Cadernos de Saúde Públicahttps://scielosp.org/feed/csp/2022.v38suppl2/2017-01-28T00:11:00ZVol. 38 - 2022WerkzeugDa capitalização da medicina à financeirização da saúde10.1590/0102-311x000240212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZPaim, Jairnilson Silva
<em>Paim, Jairnilson Silva</em>;
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O Sistema Único de Saúde pobre para os pobres, a COVID-19 e o capitalismo financeirizado10.1590/0102-311x000763212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZSantos, Nelson Rodrigues dos
<em>Santos, Nelson Rodrigues Dos</em>;
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Financeirização e oligopolização das instituições privadas de ensino no Brasil: o caso das escolas médicas10.1590/0102-311x000787202017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZPoz, Mario Roberto DalMaia, Leila SennaCosta-Couto, Maria Helena
<em>Poz, Mario Roberto Dal</em>;
<em>Maia, Leila Senna</em>;
<em>Costa-Couto, Maria Helena</em>;
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O contexto do artigo é a tendência global de aumento da participação do setor privado na formação de profissionais de saúde fortemente influenciada por políticas públicas. No Brasil, os cursos médicos privados se desenvolveram e expandiram com financiamentos governamentais e, recentemente, com o apoio do Programa Mais Médicos. O objetivo foi descrever e analisar os movimentos de reconfiguração empresarial do setor educacional com tendências de oligopolização e financeirização relacionadas à expansão recente do Ensino Médico no Brasil. Realizou-se abordagem qualiquantitativa, exploratória e descritiva associada a várias estratégias metodológicas, a fim de superar as limitações de acesso às informações, com coleta de dados em bases secundárias de acesso público. O setor privado é responsável pela oferta de 60% dos cursos e de 69% das vagas de medicina, das quais cerca de 31% são ofertadas por dez grupos educacionais. Nos grupos estudados destacam-se: dinamicidade do mercado educacional; mecanismos de financeirização e concentração; formação de oligopólio na oferta de Ensino Superior, em particular da formação médica. Tendência de concentração da oferta em instituições de Ensino Superior privadas desde os anos 2000. Similaridade dos maiores grupos nas estratégias de gestão, ampliação da participação no mercado, conformação do quadro de sócios, diversificação dos negócios e captação de investidores e capital financeiro. Programas governamentais, como o Programa Mais Médicos, contribuíram para a expansão e tendência de concentração do setor educacional privado com repasses de recursos públicos ou antecipação dos recursos. Tendência à oligopolização e à financeirização.Análise de demonstrações financeiras de empresas do setor de saúde brasileiro (2009-2015): concentração, centralização de capital e expressões da financeirização10.1590/0102-311x000060202017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZAndrietta, Lucas SalvadorMonte-Cardoso, Artur
<em>Andrietta, Lucas Salvador</em>;
<em>Monte-Cardoso, Artur</em>;
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O sistema de saúde brasileiro caracteriza-se pela grande participação do setor privado. Na presente década, as empresas que atuam em setores relacionados à saúde ganharam destaque no mundo corporativo pelos seus resultados e pela magnitude de suas operações financeiras. A trajetória das empresas foi analisada sob a ótica da financeirização, entendida como a disseminação de um padrão de acumulação característico do capitalismo contemporâneo. O objetivo deste artigo é analisar as expressões da financeirização na dimensão contábil-financeira das empresas e grupos econômicos do setor de saúde brasileiro. O estudo descreve a trajetória de rubricas e indicadores contábeis no período de 2009 a 2015, com base no levantamento das demonstrações financeiras de 43 empresas em cinco subsetores (planos de saúde, hospitais, varejo farmacêutico, indústria farmacêutica e serviços de apoio ao diagnóstico e à terapia). Os resultados são apreciados em quatro categorias: porte, desempenho, endividamento e relevância de aplicações financeiras. Esses resultados foram comparados com o conjunto das grandes empresas e das empresas de capital aberto no Brasil. O estudo evidencia aspectos centrais da financeirização, tais como o crescimento do setor, a expansão das empresas líderes e a centralização de capital, corroborando hipóteses ligadas à concentração e à centralização de capital. Outras hipóteses, como a relevância das aplicações financeiras nas receitas, não foram confirmadas. Por fim, os indícios fornecidos por uma análise estritamente contábil sugerem a necessidade de incorporar outras dimensões à análise, notadamente as estratégias de fusões, aquisições e outras operações patrimoniais.Seguindo o dinheiro: análise dos repasses financeiros do Município do Rio de Janeiro, Brasil, para as organizações sociais de saúde10.1590/0102-311x003500202017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZTurino, FabianaFernandes, Lorena Estevam MartinsSoares, Gabriella BarretoCastro, Gabriella Bigossi deSalles, Shayene MachadoZaganelli, Juliana CostaSiqueira, Carlos Eduardo GomesBussinger, Elda Coelho de AzevedoSodré, Francis
