Ciência & Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/csc/2023.v28n2/2017-01-13T00:12:00ZVol. 28 No. 2 - 2023WerkzeugProporção e fatores associados a Apgar menor que 7 no 5º minuto de vida: de 1999 a 2019, o que mudou?10.1590/1413-81232023282.111620222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMagalhães, Alessandra Lourenço CaputoMonteiro, Denise Leite MaiaTrajano, Alexandre José BaptistaSouza, Flavio Monteiro de
<em>Magalhães, Alessandra Lourenço Caputo</em>;
<em>Monteiro, Denise Leite Maia</em>;
<em>Trajano, Alexandre José Baptista</em>;
<em>Souza, Flavio Monteiro De</em>;
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Resumo Apesar da variação entre observadores na avaliação do escore de Apgar, ele permanece um indicador útil das condições gerais do recém-nascido. O presente trabalho é um estudo de corte transversal baseado na população de nascidos vivos no Brasil no ano de 1999 e no biênio 2018-2019. Foram avaliadas todas as declarações de nascidos vivos (DNV) obtidas a partir do banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. As frequências foram comparadas entre os grupos por meio do teste qui-quadrado de Pearson e foi realizada análise de regressão logística multivariada. Adotou-se nível de significância estatística de 0,05. Foram analisadas 9.050.521 DNVs em nossa pesquisa. Constatamos que 2,1% dos recém-nascidos tiveram Apgar de 5º minuto < 7 em 1999, em comparação com 0,9% em 2018-2019. A análise multivariada indicou que gemelidade e gravidez na adolescência deixaram de ser fatores de risco para Apgar de 5º minuto < 7. Entre os fatores de risco, nota-se aumento da prematuridade, baixo peso ao nascer e anomalias congênitas. Observou-se melhoria de marcadores maternos, em especial o aumento do número de consultas pré-natais e escolaridade. Tais achados mostram a importância de acesso e seguimento pré-natal adequado e investimento em melhores condições socioeconômicas como estratégia eficaz para redução de morbimortalidade neonatal.Tendência de desigualdades na realização de mamografia nas capitais brasileiras nos últimos dez anos10.1590/1413-81232023282.077420222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSaes-Silva, ElizabetVieira, Yohana PereiraViero, Vanise dos Santos FerreiraRocha, Juliana Quadros SantosSaes, Mirelle de Oliveira
<em>Saes-Silva, Elizabet</em>;
<em>Vieira, Yohana Pereira</em>;
<em>Viero, Vanise Dos Santos Ferreira</em>;
<em>Rocha, Juliana Quadros Santos</em>;
<em>Saes, Mirelle De Oliveira</em>;
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Resumo O objetivo foi verificar a tendência de desigualdade na realização de mamografia de acordo com a posse de plano de saúde e escolaridade a partir de dados do período de 2011 a 2020 do VIGITEL. Estudo de base populacional com dados provenientes do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) entre 2011 e 2020. Desfecho: exame de mamografia nos últimos dois anos em mulheres de 50 a 69 anos. A magnitude das desigualdades do desfecho em relação às exposições (plano de saúde e escolaridade) foi estimada por meio de dois índices: slope index of inequality (SII) e concentration index (CIX). A prevalência de cobertura da realização de mamografia (2011-2020) passou de 74,4% para 78,0%, com tendência estável. As prevalências de quem possuía plano de saúde foram 85,7% e 86,4%, e de quem não possuía, 63,4% e 71,2%, com tendência crescente. De acordo com a escolaridade, em mulheres com 0-8 anos de estudo a prevalência passou de 68,2% para 72,6%; 9-11 anos, de 80,4% para 80,0% (tendência decrescente); 12 anos ou mais, de 88,0% para 86,6% (tendência decrescente). Quanto aos índices de desigualdade absoluta (SII) e relativa (CIX) da escolaridade e plano de saúde, mostram que há uma diminuição na desigualdade nos últimos dez anos.Benefícios acidentários e previdenciários concedidos a portadores de câncer no Brasil, 2008-201410.1590/1413-81232023282.115320222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSales-Fonseca, NuriaOtero, Ubirani BarrosKoifman, Rosalina JorgeSantos, Sabrina da Silva
<em>Sales-Fonseca, Nuria</em>;
<em>Otero, Ubirani Barros</em>;
<em>Koifman, Rosalina Jorge</em>;
<em>Santos, Sabrina Da Silva</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é descrever a distribuição do câncer entre os benefícios concedidos pelo Registro Geral da Previdência Social (RGPS), de 2008 a 2014, no Brasil. Estudo ecológico com dados cedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Determinou-se a proporção de benefícios acidentários (relacionados ao trabalho) e previdenciários (gerais) concedidos por câncer no Brasil, entre os benefícios concedidos por todas as causas e realizou-se uma análise espacial para avaliar a distribuição geográfica dessas proporções, tendo os estados brasileiros como unidade de análise. O câncer foi motivo de concessão de 533.438 benefícios (2,9% do total de benefícios concedidos por todas as causas), com predomínio do sexo feminino nos benefícios previdenciários (53,7%) e do sexo masculino nos benefícios acidentários (71,6%). As maiores proporções de benefícios previdenciários por câncer ocorreram nas regiões Norte e Centro-Oeste. Em 19 dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal não houve concessão de benefício acidentário por câncer. A análise das ocorrências de câncer que geraram concessões de benefícios do RGPS sugere uma desproporcionalidade da concessão de benefícios previdenciários em relação aos acidentários, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Sul do Brasil.Análise da estruturação da Rede de Atenção à Saúde no estado de Mato Grosso, Brasil, no contexto da Regionalização10.1590/1413-81232023282.129520212017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMartinelli, Nereide LúciaScatena, João Henrique GurtlerCastro, Marta de LimaSoares, Nina Rosa FerreiraCharbel, Simone CarvalhoSouza, Neuciani Ferreira da SilvaMedeiros, Alba Regina SilvaSouza, Delma Perpétua Oliveira de
