Saúde em Debatehttps://scielosp.org/feed/sdeb/2022.v46n134/2023-01-08T00:08:00ZVol. 46 No. 134 - 2022WerkzeugAtención Primaria en Salud en una región de la Amazonía colombiana: una aproximación al cotidiano10.1590/0103-11042022134092023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZArias-Murcia, Saidy ElianaPenna, Cláudia Maria de Mattos
<em>Arias-Murcia, Saidy Eliana</em>;
<em>Penna, Cláudia Maria De Mattos</em>;
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RESUMEN En 2016 comenzó en Colombia la implantación de un nuevo modelo de salud con foco en la atención primaria, siendo Guainía, en la Amazonía colombiana, la primera región en iniciar el test piloto. El objetivo de este estudio fue comprender el cotidiano de implementación de la atención primaria, en el marco del Modelo Integral de Atención en Salud, desde la perspectiva de indígenas y profesionales de la salud en Guainía, Colombia. Se trata de un estudio de caso único, con abordaje cualitativo, fundamentado en la sociología comprensiva del cotidiano. Los datos, recolectados mediante observación directa y entrevistas semiestructuradas con 26 profesionales de salud y 22 usuarios indígenas, fueron sometidos a análisis de contenido temático. Emergieron cinco categorías: ‘vivir en el puesto’, ‘resolver solo’, ‘el desafío de la cobertura territorial’, ‘comisiones de salud: solventando vacíos’ y ‘apoyo de líderes locales’. A pesar de la propuesta reestructurante traída por el nuevo modelo, se evidenció en el cotidiano la persistencia de un enfoque asistencialista y basado en la lógica curativista en la prestación de los servicios. Aunque los atributos de la atención primaria se ven comprometidos, se identificaron acciones cotidianas que pueden favorecer la integralidad en la atención y aportar a una transición exitosa.Conjuntura política brasileira e saúde: do golpe de 2016 à pandemia de Covid-1910.1590/0103-11042022134182023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZMéllo, Lívia Milena Barbosa de Deus eAlbuquerque, Paulette Cavalcanti deSantos, Romário Correia dos
<em>Méllo, Lívia Milena Barbosa De Deus E</em>;
<em>Albuquerque, Paulette Cavalcanti De</em>;
<em>Santos, Romário Correia Dos</em>;
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RESUMO Estudos de análise de conjuntura no campo da saúde coletiva têm ganhado espaço, contribuindo para sistematizar elementos da realidade e traçar cenários possíveis para uma melhor atuação na arena política. Embasado no materialismo histórico e dialético, este ensaio busca analisar a conjuntura política brasileira do golpe de 2016 à pandemia de Covid-19. O ensaio está estruturado em três seções: a primeira reconhece a importância de pensar o passado para se compreender o futuro, bem como as forças mobilizadoras e ameaçadoras do Sistema Único de Saúde (SUS); a segunda traça um perfil do projeto ultraneoliberal imposto à política de saúde frente ao golpe jurídico-midiático-parlamentar de 2016 e a eleição do presidente Jair Bolsonaro, em 2018, cuja moeda de troca englobou a redução da seguridade social; a terceira seção discute como a pandemia da Covid-19 foi conduzida pelo governo federal e entes subnacionais, assim como a atuação da sociedade civil e política organizada. Nas considerações finais, apresentam-se os desafios das forças progressistas para o ano eleitoral de 2022 e para sustentabilidade de um possível governo popular que garanta o direito universal à saúde, sendo este parte do desafio maior de retomada e garantia da própria democracia.Percepção da população sobre a atuação das autoridades e das comunidades no controle das arboviroses10.1590/0103-11042022134142023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZCosta, Luana Dias daBarros, Alana DantasLorenzo, CláudioMendonça, Ana Valéria MachadoSousa, Maria Fátima de
<em>Costa, Luana Dias Da</em>;
<em>Barros, Alana Dantas</em>;
<em>Lorenzo, Cláudio</em>;
<em>Mendonça, Ana Valéria Machado</em>;
<em>Sousa, Maria Fátima De</em>;