<em>Turino, Fabiana</em>;
<em>Fernandes, Lorena Estevam Martins</em>;
<em>Soares, Gabriella Barreto</em>;
<em>Castro, Gabriella Bigossi De</em>;
<em>Salles, Shayene Machado</em>;
<em>Zaganelli, Juliana Costa</em>;
<em>Siqueira, Carlos Eduardo Gomes</em>;
<em>Bussinger, Elda Coelho De Azevedo</em>;
<em>Sodré, Francis</em>;
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Este artigo analisou a atuação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) no Sistema Único de Saúde (SUS) e o uso dos contratos de gestão e dos termos aditivos como instrumentos de privatização. O objetivo foi compreender os processos que legitimam a privatização, a partir da quantificação dos valores financeiros repassados por meio de contratos de gestão e termos aditivos para as organizações que firmaram contratos com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-RJ), Brasil, entre 2009 e 2018. Foi desenvolvido um estudo descritivo e exploratório com abordagem mista para analisar os valores repassados às OSS. Trabalhou-se com dados secundários públicos e disponíveis nos portais eletrônicos da SMS-RJ, além de outros documentos oficiais. Foram identificados 268 documentos, sendo 61 contratos e 207 aditivos, relacionados a 15 instituições. O volume financeiro total repassado a essas organizações foi de BRL 15,94 bilhões. A OSS IABAS (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) foi a que mais recebeu recursos públicos, somando BRL 4,021 bilhões. Em 2014, o orçamento total da saúde do município do Rio de Janeiro foi de aproximadamente BRL 4 bilhões, sendo que desse montante BRL 2,5 bilhões foram repassados para as OSS, representando 62% do orçamento da saúde. Com base nos dados, podemos afirmar que os contratos de gestão e os termos aditivos são instrumentos de privatização do SUS. Essa privatização não se dá no modelo convencional, mas em um tipo funcional e flutuante.Réplica aos comentários sobre o artigo Dinâmica do Capitalismo Financeirizado e o Sistema de Saúde no Brasil: Reflexões sob as Sombras da Pandemia de COVID-1910.1590/0102-311x002092212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZBraga, José Carlos de SouzaOliveira, Giuliano Contento de
<em>Braga, José Carlos De Souza</em>;
<em>Oliveira, Giuliano Contento De</em>;
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A dinâmica capitalista no setor hospitalar privado no Brasil entre 2009 e 201510.1590/0102-311x001887212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZSilva, Milton Santos Martins daTravassos, Claudia
<em>Silva, Milton Santos Martins Da</em>;
<em>Travassos, Claudia</em>;
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Os hospitais apresentam mudanças em seu papel nos sistemas de saúde. No Brasil, os hospitais privados sempre tiveram destaque, com os filantrópicos voltando a ganhar maior importância no século XXI. Observa-se uma tendência, em especial nos Estados Unidos, de consolidação de hospitais, concentrando grande poder de mercado, consonante com o fenômeno capitalista de financeirização. O objetivo deste estudo é descrever, no contexto brasileiro, o movimento em curso nos hospitais e grupos hospitalares privados, identificando suas principais características e tendências à luz das dinâmicas atuais do capital. Realizou-se um estudo exploratório, descritivo, que teve como eixo de análise as dimensões patrimonial, contábil-financeira e política. O estudo cobriu o período entre 2009 e 2015, analisando 10 hospitais e três grupos hospitalares selecionados de modo intencional. Foram criados bancos de dados oriundos de diversas fontes a partir dos quais foram calculados indicadores e analisadas informações sobre cada uma das dimensões de análise. Observou-se que o setor hospitalar privado no Brasil já apresentava estratégias características de processo de financeirização, inclusive nos filantrópicos, tal como a formação de oligopólios por meio de fusões e aquisições e da dinâmica de diversificação para outras