<em>Martinelli, Nereide Lúcia</em>;
<em>Scatena, João Henrique Gurtler</em>;
<em>Castro, Marta De Lima</em>;
<em>Soares, Nina Rosa Ferreira</em>;
<em>Charbel, Simone Carvalho</em>;
<em>Souza, Neuciani Ferreira Da Silva</em>;
<em>Medeiros, Alba Regina Silva</em>;
<em>Souza, Delma Perpétua Oliveira De</em>;
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Resumo O artigo objetiva analisar aspectos da estruturação da rede de atenção à saúde nas regiões do estado de Mato Grosso e a narrativa sobre eles, de atores institucionais representantes da gestão, da prestação de serviços e da sociedade. Tem por base a pesquisa sobre governança e regionalização do SUS neste estado, de abordagem quantitativa e qualitativa, cuja base empírica contemplou dados secundários, documentos institucionais e entrevistas com atores-chave, estes representando a gestão, a prestação de serviços e a sociedade. Os aspectos da estrutura deste recorte focam: cobertura da ESF; disponibilidade de estabelecimentos/serviços de saúde; força de trabalho; despesas com saúde. Entre 2010 e 2018, em que pese a melhoria de vários indicadores explorados: a oferta e a distribuição de serviços e de profissionais evidenciam desigualdades regionais; há limitações financeiras, insuficiência de serviços e de profissionais. A Rede de Atenção à Saúde não está estruturada como regulamentada e sim como cada região - e seus municípios - a entendem e a adaptam, conforme sua capacidade instalada. A APS promoveu avanços, porém não tem conseguido ser efetiva e resolutiva frente às necessidades de saúde, não coordenando adequadamente o cuidado e tampouco orientando a RAS.Agentes Comunitárias de Saúde: o que dizem os estudos internacionais?10.1590/1413-81232023282.122220222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMéllo, Lívia Milena Barbosa de Deus eSantos, Romário Correia dosAlbuquerque, Paulette Cavalcanti de
<em>Méllo, Lívia Milena Barbosa De Deus E</em>;
<em>Santos, Romário Correia Dos</em>;
<em>Albuquerque, Paulette Cavalcanti De</em>;
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Resumo Trata-se de uma revisão narrativa cujo objetivo é compreender o estado da arte da literatura sobre programas de Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) no mundo, identificando suas nomenclaturas, práticas, formação e condições trabalhistas. A grande concentração de programas de ACS ainda ocorre em países de baixa e média renda da África (18), Ásia (12) e América Latina (05), com algumas poucas experiências em países de alta renda na América do Norte (02) e Oceania (01). No total foram catalogadas 38 experiências, tendo sido descritas as práticas de cuidado, vigilância, educação, comunicação em saúde, práticas administrativas, de articulação intersetorial e mobilização social. Caracterizou-se os níveis e duração das formações das ACS, assim como as diversas condições de trabalho em cada país. Em grande parte, o trabalho é precarizado, muitas vezes voluntário e realizado por mulheres. A revisão proporcionou um panorama comparativo que pode contribuir para enriquecer o olhar de gestores e tomadores de decisão em contextos de implantação, ampliação e reconfiguração de tais programas.Alimentação saudável em encartes de supermercados: reflexões segundo a classificação de alimentos adotada no Guia Alimentar para a População Brasileira10.1590/1413-81232023282.069320222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMoreira, Caroline CamilaSilva, Ana Carolina Feldenheimer daLeme, Amanda de Oliveira RequenaSilva, Thais SantosBrito, Flávia dos Santos BarbosaOliveira, Alessandra Silva Dias de
<em>Moreira, Caroline Camila</em>;
<em>Silva, Ana Carolina Feldenheimer Da</em>;
<em>Leme, Amanda De Oliveira Requena</em>;
<em>Silva, Thais Santos</em>;
<em>Brito, Flávia Dos Santos Barbosa</em>;
<em>Oliveira, Alessandra Silva Dias De</em>;
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Resumo O estudo visa avaliar a promoção dos subgrupos de AIN/MP anunciados em encartes de supermercados, considerando as características das redes e a tipologia dos encartes. Foram analisados encartes de cinco redes de supermercados da região metropolitana do Rio de Janeiro (junho/2019-maio/2020). Foram apresentados dados de abrangência e perfil socioeconômico das redes e tipo de encarte. Dos 68.110 alimentos, 30,6% são AIN/MP. Carnes/ovos foram mais promovidos (42,3%), seguido de frutas/hortaliças (20,2%) anunciados mais em encartes de hortifruti. Laticínios; cereais/farinhas/massas e bebidas/infusões representaram cerca de 10,0% dos anúncios. Leguminosas (3,8%), especiarias e cogumelos (0,2%) e oleaginosas (0,1%) foram pouco promovidos. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na promoção de subgrupos segundo abrangência e perfil socioeconômico das redes. Frutas/hortaliças foram mais anunciadas em redes nacionais e voltadas para o público de alta renda em comparação às locais e voltadas para um público de média/baixa renda. Constatou-se desequilíbrio na promoção dos subgrupos de AIN/MP, com diferenças entre as redes e os tipos de encartes. Diante disto, deve-se dar luz à discussão sobre a regulação da promoção de alimentos no varejo alimentar.Food consumption scale validation in VAMOS Program: a proposal to assess eating behavior changes in Brazil10.1590/1413-81232023282.112220222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBenedetti, Tânia Rosane BertoldoChristofoletti, MarinaQuinaud, Ricardo TeixeiraRibeiro, Cezar GrontowskiKonrad, Lisandra MariaCarvalho, Humberto MoreiraJomori, Manuela Mika
<em>Benedetti, Tânia Rosane Bertoldo</em>;
<em>Christofoletti, Marina</em>;
<em>Quinaud, Ricardo Teixeira</em>;
<em>Ribeiro, Cezar Grontowski</em>;
<em>Konrad, Lisandra Maria</em>;
<em>Carvalho, Humberto Moreira</em>;
<em>Jomori, Manuela Mika</em>;
