Physis: Revista de Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/physis/2014.v24n1/2022-01-26T00:09:00ZVol. 24 No. 1 - 2014WerkzeugÉtica, Moral e Saúde Coletiva10.1590/S0103-733120140001000012022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCamargo Jr., Kenneth R. de
<em>Camargo Jr., Kenneth R. De</em>;
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A carreira moral da vergonha na visão de homens e mulheres "alcoólatras"10.1590/S0103-733120140001000022022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZAlzuguir, Fernanda Vecchi
<em>Alzuguir, Fernanda Vecchi</em>;
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Neste artigo, analisamos a carreira moral de tratamento do alcoolismo em um serviço público de saúde a partir de depoimentos de homens e mulheres "alcoólatras" sobre a moral da vergonha. A carreira moral é a sequência de mudanças que produzem efeitos na identidade e no esquema de imagens da pessoa para julgar os outros e a si própria. Foram entrevistados 20 pacientes do serviço, sendo dez homens e dez mulheres em acompanhamento ambulatorial e/ou internados. Além disso, observações de campo das relações entre pacientes e destes com os profissionais de saúde foram conduzidas. Aspectos da carreira moral foram analisados, entre eles, a "conscientização" do alcoolismo como doença e da condição alcoólatra e a construção da vergonha e da responsabilidade no contexto de tratamento. A vergonha expressa o reconhecimento dos entrevistados da inobservância de normas sociais, entre as quais, a repercussão do gênero na definição da ética do homem provedor e da boa mãe. Comprovando a dimensão médico-moral do dispositivo terapêutico, a vergonha é reconfigurada nos momentos de (re)internação como expressão da desaprovação de um estilo de vida com a bebida, e se alia ao projeto terapêutico no sentido de dificultar a "recaída" e impedir a desmoralização alcoólatra. Concluímos que a medicalização do alcoolismo se inscreve num campo moral englobante, produtor de moralidades e formas particulares de perceber e agenciar o alcoolismo.Bioética em reprodução humana assistida: influência dos fatores sócio-econômico-culturais sobre a formulação das legislações e guias de referência no Brasil e em outras nações10.1590/S0103-733120140001000032022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLeite, Tatiana HenriquesHenriques, Rodrigo Arruda de Holanda
<em>Leite, Tatiana Henriques</em>;
<em>Henriques, Rodrigo Arruda De Holanda</em>;
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Em 1978 nasceu oprimeiro bebê gerado por fertilização in vitro (FIV). A partir de então, as técnicas de reprodução assistida (TRA) começaram a se desenvolver e se transformar em uma realidade clínica no tratamento da infertilidade. No entanto, a reprodução assistida fez surgir grandes polêmicas de caráter moral e ético. Devido a essas divergências, alguns países optaram por regulamentar a reprodução assistida através de legislações específicas ou guias de referência. O objetivo deste trabalho é comparar as legislações ou guias de referências em reprodução humana assistida de diferentes países; mostrar as diferenças em relação às normatizações em TRA, levando em consideração aspectos sociais, financeiros, religiosos e culturais de nove países: Brasil, China, Egito, Índia (países com guia de referência) e Dinamarca, Israel, Itália, África do Sul, e Espanha (países com legislação específica). Foi realizada revisão da literatura entre 2006 e 2011, nos sites de buscas Cochrane BVS e PUB MED. Alguns documentos importantes referentes ao assunto foram adicionados à pesquisa. Os itens avaliados foram: existência de leis ou guias de referência para TRA, religião predominante em cada país, número de centros que realizam TRA, existência de cobertura por plano de saúde ou assistência do governo para TRA, necessidade de estado civil e acesso de pessoas solteiras e casais homoafetivos, número de embriões transferidos, criopreservação e doações de gametas e embriões, redução embrionária, PGD, seleção de sexo por motivos não médicos, útero de substituição; status do embrião. Foram encontradas grandes divergências entre os países, das quais muitas são determinadas pela religião.Moralidade e risco na interface médico-paciente na perícia médica da Previdência Social10.1590/S0103-733120140001000042022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMelo, Maria da Penha Pereira de
