Physis: Revista de Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/physis/2005.v15suppl0/2022-01-26T00:09:00ZVol. 15 - 2005WerkzeugEditorialS0103-733120050003000012022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCamargo Jr., Kenneth R. de
<em>Camargo Jr., Kenneth R. De</em>;
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A lei e o corpoS0103-733120050003000032022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZChauvenett, Antoinette
<em>Chauvenett, Antoinette</em>;
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Partindo do conceito do arbitrário cultural, no qual se relativiza a categoria de enfermidade e se evidencia a inserção desta no campo da significação, o ensaio discute a problemática da autonomia do organismo e da saúde como constituinte da lei, para estabelecer então as relações entre as categorias de causalidade, desvio e ordem jurídica, que se desdobram na discussão entre corpo e história.A problemática da representação social e sua utilidade no campo da doençaS0103-733120050003000042022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZHerzlich, Claudine
<em>Herzlich, Claudine</em>;
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Partindo do conceito de representação social, tal como proposto por Durkheim, a autora, focalizando a produção francesa a partir dos anos 60, se dispõe a rever os modos pelos quais a noção foi atualizada no campo da saúde. Ainda que salientando algumas limitações teóricas subjacentes ao uso do conceito, Herzlich argumenta em favor de sua persistente fecundidade enquanto marco analítico para se pensar os fenômenos da saúde e da doença. Sugere, nesse sentido, alguns possíveis desdobramentos teóricos ensejados pela utilização do conceito nesse campo específico.Uma doença no espaço público: a AIDS em seis jornais francesesS0103-733120050003000052022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZHerzlich, ClaudinePierret, Janine
<em>Herzlich, Claudine</em>;
<em>Pierret, Janine</em>;
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Pressupondo que a AIDS coloca novamente na cena social a temática da doença como cataclismo e onde se articulou de maneira inextrincável as dimensões biológica, política e social, as autoras procuram delinear como se construiu a representação desse fenômeno inédito na tradição ocidental, no qual assistimos às múltiplas interferências e retraduções entre conhecimento científico e conhecimento comum. Para isso, a AIDS é analisada no espaço público, através da leitura crítica de jornais francesesO estresse na pesquisa epidemiológica: o desgaste dos modelos de explicação coletiva do processo saúde-doençaS0103-733120050003000062022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCastiel, Luis David
<em>Castiel, Luis David</em>;
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São enfocadas as dificuldades do instrumento epidemiológico em lidar com as questões postas pelos problemas contemporâneos de saúde, nos quais o conceito de estresse encontrará ampla difusão. Assim, apresenta-se uma discussão sobre o arcabouço teórico-conceitual da teoria do estresse e seus desdobramentos. Além disso, são assinaladas as limitações do método e dos modelos epidemiológicos disponíveis, ao abordarem: 1) manifestações cuja previsibilidade não é delimitável; 2) fenômenos que se encontram em níveis hierárquicos distintos. Nesses casos, a teorização subjacente à noção de risco, utilizada para explicar o adoecer referido ao nível individual, mostra-se insuficiente. A complexidade do processo saúde-doença demanda outro paradigma epistêmico que permita ao sujeito da ciência epidemiológica desenvolver outras formas de demarcar e compreender seu objeto.Os horizontes de Prometeu: considerações para uma crítica da modernidadeS0103-733120050003000072022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZPlastino, Carlos Alberto
<em>Plastino, Carlos Alberto</em>;
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O artigo discute inicialmente as concepções centrais do neoliberalismo e da multifacética crise de civilização, decorrentes da unilateralidade da perspectiva iluminista. Afirmando a necessidade de recuperar a perspectiva crítica, insere a consideração das políticas econômicas neoliberais e de suas conseqüências políticas, sociais e culturais na perspectiva da crise da modernidade. Considera a seguir as características centrais da cosmologia moderna, salientando o papel central do racionalismo, nas suas vertentes ontológica e gnosiológica. Apoiando-se nas contribuições da ciência contemporânea (em especial da física quântica) e da psicanálise, assinala o caminho seguido pela crítica daquelas concepções, orientadas no sentido de relativizar o determinismo, abrindo espaço para a consideração da criação e da emergência do radicalmente novo na históriaCultura contemporânea e medicinas alternativas: novos paradigmas em saúde no fim do século XXS0103-733120050003000082022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLuz, Madel T.