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Abstract This study aimed to validate the frequency consumption scale (FCS) and establish cut-off points to assess changes in the eating behavior of participants in the VAMOS Program. The study was based on a community intervention conducted in 2019 in 70 Brazilian cities, with 458 adults from Primary Care. The questionnaire consisted of 12 questions about food frequency consumption. The questions were inserted into the analytical workflow, divided into the descriptive analysis, exploratory and confirmatory factor analysis (EFA), item response theory (IRT) modeling, and construction and validity of an applied questionnaire score. EFA indicated a two-factor structure, with three “healthy” (raw vegetables, fruits, and cooked vegetables) and three “unhealthy” (sugary drinks, sweets, and the replacement of meals with snacks) eating items. Items responses’ probabilities indicate a daily consumption of two healthy and once or nonweekly consumption of unhealthy items. Finally, the four categories proposed for FCS can respond over time. Therefore, the FCS proposal can be used effectively for program nutrition evaluation. Furthermore, it is possible to attribute behavior change in Brazilian primary care users with six items.Medicina de dados, uma questão para a saúde coletiva?10.1590/1413-81232023282.037520222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPaschoalotte, Leandro MódoloDias, Thais Machado
<em>Paschoalotte, Leandro Módolo</em>;
<em>Dias, Thais Machado</em>;
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Water, sanitation and schistosomiasis mansoni: a study based on the Brazilian National Prevalence Survey (2011-2015)10.1590/1413-81232023282.096920222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPoague, Kasandra Isabella Helouise MingotiMingoti, Sueli AparecidaHeller, Léo
<em>Poague, Kasandra Isabella Helouise Mingoti</em>;
<em>Mingoti, Sueli Aparecida</em>;
<em>Heller, Léo</em>;
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Abstract This study aimed to explore the association between water, sanitation, and the prevalence of schistosomiasis mansoni in students aged 7 to 17 years from all 27 federative units in Brazil. It was a cross-sectional study conducted based on data on the prevalence of schistosomiasis mansoni referring to 197,567 students from 521 Brazilian municipalities, who participated in the National Survey on the Prevalence of Schistosomiasis Mansoni and Soil-transmitted Helminth Infections (2011-2015). Univariable and multivariable generalized linear models of the negative binomial type were adjusted using 25 and 5% significance levels, respectively, considering municipalities as the unit of analysis. While a protective association was found between access to filtered water in schools and schistosomiasis mansoni prevalence, sanitation in schools was indicated as a risk factor. The collection of wastewater through a network is not universal in Brazil, and even when present, it is not necessarily carried out by the treatment of collected effluents, thus often resulting in the direct discharge of raw sewage into water resources. Regarding septic tanks, only the presence of infrastructure alone does not guarantee its correct use by the population.A efetividade social e a concessão do saneamento à iniciativa privada: o caso do leilão da CEDAE no Rio de Janeiro, Brasil10.1590/1413-81232023282.089820222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZReis, Fátima de Carvalho MadeiraKligerman, Débora CynamonCohen, Simone CynamonNogueira, Joseli Maria da Rocha
<em>Reis, Fátima De Carvalho Madeira</em>;
<em>Kligerman, Débora Cynamon</em>;
<em>Cohen, Simone Cynamon</em>;
<em>Nogueira, Joseli Maria Da Rocha</em>;
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Resumo A alteração no marco legal do saneamento (Lei 14.026, de 15 de julho de 2020) passou a exigir licitação no Brasil, mesmo nos casos de prestação do serviço de saneamento antes delegada pelos municípios às companhias estaduais, mediante contrato de programa. O objetivo foi identificar os atores que se beneficiaram com a mudança na lei e observar a efetividade social do processo de desestatização, que ocorreu em abril de 2021 com o leilão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) em 35 municípios do estado. Adotou-se a análise exploratória de dados secundários e a metodologia da integração sistêmica, que possibilita identificar o papel e a atuação de atores sociais na concessão dos serviços operados pela CEDAE no Rio de Janeiro. Concluiu-se que os governos federal, estadual e municipais, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e grupos privados ganharam com as concessões, mas quanto à efetividade social dos serviços, observou-se que é menor a proporção de população de baixa renda com redes de afastamento do esgoto sanitário nos municípios do estado operados pela iniciativa privada e que as tarifas praticadas são em média maiores ao comparar com os municípios que participaram do leilão.A pandemia da COVID-19 e o trabalho docente: percepções de professores de uma universidade pública no estado de São Paulo, Brasil10.1590/1413-81232023282.119720222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMatias, Aline BicalhoFalcão, Márcia Thereza CoutoGrosseman, SuelyGermani, Ana Claudia Camargo GonçalvesSilva, Andréa Tenório Correia da
<em>Matias, Aline Bicalho</em>;
<em>Falcão, Márcia Thereza Couto</em>;
<em>Grosseman, Suely</em>;
<em>Germani, Ana Claudia Camargo Gonçalves</em>;
<em>Silva, Andréa Tenório Correia Da</em>;
