Pamela DíazMerchan-Hamann, Edgar
<em>Soares Filho, Adauto Martins</em>;
<em>Duarte, Elisabeth</em>;
<em>Adair, Tim</em>;
<em>Bermúdez, Ximena Pamela Díaz</em>;
<em>Merchan-Hamann, Edgar</em>;
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Abstract This article aims to analyze the association between characteristics of death - type of certifier and place of death - and the odds of an external cause death being certified as unspecified in Brazil. Cross-sectional study of deaths due to external causes from the Mortality Information System, 2017. Unspecified external cause (UEC) is the outcome variable in the models. Type of certifier physician, place of death and the interaction of these variables were the explanatory variables. Confounders were controlled by multiple logistic regression. UEC were the initial underlying cause for 22% of the 159,720 deaths from external causes in Brazil and 31% of hospital deaths issued by coroners. After adjustment for confounders, the odds of UEC in a hospital death certified by a coroner was 98% greater (OR=1.98; 95%CI: 1.53; 2.56) than in a home/street death issued by another certifier. This was greater than the odds for certifications by coroners (OR=1.23; 95%CI: 1.14; 1.33) and hospital deaths (OR=1.44; 95%CI: 1.32; 1.58). External causes certified by coroners and/or occurring in hospitals have a higher presence of UEC than other deaths; and indicate the need for coordinated initiatives by the health and public security sectors.Desempenho do serviço de atendimento móvel de urgência na perspectiva de gestores e profissionais: estudo de caso em região do estado de São Paulo, Brasil10.1590/1413-81232022274.014320212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOliveira, Catia Cristina Martins deO’Dwyer, GiseleNovaes, Hillegonda Maria Dutilh
<em>Oliveira, Catia Cristina Martins De</em>;
<em>O’dwyer, Gisele</em>;
<em>Novaes, Hillegonda Maria Dutilh</em>;
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Resumo Este artigo tem como objetivo analisar a perspectiva de gestores e profissionais sobre o desempenho do SAMU na região do Grande ABC. Trata-se de estudo de caso, de abordagem qualitativa, baseado na formulação de modelo teórico-lógico da intervenção e entrevistas semiestruturadas. O Modelo teórico-lógico traduziu as dimensões de análise do SAMU: regulação, assistência e gestão. O processo de regulação foi entendido como espaço estratégico onde o julgamento da necessidade do paciente e o tempo de despacho da ambulância tem potencial de influenciar nos desfechos dos casos transportados. Na assistência os principais temas que emergiram foram investimento na qualificação da equipe e em telemedicina com a perspectiva de melhorar a qualidade do cuidado e tornar o diagnóstico mais preciso. No âmbito da gestão desafios como integração do SAMU com centros terciários, aperfeiçoamento do sistema de informação e monitoramento e avaliação foram destacados visando qualificar os processos regulatórios alinhando-os aos objetivos propostos na política de saúde. O conjunto de dados analisados reforça a capacidade do SAMU na atenção de urgência na região, no entanto a intervenção precisa superar importantes desafios em busca de melhor prognóstico entre os casos transportados.Incidência de aumento e redução do Índice de Massa Corporal na meia-idade: seguimento de quatro anos10.1590/1413-81232022274.036120212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAugusto, Nathalia AssisLoch, Mathias RobertoDias, Douglas FernandoSilva, Ana Maria Rigo
<em>Augusto, Nathalia Assis</em>;
<em>Loch, Mathias Roberto</em>;
<em>Dias, Douglas Fernando</em>;
<em>Silva, Ana Maria Rigo</em>;
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Resumo Objetivou-se analisar a incidência de aumento e de redução do Índice de Massa Corporal (IMC) entre homens e mulheres de meia-idade segundo características sociodemográficas e classificação do estado nutricional. Trata-se de uma coorte de base populacional com 689 adultos com idade entre 40 e 64 anos seguidos por quatro anos. Verificou-se a proporção de redução e de aumento do IMC (≥1 kg/m²) segundo variáveis sociodemográficas e classificação do estado nutricional na linha de base mediante regressão de Poisson bruta e ajustada. A maior incidência de redução do IMC foi observada entre os homens na faixa etária de 55 a 64 anos (RR: 1,78; IC95%: 1,06-3,00), naqueles sem companheira (RR: 1,85; IC95%: 1,09-3,14), nos classificados com sobrepeso (RR: 2,06; IC95%: 1,13-3,74) e obesidade (RR: 2,33; IC95%: 1,24-4,35), e entre as mulheres na faixa etária de 55 a 64 anos (RR: 1,43; IC95%: 1,02-2,00) e nas classificadas com obesidade (RR: 2,10; IC95%: 1,30-3,38). A incidência de aumento do IMC foi menor na faixa etária de 55 a 64 anos entre os homens (RR: 0,62; IC95%: 0,41-0,95) e mulheres (RR: 0,68; IC95%: 0,49-0,95). Estes dados são importantes para compreensão dos fatores relacionados à variação do IMC e elaboração de políticas públicas que visem o cuidado à saúde na meia-idade.Active commuting among workers in the Southern of Brazil: a comparative analysis between 2006 and 201610.1590/1413-81232022274.058320212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMinatto, GiseliSilva, Kelly Samara daGerage, Aline MendesOliveira, Bruno Nunes dePaiva Neto, Francisco Timbó deDelevatti, Rodrigo SudattiMalta, Deborah CarvalhoDuca, Giovani Firpo Del
<em>Minatto, Giseli</em>;
<em>Silva, Kelly Samara Da</em>;
