Cadernos de Saúde Públicahttps://scielosp.org/feed/csp/2018.v34n4/2017-01-28T00:11:00ZVol. 34 No. 4 - 2018WerkzeugDesigualdades sociodemográficas na prática de atividade física de lazer e deslocamento ativo para a escola em adolescentes: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2009, 2012 e 2015)10.1590/0102-311x000379172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZFerreira, Rodrigo WiltgenVarela, Andrea RamirezMonteiro, Luciana ZaranzaHäfele, César AugustoSantos, Simone José dosWendt, AndreaSilva, Inácio Crochemore Mohnsam
<em>Ferreira, Rodrigo Wiltgen</em>;
<em>Varela, Andrea Ramirez</em>;
<em>Monteiro, Luciana Zaranza</em>;
<em>Häfele, César Augusto</em>;
<em>Santos, Simone José Dos</em>;
<em>Wendt, Andrea</em>;
<em>Silva, Inácio Crochemore Mohnsam</em>;
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O objetivo foi identificar desigualdades na prática de atividade física de lazer e deslocamento ativo para escola em adolescentes brasileiros, bem como suas tendências de acordo com o sexo, tipo de escola, escolaridade materna e regiões geográficas de 2009 a 2015. Estudo descritivo baseado em dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2009, 2012 e 2015. Foram considerados ativos no lazer aqueles que acumularam, no mínimo, 60 minutos por dia, em cinco ou mais dias da semana anteriores à entrevista. Para deslocamento ativo para escola, foi avaliado o transporte a pé ou de bicicleta para a escola na semana anterior à entrevista. Os desfechos foram estratificados pelo sexo, tipo de escola, escolaridade materna e regiões geográficas. As desigualdades foram avaliadas por meio de diferenças e razões entre as estimativas, bem como por índices sumários de desigualdade. Foram incluídos na PeNSE 2009, 2012 e 2015, 61.301, 61.145 e 51.192 escolares, respectivamente. A prevalência de atividade física de lazer foi 13,8% em 2009, 15,9% em 2012 e 14,7% em 2015; já para o deslocamento ativo para escola, foi 70,6%, 61,7%, 66,7%, respectivamente. Meninos apresentaram uma prevalência de 10 pontos percentuais (p.p.) maior de atividade física de lazer e cerca de 5p.p. no deslocamento ativo para escola do que as meninas. Escolares filhos de mães com maior escolaridade apresentaram, em média, uma prevalência de atividade física de lazer 10p.p. maior do que seu grupo extremo de comparação e cerca de 30p.p. menor com relação ao deslocamento ativo para escola. As desigualdades observadas permaneceram constantes ao longo do período avaliado. Foram identificadas desigualdades socioeconômicas e entre os sexos, que se mantiveram constantes ao longo do período analisado e que foram específicas para cada domínio de atividade física.Accuracy of partial protocol to assess prevalence and factors associated with dental caries in schoolchildren between 8-12 years of age10.1590/0102-311x000772172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZDutra, Eduarda RodriguesChisini, Luiz AlexandreCademartori, Mariana GonzalezOliveira, Luísa Jardim Corrêa deDemarco, Flávio FernandoCorrea, Marcos Britto
<em>Dutra, Eduarda Rodrigues</em>;
<em>Chisini, Luiz Alexandre</em>;
<em>Cademartori, Mariana Gonzalez</em>;
<em>Oliveira, Luísa Jardim Corrêa De</em>;
<em>Demarco, Flávio Fernando</em>;
<em>Correa, Marcos Britto</em>;
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Abstract: The aim of this study was to test accuracy and reliability of a partial protocol (PP) of oral examination involving the permanent first molars. This cross-sectional study was carried out in two stages. First, a cross-sectional study was performed in a representative sample of 1,211 children using DMFT-index in a full-mouth protocol (FM). A PP was simulated from FM data using only data from the permanent first molars. A second part was performed with 202 children examined by a gold standard examiner (FM) and three dentists using the PP to assess its reliability. Accuracy of PP was assessed by sensitivity/specificity/predictive positive and negative values. Inter-examiner reliability in comparison with gold standard examiner was assessed using weighted kappa. The prevalence of dental caries observed using DMFT index was 32.4% and was 30.2% for PP . The PP presented high sensitivity (93.1%; 95%CI: 91.5-94.5), showing similar magnitude of association’s measures for all associated factors investigated. When compared with the gold standard FM examination, all examiners obtained high parameters of sensitivity and specificity (around 90%). Predictive negative values were higher than predictive positive values for the examiners. This study showed that this partial protocol involving the permanent first molars is accurate and reliable as a screening tool to assess dental caries prevalence and associated factors in schoolchildren.Saúde do trabalhador do Sistema Único de Saúde: diagnósticos, resistências e alternativas10.1590/0102-311x00207182017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZSouza, Helton Saragor de
<em>Souza, Helton Saragor De</em>;
