Physis: Revista de Saúde Coletivahttps://scielosp.org/feed/physis/2018.v28n1/2022-01-26T00:09:00ZUnknown authorVol. 28 No. 1 - 2018WerkzeugEntrevista de Suely Rozenfeld à Physis10.1590/s0103-733120182801112022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZZorzanelli, Rafaela
<em>Zorzanelli, Rafaela</em>;
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A incorporação do teste diagnóstico baseado na amplificação de ácidos nucleicos (NAT) para triagem de sangue no SUS: arranjos tecnológicos para a nacionalização do “NAT brasileiro”10.1590/s0103-733120182801082022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZKameda, KoichiCorrêa, Marilena C. D. V.Cassier, Maurice
<em>Kameda, Koichi</em>;
<em>Corrêa, Marilena C. D. V.</em>;
<em>Cassier, Maurice</em>;
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Resumo Os testes de ácidos nucleicos (NAT) são ferramentas complementares aos testes sorológicos para controle da transmissão de doenças infecciosas por meio de produtos obtidos a partir do sangue. Em 2002, um decreto do Ministério da Saúde tornou obrigatória a realização do NAT por todos os bancos de sangue, medida dificultada por razões como os custos necessários para a sua implantação. Como estratégia para a sua incorporação nos bancos de sangue ligados ao SUS, um consórcio público foi criado para desenvolver uma versão local do kit. A partir de métodos de pesquisa qualitativa, os autores analisam essa iniciativa, visando esmiuçar os detalhes da “nacionalização tecnológica” de um teste diagnóstico in vitro. O artigo descreve como o consórcio compreende o kit e como cada uma das tecnologias que o compõem são obtidas e reunidas no teste brasileiro. A relevância dessa análise é identificar quais os desafios e os limites à produção de testes in vitro para doenças infecciosas no Brasil, assim como a repercussão desse tipo de iniciativa para o sistema nacional de inovação em saúde.A coprodução do zika no sertão nordestino brasileiro10.1590/s0103-733120182801122022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZAlzuguir, Fernanda
<em>Alzuguir, Fernanda</em>;
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Uma categorização analítica para estudo e comparação de práticas clínicas em distintas racionalidades médicas10.1590/s0103-733120182801092022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZTesser, Charles DalcanaleLuz, Madel Therezinha
<em>Tesser, Charles Dalcanale</em>;
<em>Luz, Madel Therezinha</em>;
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Resumo Este artigo apresenta uma categorização analítica de encontros clínicos para investigações comparativas de práticas clínicas em diferentes sistemas médicos, de forma equidistante deles. Ela foi concebida como um tipo ideal weberiano e norteada pela dinâmica da eficácia simbólica proposta por Lévi-Strauss. Postularam-se seis movimentos como constituintes dos encontros clínicos em geral: (1) acolhida do usuário; (2) escuta das demandas; (3) investigação do problema; (4) elaboração da interpretação diagnóstica; (5) socialização do diagnóstico; e (6) elaboração, consensuação e execução da terapêutica. Tais movimentos podem ser associados com as dimensões das racionalidades médicas, conforme Madel Luz (cosmologia, doutrina, fisiologia, morfologia, sistemas diagnóstico e terapêutico), e permitem descrição, análise e comparação de práticas clínicas norteadas por uma racionalidade médica. Assim, este instrumento analítico pode facilitar a investigação e compreensão das abordagens de distintos sistemas médicos, contribuindo para a compreensão e comparabilidade das suas práticas clínicas e de sua eficácia.Os medicamentos e tecnologias farmacêuticas como uma questão estratégica para a viabilidade do Sistema Único de Saúde10.1590/s0103-733120182801022022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZBermudez, Jorge
<em>Bermudez, Jorge</em>;
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Ativismo, políticas públicas e acesso a medicamentos: o uso de oposições a pedidos de patentes por organizações da sociedade civil10.1590/s0103-733120182801072022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZVillardi, Pedro
<em>Villardi, Pedro</em>;
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Resumo O artigo aborda o problema do acesso aos medicamentos ARVs e a construção da agenda de lutas do movimento social da AIDS, especificamente o caso do tenofovir, suas pró-drogas e a combinação com a emtricitabina. Discute de que estratégias o movimento AIDS lançou mão para evitar que tais medicamentos fossem patenteados, utilizando o método monográfico e a posição de insider do autor para fazer a análise.Caracterización, alcances y dificultades de las "bases biológicas" del Trastorno por Déficit de Atención e Hiperactividad (TDAH). Un enfoque desde la Filosofía de la Biología10.1590/s0103-733120182801102022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZLavagnino, Nicolás JoséBarbero, SofíaFolguera, Guillermo
<em>Lavagnino, Nicolás José</em>;
<em>Barbero, Sofía</em>;
<em>Folguera, Guillermo</em>;
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Resumen El trastorno por déficit de atención e hiperactividad (TDAH) se encuentra entre los trastornos psiquiátricos infantiles más prevalentes en la actualidad y, desde áreas biomédicas y neurobiológicas, se considera que presenta una base biológica. En el presente trabajo se analizarán, desde una aproximación filosófica, los discursos que se despliegan desde dichas investigaciones con el objetivo de detectar y clarificar diversos aspectos fenoménicos, teóricos y ontológicos que le subyacen. En términos generales, hemos encontrado que la conceptualización del TDAH está atravesada por al menos cuatro niveles de organización diferentes: genético-molecular (genes y proteínas), tisular (partes del cerebro), órgano (cerebro como un todo) y el organísmico (individuo). Dichos niveles ocupan roles sumamente diferentes; ocupando los niveles inferiores de organización roles predominantes en lo explicativo así como presentando las entidades fundamentales en términos ontológicos. A su vez, el discurso neurocientífico presenta sesgos relacionados con la pérdida de consideración de la heterogeneidad, la omisión de los niveles superiores al organísmico y simplificaciones del ámbito genético-molecular y de la relación genotipo-fenotipo. Así, el tipo de indagación simplificante y que prepondera los niveles inferiores de la jerarquía biológica parece mostrar más dificultades que éxitos, y epistémicamente muestra grietas que no son saldadas.Erratum: Aproximações entre percepção de usuários e itens do instrumento para avaliação dos serviços brasileiros em síndrome de imunodeficiência adquirida10.1590/s0103-733120182801132022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZA evolução recente da indústria farmacêutica brasileira nos limites da subordinação econômica10.1590/s0103-733120182801042022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZRodrigues, Paulo Henrique AlmeidaCosta, Roberta Dorneles Ferreira daKiss, Catalina
<em>Rodrigues, Paulo Henrique Almeida</em>;
<em>Costa, Roberta Dorneles Ferreira Da</em>;
<em>Kiss, Catalina</em>;
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Resumo Este artigo apresenta a evolução da indústria farmacêutica brasileira e da balança comercial entre 1996 e 2014 e discute possibilidades de mudanças na política industrial farmacêutica. Os pressupostos da pesquisa foram: que as possibilidades industriais para o setor estão fortemente conectadas com o cenário internacional; e que este piorou a partir dos anos 1990, tornando o país mais vulnerável. As fontes utilizadas foram a Pesquisa Industrial Anual, do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, e os dados da balança comercial do Sistema de Análise das Informações, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Os valores foram deflacionados e corrigidos para desconsiderar a influência da inflação. Os resultados demonstraram que há um desequilíbrio entre a evolução das indústrias farmoquímica e de medicamentos para uso humano em relação à das indústrias voltadas para medicamentos veterinários e de produtos químicos para o agronegócio. A balança comercial mostrou-se crescentemente deficitária para produtos farmacêuticos para uso humano. Os resultados corroboraram tanto a hipótese de crescente subordinação econômica quanto os pressupostos do estudo acima apontados.A provisão de medicamentos pelo “Saúde Não Tem Preço” em municípios prioritários para o Plano Brasil Sem Miséria em Mato Grosso do Sul10.1590/s0103-733120182801062022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZPinto, Cláudia du Bocage SantosMiranda, Elaine SilvaMoritz, Ângela Fernandes EsherOsorio-de-Castro, Claudia Garcia Serpa
<em>Pinto, Cláudia Du Bocage Santos</em>;
<em>Miranda, Elaine Silva</em>;
<em>Moritz, Ângela Fernandes Esher</em>;
<em>Osorio-De-Castro, Claudia Garcia Serpa</em>;
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Resumo O Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB) tem como uma de suas características a interface que promove entre o setor público e o privado. A partir de 2011, passou a integrar o rol de ações do Plano Brasil Sem Miséria (BSM), com a iniciativa “Saúde Não Tem Preço” (SNTP), caracterizada pela gratuidade da provisão de medicamentos para hipertensão, diabetes e asma. O estudo teve como objetivo verificar o papel do SNTP nos municípios-alvo do BSM em Mato Grosso do Sul. Foi realizado inquérito baseado em método da OMS em 40 farmácias credenciadas de 15 municípios. Foram coletadas informações sobre o perfil socioeconômico e demográfico dos usuários, condições de saúde e medicamentos, além das etapas percorridas para obtenção dos mesmos. Entre os 896 usuários entrevistados, havia grande proporção de mulheres, acima de 60 anos, com baixa escolaridade e renda entre meio e dois salários mínimos. Aproximadamente, 95% vinham do SUS e mais de 60% relatou tentar obter os medicamentos no posto de saúde, mas a indisponibilidade os levou às farmácias credenciadas. Mais de 55% dos usuários chegaram ao SNTP por recomendação dos profissionais do SUS. Estima-se que, nesses municípios, a população mais pobre não chegou ao SNTP.Os medicamentos como uma questão estratégica para a viabilidade do Sistema Único de Saúde10.1590/s0103-733120182801012022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZCorrêa, Marilena Cordeiro Dias VillelaRodrigues, Paulo Henrique AlmeidaCaetano, Rosângela
<em>Corrêa, Marilena Cordeiro Dias Villela</em>;
<em>Rodrigues, Paulo Henrique Almeida</em>;
<em>Caetano, Rosângela</em>;
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Gastos com pagamentos no Programa Aqui Tem Farmácia Popular: evolução entre 2006-201410.1590/s0103-733120182801052022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZSilva, Rondineli Mendes daCaetano, Rosângela
<em>Silva, Rondineli Mendes Da</em>;
<em>Caetano, Rosângela</em>;
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Resumo A partir de 2004, o Governo Federal anunciou o "Programa Farmácia Popular do Brasil", para melhorar o acesso da população brasileira aos medicamentos. A vertente "Aqui Tem Farmácia Popular" (ATFP), iniciada em 2006, tem sido a principal responsável pela expansão dessa forma de provisão. Este artigo examinou os dispêndios do Ministério da Saúde com pagamentos de medicamentos aos estabelecimentos credenciados ao Programa ATFP, no período 2006 a 2014. Foram utilizados dados de fontes secundárias, como o Fundo Nacional de Saúde e a Sala de Apoio à Gestão Estratégica e contato direto com o sistema e-SIC. Gastos do ATFP foram mapeados segundo a indicação de uso dos medicamentos, pelas empresas credenciadas, e também comparados ao repasse ministerial dedicado ao financiamento do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. No período, foram gastos R$ 7,9 bilhões com o ATFP, com forte padrão de crescimento após a entrada, em 2011, da isenção de copagamento. Medicamentos para tratamento da hipertensão arterial somaram 60% dos gastos, seguido dos antidiabéticos (19%) e dislipidemia (14%). Losartana potássica e sinvastatina obtiveram destaque nos gastos. Os aumentos expressivos nos gastos federais devem ser objeto de monitoramento cuidadoso, já que sustentabilidade financeira é questão fundamental na viabilidade dos sistemas de financiamento de medicamentos.Redução de preço de medicamento em situação de monopólio no Sistema Único de Saúde: o caso do Tenofovir10.1590/s0103-733120182801032022-01-26T00:09:00Z2016-01-28T00:04:00ZChaves, Gabriela CostaHasenclever, LiaOliveira, Maria Auxiliadora
<em>Chaves, Gabriela Costa</em>;
<em>Hasenclever, Lia</em>;
<em>Oliveira, Maria Auxiliadora</em>;
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Resumo O objetivo do estudo é analisar a evolução do preço do tenofovir (TDF) no Brasil à luz das diferentes iniciativas para sua redução. Os critérios para a seleção do caso foram: ter sido objeto de pelo menos uma estratégia de enfrentamento da barreira patentária, que no caso foi o subsídio ao exame do pedido da patente (oposição à patente); e ter sido objeto de uma Parceria para Desenvolvimento Produtivo (PDP) para produção local. Os principais resultados sugerem que os subsídios ao exame apresentados em 2005 e 2006 contribuíram para a decisão de indeferimento do pedido de patente em 2009. Estima-se que o Brasil pagou cerca de US$ 200 milhões a mais pelo monopólio gerado a partir de um pedido de patente pendente. Houve uma redução do preço do TDF entre 2003 e 2013, inclusive durante a vigência da PDP (2011 a 2013). Em 2010, após o anúncio da PDP, também houve uma diminuição de 40% no preço do TDF ofertado pela Gilead, que refletiu no preço de oferta do produto PDP. No entanto, o preço pago no Brasil para o produto nacional foi cerca de dez vezes mais caro que o genérico ofertado internacionalmente.