Physis: Revista de Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/physis/2008.v18n2/2022-01-26T00:09:00ZVol. 18 No. 2 - 2008WerkzeugOs Caminhos da Saúde ColetivaS0103-733120080002000012022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCamargo Jr., Kenneth Rochel de
<em>Camargo Jr., Kenneth Rochel De</em>;
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A Pós-Graduação e o campo da Saúde ColetivaS0103-733120080002000022022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBarata, Rita Barradas
<em>Barata, Rita Barradas</em>;
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O presente artigo descreve as principais características da pós-graduação senso estrito no campo da Saúde Coletiva, comparando tais características com aquelas observadas nas demais áreas que compõem a Grande Área da Saúde e com a totalidade das áreas do conhecimento. Além de descrever o crescimento dos programas, vários aspectos estruturais e ligados à avaliação são analisados. A maioria das informações foi construída a partir de dados disponíveis no site da CAPES na área destinada à avaliação dos programas, disponíveis no início de 2008. Para efeito de comparação, são apresentados dados relativos à capacidade instalada de pesquisa utilizando dados do censo 2006 do diretório de grupos de pesquisa do CNPq. Também são apresentados alguns dados sobre os periódicos científicos nacionais na área. Finalmente são comentados alguns dos desafios enfrentados pelo campo.As Ciências Sociais e Humanas em Saúde na Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde ColetivaS0103-733120080002000032022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCanesqui, Ana Maria
<em>Canesqui, Ana Maria</em>;
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Abordam-se a trajetória, estrutura, organização e implementação das atividades da Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva, no período 1981 a 2006, articulando-a aos contextos das diretorias que lhes forneceram maior apoio, destacando as diferentes gestões da associação e da comissão. Documentos, matérias divulgadas nos boletins da associação, relatórios de gestão e atas da comissão, pronunciamentos de ex-coordenadores e bibliografia específica sobre o assunto foram consultados, assim como dados informalmente obtidos de alguns ex-coordenadores ou membros da comissão. Conclui-se que, das dificuldades iniciais de fazer interlocução com a área da Saúde Coletiva, as ciências sociais se legitimaram, ampliaram seus objetos e disciplinas, firmando sua identidade, que requer novos espaços. A comissão organizou-se, estabeleceu normas informais, definiu e redefiniu o sistema de representação e seu formato, destacando: a promoção de eventos científicos, os diagnósticos e planos para solucionar os problemas da subárea, resposta às atribuições que lhe foram dadas pela associação e às iniciativas de seus intelectuais de delimitar o papel das ciências sociais e humanas na Saúde Coletiva, organizando seus profissionais e intervenções.A Saga das Ciências Sociais na área da Saúde Coletiva: elementos para reflexãoS0103-733120080002000042022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLoyola, Maria Andréa Rios
<em>Loyola, Maria Andréa Rios</em>;
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O aporte das ciências sociais, a partir dos anos 1970, através de suas teorias e metodologias já consolidadas, foi indispensável para o desenvolvimento e consolidação da área que, no campo da saúde, se tornou conhecida como Saúde Coletiva. Em contraste com sua participação, as ciências sociais sempre ocuparam um lugar subalterno neste campo, dominado, em seus primórdios, isto é, durante as décadas de 1970 e 1980, pelo planejamento em saúde e, a partir da década de 1990, pela epidemiologia. O domínio da epidemiologia acontece justamente quando, reconhecida pela Capes como uma área autônoma, esperava-se maior equilíbrio entre as diferentes disciplinas que compõem a área da Saúde Coletiva. Este estudo levanta questões sobre a situação das ciências sociais na área, em relação com a execução da política de fomento das agências nacionais - Capes e CNPq. A imposição de uma lógica custo-benefício de caráter predominantemente economicista e quantitativista, aplicada pelas agências na concessão de recursos, interfere tanto na produção quanto na circulação do conhecimento, com prejuízos para as ciências sociais. Contornar essa situação constitui um dos desafios que se colocam hoje para as ciências sociais e, em particular, para a área da Saúde Coletiva.O Processo de construção de uma rede de atenção em Saúde Mental: desafios e potencialidades no processo de Reforma PsiquiátricaS0103-733120080002000052022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZZambenedetti, GustavoPerrone, Claudia Maria