<em>Luz, Madel T.</em>;
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O artigo trata das relações atuais entre cultura, medicina, e as chamadas medicinas alternativas, de uma perspectiva analítica macrossociológica. Algumas hipóteses interpretativas são levantadas para explicar a grande profusão de novas terapias e sistemas terapêuticos na sociedade contemporânea, entre as quais a da existência de uma dupla crise - sanitária e médica - que afeta as relações tradicionais existentes entre cultura e medicina. Além disso, uma hipótese subsidiária interpreta essa eclosão de terapias e sistemas como fruto da própria racionalidade médica hegemônica na cultura ocidental, que centraliza a doença como elemento estruturante de seu paradigma e institui a ciência (das patologias) como base da racionalidade médica ocidental, praticamente excluindo a milenar questão da arte de curar como foco central da prática e do saber médico.A biomedicinaS0103-733120050003000092022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCamargo Jr., Kenneth Rochel de
<em>Camargo Jr., Kenneth Rochel De</em>;
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A construção teórica de categorias nosológicas desempenha um papel fundamental para a racionalidade médica. Estruturado a partir dos modelos de cientificidade oriundos do desenvolvimento da Física clássica, o saber médico apresenta-se, contudo, como um agregado irregular de disciplinas no qual muitas das noções fundamentais são implícitas, levando ao surgimento de contradições insuperáveis no seu interior e na sua relação com a prática. Este trabalho analisa em detalhe alguns dos pressupostos dessa racionalidade, procurando explicitar os obstáculos que estes produzem para que se alcancem os objetivos éticos da prática terapêutica.O mal-estar na modernidade e a psicanálise: a psicanálise à prova do socialS0103-733120050003000102022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBirman, Joel
<em>Birman, Joel</em>;
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O artigo tem a intenção de indicar a presença de dois discursos teóricos opostos em Freud, no que concerne às relações entre sujeito e modernidade. Pretende-se demonstrar que na sua segunda versão, desenvolvida em Mal-estar na civilização, o discurso psicanalítico realizou uma crítica sistemática de sua versão inicial, esboçada em "Moral sexual 'civilizada' e a doença nervosa dos tempos modernos". Pela construção dos conceitos de desamparo e de mal-estar, o discurso freudiano colocou então a psicanálise à prova do social. Além disso, indica que aquela pôde construir uma leitura sobre a modernidade, ao lado das que foram realizadas por Weber e Heidegger. Finalmente, esse percurso tem ainda a finalidade de pensar a crise da psicanálise na atualidade, nas novas condições do mal-estar na modernidade.A reforma do sistema de saúde no Brasil e o Programa de Saúde da FamíliaS0103-733120050003000112022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZViana, Ana Luiza D'ávilaDal Poz, Mario Roberto
<em>Viana, Ana Luiza D'ávila</em>;
<em>Dal Poz, Mario Roberto</em>;
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O texto examina as etapas de formulação e implementação do Programa de Saúde da Família, indicando as estratégias esboçadas e analisando os resultados, com vistas a extrair lições para o aperfeiçoamento da política de saúde no Brasil. Foram identificados três modelos de implantação do programa: Modelo Regional, Modelo Singular e Modelo Principiante. O primeiro se caracteriza pelo desenvolvimento regional do programa, sendo fortemente influenciado por uma política estadual de apoio à mudança nas práticas assistenciais; o segundo desenvolve uma experiência singular, sem envolvimento de outras esferas de governo; e o terceiro se desenvolve de forma incipiente e incerta.