<em>Gerage, Aline Mendes</em>;
<em>Oliveira, Bruno Nunes De</em>;
<em>Paiva Neto, Francisco Timbó De</em>;
<em>Delevatti, Rodrigo Sudatti</em>;
<em>Malta, Deborah Carvalho</em>;
<em>Duca, Giovani Firpo Del</em>;
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Abstract This article aims to compare the prevalence of active commuting to work in adults in the Southern region of Brazil between 2006 and 2016 according to sociodemographic and labor characteristics. The data from the Brazilian System for the Surveillance of Risk and Protection Factors for Chronic Diseases - VIGITEL were compared in 2006 and 2016 (≥18 years). Active commuting to work, sex, age group, education and job characteristics were collected by telephone survey and transportation in the cities of Florianópolis, Curitiba and Porto Alegre, using absolute and relative frequencies with their respective 95% confidence intervals. Active commuting increased significantly in 2016 compared to 2006. Florianópolis had the highest prevalence in the two years analyzed. In all capitals, there was a significant increase in the prevalence of the outcome, mainly for women, with secondary education and only in Florianópolis for men, with low schooling. The prevalence has also increased for job characteristics in all capitals. Active commuting to work increased significantly among adults living in southern Brazil, with emphasis on Florianópolis. Expanding interventions in this context is a necessity in Brazil.Presença do acompanhante em tempo integral em maternidades brasileiras vinculadas à Rede Cegonha10.1590/1413-81232022274.074620212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGoiabeira, Yara Nayá Lopes de AndradeThomaz, Erika Barbara Abreu FonsecaLamy, Zeni CarvalhoSantos, Alcione Miranda dosLeal, Maria do CarmoBittencourt, Sonia Duarte de AzevedoGama, Silvana Granado Nogueira daQueiroz, Rejane Christine de Sousa
<em>Goiabeira, Yara Nayá Lopes De Andrade</em>;
<em>Thomaz, Erika Barbara Abreu Fonseca</em>;
<em>Lamy, Zeni Carvalho</em>;
<em>Santos, Alcione Miranda Dos</em>;
<em>Leal, Maria Do Carmo</em>;
<em>Bittencourt, Sonia Duarte De Azevedo</em>;
<em>Gama, Silvana Granado Nogueira Da</em>;
<em>Queiroz, Rejane Christine De Sousa</em>;
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Resumo Objetivou-se estimar a proporção de mulheres com acompanhante em tempo integral em maternidades brasileiras vinculadas à Rede Cegonha (RC) e compará-las entre as macrorregiões no Brasil. Estudo de abrangência nacional, realizado no período de dezembro de 2016 a outubro de 2017. Participaram do estudo 10.665 puérperas de todas as regiões do Brasil, que pariram em uma das 606 maternidades com plano de ação regional aprovado na RC. Foram estimadas proporções e respectivos intervalos de confiança a 95%, ajustados para o efeito do cluster, comparando-se as macrorregiões pelo teste Qui-quadrado de Wald. A presença do acompanhante em tempo integral ocorreu em 71,2% das maternidades, sendo maior entre puérperas com idade de 20-35 anos, de cor parda, com maior escolaridade, casadas e assistidas em parto vaginal. Quase 30% das puérperas não tiveram acompanhante em tempo integral. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, mulheres pretas autodeclaradas, de menor escolaridade e solteiras foram menos acompanhadas. O momento do parto teve menor presença do acompanhante (29,2%). Apesar dos avanços, este direito ainda não é cumprido integralmente, apontando para a ocorrência de iniquidades sociais entre as macrorregiões brasileiras.Condição periodontal de adultos em situação de rua temporariamente institucionalizados e fatores associados10.1590/1413-81232022274.041720212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMachado, Tamires Gomes de OliveiraLawder, Juliana Aparecida CamposSouza, João Batista deMatos, Marcos André deFreire, Maria do Carmo Matias
<em>Machado, Tamires Gomes De Oliveira</em>;
<em>Lawder, Juliana Aparecida Campos</em>;
<em>Souza, João Batista De</em>;
<em>Matos, Marcos André De</em>;
<em>Freire, Maria Do Carmo Matias</em>;
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Resumo O objetivo deste estudo transversal foi descrever a condição periodontal e sua associação com fatores sociodemográficos, comportamentos em saúde bucal e uso de drogas entre indivíduos em situação de rua temporariamente institucionalizados. Os dados foram coletados por meio de exame clínico e questionário com 102 adultos atendidos na única instituição pública para este grupo em Goiânia, Goiás. A condição periodontal foi avaliada pela presença de sangramento à sondagem, cálculo dentário e bolsas, de acordo com o Índice Periodontal Comunitário (CPI). Foram realizados o teste Qui-quadrado e regressões de Poisson com variância robusta. A prevalência de CPI>1 foi de 83,3%. Cerca de 68,0% da amostra apresentou sangramento, 82,4% cálculo e 9,8% bolsa periodontal. Nas análises bivariadas, os que tinham usado drogas ilícitas alguma vez tinham maior prevalência de cálculo; os homens e os indivíduos sem união estável tinham maior prevalência de bolsa. Na análise ajustada, indivíduos que usavam fio dental tiveram menor prevalência de sangramento (RP=0,58; IC95%=0,35-0,96). As demais covariáveis não foram associadas aos desfechos. Concluiu-se que a prevalência de alteração periodontal foi alta, houve predomínio de cálculo e a única associação independente foi entre sangramento e uso de fio dental.“Eles vão certeiros nos nossos filhos”: adoecimentos e resistências de mães de vítimas de ação policial no Rio de Janeiro, Brasil10.1590/1413-81232022274.069120212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAraújo, Verônica Souza deSouza, Edinilsa Ramos deSilva, Vera Lucia Marques da