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Políticas de fronteiras e saúde de populações refugiadas10.1590/0102-311x000060182017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZCastiglione, Débora de Pina
<em>Castiglione, Débora De Pina</em>;
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Estudo comparativo de práticas de promoção da saúde na atenção primária em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil e Toronto, Ontário, Canadá10.1590/0102-311x002145162017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZHeidemann, Ivonete Teresinha Schulter BussCypriano, Camilla da CostaGastaldo, DeniseJackson, SuzanneRocha, Carolina GabrieleFagundes, Eloi
<em>Heidemann, Ivonete Teresinha Schulter Buss</em>;
<em>Cypriano, Camilla Da Costa</em>;
<em>Gastaldo, Denise</em>;
<em>Jackson, Suzanne</em>;
<em>Rocha, Carolina Gabriele</em>;
<em>Fagundes, Eloi</em>;
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Resumo: Compreender as experiências de organização dos sistemas públicos de saúde universais em relação à promoção da saúde em unidades de atenção primária de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, e Toronto, Ontário, Canadá. Pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa realizada em unidades da atenção primária. Para a coleta de dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com questões sobre as práticas de promoção, com 25 profissionais em Florianópolis, e 10, em Toronto. Os dados foram discutidos por meio de análise temática, identificando as práticas, dificuldades e facilidades da promoção da saúde. Nessas cidades, 60% dos profissionais e gestores não receberam conhecimento específico de promoção na sua formação. No que tange às habilidades promotoras de saúde, em Toronto identificou-se que os sujeitos reconhecem a autonomia e os determinantes sociais, já em Florianópolis as relacionam com a educação em saúde e participação popular. Em ambas as cidades, as práticas de promoção são direcionadas para atividades individuais e coletivas. A motivação para atuar provém da interdisciplinaridade e das demandas oriundas da população. Destaca-se a relevância da promoção, como forma de cuidado e estímulo à autonomia do indivíduo e da comunidade, considerando os determinantes sociais. Essas práticas alcançam a saúde integral da comunidade, porém, observam-se limites das equipes que ainda realizam atividades voltadas para a doença. Os recursos são escassos, necessitando de ações intersetoriais para a melhoria da qualidade de vida. A atenção à saúde está voltada para o modelo hegemônico, carecendo avançar para a concepção positiva da saúde e determinantes sociais.Statelessness, exodus, and health: forced internal displacement and health services10.1590/0102-311x000275182017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZPacheco-Coral, Adriana del Pilar
<em>Pacheco-Coral, Adriana Del Pilar</em>;
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Modalidades de gestão de serviços no Sistema Único de Saúde: revisão narrativa da produção científica da Saúde Coletiva no Brasil (2005-2016)10.1590/0102-311x001142172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZRavioli, Antonio FrancoSoárez, Patrícia Coelho DeScheffer, Mário César
<em>Ravioli, Antonio Franco</em>;
<em>Soárez, Patrícia Coelho De</em>;
<em>Scheffer, Mário César</em>;
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O presente trabalho busca sistematizar tendências e prioridades das abordagens teórico-conceituais e das investigações empíricas sobre modalidades específicas de gestão de serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde no Brasil. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura que identificou, em 33 publicações, a localização e a natureza dos serviços, os modelos de gestão, os procedimentos metodológicos e os desfechos dos estudos. A produção trata principalmente de aspectos conceituais, legais e práticas gerenciais dos modelos, além de abordar contratos, compras, recursos humanos, financiamento e mecanismos de controle. Concluiu-se que a literatura analisada é restrita, concentrada no Estado de São Paulo, com baixa diversidade de teorias e fragilidades de aportes metodológicos, sendo inconclusiva quanto à superioridade de um modelo de gestão sobre outro. São fundamentais novas pesquisas avaliativas capazes de comparar os diferentes modelos e julgar seus desempenhos e efeitos na qualidade da assistência prestada, na saúde da população e na organização do sistema de saúde.Access to public spaces and physical activity for Mexican adult women10.1590/0102-311x000652172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZBojorquez, IetzaOjeda-Revah, LinaDiaz, Rolando
<em>Bojorquez, Ietza</em>;
<em>Ojeda-Revah, Lina</em>;
<em>Diaz, Rolando</em>;
