Cadernos de Saúde Públicahttps://scielosp.org/feed/csp/1993.v9n1/2017-01-28T00:11:00ZUnknown authorVol. 9 No. 1 - 1993WerkzeugEditorialS0102-311X19930001000012017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZArranjos neocorporativos e defesa de interesses do médicosS0102-311X19930001000022017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZRibeiro, José M.
<em>Ribeiro, José M.</em>;
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No Brasil, o modelo sindical formado a partir do corporativismo autoritário instituído na década de 30 sofre transformações com o fim do ciclo militar inaugurado em 1964. Com a redemocratização, o movimento sindical passou a conviver com a representação plural de interesses, o que se refletiu no sindicalismo médico a partir de 1977. O arranjo político decorrente da Constituinte de 1988 consagrou, no caso da saúde, formas pluripartites de gestão da política pública. Propomos uma discussão conceitual acerca dos arranjos neocorporativos, característicos das experiências sociais européias, e sobre a sua relevância para a compreensão da política pública em saúde no contexto da chamada Reforma Sanitária.A quem interessa a relação médico paciente ?S0102-311X19930001000032017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZFernandes, João Claudio Lara
<em>Fernandes, João Claudio Lara</em>;
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A relação médico-paciente é parte integrante do cotidiano de milhares de profissionais. Para evitar uma abordagem idealista ou meramente afetiva desta questão, é necessário investigar como ela está relacionada ao conhecimento médico e à relação mais geral entre medicina e sociedade. Na verdade, longe de ser aleatória, esta relação, da forma como foi estabelecida, pode ser vista como um instrumento de difusão e manutenção do poder do Estado e da instituição médica sobre a sociedade. Para modificar esta prática, o autor propõe duas abordagens, relativas a campos distintos da prática médica: os campos hospitalar e extra-hospitalar. Na área extra-hospitalar, a humanização da prática médica dependeria, basicamente, de uma formação profissional abrangente, de modo a adaptar o médico às demandas inerentes a esta área, onde o raciocínio fisio-patológico mostra-se freqüentemente limitado. No campo hospitalar, a humanização do ato médico dependeria mais diretamente da atuação integrada de uma equipe multi-profissional.Desenvolvimento dos sistemas de vigilância epidemiológica da varíola e da poliomelite: a transformação de conceitos em categorias operacionaisS0102-311X19930001000042017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZVerani, José Fernando de S.Maranhão, Eduardo P.Laender, Fernando
<em>Verani, José Fernando De S.</em>;
<em>Maranhão, Eduardo P.</em>;
<em>Laender, Fernando</em>;
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O artigo descreve o processo através do qual alguns conceitos de vigilância epidemiológica são elaborados e transformados em categorias operacionais, constituindo, assim, o Sistema de Vigilância Epidemiológica de algumas doenças transmissíveis. A descrição do modo pelo qual alguns conceitos e categorias epidemiológicas foram sendo elaborados enfoca o Programa de Erradicação da Varíola e, mais recentemente, o Programa de Erradicação do Vírus Selvagem da Poliomielite. Conceitos como os de bloqueio e notificação cruzada, bem como as definições de casos, são descritos de modo a apresentar sua transformação em categorias operacionais no contexto de ações que, articuladas num sistema de vigilância epidemiológica, são capazes de controlar e erradicar algumas doenças imunopreveníveis, como a varíola, a poliomielite e o sarampo. Finalmente, vale ressaltar que a descrição de que trata este artigo baseia-se nas observações diretas dos autores enquanto participantes no Programa de Erradicação da Varíola em Bangladesh e na Somália, e no Programa de Erradicação da Poliomielite, na região das Américas.Descobrindo percursos para a pesquisa em saúde no trato com o movimento socialS0102-311X19930001000052017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZSmeke, Elizabeth de L. M.