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Resumo A pandemia da COVID-19 exigiu a reestruturação dos modelos educacionais nas universidades, incluindo a rápida transição para o ensino remoto. Realizamos uma pesquisa qualitativa com o objetivo de compreender a percepção de professores universitários sobre os efeitos da pandemia da COVID-19 para a rotina de trabalho e para a saúde dos docentes de uma universidade pública no estado de São Paulo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 17 docentes de cursos de graduação das ciências humanas, biológicas e exatas, entre agosto e setembro de 2020. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra. Da análise de conteúdo, quatro categorias temáticas emergiram: (1) mudanças na rotina de trabalho e seus impactos, incluindo a adaptação ao trabalho remoto e dificuldade em estabelecer limites entre trabalho e rotina pessoal; (2) alterações na dinâmica entre professor/alunos e possibilidade de repensar a prática docente; (3) relação dos docentes com a universidade, o processo de tomada de decisões, suporte para a transição ao ensino remoto e preocupações com a qualidade do ensino; e (4) angústias e medos relacionamos à pandemia que se somaram aos estressores do trabalho. Os resultados ressaltam a necessidade de ações direcionadas à gestão educacional, às dinâmicas comunicacionais e à saúde mental.Tamanho do efeito em estudos observacionais na área de Saúde Bucal Coletiva: importância, cálculo e interpretação10.1590/1413-81232023282.098220222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFlório, Flávia MartãoZanin, LucianeSantos Júnior, Leônidas Marinho dosMeneghim, Marcelo de CastroAmbrosano, Gláucia Maria Bovi
<em>Flório, Flávia Martão</em>;
<em>Zanin, Luciane</em>;
<em>Santos Júnior, Leônidas Marinho Dos</em>;
<em>Meneghim, Marcelo De Castro</em>;
<em>Ambrosano, Gláucia Maria Bovi</em>;
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Resumo O objetivo deste estudo foi analisar a literatura científica da área de saúde bucal coletiva quanto ao cálculo, apresentação e discussão do tamanho do efeito em estudos observacionais. A literatura cientifica na área (2015 a 2019) foi analisada quanto: a) informações gerais (periódico e diretrizes aos autores, número de variáveis e desfechos), b) objetivo e coerência com o cálculo amostral apresentado; c) tamanho do efeito (apresentação, medida utilizada e coerência com a discussão dos dados e conclusão). Foram analisados 123 artigos, de 66 periódicos. A maioria dos artigos avaliados apresenta um único desfecho (74%) e não menciona a realização de cálculo amostral (69,9%). Dentre os que realizaram, para 70,3% havia coerência entre o cálculo amostral utilizado e o objetivo. Apenas 3,3% dos artigos mencionam o termo tamanho do efeito e 24,4% não o consideram na discussão dos resultados, apesar de terem calculado. A regressão logística foi a metodologia estatística mais utilizada (98,4%) e o Odds Ratio a medida de tamanho do efeito mais utilizada (94,3%), embora não tenha sido citada e discutida como uma medida de tamanho do efeito na maioria dos estudos (96,7%). Os pesquisadores, em sua maioria, restringiram a discussão dos resultados apenas à significância estatística encontrada nas associações testadas.Reversão das recomendações emitidas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS após Consultas Públicas10.1590/1413-81232023282.103820222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLopes, Sarah Gomes PittaLuiza, Vera LúciaSilva, Rondineli Mendes da
<em>Lopes, Sarah Gomes Pitta</em>;
<em>Luiza, Vera Lúcia</em>;
<em>Silva, Rondineli Mendes Da</em>;
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Resumo O trabalho analisou o efeito das Consultas Públicas (CP) e suas contribuições nas recomendações da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC). Trata-se de estudo descritivo e retrospectivo, com abordagem qualiquantitativa, com fonte de dados secundárias de acesso público, entre 2012 e 2017. Elaborou-se banco de dados para caracterizar as CP de medicamentos e suas contribuições, o que permitiu identificar casos de reversões entre a recomendação preliminar e final da CONITEC. Analisou-se as contribuições nos casos de reversão para caracterização de eixos argumentativos e tipo de embasamento. Das 307 demandas de incorporação, 205 destes passaram por CP, com 23.894 contribuições. A reversão das recomendações ocorreu em 9% das CP abertas (15 medicamentos), todas no sentido da não incorporação para incorporação. Principais eixos argumentativos trataram de benefícios clínicos e menores eventos adversos, prevalecendo o envio de experiências clínicas e opiniões. Evidencia-se avanços nos processos de incorporação de tecnologias no SUS pela realização da CP e ficou claro o desafio que os tomadores de decisão enfrentam nos espaços institucionais para o aprimoramento da participação social no sentido de fortalecer o benefício público.Reabilitação física/funcional no Brasil: análise espaço-temporal da oferta no Sistema Único de Saúde10.1590/1413-81232023282.091120222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGomes, Suzy MariaMiranda, Gabriella Morais DuarteSousa, Fabiana de Oliveira SilvaNascimento, Cynthia Maria Barboza doLima, Maria Luiza Lopes Timóteo deSilva, Vanessa de LimaVilela, Mirella Bezerra Rodrigues
<em>Gomes, Suzy Maria</em>;
<em>Miranda, Gabriella Morais Duarte</em>;
<em>Sousa, Fabiana De Oliveira Silva</em>;
<em>Nascimento, Cynthia Maria Barboza Do</em>;
<em>Lima, Maria Luiza Lopes Timóteo De</em>;
<em>Silva, Vanessa De Lima</em>;
<em>Vilela, Mirella Bezerra Rodrigues</em>;
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Resumo O complexo perfil epidemiológico do país, o envelhecimento populacional e a proporção de pessoas com deficiência apontam para o aumento substancial da demanda por reabilitação. Nesse contexto, foi analisada a distribuição espaço-temporal da oferta de profissionais de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional no Sistema Único de Saúde (SUS) de 2007 a 2019 nas cinco regiões do Brasil. Foram utilizados dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde, as estimativas censitárias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e calculados os indicadores da oferta potencial de profissionais e sua evolução relativa. Foi realizada a distribuição espacial da evolução relativa da oferta potencial de profissionais. Para a análise da tendência temporal, adotou-se o modelo de regressão por pontos de inflexão. Houve tendência temporal crescente na oferta potencial das três categorias profissionais no Brasil e em todas as regiões, mas com uma desaceleração do crescimento. Observaram-se diferenciais entre as profissões e as regiões do país, representando um quadro de desigualdade de oferta que precisa ser superado. Resultados que podem subsidiar o controle social e o planejamento nacional para a ampliação do acesso aos serviços de reabilitaçãoÓbitos, crimes e violências não tipificadas como crimes contra crianças e adolescentes no Maranhão, Brasil, 2014 a 202010.1590/1413-81232023282.083420222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Daniel Portela Aguiar daRibeiro, Marizélia Rodrigues CostaBranco, Maria dos Remédios Freitas CarvalhoMarques, Márcio Thadeu SilvaAlmeida, Joelson dos SantosGomes, Jamesson AmaralSilva, Antônio Augusto Moura da