<em>Melo, Maria Da Penha Pereira De</em>;
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Uma dupla vulnerabilidade, doença e incapacidade para o trabalho: essa é a condição que deverá ser verificada pelos médicos peritos da Previdência Social entre os que solicitam o benefício auxílio-doença. Em uma sociedade organizada em torno da produção e consumo de bens, a ausência de rendimentos quase sempre significa o rebaixamento social e a privação. No contexto previdenciário, o ato médico ocorre sem que a conduta esteja voltada para o restabelecimento da saúde, tratamento ou prevenção do adoecimento, mas a ausência do compromisso assistencial seria suficiente para prescindirmos do exame moral dessa interface? Este artigo desenvolve o argumento de que a atividade médico-pericial de controle sobre a entrada e/ou permanência em auxílio-doença envolve um tipo específico de risco que decorre da singularidade da tarefa de controle. Nesta o compromisso com o paciente, ou pessoa em sofrimento, típico da medicina, é deslocado em decorrência da necessidade de controle do acesso ao benefício. Entre a beneficência para com o demandante e o interesse coletivo de preservar recursos pela observância estrita do regramento previdenciário, há um espaço discricionário preenchido pela atividade médica, o espaço de arriscar-se, de tensionamento e, por vezes, de disfunções. A especialização em reconhecer a incapacidade laborativa é moralmente conflitiva. A reflexão ativa e o julgamento consciencioso não eliminam o risco moral, mas tornam mais evidentes as condições de sua emergência e a necessidade de considerá-lo seriamente ao lidar com essas práticas de controle sobre a população.Do Programa de Volta para Casa à conquista da autonomia: percursos necessários para o real processo de desinstitucionalização10.1590/S0103-733120140001000052022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLima, Sheila SilvaBrasil, Sandra Assis
<em>Lima, Sheila Silva</em>;
<em>Brasil, Sandra Assis</em>;
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O Programa de Volta para Casa (PVC) visa contribuir para a inserção social de pessoas que estiveram internadas ao menos dois anos ininterruptos em hospital psiquiátrico. A pesquisa objetivou identificar o impacto desse programa, assim como do Benefício de Prestação Continuada (BPC), para a efetivação das ações de desinstitucionalização. Durante seis meses foram utilizadas técnicas de observação participante em duas Residências Terapêuticas localizadas em Salvador-BA, incluindo conversas informais com profissionais desses espaços e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que os administrava. Também foi realizada pesquisa documental em documentos oficiais referentes ao PVC. Os dados observados no cotidiano das residências sugerem que há um processo de burocratização e pouca autonomia em torno do uso do dinheiro, além de faltarem estratégias efetivas para a produção do empoderamento dos beneficiários do PVC. Observa-se a necessidade de um maior investimento em educação permanente dos profissionais, bem como de um significativo fortalecimento das chamadas "estratégias de desinstitucionalização" previstas pela Rede de Atenção Psicossocial.A imagem corporal nas ações educativas em autocuidado para pessoas que tiveram hanseníase10.1590/S0103-733120140001000062022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBatista, Talitha Vieira GonçalvesVieira, Carmen Silvia de Campos AlmeidaPaula, Maria Angela Boccara de
<em>Batista, Talitha Vieira Gonçalves</em>;
<em>Vieira, Carmen Silvia De Campos Almeida</em>;
<em>Paula, Maria Angela Boccara De</em>;