<em>Araújo, Verônica Souza De</em>;
<em>Souza, Edinilsa Ramos De</em>;
<em>Silva, Vera Lucia Marques Da</em>;
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Resumo Este artigo trata das experiências de mulheres negras organizadas em grupos de ativismo social para lutar por justiça pelas mortes dos seus filhos, vítimas da atuação violenta de agentes do Estado. Essas mortes são analisadas como parte do genocídio da população negra e são resultado da ação de um Estado que opera no modo necropolítico, em que o racismo é ferramenta ideológica para a produção de descartabilidade de corpos negros. Neste trabalho, a partir dos relatos de quatro mulheres residentes em territórios dominados pela violência armada no Rio de Janeiro, conhecemos a forma como elas se organizam politicamente na luta por justiça, memória e reparação; e também seus adoecimentos e estratégias de cuidado individual e coletivo. Observamos a ausência de abrigo das suas demandas pelo sistema de saúde e pelas políticas de assistência social, ao passo que o espaço do ativismo se destaca como produtor de cuidado e acolhimento.Fatores associados à mortalidade perinatal em uma capital do Nordeste brasileiro10.1590/1413-81232022274.078820212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSerra, Sara CostaCarvalho, Carolina Abreu deBatista, Rosangela Fernandes LucenaThomaz, Erika Bárbara Abreu FonsecaViola, Poliana Cristina de Almeida FonsecaSilva, Antônio Augusto Moura daSimões, Vanda Maria Ferreira
<em>Serra, Sara Costa</em>;
<em>Carvalho, Carolina Abreu De</em>;
<em>Batista, Rosangela Fernandes Lucena</em>;
<em>Thomaz, Erika Bárbara Abreu Fonseca</em>;
<em>Viola, Poliana Cristina De Almeida Fonseca</em>;
<em>Silva, Antônio Augusto Moura Da</em>;
<em>Simões, Vanda Maria Ferreira</em>;
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Resumo O objetivo do estudo foi avaliar os fatores sociodemográficos, maternos e do recém-nascido associados à mortalidade perinatal em São Luís, Maranhão. Os óbitos perinatais foram identificados na coorte e pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade. Foram incluídos 5.236 nascimentos, sendo 70 óbitos fetais e 36 neonatais precoces. Para investigar os fatores associados utilizou-se análise de regressão logística com modelo hierarquizado. O coeficiente de mortalidade perinatal foi 20,2 por mil nascimentos. A baixa escolaridade materna e a ausência de companheiro foram associadas a maior chance de óbito perinatal. A família ser chefiada por outros familiares foi fator de proteção. Tiveram maior chance de óbito perinatal filhos de mães que não realizaram pelo menos seis consultas de pré-natal (OR=4,61; IC95%:2,43-8,74) e com gravidez múltipla (OR=9,15; IC95%:4,08-20,53). Presença de malformações congênitas (OR=4,13; IC95%:1,23-13,82), nascimento pré-termo (OR= 3,36; IC95%: 1,56-7,22) e baixo peso ao nascer (BPN) (OR=11,87; IC95%:5,46-25,82) se associaram ao óbito perinatal. A mortalidade perinatal foi associada à vulnerabilidade social, não realização do número de consultas pré-natal recomendado, malformações congênitas, nascimento pré-termo e BPN.Saúde pública e comunicação: impasses do SUS à luz da formação democrática da opinião pública10.1590/1413-81232022274.026220212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSantos, Ronaldo Teodoro dosFranco, Thais de Andrade VidaurrePitthan, Rachel Guimarães VieiraCabral, Lucas Manoel da SilvaCotrim Junior, Dorival FagundesGomes, Brenda Castro
<em>Santos, Ronaldo Teodoro Dos</em>;
<em>Franco, Thais De Andrade Vidaurre</em>;
<em>Pitthan, Rachel Guimarães Vieira</em>;
<em>Cabral, Lucas Manoel Da Silva</em>;
<em>Cotrim Junior, Dorival Fagundes</em>;
<em>Gomes, Brenda Castro</em>;
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Resumo O presente artigo problematiza o vínculo político entre a construção do Sistema Único de Saúde (SUS) e a comunicação. Compreendendo a comunicação como um campo dos direitos da cidadania pouco desenvolvido no Brasil, trabalhamos com a hipótese de que a presença de um oligopólio midiático no sistema de telecomunicações e jornalismo constrange a formação democrática de um juízo público sobre o SUS afetando a relação de forças que disputam os rumos do sistema. Partindo da análise de pesquisas de opinião e de estudos sobre a cobertura do SUS pela mídia nacional, argumentamos que a comunicação consiste em um determinante político central à construção de uma base social de apoio ao SUS e superação dos impasses identificados pela literatura. Concluímos que a relação entre comunicação, política e democracia traz para o SUS o desafio de disputar no cotidiano dos cidadãos e cidadãs brasileiros a formação de uma consciência pública sanitária, conforme colocado por Giovanni Berlinguer ao nascente movimento da Reforma Sanitária brasileira nos anos 1970.Estratégia de linkagem e vulnerabilidades nas barreiras ao tratamento de HIV/Aids para homens que fazem sexo com homens10.1590/1413-81232022274.081920212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPereira, Carla RochaCruz, Marly Marques daCota, Vanda LúciaAlmeida, Bernardo Montesanti Machado de
<em>Pereira, Carla Rocha</em>;
<em>Cruz, Marly Marques Da</em>;