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The aim of this article was to explore the association between access to public spaces and physical activity for adult women, controlling and testing interactions with sociodemographic and public spaces characteristics. We combined sociodemographic data from a survey with the adult (18-65 years of age) women population of Tijuana, Mexico, conducted in 2014 (N = 2,345); with data from a 2013 study on public spaces in the same city. We evaluated access to public spaces by the presence and total area of public spaces in buffers of 400, 800, 1,000 and 1,600m around the participants’ homes. We measured physical activity with the short version of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ-short). We employed multinomial logistic models to evaluate the association between access to public spaces and physical activity, and tested for interactions between access to public spaces and public spaces quality and sociodemographic characteristics. We observed no interaction between access to public spaces and public spaces quality in their effect on physical activity. There was an association between the presence of public spaces in the 400m buffer, and higher odds of being in the low physical activity level (as opposed to being in the moderate level) (coefficient: 0.50; 95%CI: 0.13; 0.87). Participants who used public transport were less likely to be in the low physical activity level (coefficient: -0.57; 95%CI: -0.97; -0.17). We suggest that, in this population, the access to public spaces might be less relevant for physical activity than other elements of the urban environment and sociodemographic characteristics.An empirical assessment of the Healthy Early Childhood Program in Rio Grande do Sul State, Brazil10.1590/0102-311x000279172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZRibeiro, Felipe GarciaBraun, GiseleCarraro, AndréTeixeira, Gibran da SilvaGigante, Denise Petrucci
<em>Ribeiro, Felipe Garcia</em>;
<em>Braun, Gisele</em>;
<em>Carraro, André</em>;
<em>Teixeira, Gibran Da Silva</em>;
<em>Gigante, Denise Petrucci</em>;
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Abstract: We investigate the effect of a family-based primary health care program (Healthly Early Childhood Program) on infant mortality in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. We estimate infant mortality’s counterfactual trajectories using the differences-in-differences approach, combined with the use of longitudinal data for all municipalities in the state of Rio Grande do Sul. Our main result is that the program reduced the number of deaths caused by external causes. The length of exposure to the program seems to potentiate the effects. For the number of deaths by general causes, there is no evidence of impact. Our findings are consistent with the nature of the program that aims to improve adults care with children. The Healthly Early Childhood Program is effective in reducing the number of avoidable deaths in infants.A framework to assess management performance in district health systems: a qualitative and quantitative case study in Iran10.1590/0102-311x000717172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZTabrizi, Jafar SadeghGholipour, KamalIezadi, ShabnamFarahbakhsh, MostafaGhiasi, Akbar
<em>Tabrizi, Jafar Sadegh</em>;
<em>Gholipour, Kamal</em>;
<em>Iezadi, Shabnam</em>;
<em>Farahbakhsh, Mostafa</em>;
<em>Ghiasi, Akbar</em>;
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The aim was to design a district health management performance framework for Iran’s healthcare system. The mixed-method study was conducted between September 2015 and May 2016 in Tabriz, Iran. In this study, the indicators of district health management performance were obtained by analyzing the 45 semi-structured surveys of experts in the public health system. Content validity of performance indicators which were generated in qualitative part were reviewed and confirmed based on content validity index (CVI). Also content validity ratio (CVR) was calculated using data acquired from a survey of 21 experts in quantitative part. The result of this study indicated that, initially, 81 indicators were considered in framework of district health management performance and, at the end, 53 indicators were validated and confirmed. These indicators were classified in 11 categories which include: human resources and organizational creativity, management and leadership, rules and ethics, planning and evaluation, district managing, health resources management and economics, community participation, quality improvement, research in health system, health information management, epidemiology and situation analysis. The designed framework model can be used to assess the district health management and facilitates performance improvement at the district level.Multiculturality skills, health care and communication disorders10.1590/0102-311x002172172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZGoulart, Bárbara G.Levey, SandraRech, Rafaela Soares
<em>Goulart, Bárbara G.</em>;
<em>Levey, Sandra</em>;
<em>Rech, Rafaela Soares</em>;
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Prevalência e características dos eventos adversos a medicamentos no Brasil10.1590/0102-311x000400172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZSousa, Livia Alves Oliveira deFonteles, Marta Maria de FrançaMonteiro, Mirian ParenteMengue, Sotero SerrateBertoldi, Andréa DâmasoPizzol, Tatiane da Silva DalTavares, Noemia Urruth LeãoOliveira, Maria AuxiliadoraLuiza, Vera LuciaRamos, Luiz RobertoFarias, Mareni RochaArrais, Paulo Sergio Dourado
<em>Sousa, Livia Alves Oliveira De</em>;
<em>Fonteles, Marta Maria De França</em>;
<em>Monteiro, Mirian Parente</em>;
<em>Mengue, Sotero Serrate</em>;
<em>Bertoldi, Andréa Dâmaso</em>;
<em>Pizzol, Tatiane Da Silva Dal</em>;
<em>Tavares, Noemia Urruth Leão</em>;
<em>Oliveira, Maria Auxiliadora</em>;
<em>Luiza, Vera Lucia</em>;
<em>Ramos, Luiz Roberto</em>;
<em>Farias, Mareni Rocha</em>;
<em>Arrais, Paulo Sergio Dourado</em>;
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Resumo: O presente trabalho tem como objetivo descrever a prevalência e fatores associados a eventos adversos a medicamentos (EAM) referidos por usuários de medicamentos no Brasil. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, realizado no período de setembro de 2013 a fevereiro de 2014, com dados coletados na Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM). Foram consideradas todas as pessoas que referiram o uso de medicamentos; entre elas, foram identificadas as que referiram pelo menos um problema com o uso do medicamento. Realizou-se uma análise descritiva para estimar a prevalência e os intervalos de 95% de confiança (IC95%) de EAM entre as variáveis estudadas, e foram calculadas as razões de prevalência bruta e ajustada, pela regressão de Poisson, na investigação dos fatores associados aos EAM. A prevalência de EAM no Brasil foi de 6,6% (IC95%: 5,89-7,41), sendo maior e estatisticamente significante após a realização da análise multivariada, entre pessoas do sexo feminino; residentes nas regiões Centro-oeste e Nordeste; que consumiam maior número de medicamentos; que percebiam seu estado de saúde como “ruim”; e que se automedicavam. Os EAM foram mais relatados para os medicamentos fluoxetina, diclofenaco e amitriptilina. Os EAM mais referidos pelos entrevistados foram sonolência, dor epigástrica e náuseas. Os EAM mais referidos pelos entrevistados foram de natureza leve, considerados evitáveis e estiveram associados a medicamentos de uso frequente pela população. Em razão desse estudo, foi possível conhecer a dimensão do problema ocasionado pelo uso de medicamentos no Brasil.Imigração, saúde global e direitos humanos10.1590/0102-311x000541182017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZVentura, Miriam
<em>Ventura, Miriam</em>;
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Alimentação escolar e constituição de identidades dos escolares: da merenda para pobres ao direito à alimentação10.1590/0102-311x001426172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZSilva, Edleuza OliveiraAmparo-Santos, LígiaSoares, Micheli Dantas
<em>Silva, Edleuza Oliveira</em>;
<em>Amparo-Santos, Lígia</em>;
<em>Soares, Micheli Dantas</em>;
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Resumo: Este ensaio busca problematizar a alimentação escolar enquanto prática que contribui para a constituição de identidades escolares. Parte-se de uma revisão bibliográfica, não sistemática, de publicações sobre alimentação escolar e identidades no contexto das escolas públicas brasileiras. Discute-se, inicialmente, a persistência de discursos e práticas de caráter assistencialista que reduziam a alimentação escolar a uma comida para pobres, questão observada nos estudos. Os significados desse caráter assistencialista concorrem para o entendimento de que ele parece funcionar como um mecanismo de poder capaz de inscrever, nos escolares, uma identidade de pobreza e inferioridade. Esse entendimento é situado nas relações de poder existentes na escola, no exercício do poder disciplinar e seu potencial de produzir identidades, assim como nas práticas de resistência decorrentes desses poderes no contexto da alimentação escolar. Considera-se ainda que os escolares sejam agentes de seus próprios processos identitários, haja vista que, em sua relação com a alimentação escolar, evidenciam-se, além de processos de sujeição, também processos de resistência e de construção ativa de identidade alimentar, nos quais agregam o tradicional e o moderno, o local e o global, dentre outros aspectos. Mesmo que ambiguidades sejam percebidas nesse cenário, entende-se que são indícios de mudanças no paradigma do pensar e fazer a alimentação escolar, trazendo elementos para problematizá-la: de um lado, ainda como um dispositivo de manutenção das desigualdades sociais e, de outro, esforços e ações para propiciá-la como um direito e promotora de identidades emancipatórias.Violência por parceiro íntimo: perfil dos atendimentos em serviços de urgência e emergência nas capitais dos estados brasileiros, 201410.1590/0102-311x000623172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZGarcia, Leila PosenatoSilva, Gabriela Drummond Marques da
<em>Garcia, Leila Posenato</em>;
<em>Silva, Gabriela Drummond Marques Da</em>;
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Resumo: O estudo teve como objetivo descrever o perfil dos atendimentos a vítimas de violência por parceiro íntimo em serviços de urgência e emergência vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e investigar diferenças entre os sexos. Foi realizado estudo descritivo com dados do inquérito que compõe o Sistema de Vigilância de Acidentes e Violências (VIVA Inquérito), realizado em 86 serviços de urgência e emergência de 25 capitais, em 2014. Foram incluídos todos os 506 casos de violência por parceiro íntimo, 69,9% do sexo feminino e 65% de 20 a 39 anos de idade. Em ambos os sexos, predominaram pessoas de cor da pele negra (70% no feminino e 82,8% no masculino, p = 0,005). A ausência de atividade remunerada foi mais frequente entre indivíduos do sexo feminino (50,4%), em relação ao masculino (24,1%), enquanto o consumo de bebida alcoólica foi mais frequente no sexo masculino (47,9%) em comparação ao feminino (21,9%) (p < 0,001). O meio de agressão mais frequente entre as vítimas do sexo feminino foi força corporal/espancamento (70,9%), seguido por objeto perfurocortante (14,5%), enquanto naquelas do sexo masculino, foi objeto perfurocortante (48,7%), seguido por força corporal/espancamento (31,6%). Indivíduos do sexo masculino foram apontados como agressores por 97,6% das vítimas do feminino e 11,8% do masculino (p < 0,001). A residência foi o principal local de ocorrência das violências (69,6% no sexo feminino e 74,4% no masculino; p = 0,622). A maioria das vítimas era do sexo feminino, enquanto o sexo masculino se destacou entre os agressores. As diferenças encontradas entre os sexos possivelmente refletem padrões culturais e evidenciam a necessidade de investigar o gênero, além do sexo biológico.Tendências no uso de serviços de saúde médicos e odontológicos e a relação com nível educacional e posse de plano privado de saúde no Brasil, 1998-201310.1590/0102-311x000520172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZPilotto, Luciane MariaCeleste, Roger Keller
<em>Pilotto, Luciane Maria</em>;
<em>Celeste, Roger Keller</em>;
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O mix público-privado do sistema de saúde brasileiro favorece cobertura duplicada aos serviços de saúde aos indivíduos que possuem plano privado de saúde e pode aumentar as iniquidades no uso dos serviços. O objetivo deste estudo é descrever as tendências no uso dos serviços de saúde médicos e odontológicos e a relação com nível educacional e posse de plano privado de saúde. Os dados foram obtidos de inquéritos domiciliares nacionais com amostras representativas dos anos de 1998, 2003, 2008 e 2013. Foram descritas as tendências no uso de serviços de saúde por adultos ajustadas por posse de plano privado de saúde, nível de educação, sexo e idade. Há tendência de aumento no uso dos serviços de saúde em adultos sem plano privado e, entre adultos com plano privado, a tendência no uso variou de forma não linear. O serviço médico apresentou alternância no uso a longo dos anos e o serviço odontológico apresentou tendência de declínio após o ano de 2003. Acompanhar as tendências na posse de planos privados de saúde e no uso dos serviços de saúde é necessário para auxiliar o Estado na regulação dos planos privados e evitar o aumento das iniquidades no acesso e uso dos serviços de saúde entre os cidadãos.Bacillus cereus as the main casual agent of foodborne outbreaks in Southern Brazil: data from 11 years10.1590/0102-311x000574172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZLentz, Silvia Adriana MayerRivas, Paula MarquesCardoso, Marisa Ribeiro de ItapemaMorales, Daiana de LimaCentenaro, Fabiana CasselMartins, Andreza Francisco
<em>Lentz, Silvia Adriana Mayer</em>;
<em>Rivas, Paula Marques</em>;
<em>Cardoso, Marisa Ribeiro De Itapema</em>;
<em>Morales, Daiana De Lima</em>;
<em>Centenaro, Fabiana Cassel</em>;
<em>Martins, Andreza Francisco</em>;
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Foodborne diseases are a global concern. In Brazil, the most prevalent pathogen found in foodborne outbreaks is Salmonella sp. (14.4%), followed by Staphylococcus aureus (7.7%), Escherichia coli (6.5%), and Bacillus cereus (3.1%). With the aim to perform a regional detailed analysis of foodborne intoxication, we analyzed 253 outbreaks’ profile reports to Food Surveillance team of the General Secretariat of Health Surveillance of Porto Alegre, Rio Grande do Sul State, between 2003 and 2013. In contrast to what was most notified in Brazil, in Porto Alegre the main outbreak agent identified was Bacillus cereus (32.2%) and, based on the patient symptoms, most cases were linked to enterotoxin production. The majority of the outbreaks were linked to the ingestion of food containing cereals or sauces poorly kept at environment temperature during the stock or preparation. We believe that, due to the compulsory use of pasteurized eggs in our city, Salmonella sp. outbreaks are less important here.Atenção à saúde bucal no Parque Indígena do Xingu, Brasil, no período de 2004-2013: um olhar a partir de indicadores de avaliação10.1590/0102-311x000793172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZLemos, Pablo NatanaelRodrigues, Douglas AntônioFrazão, PauloHirooka, Lucila BrandãoGuisilini, Alana CristinaNarvai, Paulo Capel
<em>Lemos, Pablo Natanael</em>;
<em>Rodrigues, Douglas Antônio</em>;
<em>Frazão, Paulo</em>;
<em>Hirooka, Lucila Brandão</em>;
<em>Guisilini, Alana Cristina</em>;
<em>Narvai, Paulo Capel</em>;
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A Política Nacional de Saúde Bucal redefiniu em 2011 seu modelo de atenção para os povos indígenas, preconizando o subsídio da epidemiologia e o acompanhamento do impacto das ações por meio de indicadores adequados. O objetivo deste estudo foi analisar a evolução desses indicadores, propostos pelo Ministério da Saúde, no Parque Indígena do Xingu, Brasil, no período de 2004-2013. Trata-se de pesquisa de abordagem quantitativa, com o uso de dados secundários do Distrito Sanitário Especial Indígena Xingu e do Projeto Xingu, da Universidade Federal de São Paulo. Observou-se cobertura de primeira consulta odontológica programática maior que 60% em todos os anos analisados, exceto em 2009 e 2010, cujas coberturas foram de 44,7% e 53,4%, respectivamente. O indicador de tratamento odontológico básico concluído apresentou aumento significativo, de 44,9% para 79,9%, entre 2006 e 2008. A proporção de exodontias no conjunto dos procedimentos diminuiu de 24,3% em 2004 para 3,8% em 2011. A cobertura da média da ação coletiva de escovação dental supervisionada obteve a maior variabilidade (1,2 a 23,3%) no período analisado. O acesso à saúde bucal mostrou boa cobertura e o indicador de tratamento concluído apresentou percentual mais elevado em comparação com outros povos indígenas no mesmo período. O melhor desempenho do indicador de exodontias pode decorrer de mudança no enfoque assistencial possibilitado por parcerias com universidades, ainda que os indicadores de escovação supervisionada indiquem ser necessário priorizar ações preventivas. Mudanças na gestão da saúde indígena, com fragilização ou ausência de parcerias, podem ter influenciado negativamente os indicadores do programa.Um rico olhar para a amamentação e políticas para a infância no Brasil da virada dos séculos XIX para o XX. A atuação de Fernandes Figueira e outros pioneiros10.1590/0102-311x002247172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZAlmeida, Paulo Vicente Bonilha
<em>Almeida, Paulo Vicente Bonilha</em>;
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Práticas sociais de medicalização & humanização no cuidado de mulheres na gestação10.1590/0102-311x000099172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZWarmling, Cristine MariaFajardo, Ananyr PortoMeyer, Dagmar EstermannBedos, Cristophe
<em>Warmling, Cristine Maria</em>;
<em>Fajardo, Ananyr Porto</em>;
<em>Meyer, Dagmar Estermann</em>;
<em>Bedos, Cristophe</em>;
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Resumo: O objetivo principal do trabalho é analisar como discursos de medicalização & humanização se (re)articulam na atenção primária em saúde e configuram o cuidado pré-natal de mulheres grávidas realizado por equipes de saúde da família. Trata-se de um estudo de caso do tipo único e integrado, com múltiplas unidades de análises e abordagem qualitativa. Foram realizados 17 grupos focais e ouvidos 47 trabalhadores (14 médicos, 19 enfermeiros e 14 cirurgiões-dentistas) que compunham 17 equipes de saúde da família em 16 municípios no Sul do Brasil. O material empírico foi analisado na perspectiva da análise do discurso foucaultiana. As equipes de saúde da família, praticantes da medicina generalista, relataram dificuldades para realizar o cuidado pré-natal das mulheres gestantes, evocando e fortalecendo o discurso da medicalização obstétrica que sua prática deveria enfraquecer. O discurso oficialmente adotado pela humanização, privilegiado no modelo generalista de atenção às mulheres gestantes, segue funcionando como discurso complementar ao da medicalização e da especialização, que prevalece nas práticas relatadas. A ênfase na atenção humanizada à mulher na gestação interfere nas fronteiras dos territórios profissionais e pressupõe renegociação de competências. Esforços de colaboração empreendidos entre as equipes de saúde da família e obstetras não apresentam muito sucesso.O acidente da plataforma de petróleo P-36 revisitado 15 anos depois: da gestão de situações incidentais e acidentais aos fatores organizacionais10.1590/0102-311x000346172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZFigueiredo, Marcelo GonçalvesAlvarez, DeniseAdams, Ricardo Nunes
<em>Figueiredo, Marcelo Gonçalves</em>;
<em>Alvarez, Denise</em>;
<em>Adams, Ricardo Nunes</em>;
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Resumo: O acidente com a plataforma P-36 na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, Brasil, se configura como um dos grandes desastres internacionais da indústria do petróleo. Nosso objetivo na reflexão aqui empreendida é: (a) verificar, com base em um caso específico, a questão do papel que exerce a dimensão humana na confiabilidade de sistemas de elevada complexidade - com foco na gestão de situações incidentais e acidentais -, capazes de acarretar acidentes de grande magnitude. E, ao nos debruçarmos sobre tal intento, somos remetidos à necessidade de (b) dar visibilidade à interveniência de alguns dos fatores organizacionais como elementos que podem contribuir para agravar o grau de risco da atividade em plataformas offshore, conduzindo a análise para além das chamadas causas imediatas. No que tange aos métodos de investigação, tomamos por base, principalmente, a pesquisa documental (com destaque para os relatórios da Petrobras, ANP/DPC e CREA-RJ) e as interlocuções que mantivemos com três profissionais que atuaram na P-36. Os resultados indicam que a gestão das situações incidentais e acidentais, na qual se circunscrevem as tomadas de decisão em contextos emergenciais, deve se valer da contribuição que os trabalhadores podem agregar no sentido de apontar e discutir com os gestores certas lacunas do processo, por intermédio do compartilhamento e da flexibilização de decisões e da análise coletiva das situações de risco. Indicam também que determinados fatores organizacionais contribuíram para a ocorrência do sinistro, corroborando estudos nacionais e internacionais acerca de grandes acidentes, que apontam para a necessidade de mudança no enfoque adotado pela gerência das empresas do setor petrolífero.Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade10.1590/0102-311x000723172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZNeves, Rosália GarciaDuro, Suele Manjourany SilvaMuñiz, JavierCastro, Teresa Rosalia PérezFacchini, Luiz AugustoTomasi, Elaine
<em>Neves, Rosália Garcia</em>;
<em>Duro, Suele Manjourany Silva</em>;
<em>Muñiz, Javier</em>;
<em>Castro, Teresa Rosalia Pérez</em>;
<em>Facchini, Luiz Augusto</em>;
<em>Tomasi, Elaine</em>;
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Resumo: O objetivo foi descrever a estrutura necessária à atenção às pessoas com diabetes, usuárias da rede de atenção primária à saúde, avaliada nos Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) no Brasil, 2012 e 2014, considerando-se as características dos municípios. Utilizando-se um estudo descritivo foram avaliadas as unidades básicas de saúde (UBS) cujas equipes participaram dos Ciclos I e II do PMAQ, em 2012 e 2014. Utilizaram-se variáveis do Módulo I da avaliação externa do PMAQ que aborda a estrutura das UBS. Materiais (balança de 150kg, esfigmomanômetro, estetoscópio adulto, fita métrica, glicosímetro, kit de monofilamentos, oftalmoscópio e tiras de glicemia capilar); medicamentos (insulina NPH e regular, glibenclamida e metformina) e espaço físico (consultório clínico, farmácia, recepção, sala de acolhimento e de reunião). Todos os medicamentos avaliados e a sala de acolhimento apresentaram um aumento de mais de 10p.p. de 2012 para 2014. As prevalências de estrutura adequada de materiais, medicamentos e física nas UBS foram maiores em 2014. A estrutura adequada de materiais passou de 3,9% para 7,8%, de medicamentos de 31,3% para 49,9% e física de 15,3% para 23,3%. Os municípios com mais de 300 mil habitantes, melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e menor cobertura de Estratégia Saúde da Família (ESF) registraram maiores prevalências de UBS adequadas. As unidades que aderiram aos Ciclos I e II do PMAQ obtiveram melhoria em suas estruturas. Entretanto, foi encontrada baixa prevalência de UBS com estrutura adequada, além de diferenças na estrutura dos serviços, de acordo com o porte populacional, IDH e cobertura de ESF.Tendência e fatores associados à insegurança alimentar no Brasil: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004, 2009 e 201310.1590/0102-311x000669172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZSantos, Taíse Gama dosSilveira, Jonas Augusto Cardoso daLongo-Silva, GiovanaRamires, Elyssia Karine Nunes MendonçaMenezes, Risia Cristina Egito de
<em>Santos, Taíse Gama Dos</em>;
<em>Silveira, Jonas Augusto Cardoso Da</em>;
<em>Longo-Silva, Giovana</em>;
<em>Ramires, Elyssia Karine Nunes Mendonça</em>;
<em>Menezes, Risia Cristina Egito De</em>;
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O objetivo deste estudo foi analisar a tendência e fatores associados à insegurança alimentar no Brasil nos anos de 2004, 2009 e 2013, utilizando microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A insegurança alimentar foi avaliada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. As variáveis independentes foram selecionadas a partir de modelo conceitual de determinação da insegurança alimentar, sendo esse também utilizado para a elaboração dos modelos lineares generalizados múltiplos. Os resultados descrevem tendência de redução na prevalência de insegurança alimentar entre 2004-2013, especialmente, quanto à insegurança alimentar moderada e grave que passou de 17% (IC95%: 15,7-18,4) em 2004 para 7,9% (IC95%: 7,2-8,7) em 2013. Por outro lado, apesar das importantes reduções na prevalência de insegurança alimentar moderada e grave, observou-se que, independentemente do nível de determinação, os estratos populacionais com menor prevalência em 2004 apresentaram redução relativa de maior magnitude. Quanto aos fatores associados à insegurança alimentar moderada e grave, permaneceram os mesmos nos dez anos cobertos pela PNAD, sendo eles: as macrorregiões Norte/Nordeste, área urbana (na presença de saneamento inadequado), densidade domiciliar > 2 pessoas/dormitório, possuir ≤ 4 bens de consumo e a pessoa de referência do domicílio ser do sexo feminino, ter idade < 60 anos, a raça/etnia ser diferente de branca, ter escolaridade ≤ 4 anos e estar desempregada. Entre 2004-2013, a prevalência de domicílios brasileiros em situação de insegurança alimentar moderada e grave caiu pela metade; contudo, dentro da perspectiva da equidade, destaca-se que os avanços ocorreram de modo desigual, sendo menores nos estratos de maior vulnerabilidade social, econômica e demográfica.Longitudinal Study on the Lifestyle and Health of University Students (ELESEU): design, methodological procedures, and preliminary results10.1590/0102-311x001459172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZNogueira, Patrícia SimoneFerreira, Márcia GonçalvesRodrigues, Paulo Rogério MeloMuraro, Ana PaulaPereira, Lídia PitalugaPereira, Rosangela Alves
<em>Nogueira, Patrícia Simone</em>;
<em>Ferreira, Márcia Gonçalves</em>;
<em>Rodrigues, Paulo Rogério Melo</em>;
<em>Muraro, Ana Paula</em>;
<em>Pereira, Lídia Pitaluga</em>;
<em>Pereira, Rosangela Alves</em>;
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Admission to a university may cause significant changes in the pattern of exposure to health risks. The aim of this paper is to describe the study design and methodological procedures adopted in the Longitudinal Study on the Lifestyle and Health of University Students (ELESEU). This study examines a dynamic cohort of full-time students at a public university in the State of Mato Grosso, Brazil. This research, which started in 2015, will have four years of follow-up and is scheduled to end in 2018. A self-administered questionnaire is applied, containing questions regarding demographic and socioeconomic characteristics, and information on health conditions and risk factors such as lifestyle, perceived stress, symptoms of depression, body image, risk behaviors for eating disorders, self-assessment of health and diet quality, and other issues related to nutrition and health. Anthropometric and blood pressure measurements are also recorded. Two 24-hour dietary recalls and cholesterol, triglycerides, and glucose capillary measurements are collected in 50% of the students. In 2015, 495 participants (82.6% of the eligible students) were assessed in the baseline study. Of these, 348 (70.3%) were followed up in 2016. In 2016, 566 participants were included in the cohort (81% of the eligible students). This study will help to identify the factors that might influence changes in the nutritional, health, and metabolic status of young adults during college life.Fenótipo cintura hipertrigliceridêmica: fatores associados e comparação com outros indicadores de risco cardiovascular e metabólico no ELSA-Brasil10.1590/0102-311x000676172017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZFreitas, Roberta SouzaFonseca, Maria de Jesus Mendes daSchmidt, Maria InêsMolina, Maria del Carmen BisiAlmeida, Maria da Conceição Chagas de
<em>Freitas, Roberta Souza</em>;
<em>Fonseca, Maria De Jesus Mendes Da</em>;
<em>Schmidt, Maria Inês</em>;
<em>Molina, Maria Del Carmen Bisi</em>;
<em>Almeida, Maria Da Conceição Chagas De</em>;
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O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência do fenótipo cintura hipertrigliceridêmica (FCH) em participantes do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), identificar fatores de risco associados e comparar com outros indicadores de risco cardiovascular e metabólico. Trata-se de um estudo transversal com dados da linha de base de uma coorte de servidores públicos. O FCH é definido pela presença simultânea de circunferência da cintura (CC) aumentada (≥ 80cm para mulheres, ≥ 90cm para homens de acordo com a Federação Internacional de Diabetes - IDF; e ≥ 88cm para mulheres, ≥ 102cm para homens de acordo com o Programa Nacional de Educação sobre o Colesterol dos Estados Unidos - NCEP) e hipertrigliceridemia. A associação entre as variáveis independentes e FCH foi testada por meio de modelos de regressão logística multivariada. O FCH foi comparado também com outros indicadores de risco cardiovascular e metabólico por meio de testes de correlação, índice kappa, sensibilidade e especificidade. Após exclusões, foram analisados 12.811 participantes. A prevalência do FCH variou de 24,7% (IDF) a 13,3% (NCEP). FCH foi associado a ter idade mais avançada, ao consumo excessivo de álcool, ser ex-fumante, apresentar HDL baixo, não-HDL alto e PCR aumentado, independente do sexo ou critério de definição. FCH associou-se a indicadores de risco cardiovascular, especialmente à síndrome metabólica. A elevada prevalência de FCH e sua associação com indicadores de risco cardiovascular, especialmente com a síndrome metabólica, apoia sua utilização como ferramenta de triagem de risco cardiometabólico na prática clínica.