áreas como ensino e gestão de unidades públicas, foco em alta renda e internacionalização, apoiada por uma agenda política própria do setor. Trata-se de movimento intrinsecamente excludente, concentrador de riqueza, incompatível com os princípios constitucionais da universalidade e do direito à saúde, que requer a adoção de políticas públicas, regulamentação e controle social para sua contenção.Financeirização do setor saúde no Brasil: desafios teóricos e metodológicos à investigação de empresas e grupos empresariais10.1590/0102-311x000044202017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZBahia, LigiaPoz, Mario DalLevcovitz, EduardoCosta, Lais SilveiraMattos, Leonardo VidalAndrietta, Lucas SalvadorMonte-Cardoso, ArturTravassos, Claudia
<em>Bahia, Ligia</em>;
<em>Poz, Mario Dal</em>;
<em>Levcovitz, Eduardo</em>;
<em>Costa, Lais Silveira</em>;
<em>Mattos, Leonardo Vidal</em>;
<em>Andrietta, Lucas Salvador</em>;
<em>Monte-Cardoso, Artur</em>;
<em>Travassos, Claudia</em>;
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O artigo descreve a trajetória percorrida para responder aos desafios teóricos e metodológicos da pesquisa sobre empresas e grupos empresariais do setor saúde no Brasil que reorganizaram suas estruturas societárias, diversificaram atividades e ampliaram operações financeiras. Tais movimentos de concentração e expansão empresarial foram analisados mediante a aproximação do referencial da financeirização do capitalismo contemporâneo à análise de empresas e grupos empresariais selecionados. As estratégias empresariais foram classificadas em três dimensões: estrutura patrimonial societária, financeira contábil e influência na agenda pública. Seus respectivos indicadores orientam a organização de informações de distintas fontes para empresas e grupos empresariais no período de 2008 a 2017. O estudo traça um perfil do intenso e complexo processo de reorganização empresarial do setor saúde. Contudo, a natureza exploratória da investigação, bem como as dificuldades de acesso a informações e seleção de empresas e grupos empresariais tornam suas constatações necessariamente provisórias.A entrada do capital estrangeiro no sistema de saúde no Brasil10.1590/0102-311x002394212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZScheffer, MárioSouza, Paulo Marcos Senra
<em>Scheffer, Mário</em>;
<em>Souza, Paulo Marcos Senra</em>;
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O estudo descreve o histórico da legislação, analisa a trajetória e dimensiona o capital estrangeiro no sistema de saúde no Brasil. A Lei Orgânica da Saúde restringiu a participação do capital estrangeiro, legislações setoriais permitiram o posterior ingresso na assistência médica suplementar e, em 2015, uma nova lei promoveu a abertura irrestrita, inclusive em hospitais e serviços de saúde. O estudo analisou documentos, legislação e dados de bases secundárias públicas ou obtidos via Lei de Acesso à Informação. Foram considerados investimentos diretos e atos de fusões e aquisições no setor privado da saúde. Foram identificadas cinco fases: ordenamento inaugural, expansão regulada, restrição legal, liberação setorizada e abertura ampliada. De 2016 a 2020, ingressaram no país quase dez vezes mais recursos estrangeiros em serviços de saúde que no quinquênio anterior. Foram identificadas 13 empresas ou fundos, a maioria originária dos Estados Unidos. Normas que permitiram a abertura do capital estrangeiro foram antecedidas por lobbies empresariais e interações público-privadas que podem afetar a qualidade das políticas públicas e a integridade do processo legislativo. O capital aportado busca empresas já constituídas e mais rentáveis, em diversos segmentos de atividade. O ingresso ocorre em redes assistenciais privadas não universais, que atendem clientelas específicas, concentradas geograficamente. Conclui-se que o capital estrangeiro, elemento do processo de financeirização da saúde, se expressa como possível vetor da ampliação de desigualdades de acesso da população aos serviços de saúde e como um obstáculo adicional à consolidação do Sistema Único de Saúde.Planos e seguros de saúde: a financeirização das empresas e grupos econômicos controladores do esquema comercial privativo de assistência no Brasil10.1590/0102-311x000756212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZSestelo, José Antonio de FreitasTavares, Leandro ReisSilva, Milton Santos Martins da
<em>Sestelo, José Antonio De Freitas</em>;
<em>Tavares, Leandro Reis</em>;
<em>Silva, Milton Santos Martins Da</em>;