<em>Cota, Vanda Lúcia</em>;
<em>Almeida, Bernardo Montesanti Machado De</em>;
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Resumo Este estudo tem por objetivo analisar a vinculação ao tratamento de HIV/Aids de Homens que fazem Sexo com Homens (HSH) no Projeto A Hora é Agora, na cidade de Curitiba, Paraná. O conceito de vulnerabilidade com seus três eixos: individual, social e programático foi considerado o marco teórico. Realizou-se levantamento das barreiras enfrentadas pelos sujeitos da testagem até o início do tratamento, por meio de registro da linkagem e atas das reuniões de supervisão. Os dados revelaram que, no plano individual, os HSH tiveram dificuldade em aceitar o diagnóstico de HIV, além de problemas psicológicos que podem ter acarretado na demora de início do tratamento. No eixo social, o estigma/discriminação foi identificado no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e na família, protelando a revelação da sorologia. Por fim, no eixo programático, os HSH encontraram entraves no acesso aos serviços de saúde em função: dos pedidos para repetirem o teste de HIV; mudança de médico pelo mau atendimento; e obstáculos na realização de outros exames, refletindo negativamente no cuidado da saúde. Para a superação dessas barreiras recomenda-se uma atuação não apenas macroestrutural frente a esse grupo, mas um investimento na micropolítica, possibilitando uma mudança real de atitude, cuidado contínuo e postura frente a abordagem do cuidador e a defesa da vida.“Nós, mães de autistas”: entre o saber da experiência e as memórias coletivas em vídeos no YouTube10.1590/1413-81232022274.072120212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFreitas, Bárbara Morais SantiagoGaudenzi, Paula
<em>Freitas, Bárbara Morais Santiago</em>;
<em>Gaudenzi, Paula</em>;
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Resumo Este artigo é resultado de uma pesquisa que analisou narrativas de mães de autistas sobre suas experiências com seus filhos, que foram produzidas e compartilhadas por elas por meio de vídeos no YouTube. Utilizamos a metodologia qualitativa, que nos permitiu debater a lógica e os significados atribuídos à doença, à saúde, à maternidade e ao cuidado dos filhos, em direção a uma reconstrução narrativa produzida por nós, pesquisadoras. Observamos que essas mulheres falavam prioritariamente sobre suas experiências como mães de autistas e abordavam diretamente os percalços emocionais de ter um filho com autismo, tais como o luto do filho ideal promovido pelo diagnóstico e a construção do cuidado de uma criança autista. Por meio dos vídeos, as mães formam um grupo de identificação, baseado na premissa de que viveram experiências comuns, as quais geram um grande valor e se transformam em um capital existencial. Falar sobre tais experiências em um espaço público e de grande alcance como o YouTube produz, entre outras coisas, memórias coletivas que possibilitam o desenvolvimento de uma comunidade afetiva. Compreendemos que a história individual relatada e produzida nos vídeos pode ajudar emocionalmente e pragmaticamente outros que possuem uma vivência parecida, permitindo que o cotidiano seja reabitado.Spatial distribution of sedentary behavior and unhealthy eating habits in Belo Horizonte, Brazil: the role of the neighborhood environment10.1590/1413-81232022274.472320202017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGomes, Crizian SaarMendes, Larissa LouresVieira, Maria AliceCosta, Marcelo AzevedoMelendez, Gustavo Velasquez
<em>Gomes, Crizian Saar</em>;
<em>Mendes, Larissa Loures</em>;
<em>Vieira, Maria Alice</em>;
<em>Costa, Marcelo Azevedo</em>;
<em>Melendez, Gustavo Velasquez</em>;
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Abstract The study aimed to analyze the spatial distribution of sedentary behavior and unhealthy eating habits, and to assess its relationship with the neighborhood environment. Cross-sectional study with data of Surveillance System of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases, carried out in Belo Horizonte, Minas Gerais. Watching television for four hours or more per day was identified as sedentary behavior. Unhealthy eating habits were defined based on regular consumption of sodas, excess fat meat, and red meat, and irregular consumption of fruits and vegetables. Georeferenced data of places for physical activity, food establishments, population and residential density, homicide rate, mean total income, and social vulnerability index were entered into the Vigitel database. The coverage area by basic health units was used as the geographical unit of neighborhood. SaTScan was used to analyze the spatial distribution. Spatial analysis identified a significant cluster of high prevalence of sedentary behavior and unhealthy eating habits, after adjusting for sociodemographic characteristics. The comparison of environmental characteristics inside and outside clusters showed significant differences in the physical and social environment. Physical and social environment might be related to clusters of high prevalence of sedentary behavior and unhealthy eating habits.Sistemas de Informação sobre violência contra as mulheres: uma revisão integrativa10.1590/1413-81232022274.087220212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCarvalho, Erika Fernanda Marins deLaguardia, JosuéDeslandes, Suely Ferreira
<em>Carvalho, Erika Fernanda Marins De</em>;
<em>Laguardia, Josué</em>;