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Os comprometimentos físicos ocasionados pela hanseníase são pactuados nas ações do Plano Nacional de Controle da Hanseníase e são considerados um grave problema de saúde pública. Como forma de prevenir o avanço de incapacidades, o Ministério da Saúde propõe ações educativas em autocuidado. No entanto, apesar da enfática importância da realização do autocuidado, observa-se a não aderência dos pacientes ao programa, que pode ser justificada, dentre outros motivos, pela desestruturação de sua imagem corporal e pelo estigma advindo das representações sociais do corpo "leproso". Sendo assim, acredita-se na importância de ampliar o discurso tecnicista nas ações educativas em autocuidado, considerando a imagem corporal como aspecto importante nas estratégias de tratamento da doença. Objetiva-se conhecer a imagem corporal de pessoas que tiveram hanseníase e que desenvolveram incapacidades físicas. Para tanto, aplicou-se o teste psicológico Desenho da Figura Humana (DFH), com ênfase na análise interpretativa das mãos e dos pés, locais mais afetados pela hanseníase, em cinco mulheres cadastradas e em acompanhamento no Programa de Autocuidado em Hanseníase de um Ambulatório Regional de Especialidades de um município do Vale do Paraíba Paulista. O teste foi realizado no período de março a dezembro de 2009. Os resultados revelaram a não inclusão ou a desfiguração de mãos e pés. Existe uma falta de integração dessas regiões à consciência, acarretando desestruturação da imagem corporal, que pode decorrer tanto da perda de sensibilidade cutânea como da deformidade advindas da doença. Infere-se que essa desestruturação da imagem corporal dificulta a aderência ao autocuidado e a sociabilização dessas pessoas, aumentando o estigma da hanseníase.O cuidado em saúde mental pelos agentes comunitários de saúde: o que aprendem em seu cotidiano de trabalho?10.1590/S0103-733120140001000072022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSantos, George AmaralNunes, Mônica de Oliveira
<em>Santos, George Amaral</em>;
<em>Nunes, Mônica De Oliveira</em>;
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Este trabalho visa descrever o conhecimento em saúde mental construído pelo agente comunitário de saúde, concomitante à produção de cuidado em saúde mental. Trata-se de pesquisa qualitativa, cujo referencial teórico é o Construcionismo Social. Os dados foram produzidos em grupos focais, analisados e elencados nas seguintes categorias temáticas: "A gente precisa orientar as famílias", que agrupa os sentidos relacionados à construção do cuidado às famílias que convivem com o sofrimento mental; "Só de você parar e ouvir...", onde se descrevem os repertórios relacionados ao uso de tecnologias relacionais de cuidado; "Nós sabemos disso, porque nós andamos ali", que delineia as estratégias para construção de saberes e, finalmente, a categoria que descreve os sentidos do medo do louco: "A gente tem medo daquilo que a gente vê". Conclui-se que os conhecimentos construídos no cotidiano de trabalho dos agentes comunitários de saúde, quando refletidos e sistematizados, são potentes para a produção de práticas de cuidado condizentes com o paradigma psicossocial de atenção a pessoas e famílias em sofrimento mental.Estudo sobre dimensões da avaliação da Estratégia Saúde da Família pela perspectiva do usuário10.1590/S0103-733120140001000082022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMoraes, Verena DuarteCampos, Carlos Eduardo AguileraBrandão, Ana Laura
<em>Moraes, Verena Duarte</em>;
<em>Campos, Carlos Eduardo Aguilera</em>;
<em>Brandão, Ana Laura</em>;
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A satisfação dos usuários é um dos componentes básicos da qualidade de qualquer serviço de saúde. Tem sido crescente a incorporação desse aspecto em estudos avaliativos de unidades e equipes de Atenção Básica à Saúde. No Brasil, esse processo ainda é incipiente, com poucos instrumentos disponíveis, adequados e validados. O objetivo deste trabalho foi investigar as dimensões mais valorizadas pelos usuários. Sua metodologia contou com a realização de dois grupos focais em duas unidades básicas de saúde (UBS) com contextos distintos para ampliar as possibilidades de resposta. Foram feitas análise de conteúdo e categorização das falas em dimensões e subdimensões da satisfação. Chegou-se a um total de 17 dimensões, sendo as mais citadas: 1) acesso e disponibilidade do serviço de saúde; 2) organização dos processos de trabalho; 3) relação com os profissionais de saúde; 4) longitudinalidade do cuidado e estabelecimento de vínculo entre profissionais e usuários; e 5) coordenação do cuidado. Conclui-se que conhecer as dimensões da satisfação mais valorizadas pelo usuário é essencial para a construção de instrumentos mais adequados ao contexto da ESF no país.Análise da integração da Vigilância Ambiental no controle da dengue com a Estratégia Saúde da Família: impacto nos saberes e práticas dos agentes comunitários de saúde10.1590/S0103-733120140001000092022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLibanio, Keyla RobertaFavoreto, Cesar Augusto OrazemPinheiro, Roseni