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RESUMO O controle ambiental para a prevenção das arboviroses depende tanto de ações dos poderes públicos quanto do envolvimento das comunidades. A presente pesquisa analisou a percepção de 385 pessoas em 17 municípios das 5 regiões do País sobre a atuação das autoridades e da própria comunidade em relação ao controle e à prevenção da dengue. Independentemente da região, os participantes reconheceram que ações como saneamento básico, coleta regular de lixo, fiscalização de terrenos baldios e domicílios fechados têm sido frequentemente negligenciadas pelas autoridades. A responsabilização da comunidade, na figura do vizinho que não cumpre as medidas de controle, também foi percepção dominante, chamando a atenção a ausência de qualquer reconhecimento sobre como condições sociais desfavoráveis influenciam nas dificuldades para a realização dos procedimentos preventivos. Reflete-se ainda acerca dos prejuízos que a pandemia de Covid-19 tem causado às práticas preventivas e seus possíveis impactos futuros.Structure and responsiveness: are Primary Health Care Units prepared to face COVID-19?10.1590/0103-11042022134032023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZFurlanetto, Denise de Lima CostaSantos, Wallace DosScherer, Magda Duarte dos AnjosCavalcante, Fabrício VieiraOliveira, AimêOliveira, Klébya Hellen Dantas deSantos, Ricardo Ramos dosLeite, Thaís AlessaPoças, Katia CrestineSantos, Leonor Maria Pacheco
<em>Furlanetto, Denise De Lima Costa</em>;
<em>Santos, Wallace Dos</em>;
<em>Scherer, Magda Duarte Dos Anjos</em>;
<em>Cavalcante, Fabrício Vieira</em>;
<em>Oliveira, Aimê</em>;
<em>Oliveira, Klébya Hellen Dantas De</em>;
<em>Santos, Ricardo Ramos Dos</em>;
<em>Leite, Thaís Alessa</em>;
<em>Poças, Katia Crestine</em>;
<em>Santos, Leonor Maria Pacheco</em>;
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ABSTRACT The COVID-19 pandemic reinforced the need for global efforts to grant universal health coverage and access, which imposes management challenges for Primary Health Care (PHC). This study aimed to develop and apply an instrument to assess the PHC Units’ responsiveness to COVID-19, based on co-production efforts between university researchers and PHC technical teams. The instrument composed of two modules, included identification, operating hours, workforce, work process, structure, equipment, furniture, supplies, Personal Protection Equipment (PPE), Symptomatic Respiratory Patient (SRP) examinations and follow-up, information, surveillance, integration, communication, and management. All the 165 PHC Units in Brasília were invited to complete the instrument. Main results: there was physical structure adaptation (adequate configuration of waiting rooms, internal and external spaces allowing safe distance); provision of PPE and COVID-19 tests; active search for SRP/COVID-19 suspects by phone, mobile or home visits; monitoring flows of patient transfer and telehealth implementation. In conclusion, the PHC Units reorganized their services to meet the demands of the pandemic context. Providing information about structure and responsiveness of PHC Units may subside health systems for planning and decision-making at different levels of management, which is crucial to determine strategies to empower and reinforce PHC responsivity in situations of pandemics and other calamities.Pharmaceutical policies for gaining access to high-priced medicines: a comparative analysis between England and Brazil10.1590/0103-11042022134222023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZVicente, GeisonCalnan, MichaelRech, NorbertoLeite, Silvana
<em>Vicente, Geison</em>;
<em>Calnan, Michael</em>;
<em>Rech, Norberto</em>;
<em>Leite, Silvana</em>;
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ABSTRACT Although the National Health Service (NHS) and the Unified Health System (SUS) are systems with similar universal principles, they can show different political measure patterns in the pharmaceutical field. This paper aimed to provide a comparative analysis of pharmaceutical policies highlighting strategies to guarantee access and sustainability to High-Price Medicines (HPMs) in Brazil and England. We performed an integrative literature review in electronic databases, supplemented by grey literature searched on governmental platforms (laws, decrees, ordinances, and resolutions). A total of Forty-seven articles and seven policies were selected and categorized for analysis. The results showed that both countries apply distinct policies to ensure access to HPMs, among them, policies to define price and reimbursement and actions to regulate the use inside the system. Also, these countries apply distinct policies to their sustainability as local partnerships for product development in Brazil and confidential managed agreements with multinational industries in the England. In conclusion, despite similarities in principles, these countries have been proposing and applying distinct pharmaceutical policies to maintain access and ensure the sustainability of their health systems.A Rede de Atenção às Urgências e Emergências em cena: contingências e produção de cuidado10.1590/0103-11042022134122023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZTofani, Luís Fernando NogueiraFurtado, Lumena Almeida CastroAndreazza, RosemarieNasser, Mariana ArantesBizetto, Olivia FélixChioro, Arthur
<em>Tofani, Luís Fernando Nogueira</em>;
<em>Furtado, Lumena Almeida Castro</em>;
<em>Andreazza, Rosemarie</em>;
<em>Nasser, Mariana Arantes</em>;
<em>Bizetto, Olivia Félix</em>;
<em>Chioro, Arthur</em>;
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RESUMO Este estudo tem por objetivo analisar as transformações nos processos de gestão e produção do cuidado em saúde, no contexto da prática, a partir da política da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE). A pesquisa tem caráter qualitativo e caracteriza-se como estudo de caso. Foram realizadas entrevistas com 16 gerentes de serviços de saúde em três municípios de diferentes portes populacionais. O material foi analisado tendo como referência o contexto da prática da Abordagem do Ciclo de Políticas. Observa-se que a RUE não é reconhecida enquanto política pública, embora sejam identificados alguns de seus elementos, como a implantação de Unidades de Pronto Atendimento, protocolos, classificação de risco, novas tecnologias assistenciais, arranjos regulatórios e linhas de cuidado. O olhar para a ‘RUE em cena’ aponta para três questões: a relação entre a atenção básica e as portas de urgência no atendimento à demanda espontânea; a regulação médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), enquanto promotora de acesso e qualidade; e a (des)continuidade no cuidado em saúde. Há evidências de movimentos e produções vivas induzidas pela política que qualificam o cuidado em saúde em situações de urgência e emergência. Entretanto, iniquidades são mantidas ou produzidas, e a necessidade de articulação entre os componentes em rede, embora evocada, traduz-se em conexões frágeis e não regulares.A judicialização na saúde suplementar: uma avaliação das ações judiciais contra uma operadora de planos de saúde, Belo Horizonte, Minas Gerais, 2010-201710.1590/0103-11042022134132023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZTeixeira, Luís Edmundo NoronhaAndrade, Eli Iola GurgelCherchiglia, Mariangela LealMarini, WesleySouza, Charles Ferreira de
<em>Teixeira, Luís Edmundo Noronha</em>;
<em>Andrade, Eli Iola Gurgel</em>;
<em>Cherchiglia, Mariangela Leal</em>;
<em>Marini, Wesley</em>;
<em>Souza, Charles Ferreira De</em>;
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RESUMO A judicialização na saúde suplementar supera a que ocorre no setor público, evidenciando a fragilidade de sua regulação e dificultando o acesso aos planos de saúde. Serão analisadas ações judiciais contra uma operadora da saúde suplementar em Belo Horizonte, entre os anos de 2010 e 2017. Analisaramse proces¬sos judiciais por meio de técnica de análise documental. As variáveis foram relativas à natureza do processo judicial, ao perfil dos beneficiários e às características das demandas. A Regressão de Poisson foi utilizada na avaliação de impacto e relevância das variáveis selecionadas, e o software R versão 3.6.1 para os testes de significância. No período de 2010 a 2017, foram movidas 6.090 ações. As principais causas são questões contratuais, negativa de procedimento, órtese/prótese e exames. Planos anteriores à ‘Lei dos Planos de Saúde’ correspondem a 3% da carteira e 37,4% da judicialização. Este estudo demonstrou que a possibilidade de judicializar é maior entre clientes masculinos, contratos individuais, planos assistidos em rede ampla, sem coparticipação. A judicialização é mais acessível a cidadãos de maior condição econômica. Questões contratuais evidenciam frágil regulação. Adequada regulamentação reduz o desequilíbrio entre clientes e operadoras. A Agência Nacional de Saúde Suplementar precisa exercer sua função reguladora.Sindemia: tautologia e dicotomia em um novo-velho conceito10.1590/0103-11042022134212023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZSouza, Diego de Oliveira
<em>Souza, Diego De Oliveira</em>;
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RESUMO No bojo da mais grave pandemia em décadas, o termo ‘sindemia’ ressurgiu como uma alternativa para melhor denominar o caráter assumido pela Covid-19. Os autores que defendem esse conceito argumentam que ele confere maior amplitude analítica, o que permite apreender as interações sinérgicas entre doenças e as suas origens sociais. O objetivo deste ensaio consistiu em analisar esse conceito à luz do materialismo histórico-dialético. Para tal, dialoga-se, sobremodo, com a corrente da saúde coletiva que se desenvolveu sob influência do marxismo. Assim, a categoria determinação social do processo saúde-doença é chamada ao debate quando se revela a sua maior amplitude ante o conceito de sindemia. Constatou-se que o conceito ora em análise é tautológico e reproduz velhas dicotomias do modelo biomédico, mesmo querendo criticá-lo.O acadêmico de Medicina frente à população em situação de rua: Trabalho Colaborativo como ferramenta10.1590/0103-11042022134232023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZSousa, Elisabete D’Oliveira PaulaChagas, Magda de Souza
<em>Sousa, Elisabete D’oliveira Paula</em>;
<em>Chagas, Magda De Souza</em>;
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RESUMO Trata-se do relato de experiência de uma acadêmica de Medicina da Universidade Federal Fluminense, bolsista do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/Interprofissionalidade, atuando integrada ao Consultório na Rua de Niterói (RJ), Brasil entre abril de 2019 e março de 2020. Objetivando-se o reconhecimento de desafios, limites e potencialidades da Educação Interprofissional e do Trabalho Colaborativo, utilizou-se como ferramenta metodológica a narrativa construída por meio de 44 relatórios enviados aos preceptores e tutores do Programa, partilhando-se não apenas o que o campo prático como espaço físico trouxe à luz, mas também o que ganhou vida por meio da intersubjetividade no encontro com diversos personagens. A oportunidade de acompanhar o Consultório na Rua possibilitou à estudante conhecer mais sobre esse serviço essencial para garantia da equidade na saúde da população em situação de rua, levando ao aperfeiçoamento e desenvolvimento de habilidades e ferramentas que irão compor um trabalho centrado na formação de vínculos positivos com usuários do serviço, na oferta do cuidado integral e nas práticas colaborativas em saúde. Concluiu-se que, apesar das inúmeras barreiras, a Educação Interprofissional e o Trabalho Colaborativo constituem importantes instrumentos na formação acadêmica, destacando-se na produção de serviços de saúde de alta qualidade, sobretudo na oferta do cuidado integral às pessoas em vulnerabilidade.Public health educational projects in Brazil: revealing the influence of contexts - social, political and of the world of work - over time10.1590/0103-11042022134082023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZViana, Jussara LisboaGusmão, João de OliveiraMarques, Maria Cristina da CostaCastellanos, Marcelo Eduardo PfeifferLouvison, Marilia Cristina PradoAkerman, Marco
<em>Viana, Jussara Lisboa</em>;
<em>Gusmão, João De Oliveira</em>;
<em>Marques, Maria Cristina Da Costa</em>;
<em>Castellanos, Marcelo Eduardo Pfeiffer</em>;
<em>Louvison, Marilia Cristina Prado</em>;
<em>Akerman, Marco</em>;
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ABSTRACT This article analyzes the breadth of experiences of educational projects in Public Health/ Collective Health in Brazil, with an emphasis on contextual elements, so as to point out characteristics and key questions present in the Brazilian experience of this mode of education. The work and education of sanitarians are traced historically, and their contradictions, alignments and perspectives identified. This will be discussed over six different historical periods starting in 1889, on the basis of the following analytical categories: a) socio-political conjunction; b) sanitarians practice; c) educational projects; and d) institutionalization and organization of public health. An analytical table is presented and discussed. Based on it, evidence of the mutual influence over time of socio-health contexts, educational projects and sanitarians world of work is pointed out. The challenge is to provide a counter-hegemonic education vis-à-vis the capitalist model, and that Public Health/Collective Health graduates manage to position themselves and work within this perspective. Making adaptations to the educational project seems valid. However, it may not be enough to alter structural tensions, since the political and economic setting has historically determined ‘for what’, ‘where’, ‘how’ and ‘for whom’ sanitarians work.Narrativas em saúde socioambiental: potencialidades na formação em saúde10.1590/0103-11042022134112023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZSilva, Rafaela Rodrigues daBranco, Jeffer CasteloThomaz, Silvia Maria TagéBatista, Nildo AlvesBatista, Sylvia Helena Souza da Silva
<em>Silva, Rafaela Rodrigues Da</em>;
<em>Branco, Jeffer Castelo</em>;
<em>Thomaz, Silvia Maria Tagé</em>;
<em>Batista, Nildo Alves</em>;
<em>Batista, Sylvia Helena Souza Da Silva</em>;
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RESUMO O presente trabalho visa a discutir as potencialidades do uso de narrativas e diários de campo para e na formação em saúde, no módulo de Encontros e Produção de Narrativas, do Eixo Trabalho em Saúde, que compõe o itinerário curricular dos Cursos de Saúde do Instituto Saúde e Sociedade do Campus Baixada Santista, da Universidade Federal de São Paulo. Utilizou-se a análise de discurso como instrumento de análise de diários de campo e narrativas produzidos em 2017 e 2019. No conjunto dos enunciados, é possível apreender mudanças graduais, promovidas pelos encontros narrativos articulados com conteúdos de saúde socioambiental introduzidos no módulo. O discurso nos diários e na narrativa é permeado de brechas polissêmicas, trazendo novos significados do aprendizado. Assim, apreendem-se movimentos de deslocamento do lugar comum, da reprodução do que está posto hegemonicamente, assumindo perspectivas comprometidas com a garantia de direitos, incluindo o direito à saúde, articulando a concepção ampliada do processo saúde-doença e sua relação com a questão socioambiental.SUS na mídia em contexto de pandemia10.1590/0103-11042022134012023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZRangel-S, Maria LigiaLamego, GabrielaPaim, MarceleBrotas, AntonioLopes, Arthur
<em>Rangel-S, Maria Ligia</em>;
<em>Lamego, Gabriela</em>;
<em>Paim, Marcele</em>;
<em>Brotas, Antonio</em>;
<em>Lopes, Arthur</em>;
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RESUMO A pandemia da Covid-19 produziu novas demandas por serviços nos sistemas de saúde no mundo inteiro. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a ser objeto do interesse dos meios de comunicação, que realizaram esforços de cobertura das ações governamentais e da capacidade do sistema no controle da pandemia. Este estudo objetiva analisar matérias do jornal ‘Folha de São Paulo’ (FSP), quanto aos sentidos produzidos sobre o SUS na pandemia de Covid-19. Foram analisadas 231 matérias, dentre as 524 publicadas no período de janeiro a maio de 2020, obedecendo aos critérios de inclusão estabelecidos. O corpus foi categorizado em quatro sentidos: SUS constitucional, SUS problema, SUS em disputa e SUS atuante. A diversidade de sentidos atribuídos ao SUS aponta a necessidade da ampliação de captura das dimensões do SUS.Acidente de Trabalho com Exposição a Material Biológico: percepções dos residentes de medicina10.1590/0103-11042022134172023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZFrison, Fernanda SucasasAlonzo, Herling Gregorio Aguilar
<em>Frison, Fernanda Sucasas</em>;
<em>Alonzo, Herling Gregorio Aguilar</em>;
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RESUMO Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, realizado em um complexo hospitalar universitário, com o objetivo de descrever as percepções dos residentes de medicina que sofreram um Acidente de Trabalho com Exposição a Material Biológico quanto aos fatores pessoais, institucionais e sociais associados à ocorrência do acidente. As informações foram coletadas por meio das fichas de notificação dos acidentes e de entrevistas com uma questão aberta norteadora. Foi utilizada a análise de conteúdo de Bardin e o fechamento amostral por saturação. Foram entrevistados vinte e um residentes de medicina e identificados dois eixos temáticos: condições de trabalho e estado emocional do residente médico. Os resultados revelaram que a sobrecarga de trabalho, o acúmulo de atividades, a equipe de saúde reduzida, a ausência de supervisão por um preceptor médico e a imperícia do profissional contribuíram para ocorrência do acidente. Além disso, foram relatados fatores como cansaço, fadiga, privação do sono, desatenção e, sobretudo, estresse emocional. São poucos os estudos sobre o tema, porém, as percepções dos residentes médicos evidenciaram um cenário em que o processo de trabalho interfere no bem-estar físico e psíquico dos profissionais, contribuindo para a ocorrência dos acidentes.Perfil dos processos de internação compulsória decorrentes do uso de drogas: uma pesquisa documental10.1590/0103-11042022134162023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZQueiroz, Larissa de AbreuAssis, Fátima BücheleMartinhago, Fernanda
<em>Queiroz, Larissa De Abreu</em>;
<em>Assis, Fátima Büchele</em>;
<em>Martinhago, Fernanda</em>;