<em>Zambenedetti, Gustavo</em>;
<em>Perrone, Claudia Maria</em>;
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O objetivo deste trabalho foi investigar como vem sendo o processo de construção da rede de atenção em saúde mental no município de Santa Maria-RS, tendo como foco sua articulação com os ideais da Reforma Psiquiátrica e do SUS. O referencial metodológico utilizado foi o da Pesquisa-Ação Integral e Sistêmica. Os sujeitos da pesquisa constituíram-se por gestores e trabalhadores vinculados à Secretaria de Saúde do município, sendo que a coleta de dados ocorreu a partir da observação participante das reuniões da Comissão Municipal de Saúde Mental e de entrevistas com informantes. Os dados apontam que o sistema de referência e contra-referência é pouco efetivo e os processos de trabalho são fragmentados, gerando descontinuidade dos tratamentos e desresponsabilização profissional. As estratégias de construção e articulação da rede, pactuadas entre gestores e trabalhadores de saúde, envolvem a implantação de serviços substitutivos, a criação de uma Comissão de Saúde Mental e a capacitação em saúde mental para a atenção básica. Encontramos ainda uma série de estratégias agenciadas no cotidiano dos processos de trabalho, determinando uma rede informal não prevista pela macropolítica de saúde. Problematizamos os efeitos da adequação dos serviços substitutivos ao SUS, assim como os efeitos ambíguos do modo como as estratégias de construção e articulação da rede são efetivadas.Cidadania, subjetividade e Reforma PsiquiátricaS0103-733120080002000062022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBarreto, Jubel
<em>Barreto, Jubel</em>;
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O presente trabalho pretende retomar a discussão das relações entre cidadania e subjetividade, com o objetivo de contribuir para uma compreensão mais rica do tema da cidadania como inerente aos objetivos a que se propõe a reforma psiquiátrica, especialmente no Brasil, onde essa preocupação aparece de forma singularmente explícita. Para alcançar tal objetivo, o trabalho se propõe a recuperar o conceito de cidadania em suas origens e acompanhar sua trajetória ao lado do itinerário percorrido pela idéia de subjetividade, apoiando-se na contribuição de vários autores e, destacadamente, nas teses de Hannah Arendt sobre a constituição da política. Como conclusão, pretende-se propor que as próprias noções de reabilitação e de empowerment adotadas na condução da reforma psiquiátrica podem ser revistas com inegável proveito no plano assistencial e com considerável ganho ético.Distribuição da força de trabalho: eqüidade e negociaçãoS0103-733120080002000072022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMiguelote, Vera Regina da SilvaFortes, Maria TherezaFagundes, MariseVarella, Thereza Christina
<em>Miguelote, Vera Regina Da Silva</em>;
<em>Fortes, Maria Thereza</em>;
<em>Fagundes, Marise</em>;
<em>Varella, Thereza Christina</em>;
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A enorme desproporção na densidade de recursos humanos - existente entre os países da África e o resto do mundo - coloca a questão da eqüidade na distribuição da força de trabalho como destaque estratégico para a resolução dos problemas de saúde. Daí a relevância do tema recursos humanos na agenda política global e nas prioridades para o setor saúde. A política de captação e recrutamento por parte dos países desenvolvidos, associada à ausência de políticas claras, nos países em desenvolvimento, contribui para o aumento da migração. Algumas agências internacionais, sob a liderança da Organização Mundial da Saúde (OMS), têm-se destacado na definição ou desenvolvimento de políticas de recursos humanos em saúde (RHS). No entanto, a existência de um paradoxo entre a interdependência e a soberania dos países requer um posicionamento ético estratégico, no sentido de fortalecer as nações em suas transações comerciais. Assim, um dos desafios para a saúde global está em aproveitar o potencial de articulação oferecido pelo General Agreement on Trade in Services (GATS), para as negociações internacionais de RHS.Condições de trabalho e riscos no trânsito urbano na ótica de trabalhadores motociclistasS0103-733120080002000082022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSilva, Daniela Wosiack daAndrade, Selma Maffei deSoares, Darli AntonioNunes, Elisabete de Fátima P. de AlmeidaMelchior, Regina
<em>Silva, Daniela Wosiack Da</em>;
<em>Andrade, Selma Maffei De</em>;
<em>Soares, Darli Antonio</em>;
<em>Nunes, Elisabete De Fátima P. De Almeida</em>;
<em>Melchior, Regina</em>;
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Uma das profissões que mais se expandem no Brasil é a dos motociclistas profissionais, o que pode aumentar os acidentes de trânsito envolvendo esta categoria. Este estudo tem como objetivo identificar e analisar qualitativamente a percepção de motoboys acerca de aspectos relacionados ao seu trabalho, aos riscos no trânsito e à ocorrência de acidentes. Os dados foram coletados por meio de grupo focal, realizado em fevereiro de 2005, com 11 motoboys atuantes em Londrina (PR). Este artigo focaliza os principais motivos que levaram os motoboys à inserção na profissão, suas condições de trabalho, os riscos a que estão expostos e seu envolvimento em acidentes de trânsito. Os principais motivos para a inserção na profissão foram o desemprego e a baixa escolaridade. A pressão exercida pelas empresas e clientes por entregas rápidas é fator determinante para a adoção de comportamento de risco no trânsito, tendo o ganho por produtividade menor peso na tomada de decisões. Todos os participantes do estudo relataram envolvimento em acidentes de trânsito. Melhorar suas condições de trabalho é o grande desafio colocado no momento, tanto para os próprios motoboys, por meio da união da categoria e luta por seus direitos, como para a sociedade em geral, cabendo ao Estado fiscalizar as empresas que oferecem serviços de entrega e estabelecer normas que aumentem a segurança desses motociclistas no desempenho do seu trabalho.O trabalho do profissional de saúde mental em um processo de desinstitucionalizaçãoS0103-733120080002000092022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZHonorato, Carlos Eduardo de MoraesPinheiro, Roseni
<em>Honorato, Carlos Eduardo De Moraes</em>;
<em>Pinheiro, Roseni</em>;
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O artigo apresenta um recorte da pesquisa realizada em 2006 sobre o trabalho dos profissionais de saúde mental responsáveis pelo acompanhamento a moradores dos serviços residenciais terapêuticos do município de Carmo, no Estado do Rio de Janeiro. Estas moradias constituem uma etapa do processo de desinstitucionalização de um hospital psiquiátrico estadual do tipo colônia agrícola, fundado na década de 1940, onde estavam internados cerca de 280 pacientes. A partir de 2003, com a extinção do hospital, coordenada pelo gestor estadual, e a municipalização dos recursos, uma pequena parcela dos internos retornou ao seio familiar, mas a maioria (153) foi alocada em moradias assistidas, espalhadas pelas áreas urbana e rural do município. Tomando a tarefa de reinserção social como parte do viés político da Reforma Psiquiátrica brasileira, o trabalho cotidiano da equipe multiprofissional é focalizado. Neste plano relacional do trabalho, utilizamos a abordagem ergológica como arcabouço conceitual para a análise dos processos de trabalho. Iremos nos deter na discussão do trabalho junto à sociedade civil, em que o investimento dos técnicos visa a mudança do estatuto social do louco. No cotidiano, a experiência dos técnicos envolvidos mais diretamente com os moradores, como os cuidadores, produz uma "técnica" de escuta e mobilização, que não admite cartilhas nem regras preestabelecidas ou imutáveis.Saúde, corpo e sociedade: a importância da interdisciplinaridade na formação dos profissionais de saúdeS0103-733120080002000102022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZRangel, Vanessa Maia
<em>Rangel, Vanessa Maia</em>;
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