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O objetivo deste artigo é descrever a expressão da financeirização em um conjunto de dez empresas e grupos econômicos atuantes no comércio de planos e seguros de saúde no Brasil entre 2008 e 2016, selecionadas pelo faturamento e pelo tamanho da carteira de clientes. As dimensões contábil/financeira e patrimonial foram analisadas a partir dos balanços patrimoniais e fluxos de caixa cotejados com indicadores microeconômicos de financeirização e dos registros de alteração na composição societária depositados em juntas comerciais. Para analisar o posicionamento político das empresas recorreu-se a dados primários de entrevistas semiestruturadas com representantes qualificados bem como à análise de relatórios aos acionistas e notícias de mídia especializada. Em síntese, a dominância financeira encontra expressão nas empresas de planos de saúde estudadas, mas a sua caracterização não obedece a um padrão homogêneo universalmente reproduzível, devendo a pesquisa empírica ocupar um lugar de destaque na investigação do fenômeno. Sendo a saúde e o seu componente assistencial definidos constitucionalmente como bens de relevância pública que solicitam o amparo de políticas estáveis e equitativas na distribuição dos recursos disponíveis e a tendência oligopolista e concentradora de recursos inerentes ao processo de financeirização contraditória com essa diretriz, e dado o lócus estratégico ocupado por essas empresas, as perspectivas projetadas para o conjunto do sistema tendem a evoluir para aumento dos gastos totais em saúde com maior concentração de recursos assistenciais e puncionamento dos recursos em circulação pela esfera da acumulação financeira.Dinâmica do capitalismo financeirizado e o sistema de saúde no Brasil: reflexões sob as sombras da pandemia de COVID-1910.1590/0102-311x003250202017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZBraga, José Carlos de SouzaOliveira, Giuliano Contento de
<em>Braga, José Carlos De Souza</em>;
<em>Oliveira, Giuliano Contento De</em>;
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A pandemia de COVID-19 no Brasil explicitou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) e as limitações do sistema de saúde vigente no país, composto pelos setores público e privado, no contexto do capitalismo financeirizado em que instabilidades e crises típicas são estruturalmente determinadas. Nesse sentido, o artigo discute o sistema de saúde no Brasil sob a égide do capitalismo financeirizado e à luz da pandemia de COVID-19. Sustenta-se que a financeirização enquanto padrão sistêmico de riqueza potencializa processo de coisificação das relações socioeconômicas que é imanente a esse sistema, tornando indispensável o provimento dos serviços de saúde pelo Estado.Mudanças recentes e continuidade da dependência tecnológica e econômica na indústria farmacêutica no Brasil10.1590/0102-311x001040202017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZRodrigues, Paulo Henrique de AlmeidaSilva, Roberta Dorneles Ferreira da CostaKiss, Catalina
<em>Rodrigues, Paulo Henrique De Almeida</em>;
<em>Silva, Roberta Dorneles Ferreira Da Costa</em>;
<em>Kiss, Catalina</em>;
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Este artigo apresenta os resultados de pesquisa sobre a indústria farmacêutica no Brasil, no período recente, realizada no âmbito do projeto multicêntrico Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Inovação e Dinâmica Capitalista: Desafios Estruturais para a Construção do Sistema Universal de Saúde no Brasil. Os quatro componentes estudados sobre a evolução da indústria farmacêutica no Brasil foram: as políticas industriais do Estado; as mudanças na composição financeira e patrimonial das empresas de capital nacional, a evolução da produção; e o comportamento da balança comercial. As análises levaram em consideração o marco teórico proposto por Luiz Filgueiras e Reinaldo Gonçalves a respeito da implantação de um “modelo liberal e periférico” na economia brasileira a partir dos anos 1990. Foram levantados e analisados dados sobre: a situação das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para medicamentos entre 2009 e 2020; da Pesquisa Industrial Anual (PIA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1996 e 2018; e os dados da evolução da balança comercial do setor entre 1996 e 2019. Os resultados evidenciam que a agenda do Estado para o setor favoreceu o crescimento da produção de medicamentos genéricos, dos medicamentos isentos de prescrição (MIP) e deu início a alguns projetos de transferência de tecnologia via PDPs para a produção de medicamentos biológicos e sintéticos. Apesar dessa evolução, o Brasil se mantém dependente da importação de insumos químicos e farmacêuticos e de medicamentos acabados. Isto nos mantém em situação de vulnerabilidade tecnológica e econômica em relação aos fornecedores mundiais, além de um aprofundamento do déficit da balança comercial do setor.Notas sobre acumulação de capital e “epidemias” contemporâneas10.1590/0102-311x000819212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZRugitsky, Fernando