<em>Deslandes, Suely Ferreira</em>;
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Resumo A violência contra as mulheres, potencializada por questões de raça/etnia, classe e geração, constitui-se um dos principais obstáculos para a superação das desigualdades de gênero em todas as esferas da vida, incluindo o espaço privado. Ao longo das últimas décadas, ações de enfrentamento do fenômeno avançaram de forma significativa no Brasil, particularmente a produção crescente e a sistematização de informação sobre o mesmo. Nessa direção, os Sistemas de Informação (SI) constituem-se ferramentas importantes na coleta, processamento/organização e difusão de estatísticas oficiais sobre esse tipo de violência, cujo objetivo é auxiliar o planejamento e implementação de políticas públicas intersetoriais. Ressalta-se que esses dispositivos se caracterizam como um espaço de disputas de interesses diversos. Isto é, não são instrumentos neutros, mas trazem em si uma visão de mundo que os orienta. Assim, faz-se necessário uma análise crítica dos sistemas de informação sobre violência contra as mulheres, tratando como caracterizam o fenômeno, bem como têm alimentado as decisões e planejamento de ações. A partir de uma revisão integrativa, o presente trabalho tem como objetivo analisar como os sistemas de informação sobre violência contra a mulher são retratados pela produção acadêmica nacional e internacional.Aspectos diferenciais do acesso e qualidade da atenção primária à saúde no alcance da cobertura vacinal de influenza10.1590/1413-81232022274.034720212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZHolanda, Wanessa Tenório GonçalvesOliveira, Silvano Barbosa deSanchez, Mauro Niskier
<em>Holanda, Wanessa Tenório Gonçalves</em>;
<em>Oliveira, Silvano Barbosa De</em>;
<em>Sanchez, Mauro Niskier</em>;
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Resumo É observada a queda nos percentuais de cobertura vacinal no Brasil, num cenário de crescimento progressivo da cobertura da Atenção Primária à Saúde (APS), locus onde grande parte das ações de vacinação ocorre. Investigou-se as diferenças nos perfis de acesso e qualidade da APS entre municípios que atingiram ou não as metas de cobertura vacinal para influenza em 2019. Neste estudo ecológico, comparou-se variáveis potencialmente preditoras do alcance da meta de cobertura vacinal para influenza, considerando as dimensões de acesso, qualidade e características do município. Para todos os grupos, o conjunto de municípios que atingiu a cobertura preconizada tinha maiores coberturas de APS e de Estratégia de Saúde da Família e maior número de Agentes Comunitários de Saúde por mil habitantes. Também realizavam mais busca ativa de crianças com calendário vacinal atrasado, registravam a vacinação em dia das gestantes, o horário de funcionamento da unidade atendia às expectativas do usuário, havia maior satisfação do usuário com o cuidado recebido e maior percentual da população com acesso à coleta de lixo. As variáveis podem servir de apoio para a tomada de decisão quanto à organização dos serviços de APS na busca de ampliar as coberturas vacinais para influenza.Physical intimate partner violence and dietary patterns in pregnancy: a Brazilian cohort10.1590/1413-81232022274.058820212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZVaz, Juliana dos SantosSouza, Maria Eduarda Monteiro da Cunha deValério, Inae DutraSilva, Manoela Teixeira daFreitas-Vilela, Ana AméliaBierhals, Isabel OliveiraHasselmann, Maria HelenaKac, Gilberto
<em>Vaz, Juliana Dos Santos</em>;
<em>Souza, Maria Eduarda Monteiro Da Cunha De</em>;
<em>Valério, Inae Dutra</em>;
<em>Silva, Manoela Teixeira Da</em>;
<em>Freitas-Vilela, Ana Amélia</em>;
<em>Bierhals, Isabel Oliveira</em>;
<em>Hasselmann, Maria Helena</em>;
<em>Kac, Gilberto</em>;
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Abstract Little is known about the repercussions of intimate partner violence (IPV) on nutritional outcomes in pregnancy, especially regarding diet. The aim was to investigate whether the occurrence of physical IPV at any time during pregnancy is associated with gestational dietary patterns. 161 adult pregnant women were enrolled in a prospective cohort study in Rio de Janeiro, Brazil. Overall and severe physical IPV were measured to evaluate IPV at any time during pregnancy. Three gestational dietary patterns (“Healthy”, “Common-Brazilian”, and “Processed”) were established by principal component analysis. The effect of physical IPV was tested in relation to the score of adherence to each of the dietary patterns. The occurrence of overall and severe physical IPV at any time during pregnancy was 20.4% and 6.8%, respectively. Women living in intimate relationships in which overall and severe physical IPV occurred had an average increase of 0.604 units (95%CI 0.149-1.058) and 1.347 units (95%CI 0.670-2.024), respectively, in the Processed dietary pattern adherence score. No association with “Healthy” and “Common-Brazilian” dietary patterns was observed. Physical IPV was associated with greater adherence to a dietary pattern of lower nutritional quality.Fatores associados à adesão ao tratamento da hepatite C: revisão integrativa10.1590/1413-81232022274.069420212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCôco, Layla TatianeSilva, Giovanni FariaRomeiro, Fernando GomesCerqueira, Ana Teresa de Abreu Ramos
<em>Côco, Layla Tatiane</em>;
<em>Silva, Giovanni Faria</em>;
<em>Romeiro, Fernando Gomes</em>;
<em>Cerqueira, Ana Teresa De Abreu Ramos</em>;
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Resumo Esta revisão integrativa propôs-se a analisar na literatura da área estudos sobre fatores associados à adesão ao tratamento da hepatite C. Foram pesquisados artigos, publicados em inglês, espanhol e português, nas bases de dados Lilacs, Medline, PsycINFO, Web of Science, Scopus e CINAHL, entre os anos 2000 a 2019. Foram obtidas, inicialmente, 540 publicações e, posteriormente, aplicando-se os critérios de inclusão estabelecidos, foram selecionados 22 artigos. Constatou-se nos artigos analisados que a porcentagem de não adesão ao tratamento variou de 12% a 32%. Foram identificados como facilitadores da adesão: receber tratamento para transtornos psiquiátricos identificados durante o tratamento, ter conhecimento sobre os medicamentos e doença, receber tratamento menos complexo e com maior possibilidade de cura, apresentar menor número de eventos adversos, ter apoio social e bom vínculo com o médico. Foram identificadas como barreiras à adesão: presença de sintomas depressivos e de outros transtornos mentais, uso abusivo de álcool e substâncias psicoativas, baixa escolaridade, idade (ser mais jovem); etnia (afro-americanos), desemprego, não ter parceiro fixo, relatar estigma, distância do serviço de saúde, complexidade e eventos adversos do tratamento. Foram também identificadas lacunas nas pesquisas sobre adesão.Sustentabilidade da Atenção Primária à Saúde em territórios rurais remotos na Amazônia fluvial: organização, estratégias e desafios10.1590/1413-81232022274.011120212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFausto, Márcia Cristina RodriguesGiovanella, LigiaLima, Juliana GagnoCabral, Lucas Manoel da SilvaSeidl, Helena
<em>Fausto, Márcia Cristina Rodrigues</em>;
<em>Giovanella, Ligia</em>;
<em>Lima, Juliana Gagno</em>;
<em>Cabral, Lucas Manoel Da Silva</em>;
<em>Seidl, Helena</em>;
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Resumo O artigo analisa singularidades da organização Atenção Primária à Saúde (APS) em municípios rurais remotos (MRR) da Amazônia sob influência dos rios e discute desafios para atenção integral no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de estudo qualitativo e quantitativo de casos múltiplos em sete MRR mediante a análise de entrevistas com gestores, visitas a serviços e dados secundários. Os MRR da Amazônia fluvial são pequenos, com população rarefeita, dispersa vivendo em condições de vulnerabilidade social. Longas distâncias, regime dos rios e irregularidade dos transportes interferem no acesso aos serviços de APS. A Estratégia Saúde da Família está implementada no sistema municipal, contudo permanecem áreas sem cobertura assistencial, indisponibilidade de serviços de APS e adaptações à Estratégia impostas pelas características do contexto. Os desafios estão relacionados ao financiamento, provisão e fixação da força de trabalho, e barreiras de acesso geográfico comprometem a capacidade de resposta da APS no SUS. A sustentabilidade da APS exige medidas estratégicas, recursos e ações de múltiplos setores e agentes públicos; políticas de suporte nacional com viabilidade para execução local, para que os serviços de APS se estabeleçam e façam sentido em espaços tão singulares.Saúde mental global: pistas a partir de uma experiência de cooperação entre Brasil e Itália10.1590/1413-81232022274.086420212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMarques, Isabela PaschoalottoMinelli, MassimilianoFerigato, Sabrina HelenaMarcolino, Taís Quevedo
<em>Marques, Isabela Paschoalotto</em>;
<em>Minelli, Massimiliano</em>;
<em>Ferigato, Sabrina Helena</em>;
<em>Marcolino, Taís Quevedo</em>;
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Resumo A partir do papel central da saúde mental para a saúde global e a complexidade da universalização de políticas de cuidado, este artigo discute aspectos da saúde mental global por meio de uma pesquisa situada entre dois países, Brasil e Itália, potenciais referências para o intercâmbio entre Norte e Sul global. Trata-se de pesquisa-ação colaborativa, sob perspectiva etnográfica, realizada por meio de uma comunidade virtual de prática composta por brasileiros e italianos interessados no cuidado comunitário em saúde mental. Os resultados são apresentados em cenas que fornecem pistas para o debate internacional em pelo menos três aspectos: a lógica do cuidado médico-centrado, a institucionalização do cuidado e a medicalização do sofrimento, e a contribuição das práticas comunitárias e dos saberes locais e não especializados. As cenas localmente situadas dão relevo a nós, críticos, globalmente compartilhados, explicitando um conjunto plural de relações que atravessam o processo de trabalho e cuidado em saúde mental. O compartilhamento de experiências e conhecimentos aponta para o que deve ser universalizado: as oportunidades de intercâmbio horizontal ao invés da produção de identidades nacionais irradiadoras de práticas e políticas universalizantes.Socioeconomic inequalities in the consumption of minimally processed and ultra-processed foods in Brazilian adolescents10.1590/1413-81232022274.033720212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCosta, Bruno Gonçalves Galdino daDuca, Giovani Firpo DelSilva, Kelly Samara daBenedet, JucemarMalheiros, Luis Eduardo ArgentaQuadros, Emanuele NaiaraStreb, Anne RibeiroRezende, Leandro F. M.
<em>Costa, Bruno Gonçalves Galdino Da</em>;
<em>Duca, Giovani Firpo Del</em>;
<em>Silva, Kelly Samara Da</em>;
<em>Benedet, Jucemar</em>;
<em>Malheiros, Luis Eduardo Argenta</em>;
<em>Quadros, Emanuele Naiara</em>;
<em>Streb, Anne Ribeiro</em>;
<em>Rezende, Leandro F. M.</em>;
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Abstract In this study, we evaluated socioeconomic inequalities in the consumption of in natura/minimally processed and ultra-processed foods among adolescents. We used data from the Brazilian National Survey of School Health (PeNSE), 2015. According to the self-reported consumption of beans, vegetables and fruits, a score of in natura/minimally processed foods was generated (0-21 points). Sodas, sweets, instant noodles, and ultra-processed meat were used for the score of ultra-processed foods (0-21 points). Equality indicators were gender, maternal education, and socioeconomic level. Absolute difference, ratios, concentration index and slope index of inequality were calculated. Adolescents (n=101,689, 51% girls, 14.2 years) reported a mean score of 9.97 and 11.46 for ultra-processed foods and in natura/minimally processed foods, respectively. Absolute and relative differences between adolescents with the highest and lowest socioeconomic level, there were differences of 2.64 points and 33% for consumption of in natura/minimally processed foods; and 1.48 points and 15% for ultra-processed foods. Adolescents from higher socioeconomic level ate more in natura/minimally processed foods and ultra-processed foods.A surdez na política de saúde brasileira: uma análise genealógica10.1590/1413-81232022274.091420212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZVianna, Nubia GarciaAndrade, Maria da Graça GarciaLemos, Flávia Cristina SilveiraRodriguez-Martín, Dolors
<em>Vianna, Nubia Garcia</em>;
<em>Andrade, Maria Da Graça Garcia</em>;
<em>Lemos, Flávia Cristina Silveira</em>;
<em>Rodriguez-Martín, Dolors</em>;
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Resumo A surdez é compreendida a partir de dois discursos - o clínico-terapêutico e o socioantropológico. O artigo objetiva realizar uma análise genealógica da surdez, ou seja, das práticas de saber e poder, na política de saúde brasileira. É uma pesquisa qualitativa, documental, que se baseia em pressupostos teóricos de Michel Foucault. Foram selecionados 13 documentos normativos e 10 informativos, assim como realizadas oito entrevistas semiestruturadas, com amostra não probabilística, utilizando-se a técnica bola de neve. A análise mostrou que as políticas de saúde voltadas às pessoas com deficiência auditiva são efeito das relações de poder e saber existentes no campo da surdez, no qual o discurso médico-patológico, que concebe a surdez como uma deficiência a ser corrigida, é tido como o discurso verdadeiro. O discurso socioantropológico, que reconhece o surdo pelo olhar da diferença e pelo uso da língua de sinais, é um discurso sujeitado, que não tem encontrado espaços na política de saúde. Foram colocados em evidência os contrassensos entre as conquistas ligadas ao acesso às tecnologias e as proposições do setor saúde, cuja política direciona suas ações exclusivamente para o alcance de uma norma ouvinte, desconsiderando a multiplicidade dos sujeitos surdos.Comunidades terapêuticas religiosas: entre a salvação pela fé e a negação dos seus princípios10.1590/1413-81232022274.051520212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBardi, GiovannaGarcia, Maria Lúcia Teixeira
<em>Bardi, Giovanna</em>;
<em>Garcia, Maria Lúcia Teixeira</em>;
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Resumo O avanço das comunidades terapêuticas no Brasil aponta para um retorno ao paradigma manicomial, com financiamento público para internações baseadas em laborterapia e conversão religiosa. No Espírito Santo, a relação entre essas instituições e setores do governo se amplia a partir de 2013. Diante deste cenário, objetivamos analisar, por meio desta pesquisa qualitativa, o papel das comunidades terapêuticas religiosas no tratamento de indivíduos em uso abusivo de drogas, focalizando no impacto dos métodos religiosos empregados nestes locais. Para isso, realizamos entrevistas semiestruturadas com 28 indivíduos egressos de internações nestes locais. As entrevistas foram realizadas durante seis meses e, posteriormente, transcritas na íntegra. Os dados foram analisados por meio da Análise do Discurso. Os discursos dos sujeitos oscilaram: 13 referiram que as instituições tiveram um importante papel em seus processos de tratamento e que os métodos religiosos os ajudaram; e 15 defenderam que as instituições não foram eficientes em seus tratamentos e que os métodos religiosos nada contribuíram. O estudo elucidou a necessidade de fiscalização destas instituições, bem como reflexão sobre a pertinência das mesmas como locais financiados publicamente para o tratamento da população usuária de drogas.Como estávamos antes? Uma análise da oferta potencial e desigualdade de acesso geográfico aos recursos críticos para tratamento de COVID-1910.1590/1413-81232022274.163920212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCosta, Deivson Rayner Teixeira daBarreto, Jorge Otávio MaiaSampaio, Ricardo Barros
<em>Costa, Deivson Rayner Teixeira Da</em>;
<em>Barreto, Jorge Otávio Maia</em>;
<em>Sampaio, Ricardo Barros</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é analisar a situação da Área Metropolitana de Brasília (AMB) antes do início da pandemia de COVID-19 com foco na disponibilidade e acessibilidade de recursos críticos para o tratamento da crise aguda respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2. Mapeamento geográfico da população e geolocalização dos estabelecimentos e recursos de saúde, construção de rede de relacionamentos entre a demanda potencial ao sistema de saúde público e a oferta de recursos existente em dez/2019. Análise baseada na teoria de redes complexas cruzando dados socioeconômicos disponíveis no CENSO, dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e o micro relacionamento dos setores censitários e suas populações com o estoque e disponibilidade de recursos do tipo Leito de UTI Adulto Tipo II/III e Respiradores Mecânicos. Estabelecimentos do Distrito Federal (DF) concentram mais de 75% dos relacionamentos de acesso potencial aos recursos críticos para o tratamento de COVID-19. Embora as regiões do entorno do DF, pertencentes ao Goiás, apresentem a maior vulnerabilidade relativa no território estudado, são também as mais carentes de acessibilidade e disponibilidade de recursos, evidenciando um desequilíbrio assistencial dentro da região da AMB.Spatial distribution pattern of new leprosy cases under 15 years of age and their contacts in Sobral, Ceará, Brazil10.1590/1413-81232022274.069020212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLinhares, Maria Socorro CarneiroKerr, Ligia Regina Franco SansigoloKendall, CarlAlmeida, Rosa Lívia Freitas deKlovdahl, AldenFrota, Cristiane C.
<em>Linhares, Maria Socorro Carneiro</em>;
<em>Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo</em>;
<em>Kendall, Carl</em>;
<em>Almeida, Rosa Lívia Freitas De</em>;
<em>Klovdahl, Alden</em>;
<em>Frota, Cristiane C.</em>;
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Abstract This study’s objective was to analyze the spatial distribution pattern of new leprosy cases under 15 years and their contacts. A cross-sectional descriptive study covering sociodemographic characteristics and spatial analysis was carried out. The participants were from the city of Sobral, Ceará and the study was conducted between August 2014 and September 2015. Contacts were identified by the persons responsible for the children. Seropositivity was determined with the NDO-LID antigen, and positive cases were plotted on Voronoi polygons. Nine new cases of leprosy under 15 years of age have been found. The average number of people living with the cases was higher than the number of people living with non-household contacts. All household contacts were aware of other leprosy cases and had a higher rate of seropositive tests than non-household contacts. The index cases lived in the poorest regions of the municipality and hyper-endemic areas. Spatial analysis revealed a cluster of subclinical infection within a radius of 102 meters, suggesting that non-household transmission is related to proximity with seropositive individuals. In conclusion, the search for new leprosy cases cannot be restricted to household contacts.Invisibilidade social das doenças profissionais no Brasil (1919-2019)10.1590/1413-81232022274.036320212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAssunção, Ada Ávila
<em>Assunção, Ada Ávila</em>;
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Resumo Verifica-se no Brasil e no mundo uma discrepância entre as estimativas dos efeitos da exposição aos riscos ocupacionais sobre a saúde e as estatísticas oficiais de doenças profissionais. Em que pese as inovações nas listas oficiais, principalmente, no período 1999-2007, a subestimação estatística não foi modificada. A análise documental forneceu elementos para identificar a produção da ignorância científica, o ordenamento jurídico vigente e o funcionamento das entidades médico-administrativas que produzem a invisibilidade social das doenças profissionais. Discutiu-se de que maneira essa invisibilidade é produzida por diferentes estruturas lógicas e horizontes normativos que fundamentam o diagnóstico, comunicação e registro dessas doenças. As hipóteses foram desenvolvidas em linha com os constructos da sociologia da ciência e inação pública.Avaliação do crescimento fetal de crianças por meio da razão peso/perímetro cefálico10.1590/1413-81232022274.101420212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPedraza, Dixis FigueroaBernardino, Ítalo de MacedoLins, Anahi Cézar de Lima
<em>Pedraza, Dixis Figueroa</em>;
<em>Bernardino, Ítalo De Macedo</em>;
<em>Lins, Anahi Cézar De Lima</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é utilizar a razão peso/perímetro cefálico ao nascimento para avaliar o crescimento fetal. Estudo transversal aninhado a uma coorte de nascimentos do estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, com 726 crianças nascidas a termo e com peso maior ou igual a 2.500 gramas. As medidas antropométricas da criança, características sociodemográficas, cuidados na gestação e tipo de parto foram coletados nas primeiras 24 horas pós-parto. As crianças foram classificadas em proporcionais (peso/perímetro cefálico ≥ 0,87) e desproporcionais (peso/perímetro cefálico < 0,87). Recém-nascidos de menor idade gestacional, com peso ao nascer inferior, do sexo feminino, de famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família, de mães não suplementadas com ácido fólico durante a gravidez e nascidos por cesariana apresentaram menores médias da razão peso/perímetro cefálico. As médias de peso, comprimento e perímetro cefálico foram menores entre as crianças classificadas com desproporção peso/perímetro cefálico, ajustadas pelo sexo da criança. A razão peso/perímetro cefálico é um indicador útil na avaliação do crescimento fetal.Espaço geográfico urbano e consumo de frutas e hortaliças: Pesquisa Nacional de Saúde 201310.1590/1413-81232022274.003520212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAugusto, Nathalia AssisJaime, Patricia ConstanteLoch, Mathias Roberto
<em>Augusto, Nathalia Assis</em>;
<em>Jaime, Patricia Constante</em>;
<em>Loch, Mathias Roberto</em>;
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Resumo O objetivo do estudo foi analisar a associação entre o espaço geográfico urbano e o consumo regular de frutas e hortaliças no Brasil. Estudo de base populacional, transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013), considerando 60.202 adultos ≥18 anos. As variáveis dependentes foram o consumo regular de frutas (CRF) e o consumo regular de hortaliças (CRH). O espaço geográfico urbano foi a variável independente, dividida em: capital, região metropolitana (RM) e interior. Foi calculado o Odds Ratio ajustado pelas variáveis sociodemográficas. Entre as mulheres o CRF foi menor na RM (OR= 0,83; IC95%: 0,73-0,94) e no interior (OR= 0,68; IC95%: 0,61-0,76), o mesmo aconteceu entre os homens (RM: OR= 0,84; IC95%: 0,75-0,93; Interior: OR= 0,78; IC95%: 0,71-0,85). Na maioria das subcategorias o mesmo foi observado na comparação interior x capital. Não houve associação do CRH com o espaço geográfico urbano de maneira geral, e quando estratificado nos subgrupos foram observados resultados contraditórios, pois em alguns subgrupos o CRH foi maior nas capitais e em outros menor. Aspectos locais de produção e distribuição desses alimentos devem ser considerados no planejamento de políticas públicas que busquem a promoção de seu consumo.