<em>Silva, Daniel Portela Aguiar Da</em>;
<em>Ribeiro, Marizélia Rodrigues Costa</em>;
<em>Branco, Maria Dos Remédios Freitas Carvalho</em>;
<em>Marques, Márcio Thadeu Silva</em>;
<em>Almeida, Joelson Dos Santos</em>;
<em>Gomes, Jamesson Amaral</em>;
<em>Silva, Antônio Augusto Moura Da</em>;
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Resumo O presente estudo compara tendências temporais de óbitos por violências contra crianças e adolescentes e analisa diferenças em ocorrências tipificadas ou não como crimes. Foram analisados dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade e da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão, Brasil, de 2014-2020. Crianças e adolescentes foram definidos respectivamente como pessoas com 0-11 e 12-17 anos. Tipos de violências foram organizados segundo grupos, subgrupos e tipos penais do Código Penal Brasileiro. Foram contabilizados 1.326 óbitos e 8.187 ocorrências, mais frequentes na adolescência. Subtração de incapazes (p < 0,001), abandono de incapaz (p = 0,045) e estupro de vulnerável (p = 0,003) predominaram na infância. Homicídios (p < 0,001), crimes contra a liberdade individual (p = 0,004), crimes contra a liberdade sexual (p < 0,001) e violência psicológica (p = 0,034) foram mais frequentes na adolescência. Violência doméstica com lesão corporal predominou no sexo feminino (p < 0,001). Lesões corporais graves (p = 0,002), homicídios (p < 0,001) e constrangimento ilegal (p < 0,001) vitimizaram mais adolescentes do sexo masculino. Houve diferenças temporais em óbitos e ocorrências de violências contra crianças e adolescentes, assim como em características de violências tipificadas ou não como crimes.Inequalities in the management of back pain care in Brazil - National Health Survey, 201910.1590/1413-81232023282.117920222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSaes, Mirelle de OliveiraSaes-Silva, ElizabetDuro, Suele Manjourany SilvaNeves, Rosália Garcia
<em>Saes, Mirelle De Oliveira</em>;
<em>Saes-Silva, Elizabet</em>;
<em>Duro, Suele Manjourany Silva</em>;
<em>Neves, Rosália Garcia</em>;
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Abstract The aim was to assess the presence of socioeconomic inequalities in the management of back pain among Brazilians. Cross-sectional study with data from the National Health Survey (2019). The management of back pain care was assessed using five outcomes: regular exercise; physiotherapy; use of medications or injections; integrative and complementary practice; regular follow-up with a health professional. The magnitude of inequalities of each outcome in relation to exposures (education and income) was estimated using two indices: slope index of inequality (SII) and concentration index (CIX). Of the 90,846 interviewees, 19,206 individuals (21.1%) reported some chronic back problem. The most prevalent outcomes were use of medications and injections (45.3%), physical exercise (26.3%) and regular follow-up with a health professional (24.7%). The existence of inequalities in the management of back pain in the Brazilian population was evident. The adjusted analysis showed that the richest and most educated performed two to three times more physical exercise, physiotherapy, integrative and complementary practices (ICPS) and regular follow-up with a health professional than the poorest and least educated. Absolute (SII) and relative (CIX) inequalities were significant for all outcomes.Características associadas ao consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e ultraprocessados por adolescentes em uma região metropolitana brasileira10.1590/1413-81232023282.079420222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGomes, Daiene RosaSantos Neto, Edson Theodoro dosOliveira, Danila Soares deSalaroli, Luciane Bresciani
<em>Gomes, Daiene Rosa</em>;
<em>Santos Neto, Edson Theodoro Dos</em>;
<em>Oliveira, Danila Soares De</em>;
<em>Salaroli, Luciane Bresciani</em>;
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Resumo Este estudo transversal teve como objetivo analisar as características sociodemográficas e de estilo de vida associadas ao consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e ultraprocessados (AUP) por adolescentes da Região Metropolitana da Grande Vitória - Espírito Santo, Brasil. Os dados foram obtidos entre 2016 e 2017. Adotou-se a regressão logística para a análise multivariada. Participaram do estudo 2285 adolescentes entre 15 e 19 anos. O maior consumo de alimentos minimamente processados foi associado ao trabalho remunerado do adolescente (OR=1,27; IC95%: 1,04-1,56), a alta renda familiar (OR=1,5; IC95%=1,10-2,17) e a prática de atividade física (OR=1,9; IC95%=1,45-2,63). A cor da pele parda/preta (OR=1,3; IC95%=1,02-1,61) e o hábito de comer enquanto navega na internet (OR=1,4; IC95%=1,02-1,88) aumentaram as chances de consumir os AUP. Estar matriculados em escolas particulares e no terceiro/quarto ano do ensino médio reduziram em 41,7% e 37,2%, respectivamente, o consumo dos AUP. Conclui-se que o maior poder aquisitivo e a prática de atividade física influenciaram o alto consumo dos alimentos minimamente processados. Por outro lado, se declarar da cor da pele parda/preta e a utilização da internet ao comer aumentam as chances para a maior ingestão dos AUP.Vacinação do sarampo no Brasil: onde estivemos e para onde vamos?10.1590/1413-81232023282.191720222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSato, Ana Paula SayuriBoing, Alexandra CrispimAlmeida, Rosa Livia Freitas deXavier, Mariana OteroMoreira, Rafael da SilveiraMartinez, Edson ZangiacomiMatijasevich, AliciaDonalisio, Maria Rita