<em>Smeke, Elizabeth De L. M.</em>;
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O presente artigo trata da metodologia de trabalhos científicos em saúde nos quais o pesquisador é parte importante do objeto de investigação. A concretização de uma reforma sanitária neste país depende do envolvimento e compromisso dos usuários na garantia dos seus direitos. Muitas experiências com essa preocupação vêm acontecendo no Brasil. Entretanto, não há uma metodologia pre-definida que trate das relações entre trabalhos institucionais em saúde e o Movimento Social. Assim, o trabalho tem por objetivo contribuir para a discussão de possíveis caminhos para a abordagem dos mecanismos internos envolvidos nas relações saúde/usuários, com vistas a colaborar com o processo de desenvolvimento de cidadanias. Ele se realiza a partir de uma pesquisa teórica sobre metodologia participante e pesquisa-ação, em que tomam importância: a definição do caráter do objeto; o posicionamento pessoal; a explicitação de subjetividades; levantamento documental e entrevistas para um estudo de caso; e retorno às teorias. Finalmente, conclui-se que esta metodologia permite compreender alguns mecanismos que explicam as relações entre análises macro e microestruturais, além do amadurecimento dos agentes de pesquisa.Violência velada e revelada: estudo epidemiológico da mortalidade por causas externas em Duque de Caxias, Rio de JaneiroS0102-311X19930001000062017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZSouza, Edinilsa R. de
<em>Souza, Edinilsa R. De</em>;
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Este trabalho é parte de um estudo em que se aborda, interdisciplinarmente, o processo de violência/saúde no município de Duque de Caxias, processo este entendido como uma cadeia onde se expressam as violências estrutural, da resistência e da delinqüência, cujos reflexos se fazem presentes na mortalidade do município. Constitui-se em uma análise de dados de registro relativos à mortalidade por causas externas para o período de 1979 a 1987, e em uma análise crítica das informações coletadas das declarações de óbito para o ano de 1987. Apresenta-se a mortalidade por causas externas da área investigada, sua magnitude e importância em relação às principais causas de morte no município, em números absolutos, proporções, coeficientes brutos e padronizados, taxas e anos de vida potencialmente perdidos, estratificados por grupos de causas externas específicas, sexo e idade. Na análise, constrói-se um perfil sócio-econômico-demográfico destas vítimas. Discute-se os resultados à luz do conhecimento sociológico e histórico da dinâmica social de Duque de Caxias. Conclui-se sugerindo algumas medidas que consideram-se de extrema necessidade para o apoio às vítimas da violência.Violência para todosS0102-311X19930001000072017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZMinayo, Maria Cecília de S.Souza, Edinilsa R. de
<em>Minayo, Maria Cecília De S.</em>;
<em>Souza, Edinilsa R. De</em>;
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Este artigo trata a problemática da violência social através do quadro de mortalidade por causas externas no Brasil, com ênfase na situação do município do Rio de Janeiro. São utilizados dados de mortalidade do Ministério da Saúde, consolidados pelo Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública, no período de 1980 a 1988. São apresentadas a mortalidade proporcional e as taxas de mortalidade por causas externas segundo sexo, idade, grupos específicos de causas externas, tipos de homicídios e acidentes de trânsito. Apesar de se tratar, basicamente, de um trabalho descritivo, faz-se aqui também uma reflexão sobre os homicídios, considerando-os como o fenômeno gerador de morte mais significativo na configuração da violência brasileira hoje.O contexto político-administrativo da implantação de Distritos Sanitários no Estado da Bahia, BrasilS0102-311X19930001000082017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZTeixeira, Carmen F.Paim, Jairnilson S.Araújo, Eliane C.Formigli, Vera L. A.Costa, Heloniza G.