<em>Rugitsky, Fernando</em>;
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Das farmácias comunitárias às grandes redes: provisão privada de medicamentos, sistema de saúde e financeirização no varejo farmacêutico brasileiro10.1590/0102-311x000854202017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZMattos, Leonardo VidalSilva, Rondineli Mendes daSilva, Flávio da Rocha Pires daLuiza, Vera Lúcia
<em>Mattos, Leonardo Vidal</em>;
<em>Silva, Rondineli Mendes Da</em>;
<em>Silva, Flávio Da Rocha Pires Da</em>;
<em>Luiza, Vera Lúcia</em>;
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No Brasil a provisão de medicamentos é marcada pelo predomínio dos gastos e da oferta privada em farmácias e pela regulação historicamente liberal sobre a comercialização. Nos anos 2000 e 2010 houve expansão e concentração do varejo farmacêutico e crescente financeirização no setor saúde. O artigo analisa as expressões da financeirização em empresas do varejo farmacêutico brasileiro considerando três dimensões transversais: patrimonial, contábil-financeira e política. Foram analisados dados quantitativos e qualitativos de variadas fontes sobre as dimensões patrimonial e contábil das 10 maiores redes de farmácias brasileiras e à dimensão política da ação de quatro entidades representativas do subsetor. As informações coletadas foram reunidas no banco de dados da pesquisa fonte (Banco de Dados sobre Empresariamento na Saúde - BDES). Na dimensão patrimonial, identificou-se verticalização, diversificação, capitalização por operações financeiras e patrimoniais, intensificação de fusões e aquisições, abertura de farmácias, entrada de investidores, mudanças na gestão e organização interna. Na contábil-financeira, constatou-se aumento de porte (receitas, ativos, patrimônio) e bom desempenho (retorno sobre capital próprio, giro do ativo e capitais de terceiros) das redes em comparação à empresas brasileiras e da saúde. Na política houve embates e colaborações entre entidades e o poder público (Executivo, Legislativo e Judiciário) a depender da pauta, com desfechos geralmente favoráveis ao subsetor e protagonismo da Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A financeirização do padrão de acumulação de empresas do varejo farmacêutico e o fortalecimento de sua atuação política se mostraram relevantes para compreensão das mudanças na provisão de medicamentos e no setor farmacêutico.Contribuições da pesquisa sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde ao projeto político-pedagógico da Saúde Coletiva10.1590/0102-311xpt2247202017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZLevcovitz, Eduardo
<em>Levcovitz, Eduardo</em>;
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Crescimento, centralização e financeirização de Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) no Brasil: estudo de empresas selecionadas entre 2008 e 201610.1590/0102-311x002201212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZMonte-Cardoso, ArturAndrietta, Lucas Salvador
<em>Monte-Cardoso, Artur</em>;
<em>Andrietta, Lucas Salvador</em>;
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Este artigo discute a dinâmica do subsetor de Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) no Brasil entre 2008 e 2016. Por meio de uma abordagem exploratória, a pesquisa buscou operacionalizar conceitos-chave na literatura sobre o padrão de acumulação que caracteriza o capitalismo contemporâneo. A pesquisa investigou a atuação de seis empresas de diagnósticos brasileiras em três dimensões principais: (1) patrimonial; (2) contábil-financeira; e (3) política. Os resultados mostram um subsetor em franco crescimento, via aumento do volume e dos preços de serviços comercializados. As evidências corroboram traços de um padrão de acumulação financeirizado, notadamente estratégias agressivas de fusões e aquisições por parte de empresas líderes e, como resultado, a centralização. Algumas outras características associadas ao conceito de financeirização, porém, parecem não ter relevância. Discute-se ainda o horizonte concorrencial nas atividades do subsetor de SADT e seus possíveis efeitos para o esforço de consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).Financeirização, acumulação e mudanças patrimoniais em empresas e grupos econômicos do setor saúde no Brasil10.1590/0102-311x001758202017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZMattos, Leonardo VidalCarvalho, Elza Maria Cristina Laurentino deBarbosa, Diego Viegas SatoBahia, Ligia