<em>Sato, Ana Paula Sayuri</em>;
<em>Boing, Alexandra Crispim</em>;
<em>Almeida, Rosa Livia Freitas De</em>;
<em>Xavier, Mariana Otero</em>;
<em>Moreira, Rafael Da Silveira</em>;
<em>Martinez, Edson Zangiacomi</em>;
<em>Matijasevich, Alicia</em>;
<em>Donalisio, Maria Rita</em>;
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Resumo A reemergência de doenças imunopreveníveis devido à queda das coberturas vacinais (CV) tem sido documentada em vários países. O objetivo foi analisar a CV, a homogeneidade das CV e os casos de sarampo no Brasil de 2011 a 2021, com enfoque no período da pandemia de COVID-19, sua tendência temporal, distribuição espaço-temporal e fatores associados aos aglomerados de menor CV. Trata-se de um estudo ecológico sobre a CV de sarampo (dose 1), com métodos de série temporal interrompida e de avaliação da disposição espaço-temporal, por meio do teste de varredura na identificação de aglomerados de CV. A partir de 2015, observa-se queda progressiva das CV e da homogeneidade, acentuando-se após 2020 em todas as regiões, particularmente Norte e Nordeste. Aglomerados de baixa CV foram associados a piores indicadores de desenvolvimento humano, desigualdade social e menor acesso à Estratégia de Saúde da Família. No Brasil, a pandemia intensificou as iniquidades em saúde, com baixas CV de sarampo em municípios socialmente mais vulneráveis e desiguais. Há risco de circulação do vírus, reafirmando o desafio de fortalecer a atenção básica, aprimorar a comunicação em saúde e garantir acesso à vacina, diminuindo oportunidades perdidas de vacinação e a hesitação vacinal.Participação em saúde nas Américas: mapeamento bibliométrico da produção, impacto, visibilidade e colaboração10.1590/1413-81232023282.114120222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMachado, Frederico VianaRech, Carla MichelePinto, Rodrigo SilveiraRomão, Wagner de MeloMatias, Manuelle Maria MarquesFreitas, Gabriele Carvalho deLeles, Fernando Antônio GomesKujawa, Henrique
<em>Machado, Frederico Viana</em>;
<em>Rech, Carla Michele</em>;
<em>Pinto, Rodrigo Silveira</em>;
<em>Romão, Wagner De Melo</em>;
<em>Matias, Manuelle Maria Marques</em>;
<em>Freitas, Gabriele Carvalho De</em>;
<em>Leles, Fernando Antônio Gomes</em>;
<em>Kujawa, Henrique</em>;
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Resumo A participação em saúde tem gerado um grande número de publicações em todo o mundo. Para conhecer as especificidades dessa produção nas Américas, foi realizada uma análise bibliométrica de artigos em inglês, espanhol e português. Foram realizadas buscas na BVS, PubMed, SCOPUS, WOS e SciELO, consolidando uma base de dados com 641 referências. Com auxílio do software VOSviewer, analisamos padrões de citação, coautoria e a distribuição cronológica por países e idiomas. Foi possível verificar o crescimento da produção, a relevância quantitativa e o impacto dos diferentes países. A análise indicou que os EUA concentram o maior número de citações, e o Brasil, apesar de ser o primeiro em número de publicações, é o terceiro em número de citações. O mesmo ocorre com os periódicos brasileiros que, com o maior número de artigos, caem no ranking dos mais citados. Nos dez artigos mais citados, descatam-se trabalhos desenvolvidos nos EUA e Canadá. A análise de coautoria indicou que a Universidade de Toronto, a Fiocruz e a Universidade de Harvard são as que mais têm colaborações formais com outras organizações. Concluímos que existem desigualdades de impacto, visibilidade e internacionalização neste campo, indicando obstáculos para o desenvolvimento científico e das políticas de saúde.“EU QUERO me exercitar”: as controversas recomendações para a atividade física em site do Ministério da Saúde10.1590/1413-81232023282.074620222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZNunes, Bárbara CoelhoKnuth, Alan Goularte
<em>Nunes, Bárbara Coelho</em>;
<em>Knuth, Alan Goularte</em>;
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Resumo Este artigo tem o objetivo de analisar os conteúdos sobre atividade física veiculados no site Saúde Brasil, do Ministério da Saúde, no período entre 2017-2020, descrevendo-os e discutindo as interfaces (in)existentes entre os materiais publicados e o campo da Educação Física e Saúde Coletiva. Por meio de ferramentas netnográficas foram localizadas 98 publicações que dialogam com atividade física/exercício físico/prática corporal, veiculadas durante quatro anos. Pode-se observar que a vertente comportamental da promoção da saúde permeia todo o material, sendo admitidas três perspectivas de recomendações para a prática de atividade física: esportivizada, atividade física diária e generalizada. São analisados e refletidos esses enfoques, juntamente com a carência do domínio do lazer nas recomendações, o esvaziamento de vinculação com ações do Sistema Único de Saúde e a ausência de recortes que considerem as desigualdades sociais e econômicas no país que atingem o processo saúde-doença, e consequentemente, a prática de atividades físicas. Torna-se necessário que campanhas comunicativas de incentivo ao movimento considerem, além desses pontos, o reconhecimento da atividade física como um direito humano e o compromisso com uma sociedade mais justa e equânime.De que morrem as crianças de 5 a 14 anos no estado do Rio de Janeiro? Análise do período 2000-201910.1590/1413-81232023282.116720222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZBoschi-Pinto, CynthiaCurvello, Helen Grace da RochaFonseca, Sandra CostaKale, Pauline LorenaKawa, HeliaGuimarães, Júlia Correia Cardoso