<em>Teixeira, Carmen F.</em>;
<em>Paim, Jairnilson S.</em>;
<em>Araújo, Eliane C.</em>;
<em>Formigli, Vera L. A.</em>;
<em>Costa, Heloniza G.</em>;
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O presente trabalho foi realizado com o objetivo de caracterizar o contexto político-administrativo da implantação dos Distritos Sanitários na Bahia. Procedeu-se a uma revisão documental abrangendo acordos, convênios e leis, nos âmbitos estadual e federal, no período compreendido entre 1987 e 1989, correspondente à primeira fase da gestão estadual após as eleições de 1986. As informações foram completadas através de entrevistas com informantes-chave e ex-dirigentes do nível central da Secretaria Estadual de Saúde. Descreve-se o processo de formulação da política de regionalização territorial e populacional e faz-se uma revisão do processo de planificação, a níveis nacional e estadual, com a identificação dos eventos que conduziram à decisão de se criar os Distritos Sanitários. São listados os instrumentos de política que materializaram esta decisão e analisada a posição dos distintos atores do sistema de saúde em relação a esta opção estratégica de reorientação da organização dos serviços. Conclui-se com breves comentários sobre as dificuldades que esta proposta encontra para institucionalizar-se no período em estudo.Modelo alternativo para o controle da esquistossomose: estado atual do projeto no Estado do Espírito Santo, BrasilS0102-311X19930001000092017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZBarbosa, Frederico S.Cruz, Oswaldo J. daHollanda, ElianeSiqueira, Sandra A. V.Carvalho, Maria Alice P. deGomes, Mauro L.Almeida, Andrea S. de
<em>Barbosa, Frederico S.</em>;
<em>Cruz, Oswaldo J. Da</em>;
<em>Hollanda, Eliane</em>;
<em>Siqueira, Sandra A. V.</em>;
<em>Carvalho, Maria Alice P. De</em>;
<em>Gomes, Mauro L.</em>;
<em>Almeida, Andrea S. De</em>;
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O trabalho que vem sendo desenvolvido em uma área rural do município de Afonso Cláudio (Espírito Santo) representa uma proposta alternativa aos atuais programas de controle. Este é um trabalho de pesquisa controlado, em integração interdisciplinar e multi-institucional, envolvendo várias entidades de pesquisa e de serviços. O modelo alternativo de controle da endemia conta com amplo envolvimento comunitário e com a organização dos serviços locais de saúde a nível primário (SUS). A pesquisa participante tem sido o ponto de partida metodológico que baliza os procedimentos de coleta e análise de dados e os de intervenção na realidade local. Os métodos de controle estão limitados ao tratamento médico individualizado e à melhoria das condições de saneamento. Estes métodos estão, evidentemente, integrados às ações sociais acima descritas. O projeto está dividido em três fases: pré-controle, controle (intervenção) e avaliação final. No momento, o mesmo entra em sua fase de intervenção, com duração prevista de três anos.O Não-dito da AIDSS0102-311X19930001000102017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZBastos, Francisco InácioBoschi-Pinto, CynthiaTelles, Paulo RobertoLima, Elson
<em>Bastos, Francisco Inácio</em>;
<em>Boschi-Pinto, Cynthia</em>;
<em>Telles, Paulo Roberto</em>;
<em>Lima, Elson</em>;
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Os autores historiam a evolução da epidemia de AIDS no Brasil do ponto de vista da construção de representações sociais acerca dos segmentos envolvidos na transmissão da doença. Enfatizam a necessidade de desmistificar a correlação simplista AIDS- transmissão homossexual. Procuram retirar do relativo esquecimento o papel dos usuários de drogas injetáveis e da transmissão heterossexual na disseminação da doença, "segmentos" cuja relevância epidemiológica, crescente em nosso meio, não se tem feito acompanhar da devida atenção, seja por parte dos meios de comunicação, seja pelos órgãos formuladores de políticas de saúde.Informe Epidemiológico do SUSS0102-311X19930001000112017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZCadernos de História e Saúde, Nº 2S0102-311X19930001000122017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZMinayo, Maria Cecília de S.
<em>Minayo, Maria Cecília De S.</em>;
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Ecologia Nutricional de Insetos e suas Implicações no Manejo de PragasS0102-311X19930001000132017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZAragão, Mario B.
<em>Aragão, Mario B.</em>;
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Unknow titleS0102-311X19930001000142017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZBuss, Paulo M.
<em>Buss, Paulo M.</em>;
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Unknow titleS0102-311X19930001000152017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00Z