<em>Libanio, Keyla Roberta</em>;
<em>Favoreto, Cesar Augusto Orazem</em>;
<em>Pinheiro, Roseni</em>;
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As atividades de controle do vetor da dengue no município de Piraí-RJ foram integradas às ações da Estratégia de Saúde da Família (ESF) desde 2005, visando à vinculação e responsabilidade do setor saúde com o território e população adscrita, fortalecendo ações de prevenção e melhorando os indicadores de controle. Objetiva-se analisar as repercussões dessa integração, em particular, com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), sujeitos principais das ações. Através da análise documental e de entrevistas, buscou-se contextualizar o processo político gerencial e os resultados alcançados. A compreensão das percepções, significados e desafios desta ação para os saberes e as práticas dos ACS foi realizada com um grupo focal. Tais indicadores, obtidos após a integração, mostram que ela tem sido efetiva. No grupo focal, reconheceu-se a dificuldade da população em perceber e entender o novo papel atribuído aos ACS. Identificou-se a preocupação dos ACS com a possibilidade das ações interferirem no vínculo com a comunidade. Outra questão é a falta de compreensão e integração das ações de vigilância ambiental com as perspectivas de educação em saúde e de mobilização comunitária. Esta dificuldade parece estar relacionada à própria concepção, ainda medicalizada e individualista, do papel da educação e promoção em saúde a serem desenvolvidas no território. Apesar do sucesso alcançado na integração das ações, é preciso entender que este é um processo dinâmico, em constante transformação, implicando exercício constante de avaliação e diálogo sobre as questões envolvidas no cotidiano das práticas em saúde.Os sentidos de riscos atribuídos à alimentação entre cuidadores domésticos10.1590/S0103-733120140001000102022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSoares, Micheli DantasTrad, Leny Alves Bomfim
<em>Soares, Micheli Dantas</em>;
<em>Trad, Leny Alves Bomfim</em>;
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Este trabalho tem por objetivo compreender os sentidos atribuídos aos discursos veiculados no campo social sobre alimentação e nutrição por cuidadores domiciliares de crianças. Foi realizado um estudo de cunho etnográfico num contexto urbano da cidade de Salvador/BA, representado por grupos domésticos do segmento de camadas baixas urbanas, durante o ano de 2010. Foram realizadas observações e entrevistas semiestruturadas com cuidadores, as quais foram analisadas com base na fenomenologia hermenêutica. Os resultados permitem afirmar que os sentidos sobre alimentação e nutrição estão margeados por significados de riscos, a partir de conteúdos de natureza técnico-científica. A imagem tecnológica dos alimentos está fortemente presente nos modos de pensar a comida cotidiana. Contudo, não apresenta um quadro de estabilidade, podendo variar dentro do mesmo grupo social, considerando a referência na qual se assenta tal significação.Diversificação agrícola em localidade rural do Sul do Brasil: reflexões e alternativas de cumprimento da Convenção-Quadro para o controle do tabaco10.1590/S0103-733120140001000112022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZRiquinho, Deise LisboaHennington, Élida Azevedo
<em>Riquinho, Deise Lisboa</em>;
<em>Hennington, Élida Azevedo</em>;
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A diversificação agrícola em áreas de cultivo do tabaco é uma das propostas da Convenção-Quadro, considerada o primeiro tratado internacional de saúde pública da Organização Mundial da Saúde. O objetivo deste estudo é evidenciar e discutir as dificuldades e potencialidades referentes à diversificação agrícola e substituição ao cultivo do tabaco entre representantes do Estado, de organizações da sociedade civil e da própria indústria, em região produtora do Sul do Brasil. Foi desenvolvido estudo do tipo etnográfico com realização de 42 entrevistas semiestruturadas, com famílias de agricultores e informantes-chave, além de observação participante das famílias, em localidade rural do estado do Rio Grande do Sul. Há políticas públicas potencializadoras da diversificação, como crédito agrícola e assistência técnica, mas elas ainda não atingiram os fumicultores pesquisados. Conclui-se que a ampliação e direcionamento de políticas públicas e o resgate e fortalecimento da agricultura familiar são essenciais para a diversificação agrícola e substituição do cultivo do tabaco proposta pela Convenção-Quadro.Conocimiento científico y problemas de salud. Una enfermedad emergente en Argentina, el Síndrome Urémico Hemolítico10.1590/S0103-733120140001000122022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBelardo, Marcela Beatriz
<em>Belardo, Marcela Beatriz</em>;
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El artículo analiza la relación entre la producción de conocimiento científico y una enfermedad infantil llamada Síndrome Urémico Hemolítico. Nuestro objetivo es hacer hincapié en la forma en que la ciencia biomédica construye una forma de "mirar" y definir los problemas sociales, que en este caso es un problema de salud que afecta, principalmente en Argentina, a la población menor de cinco años de edad, y cómo a partir de esas características objetivas definidas por biomedicina, la salud pública, ha sostenido formas de abordar e intervenir en el asunto. A partir de una metodología cualitativa, la recolección de datos se llevó a cabo a través de un conjunto de técnicas que incluyó el análisis de fuentes secundarias tales como la revisión de los artículos científicos sobre la enfermedad, entrevistas semi-estructuradas con científicos y funcionarios públicos y la observación directa de los debates que se produjeron en distintas conferencias en torno a las propuestas de intervención para prevenir y controlar a la enfermedad. Se presentan las principales características por las cuales la biomedicina comprendió a la enfermedad para luego analizar las implicancias que tuvo en el diseño de políticas de salud. La planificación de políticas de salud siguió la lógica de la producción de conocimiento científico. Los nuevos descubrimientos que se fueron produciendo a lo largo del tiempo cambiarán casi de forma lineal el diseño de las políticas de prevención y control de la enfermedad.Violência e ausência de psicólogos nas escolas10.1590/S0103-733120140001000132022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZArreguy, Marília Etienne
<em>Arreguy, Marília Etienne</em>;
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Procuramos refletir sobre a prioridade da práxis psicológica no espaço escolar regional, analisando suas nuances e identificando os impasses que dificultam o trabalho psicológico em escolas regulares. No intuito de responder à questão surgida no decurso de dez anos lecionando o tema, investigamos: qual seria a dimensão prática da disciplina "Psicologia da Educação"? Para tanto, foram também executadas as seguintes atividades em campo: observações diretas e entrevistas semiestruturadas com psicólogos, pedagogos e outros profissionais que atuam em escolas públicas e privadas das cidades de Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo e Itaboraí. Em um ensaio teórico-descritivo, relatamos os principais problemas encontrados: a enorme carência de psicólogos atuando em escolas e alguns aspectos da violência nesse contexto. Constatação igualmente pregnante foi a de que o trabalho de psicólogos em escolas constitui um paradoxo: o pedido de atuação em favor da emergência da palavra versus as resistências por parte da própria instituição de ensino que, de modo subliminar, "encomenda" o silenciamento, a adaptação e a correção de condutas indesejáveis, solapando a singularidade.Rede de Atenção Psicossocial: qual o lugar da saúde mental?10.1590/S0103-733120140001000142022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZQuinderé, Paulo Henrique DiasJorge, Maria Salete BessaFranco, Túlio Batista
<em>Quinderé, Paulo Henrique Dias</em>;
<em>Jorge, Maria Salete Bessa</em>;
<em>Franco, Túlio Batista</em>;