<em>Boschi-Pinto, Cynthia</em>;
<em>Curvello, Helen Grace Da Rocha</em>;
<em>Fonseca, Sandra Costa</em>;
<em>Kale, Pauline Lorena</em>;
<em>Kawa, Helia</em>;
<em>Guimarães, Júlia Correia Cardoso</em>;
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Resumo Objetivou-se investigar a magnitude e a tendência da mortalidade de crianças de 5 a 14 anos por causas, no estado do Rio de Janeiro, de 2000 a 2019. Estudo ecológico de tendência temporal utilizando dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Calcularam-se taxas de mortalidade por 100 mil crianças, por capítulos, grupos e categorias (CID-10). Estimou-se a série temporal por regressão joinpoint. As taxas de mortalidade de 10 a 14 anos foram superiores às da faixa de 5 a 9 anos. As cinco principais causas foram as mesmas de 5 a 14 anos, com diferente ordem de importância. As duas principais foram causas externas e neoplasias (31% e 15% para 5 a 9 anos; 45% e 11% para 10 a 14 anos). De 5 a 9 anos, a tendência da mortalidade teve declínio anual (8%) entre 2011 e 2015. De 10 a 14 anos, o declínio anual foi 1,3%, de 2000 a 2019. A mortalidade por causas externas decresceu em ambas as faixas, menos para a categoria “Agressão por arma de fogo” (meninos,10-14 anos) e “Afogamento” (meninos, 5-9 anos). A mortalidade por neoplasias ficou estável para todos. Doenças infecciosas e respiratórias decresceram de forma diferenciada entre os grupos. A maioria das causas de morte é evitável ou tratável, apontando necessidade de investimentos em saúde e intersetoriais.Óbitos de médicos e da equipe de enfermagem por COVID-19 no Brasil: uma abordagem sociológica10.1590/1413-81232023282.059420222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMachado, Maria HelenaTeixeira, Eleny GuimarãesFreire, Neyson PinheiroPereira, Everson JustinoMinayo, Maria Cecília de Souza
<em>Machado, Maria Helena</em>;
<em>Teixeira, Eleny Guimarães</em>;
<em>Freire, Neyson Pinheiro</em>;
<em>Pereira, Everson Justino</em>;
<em>Minayo, Maria Cecília De Souza</em>;
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Resumo O artigo aborda as nuances mais básicas e as questões capitais envolvidas na alta mortalidade de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem em decorrência da COVID-19 no Brasil. Trata-se de estudo realizado com base em dados dos conselhos federais de Medicina e Enfermagem (CFM e Cofen, respectivamente) e do estudo sobre o inventário de óbitos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e visa conhecer e analisar essa realidade à luz da sociologia das profissões. O trabalho presta contribuição relevante e inédita para a compreensão do passado, do presente e do futuro de seguimentos da classe trabalhadora que atuam na beira do leito, na linha de frente, prestando assistência direta a pacientes.Óbitos por condições de saúde posteriores à COVID-19 no Brasil10.1590/1413-81232023282.167520222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMuraro, Ana PaulaRocha, RoseanyBoing, Alexandra CrispimOliveira, Ligia Regina deMelanda, Francine NeselloAndrade, Amanda Cristina de Souza
<em>Muraro, Ana Paula</em>;
<em>Rocha, Roseany</em>;
<em>Boing, Alexandra Crispim</em>;
<em>Oliveira, Ligia Regina De</em>;
<em>Melanda, Francine Nesello</em>;
<em>Andrade, Amanda Cristina De Souza</em>;
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Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a magnitude e o perfil dos óbitos por condições posteriores à COVID-19 no Brasil. Estudo descritivo com base nos dados preliminares de registro de óbitos do Sistema de Informação sobre Mortalidade ocorridos em 2021. Foram considerados os registros com código CID B94.8 como causa básica e com código U09 em alguma linha da parte I ou II da declaração de óbito. Foi avaliada a distribuição dos óbitos por região geográfica, semestre de ocorrência, sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade e local de ocorrência. Foram registrados 2.948 óbitos por condições posteriores à COVID-19, variando de 0,5 óbito por 1.000 registros na região Nordeste a 3,6/1.000 na região Centro-Oeste. Mais da metade ocorreu entre o sexo masculino (58,0%), aqueles com 60 anos ou mais de idade (66,9%) e de cor da pele branca (51,8%). Os óbitos por condições posteriores à COVID-19 apresentaram características sociodemográficas distintas entre as regiões.Da erradicação ao risco de reintrodução da poliomielite no Brasil10.1590/1413-81232023282.189720222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZKerr, Ligia
<em>Kerr, Ligia</em>;
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Tendências da pesquisa brasileira em Ergologia10.1590/1413-81232023282.094120222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZPessanha, Luiz Phillipe MotaSantos, Isabel Cristina dosHenriques, Mayara VieiraCançado, RaquelVinagre, Rayana FerreiraCastro, Alexandre de Carvalho
<em>Pessanha, Luiz Phillipe Mota</em>;
<em>Santos, Isabel Cristina Dos</em>;
<em>Henriques, Mayara Vieira</em>;
<em>Cançado, Raquel</em>;
<em>Vinagre, Rayana Ferreira</em>;
<em>Castro, Alexandre De Carvalho</em>;
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Resumo Este artigo tem como objetivo analisar as tendências das pesquisas sobre a Ergologia no Brasil publicadas no período de 1997 a 2019, considerando a natureza da publicação e o potencial de impacto das bases em que estão veiculadas. Estudos relacionados à saúde do trabalhador indicam a crescente influência da Ergologia na compreensão do mundo do trabalho, fato evidenciado em pesquisas bibliométricas anteriores, de menor abrangência e escopo das bases apuradas, razão pela qual se pretende cobrir lacunas e ampliar a análise com dados mais atualizados. Com o uso de descritores peculiares à Ergologia, foram realizados levantamentos nas bases Web of Science, Scopus e SciELO, em periódicos não indexados às bases citadas e em produções acadêmicas disponíveis no catálogo da Capes. Constatou-se a projeção do Brasil nos estudos sobre a Ergologia, sendo o Sudeste a região com maior concentração de autores e de volume de publicações. Contudo, a inter-relação entre pesquisadores tende a limitar-se às instituições em que atuam. Há prevalência de teses e dissertações em detrimento de artigos nas produções ligadas à Ergologia. As publicações apontam para a interdisciplinaridade - com predomínio da Saúde do Trabalhador, Educação, e Psicologia - e tendem a permanecer em veículos de menor relevância científica.Psychosocial aspects related to fruit and vegetable consumption in adolescents10.1590/1413-81232023282.051120222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZVasconcelos, Thaís Meirelles deMonteiro, Luana SilvaSichieri, RoselyPereira, Rosângela Alves