<em>Mattos, Leonardo Vidal</em>;
<em>Carvalho, Elza Maria Cristina Laurentino De</em>;
<em>Barbosa, Diego Viegas Sato</em>;
<em>Bahia, Ligia</em>;
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O objetivo deste trabalho é analisar a dimensão patrimonial de mudanças em empresas e grupos econômicos do setor saúde no Brasil entre 2008 e 2017. Busca-se compreender as estratégias de acumulação em um contexto de financeirização, compreendida como padrão sistêmico da riqueza no capitalismo contemporâneo. As mudanças patrimoniais foram analisadas de forma descritiva e exploratória a partir de diferentes fontes. Foram estudadas 58 empresas dos subsetores de planos de saúde, farmácias, hospitais, diagnóstico, indústria farmacêutica e organizações sociais. Foram coletados dados sobre forma jurídica, propriedade e controle; operações patrimoniais; atividades econômicas e assistenciais. A despeito da heterogeneidade das empresas e suas estratégias, os resultados apontam o aumento da presença de investidores nacionais e internacionais, mudanças na organização interna, na estrutura do capital, no financiamento e diversificação de atividades. As que mais se destacam buscaram ativamente a capitalização a partir de investimentos externos, compra e venda de ativos e ações, fusões e aquisições aceleram o processo de expansão, acumulação e valorização patrimonial-financeira. O resultado é o aumento do fluxo de capitais e a crescente integração das estruturas econômicas e assistenciais do setor saúde brasileiro aos circuitos financeiros, tornando as empresas intermediárias periféricas articuladas a um processo ampliado de acumulação sob dominância financeira. Os achados convergem com aspectos marcantes da dinâmica das corporações na financeirização, que influenciam cada vez mais os sistemas de saúde no Brasil e do mundo.Complexo Econômico-Industrial da Saúde: a base econômica e material do Sistema Único de Saúde10.1590/0102-311x002633212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZGadelha, Carlos Augusto Grabois
<em>Gadelha, Carlos Augusto Grabois</em>;
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O artigo tem como objetivo fazer uma discussão teórica e política do conceito do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), atualizando a visão para o contexto contemporâneo de transformação tecnológica e dos desafios para os sistemas universais de saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), em particular. Em um contexto de globalização assimétrica, de emergência de uma revolução tecnológica e de (re)colocação de barreiras estruturais que trancam a sociedade brasileira em seu movimento histórico de desigualdade, vulnerabilidade e exclusão, necessitamos repensar a saúde, retomando e atualizando uma agenda que privilegia os fatores histórico-estruturais da sociedade brasileira, a inserção internacional do País e sua relação com uma difusão extremamente assimétrica do progresso técnico, do conhecimento e do aprendizado, dissociados das necessidades sociais e ambientais locais. Mediante uma metodologia que envolve a análise da resposta brasileira à COVID-19, da balança comercial do CEIS e do acesso a vacinas para COVID-19, o artigo evidencia que a saúde é parte central da estrutura econômica e social e reproduz as características do padrão de desenvolvimento nacional em seu interior. Uma sociedade equânime, com qualidade de vida, comprometida com os direitos sociais e o meio ambiente é condicionada pela existência de uma base econômica e material que lhe dê sustentação. Essa visão sistêmica e dialética é a principal contribuição teórica e política pretendida pelo artigo, que procura contribuir para uma abordagem de saúde coletiva integrada com uma visão de economia política.Notas sobre o texto Dinâmica do Capitalismo Financeirizado e o Sistema de Saúde no Brasil: Reflexões sob as Sombras da Pandemia de COVID-1910.1590/0102-311x000637212017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZAragão, Erika Santos
<em>Aragão, Erika Santos</em>;
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Financeirização na saúde10.1590/0102-311xpt1197222017-01-28T00:11:00Z2017-01-28T00:11:00ZBahia, LigiaScheffer, Mário
<em>Bahia, Ligia</em>;
<em>Scheffer, Mário</em>;
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