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A Reforma Sanitária brasileira propiciou maior aplicabilidade das ações locais, favorecendo o surgimento de experiências exitosas nos diversos setores da saúde. Uma destas foi a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que subvertem a lógica da hierarquização do sistema de saúde e se organizam agregando os diferentes níveis de atenção à saúde. Objetivou-se discutir as interações estabelecidas entre os níveis de complexidade do sistema de saúde na atenção à saúde mental e compreender a conformação da rede de atenção à saúde mental no município de Sobral-CE. Trata-se de estudo do tipo qualitativo realizado na Rede de Atenção Integral à Saúde Mental desse município. Os resultados demonstraram que os serviços de saúde mental em Sobral convivem com diferentes arranjos em rede, operando por uma diversidade de dispositivos de cuidado o que possibilita a negociação de projetos terapêuticos menos medicalizantes, embora se observe que permanece atenção especial dos trabalhadores quanto à centralidade da administração da medicação. Há grande mobilidade dos trabalhadores na rede, circulando os diversos equipamentos de saúde, o que favorece as conecções e fluxos entre equipes na construção das linhas de cuidado. Os fluxos de conexão, considerados como modo de funcionamento das redes rizomáticas, operam na saúde mental por força da ação dos trabalhadores, que tem por base a ideia de que todos são protagonistas no processo de cuidado, e assim, os movimentos são partilhados e articulados entre si.Itinerários terapêuticos de pacientes com diagnóstico de hanseníase em Salvador, Bahia10.1590/S0103-733120140001000152022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMartins, Patricia VieiraIriart, Jorge Alberto Bernstein
<em>Martins, Patricia Vieira</em>;
<em>Iriart, Jorge Alberto Bernstein</em>;
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A hanseníase e seu diagnóstico tardio, que favorece o agravamento dos sintomas e o surgimento de sequelas físicas, permanecem como um grave problema de saúde pública no Brasil. O objetivo deste artigo é analisar o itinerário terapêutico de pessoas com hanseníase, buscando compreender sua experiência da enfermidade, assim como os fatores que contribuíram para o diagnóstico tardio. Foram realizadas 18 entrevistas narrativas com pacientes em tratamento de hanseníase na cidade de Salvador, Bahia, entre 2009 e 2011. Os resultados apontam que, na maioria dos casos, os pacientes percorreram um longo itinerário terapêutico até a realização do diagnóstico. Entre os fatores que contribuem para o diagnóstico tardio está falta de capacitação dos profissionais de saúde nos serviços de saúde para diagnosticar precocemente a enfermidade, assim como o estigma e o preconceito, que favorecem o silêncio em torno da doença e a automedicação.Reflexões sobre conceitos afirmativos de saúde e doença nas teorias de Georges Canguilhem e Donald Winnicott10.1590/S0103-733120140001000162022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZRodrigues, Juliana MartinsPeixoto Junior, Carlos Augusto
<em>Rodrigues, Juliana Martins</em>;
<em>Peixoto Junior, Carlos Augusto</em>;
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Reflexões acerca de definições de conceitos de saúde e doença tendem a ser sempre atuais e pertinentes, visto que revelam, em diferentes épocas, o que as sociedades tendem a valorar de forma positiva e negativa, além de representarem importantes categorias nas imposições de normas sociais à vida. Consideramos que Canguilhem e Winnicott são autores que insistem no caráter relacional, e não essencial, dos processos que definem estados de saúde e doença, além do fato de enfatizarem discussões sobre o que seria o indivíduo saudável. Desta forma, propomos como objetivo geral promover um estudo sobre as teorias dos referidos autores, examinando mais especificamente as concepções que defendem o tema da saúde, assim como investigar algumas articulações entre ambas as teorias e posteriormente discutir a possibilidade de o conceito canguilhemiano de normatividade vital trazer potencialidades e novas contribuições para uma prática clínica winnicottiana.Estigma e discriminação: desafios da pesquisa e das políticas públicas na área da saúde10.1590/S0103-733120140001000172022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMaksud, Ivia
<em>Maksud, Ivia</em>;
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