<em>Vasconcelos, Thaís Meirelles De</em>;
<em>Monteiro, Luana Silva</em>;
<em>Sichieri, Rosely</em>;
<em>Pereira, Rosângela Alves</em>;
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Abstract This study aimed at assessing the association between psychosocial aspects and fruit and vegetable consumption in adolescents. Cross-sectional study developed with 327 adolescents from a public school in Brazil. A questionnaire developed for adolescents was applied to assess the influence of self-efficacy, family, peers, and body image on the consumption of fruits and vegetables. Specific questions assessed the intake frequency of fruits and vegetables, and the mean consumption was estimated using two 24-hour recalls. Scores related to psychosocial aspects were described as mean and median and the weight status was classified based on the body mass index. The average daily consumption of fruits and vegetables was 36.2 g and 45.4 g, respectively. Self-efficacy and the influence of peers were associated with an increase in the amount and frequency of fruits and vegetables consumption. Adolescents with higher scores of self-efficacy had greater average consumption of fruits and vegetables when compared to those with lower scores. The same was observed for the influence of peers. Self-efficacy and the influence of peers were the factors that most influenced the consumption of fruits and vegetables in adolescents.Time evolution of advice on healthy habits in Brazilians with hypertension and diabetes: National Health Survey10.1590/1413-81232023282.123220222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZFlores, Thaynã RamosNeves, Rosália GarciaCosta, Caroline dos SantosWendt, Andrea
<em>Flores, Thaynã Ramos</em>;
<em>Neves, Rosália Garcia</em>;
<em>Costa, Caroline Dos Santos</em>;
<em>Wendt, Andrea</em>;
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Abstract To evaluate time evolution of receiving advice on healthy habits among Brazilians with hypertension and diabetes mellitus. Cross-sectional study with data from the 2013 and 2019 National Health Survey. We used linear regression weighted by least squares of variance to verify time evolution of the outcome estimating the annual percentage change (APC) presented according to sex, skin color, age group, and quintiles of wealth index. The analytical sample in 2013 was 11,129 individuals with hypertension and 3,182 individuals with diabetes, and in 2019 19,107 individuals with hypertension and 6,317 individuals with diabetes. For those with hypertension, there were statistically significant reductions in receiving advice for not smoking (APC: -1.49), not drinking excessive alcoholic beverages (APC: -1.48), ingesting less salt (APC: -0.56), and for all healthy habits (APC: -1.17). For those with diabetes, statistically significant reductions were observed only for not smoking (APC: -1.13) and not drinking excessive alcoholic beverages (APC: -1.11). The results suggest a reduction in all types of advice on healthy habits evaluated for hypertension and diabetes, with greater magnitude among individuals belonging to the richest quintiles.Vacinação contra poliomielite no Brasil de 2011 a 2021: sucessos, reveses e desafios futuros10.1590/1413-81232023282.178420222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZDonalisio, Maria RitaBoing, Alexandra CrispimSato, Ana Paula SayuriMartinez, Edson ZangiacomiXavier, Mariana OteroAlmeida, Rosa Livia Freitas deMoreira, Rafael da SilveiraQueiroz, Rejane Christine de SousaMatijasevich, Alicia
<em>Donalisio, Maria Rita</em>;
<em>Boing, Alexandra Crispim</em>;
<em>Sato, Ana Paula Sayuri</em>;
<em>Martinez, Edson Zangiacomi</em>;
<em>Xavier, Mariana Otero</em>;
<em>Almeida, Rosa Livia Freitas De</em>;
<em>Moreira, Rafael Da Silveira</em>;
<em>Queiroz, Rejane Christine De Sousa</em>;
<em>Matijasevich, Alicia</em>;
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Resumo A queda de coberturas vacinais (CV) na infância, entre elas a da poliomielite, vem se tornando uma preocupação sanitária. O objetivo foi analisar a tendência temporal das coberturas das três doses da vacina contra a poliomielite nos primeiros 12 meses de vida entre 2011 e 2021, com destaque na pandemia de COVID-19, além de mapear as CV no Brasil. Foi realizado um estudo ecológico com técnicas de série temporal interrompida (STI) e análise espacial, a partir dos dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização. A tendência da CV foi ajustada pelo estimador de variância de Newey-West, segundo as unidades federadas e o Índice de Privação Brasileiro. A distribuição da CV foi estimada por modelos bayesianos e os aglomerados espaciais pelos índices de Moran global e local, identificando áreas de menor cobertura nas Regiões de Saúde. Observa-se perda da CV ao longo do período em todas as regiões do país, sendo maiores no Norte e no Nordeste e se acentuando durante a pandemia. As maiores quedas foram identificadas em estados e regiões de saúde com maior vulnerabilidade social. A queda na CV mostra que o risco de reintrodução do vírus selvagem é iminente e os desafios precisam ser enfrentados com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde.