Physis: Revista de Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/physis/2015.v25n3/2022-01-26T00:09:00ZVol. 25 No. 3 - 2015WerkzeugAlém do pagamento: abordando questões éticas na pesquisa qualitativa em saúde10.1590/S0103-733120150003000012022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZAbadie, Roberto
<em>Abadie, Roberto</em>;
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Paradoxos na construção do SUS10.1590/S0103-733120150003000022022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCampos, Gastão Wagner de Sousa
<em>Campos, Gastão Wagner De Sousa</em>;
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The "mild-torture economy": exploring the world of professional research subjects and its ethical implications10.1590/S0103-733120150003000032022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZAbadie, Roberto
<em>Abadie, Roberto</em>;
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Abstract This paper documents the emergence of the subject of professional research in Phase I clinical trials that test the safety of drugs in development. Based on ethnographic research among subjects self-identified as "professional guinea pigs" in Philadelphia, USA, it examines their experiences and opinions on the conduct of trials and risks they take. The author argues that the risks posed by the continued participation, such as exposure to potentially dangerous drug interactions are minimized or ignored by research subjects because of the prospect of financial gain. Risks to the professional guinea pigs are also ignored by the pharmaceutical industry, which has become dependent on the usual participation of experienced research subjects. Arguing that financial incentives undermine the ethical imperative of informed consent to be given freely by volunteers, this research confirms the need to reform the policies governing the participation of paid subjects in Phase I clinical trials.Pesquisas genéticas, prognósticos morais e discriminação genética: um estudo de caso sobre traço falciforme10.1590/S0103-733120150003000042022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZGuedes, CristianoReis, Danielle
<em>Guedes, Cristiano</em>;
<em>Reis, Danielle</em>;
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Resumo O debate sobre ética em pesquisa pode ser aplicado tanto ao âmbito da metodologia científica como a outras áreas do saber, como é o caso dos esportes. No campo da saúde esportiva brasileira, têm sido comuns pesquisas que fazem testes genéticos para identificar atletas com traço falciforme. Apesar da persistência de confederações esportivas brasileiras em discriminar atletas com essa característica hereditária, o traço falciforme não é uma doença. Este artigo relata o caso de uma atleta de futebol vítima de discriminação genética: identificada com o traço falciforme, ela foi considerada inapta a participar de um campeonato pela Confederação Brasileira de Futebol. O artigo analisa as repercussões da pesquisa genética para identificação do traço falciforme na ausência de cuidados éticos voltados à preservação dos direitos de quem se submete aos testes. Além disso, mostra a situação de vulnerabilidade à qual estão expostas pessoas envolvidas em pesquisas que fazem testes genéticos sem cuidados éticos ou mesmo justificativas razoáveis e cujos resultados são interpretados sob a racionalidade do determinismo biológico e do reducionismo genético. As confederações esportivas brasileiras interessadas em identificar atletas com o traço falciforme deveriam submeter esse objetivo de estudo à avaliação de Comitês de Ética em Pesquisa, pois esse é um procedimento com potencial de acarretar prejuízos aos atletas. O teste genético não pode ser considerado um ato de assistência em saúde, visto que não há doença a ser tratada.Tecnologias de reprodução assistida no Brasil: opções para ampliar o acesso10.1590/S0103-733120150003000052022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCorrêa, Marilena C. D. VLoyola, Maria Andrea
<em>Corrêa, Marilena C. D. V</em>;
<em>Loyola, Maria Andrea</em>;
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Resumo Este artigo revisita o padrão de assimilação e difusão das tecnologias de reprodução assistida (TRA) no Brasil, caracterizado por altíssima concentração desta tecnologia no setor privado da medicina e baixíssima regulação na aplicação destas técnicas. Este padrão gerou enormes dificuldades e barreiras ao acesso a essas técnicas, basicamente por razões econômicas. A partir da apresentação do panorama da história das TRA, o artigo focaliza dois casos que podem configurar propostas de solução para a excessiva exclusão ao acesso, ainda que não se modifique a mesma lógica privatizante que marca a RA no país, uma vez que o problema das infertilidades não foi priorizado, até o momento, no Sistema Único de Saúde. A primeira, trazida pela indústria farmacêutica, consiste em um programa de compras subsidiadas de medicamentos pelos usuários no chamado Programa Acesso. A segunda proposta, conhecida como doação compartilhada de óvulos, implica a troca, entre duas mulheres, de material reprodutivo biologicamente escasso (ovócitos). Esta troca ocorre, em geral, entre uma mulher que tem óvulos e não pode custear seu tratamento e outra que, não tendo mais óvulos para se reproduzir, custeia o tratamento da doadora. Ambas as propostas se difundem num quadro legal bastante mal regulado em termos da aplicação das TRA, mas que veda práticas não admitidas na Constituição Federal e criminalizadas na lei penal, como a comercialização de órgãos e tecidos humanos em geral, bem como pagamento a voluntários de testes para pesquisa, pela Resolução nº 466 (CNS, 2012). Em termos metodológicos, o artigo assume caráter monográfico e de debate da literatura, mas está baseado também na coleta de dados secundários recentes, assim como em inúmeras pesquisas empíricas realizadas ao longo dos últimos 25 anos pelas autoras.Pesquisas envolvendo seres humanos: reflexões a partir da Antropologia Social10.1590/S0103-733120150003000062022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSchuch, PatriceVictora, Ceres
<em>Schuch, Patrice</em>;
<em>Victora, Ceres</em>;
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Resumen Este artigo tem como objetivo discutir a complexificação do debate sobre ética na pesquisa no Brasil, principalmente a partir dos anos 1990. Para tanto, inicia fazendo uma breve contextualização sobre a bioética contemporânea e como seus códigos e princípios deram conteúdo e forma à metodologia do sistema CEP/CONEP. Na sequência, refletindo sobre a institucionalização nacional da regulamentação da ética em pesquisa, o artigo sugere que instrumentos, comitês e procedimentos de regulação não apenas avaliam eticamente pesquisas realizadas no Brasil, como configuram o sentido da "ética" a ser constituída e avaliada. Nesse sentido, o artigo recupera aspectos do debate desenvolvidos em publicações da área de antropologia social que colocam em evidência a necessidade de expandir os termos da configuração da "ética" e um trabalho para sua (re)politização.Entre la escucha y el escuchar: psicoanálisis, psicoterapia y pobreza urbana en Buenos Aires10.1590/S0103-733120150003000072022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZEpele, María E.
<em>Epele, María E.</em>;
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Resumen Partiendo de los resultados de la etnografía que vengo desarrollando desde el año 2013 en Centros de Salud en un barrio del Área Metropolitana de Buenos Aires, el objetivo de este trabajo consiste en problematizar la escucha, es decir, los modos de escuchar en su diversidad que participan como tecnologías en dichos tratamientos centrados en la palabra y orientadas a sectores populares y poblaciones marginalizadas. A través de la articulación de las perspectivas que en Antropología abordan las psicoterapias y tecnologías psi en contextos de pobreza urbana por un lado, y aquellas que estudian los sentidos, por el otro, en este trabajo los modos de escuchar son analizados en términos de acciones corporales, perceptuales y expresivas. Finalmente, se describen y analizan diferentes modalidades de escucha psicológica (reductora, fragmentaria y en formación), a través del reconocimiento de tres procesos que atraviesan los modos de escuchar en las psicoterapias y que se corresponden con las tensiones producidas por los modos de gobierno de lo sensible, de la pobreza y de la marginación en contextos de pobreza urbana.Análise de Redes Sociais e práticas avaliativas: desafios à vista10.1590/S0103-733120150003000082022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZGomide, MárciaSchütz, Gabriel Eduardo
<em>Gomide, Márcia</em>;
<em>Schütz, Gabriel Eduardo</em>;
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Resumo Discute-se a possibilidade de incorporar a Análise de Redes Sociais (ARS) às práticas avaliativas em saúde. Como base discursiva, relacionam-se proposições da prática avaliativa, quando estas tangenciam o universo das redes. Para tanto, dialoga-se com autores cujas argumentações são em prol da incorporação da ARS aos processos avaliativos. A partir de um percurso dialético, bem como de um estudo de caso, reflete-se sobre a possibilidade dessa integração, concluindo-se que há ampla afinidade objeto-metodológica entre ambas as práticas.A saúde e o trabalho de médicos de UTI neonatal: um estudo em hospital público no Rio de Janeiro10.1590/S0103-733120150003000092022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZRocha, Ana Paula FerreiraSouza, Katia Reis deTeixeira, Liliane Reis
<em>Rocha, Ana Paula Ferreira</em>;
<em>Souza, Katia Reis De</em>;
<em>Teixeira, Liliane Reis</em>;
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Resumo Este artigo tem como objetivo conhecer a perspectiva de médicos sobre a saúde e o trabalho em uma unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital público do estado do Rio de Janeiro. Para tal, realizou-se pesquisa de cunho qualitativo e de caráter exploratório. Foram realizadas 13 entrevistas individuais e semiestruturadas, com roteiro de perguntas abertas. No que tange à análise dos materiais, adotou-sea técnica de análise do discurso, sendo identificados quatro eixos empíricos de discussão, a saber: elementos da atual configuração do trabalho médico; o trabalho na UTI neonatal; a saúde dos médicos e a prática de automedicação e a necessidade de espaços de diálogo; gênero no trabalho médico e na pediatria. Ao fim, verificou-se que as transformações técnicas e organizacionais do trabalho médico vêm se acelerando e gerando significativas consequências para a vida e a saúde desses trabalhadores. Constatou-se, ainda, preponderância da ausência de vínculos trabalhistas estáveis e precedência de escolha pela atividade de plantões devido às atuais condições salariais, gerandomaior carga de trabalho. Conclui-sepela necessidade de uma política de valorização profissional abrangente que inclua mudanças na organização laboral a partir dos locais de trabalho com a participação dos trabalhadores.Cartografia dos caminhos de um usuário de serviços de saúde mental: produção de si e da cidade para desinstitucionalizar10.1590/S0103-733120150003000102022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCarvalho, Maria de NasaréFranco, Tulio Batista
<em>Carvalho, Maria De Nasaré</em>;
<em>Franco, Tulio Batista</em>;
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Resumo Com base na cartografia proposta neste estudo, procurou-se analisar a rede de cuidados à saúde mental, tomando um usuário como analisador dessa própria rede. A produção de dados se deu com observação do cenário de trabalho e cuidado, anotações em caderno de campo, acompanhamento do usuário e entrevistas com este e com seu principal cuidador. O achado do estudo que mais chama atenção é o fato de que o usuário é um grande protagonista na construção da sua rede, do seu cuidado, criando, a partir disso, novas possibilidades de existência e produzindo sua própria desinstitucionalização, levando a crer ser possível a construção de outras cidades no mundo da loucura.A normalização da cesárea como modo de nascer: cultura material do parto em maternidades privadas no Sudeste do Brasil10.1590/S0103-733120150003000112022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZNakano, Andreza RodriguesBonan, ClaudiaTeixeira, Luiz Antônio
<em>Nakano, Andreza Rodrigues</em>;
<em>Bonan, Claudia</em>;
<em>Teixeira, Luiz Antônio</em>;
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Resumo Objetiva-se discutir o desenvolvimento de uma cultura material em torno do parto e do nascimento em um contexto de utilização maciça de inovações tecnocientíficas e explorar a hipótese da normalização da cesariana como modo de nascer, através da análise de relatos de mulheres que realizaram cesáreas em maternidades privadas do Rio de Janeiro e São Paulo. O procedimento cirúrgico é reapresentado como um modo de nascer seguro, limpo, organizado e compatível com a vida moderna, com o trabalho produtivo intenso e com os impedimentos - sociais e biológicos - de se reproduzir nos modos "antigos", figurando como um evento de continuidade, e não de exceção. Outras necessidades concorrem para a cultura material da cesariana, entre elas a gestão da vida produtiva e reprodutiva, a dimensão sócio-afetiva e o consumo. As mulheres reivindicam para si o poder sobre as escolhas feitas no processo de nascimento dos seus filhos. Vê-se produzir um novo sistema de normas e valores, mais permeável às tecnologias, modelando um novo "natural" para o parto. No contexto mais amplo da biomedicalização da vida e da reprodução, a cesariana reapresenta o parto e o nascimento na sociedade, e reivindica-se como o modo normal de dar à luz.Saúde no cárcere: análise das políticas sociais de saúde voltadas à população prisional brasileira10.1590/S0103-733120150003000122022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLermen, Helena SalgueiroGil, Bruna LaudissiCúnico, Sabrina DaianaJesus, Luciana Oliveira de
<em>Lermen, Helena Salgueiro</em>;
<em>Gil, Bruna Laudissi</em>;
<em>Cúnico, Sabrina Daiana</em>;
<em>Jesus, Luciana Oliveira De</em>;
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Resumo Este estudo se propõe a realizar uma análise das terminologias utilizadas em três marcos fundamentais das políticas sociais de saúde voltadas à população prisional, a saber: a Lei de Execução Penal (LEP), o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP) e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP). Realizamos uma reflexão teórica das terminologias utilizadas nessas legislações, bem como uma contextualização do momento sócio-histórico em que foram implementadas. A LEP, de 1984, surge no período de redemocratização brasileira e prevê pela primeira vez saúde aos "presos e condenados". O PNSSP, de 2003, instituído no primeiro ano do governo Lula, preconiza o acesso à saúde à "população privada de liberdade" no sistema penitenciário. Já a PNAISP, de 2014, garante o acesso integral a toda população prisional, ou seja, todas as pessoas que se encontrem sob custódia do Estado. A partir dessas análises, entendemos que os marcos aqui descritos foram fundamentais para o avanço na ampliação dos direitos para a população privada de liberdade, avanço este que só foi possível em função do momento histórico em que a sociedade se encontrava.Uma contribuição para a avaliação da Atenção Primária à Saúde pela perspectiva do usuário10.1590/S0103-733120150003000132022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZPaiva, Marcele Bocater Paulo deMendes, WalterBrandão, Ana LauraCampos, Carlos Eduardo Aguilera
<em>Paiva, Marcele Bocater Paulo De</em>;
<em>Mendes, Walter</em>;
<em>Brandão, Ana Laura</em>;
<em>Campos, Carlos Eduardo Aguilera</em>;
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Resumo A avaliação pela perspectiva do usuário é uma parte essencial das avaliações dos serviços de saúde, tendo, entre outras, a finalidade oferecer subsídios para a melhoria da qualidade do cuidado ofertado. A polissemia conceitual e metodológica sobre esse tema é grande e exige esforços de maior teorização. O presente estudo objetiva contribuir para o desenvolvimento de uma metodologia para avaliar, na perspectiva do usuário, a qualidade dos serviços prestados pela Atenção Primária à Saúde (APS). Nesse sentido, foi feito um levantamento na literatura das dimensões, dos indicadores e de nove instrumentos de avaliação pela perspectiva do usuário, os quais, posteriormente, foram submetidos a julgamento de especialistas, usando-se a técnica Delphi. Houve consenso entre os especialistas sobre 14 dimensões e 56 elementos de mensuração. As dimensões foram julgadas por grau de relevância, sendo consideradas mais relevantes: acesso/acessibilidade/disponibilidade; relação profissional-usuário; e informação. Traçou-se um panorama sobre metodologias de avaliação pela perspectiva do usuário, além de um arcabouço para a construção de um ou mais instrumentos de avaliação, cujo tamanho possa ser controlado com base na relevância dos itens.Entre idas e vindas: histórias de homens sobre seus itinerários ao serviço de saúde para diagnóstico e tratamento de HIV/Aids10.1590/S0103-733120150003000142022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSilva, Luis Augusto V. daSantos, MelquisedecDourado, Inês
<em>Silva, Luis Augusto V. Da</em>;
<em>Santos, Melquisedec</em>;
<em>Dourado, Inês</em>;
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Resumo A partir de um estudo epidemiológico sobre apresentação tardia ao serviço de saúde para diagnóstico e tratamento de HIV/Aids, este artigo busca aprofundar a discussão sobre alguns aspectos envolvidos nesse processo. Buscou-se registrar narrativas de homens sobre suas trajetórias ou itinerários no processo de diagnóstico e tratamento de HIV/Aids, descrevendo os acontecimentos e atores presentes nas práticas cotidianas em que ocorrem os deslocamentos até o serviço de saúde. Foram realizadas 25 entrevistas semiestruturadas com homens com sorologia positiva para HIV, em um centro de referência para diagnóstico e tratamento em HIV/Aids, na cidade de Salvador, Bahia. Algumas dessas histórias estão presentes no decorrer deste artigo. Para além de um momento específico de apresentação tardia ao serviço de saúde, destaca-se a existência de uma série de ações/acontecimentos que se estende no tempo, ora dificultando, ora facilitando a continuidade do tratamento. Nessa direção, reconhecemos também a existência de barreiras, conflitos e tensões que ocorrem no interior das práticas do cuidado à saúde. Entretanto, essas mesmas tensões podem mobilizar formas e estratégias diversas de ação para que ocorra um acolhimento melhor e um cuidado à saúde de forma contínua e mais integral.Estudos métricos em Saúde Coletiva: um olhar sobre a produção científica brasileira indexada nas bases de dados internacionais10.1590/S0103-733120150003000152022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLins, Rosane AbdalaGuimarães, Maria Cristina SoaresPires-Alves, Fernando AntônioSilva, Cícera Henrique da
<em>Lins, Rosane Abdala</em>;
<em>Guimarães, Maria Cristina Soares</em>;
<em>Pires-Alves, Fernando Antônio</em>;
<em>Silva, Cícera Henrique Da</em>;
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Resumo A Saúde Coletiva é apontada como um movimento comprometido com a transformação social de saúde. Seus marcos conceituais são apresentados como um domínio de conhecimento interdisciplinar e um universo de práticas. Como tal, os desafios para seguir sua dinâmica como área de conhecimento são enormes e complexos. A análise quantitativa da literatura científica pode trazer importantes contribuições para uma melhor compreensão da área. Este artigo fornece uma visão geral dos trabalhos originais brasileiros sobre estudos bibliométricos da literatura em Saúde Coletiva. Os dados foram coletados nas bases de dados Web of Science, Scopus e LILACS. Os resultados foram descritos de acordo com as principais variáveis bibliométricas, com especial atenção para a visibilidade de ambas as expressões "saúde coletiva" e "saúde pública". A maioria da literatura publicada tende a ser descritiva, em vez de avaliativa.Afetividade e seus sentidos no trabalho do agente comunitário de saúde10.1590/S0103-733120150003000162022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZMoura, Raul Franklin Sarabando deSilva, Carlos Roberto de Castro e
<em>Moura, Raul Franklin Sarabando De</em>;
<em>Silva, Carlos Roberto De Castro E</em>;
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Resumo O agente comunitário de saúde (ACS), em seu papel híbrido de profissional de saúde e morador de sua comunidade, experimenta diferentes afetos e potências. Tornam-se mais diluídas as fronteiras de convivência dos vizinhos com o profissional, e este se torna alvo de diferentes expectativas, ao mesmo tempo em que pode ajudá-los com seu trabalho. O ACS, então, pode se sentir tão potente quanto sobrecarregado, e é através desses afetos que busca compreender suas vivências. O trabalho tem como objetivo refletir sobre o papel da afetividade e sentidos sujetivos a ela atribuídos pelo ACS em seu cotidiano. Estudo de caráter qualitativo, segundo o referencial da Epistemologia Qualitativa de González-Rey. Resultados apontam a afetividade como caminho para a construção de vínculos potencializadores dos envolvidos. Nos encontros entre ACS, munícipes e equipe de trabalho, congregam-se bons afetos que viabilizam relações potentes. Nestas, o serviço de saúde se aproxima dos sujeitos que dele necessitam, e estes, por sua vez, tornam-se partícipes do processo de cuidado. A amizade que se forma nessa relação e entre os próprios trabalhadores fortalece sua liberdade, motivada pelo interesse legítimo entre os sujeitos que moram e trabalham próximos um do outro.Residência na atenção básica à saúde em tempos líquidos10.1590/S0103-733120150003000172022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZRossoni, Eloá
<em>Rossoni, Eloá</em>;
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Resumo A residência multiprofissional na atenção básica à saúde faz parte de uma rede de formação na área da educação e saúde no Brasil que tem sido ampliada na última década. A formação dentro de serviços de saúde tem como objetivo preparar profissionais para atuação no Sistema Único de Saúde. Este artigo analisa como trabalhadores/as e residentes vivenciavam os processos educativos no Programa de Residência Integrada em Saúde: Atenção Básica em Saúde Coletiva, desenvolvido em unidades básicas de saúde pertencentes, até 2009, ao Centro de Saúde-Escola Murialdo e vinculado à Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma investigação qualitativa com aporte nos estudos culturais em aproximação com a etnografia pós-moderna. O trabalho de campo foi desenvolvido de março de 2007 a abril de 2008, e o material empírico incluiu documentos pedagógicos e administrativos institucionais, legislação dos programas de residência, relatórios de residentes, observação das equipes e entrevistas com trabalhadores de saúde. Para refletir sobre as limitações e as possibilidades desta formação, foram utilizados, especialmente, os escritos de Bauman acerca das características culturais da "modernidade líquida", pois o contexto era marcado pela provisoriedade e pela incerteza, o que produzia potencialidades e vulnerabilidades no programa de residência.O pecado da gula10.1590/S0103-73312015003000182022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSilva, Marcelo Moraes e
<em>Silva, Marcelo Moraes E</em>;
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