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RESUMO A internação compulsória, regulamentada pela Lei nº 10.216/2001, é um fenômeno que envolve duas importantes áreas: saúde e justiça. Sua utilização para enfrentar os problemas decorrentes do uso de drogas deflagra a complexidade da questão e as divergências acerca da forma mais eficaz de tratar o usuário. O objetivo deste estudo foi identificar o perfil dos pedidos de internações compulsórias decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Trata-se de uma pesquisa documental que utilizou acórdãos do site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Por meio da aplicação das palavras-chave, foram encontrados 334 acórdãos, dos quais, 92 foram analisados após avaliação segundo critérios de inclusão e exclusão. As principais variáveis coletadas foram: identificação de recorrentes e recorridos, justificativa para o pedido de internação, legislações, existência de laudo médico circunstanciado e outros aspectos considerados importantes para caracterizar o julgamento dos pedidos. Este estudo evidenciou que a justiça e a psiquiatria vêm respondendo à urgência de normalizar as condutas e os comportamentos desviantes havendo uma ampliação do biopoder e justificando intervenções coercitivas. O estigma acerca dos usuários contribui para potencializar essas estratégias, e a legislação, criada para evitar medidas arbitrárias, é utilizada para fortalecer a segregação.Conferência Livre, Democrática e Popular lança diretrizes para refundação do Brasil10.1590/0103-11042022134002023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZSouto, Lucia
<em>Souto, Lucia</em>;
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Uma análise do perfil dos secretários de saúde: interfaces entre saúde e os processos político-eleitorais10.1590/0103-11042022134072023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZBrancaglion, MatheusSoares, JeovanaBahia, Ligia
<em>Brancaglion, Matheus</em>;
<em>Soares, Jeovana</em>;
<em>Bahia, Ligia</em>;
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RESUMO O trabalho objetiva sistematizar informações sobre os secretários de saúde inseridos em governos estaduais e municipais, para refletir sobre influências técnicas, acadêmicas e partidárias na conformação de suas trajetórias, buscando contribuir para o delineamento de um panorama da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) nas instâncias subnacionais. O estudo é apoiado em fontes secundárias, incluindo bases de dados oficiais, portais de governos e notícias divulgadas pela mídia comercial. Foram processadas informações dos secretários dos 26 estados e suas capitais, além do Distrito Federal, no cargo no mês de maio de 2021, gerando 53 currículos, que foram categorizados como especializados (79%), profissionais de saúde (75%), políticos de carreira (25%) e empresários (19%). Apesar da significativa influência partidária, encontrou-se um processo de formação de quadros burocráticos pelos partidos, para além da disputa eleitoral. Dos treze políticos de carreira identificados, onze também foram tipificados pela análise como ‘especializados’, interpelando acepções sobre oposição entre perfis ‘técnico’ versus ‘político’, sugerindo a relevância das interseções das trajetórias. Uma excepcionalidade de insulamento técnico da saúde não foi confirmada. Dessa forma, não é realista a imagem de que forças político-partidárias sejam antagônicas à capacitação acadêmica e à experiência na administração pública, sugerindo que a saúde se apresenta, simultaneamente, especializada e politizada.Testes diagnósticos nacionais: insumos essenciais para a vigilância sindrômica da Covid-1910.1590/0103-11042022134052023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZCavalcante, Fabrício VieiraOliveira, AimêAraujo, Sidclei Queiroga dePacheco, ChristinaSacco, Ruth da Conceição Costa e Silva
<em>Cavalcante, Fabrício Vieira</em>;
<em>Oliveira, Aimê</em>;
<em>Araujo, Sidclei Queiroga De</em>;
<em>Pacheco, Christina</em>;
<em>Sacco, Ruth Da Conceição Costa E Silva</em>;
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RESUMO Existe ampla evidência que a contenção da pandemia de Covid-19 requer vigilância sindrômica e isolamento de casos suspeitos/confirmados. É essencial a disponibilidade de testes diagnósticos no Sistema Único de Saúde, que poderia ser facilitada pela soberania nacional no desenvolvimento e produção, considerando-se a alta demanda/escassez no mercado internacional. Este estudo identificou as etapas da pesquisa translacional de testes diagnósticos para Covid-19 no Brasil, verificando sua distribuição geográfica, entre outros indicadores. Estudo transversal, exploratório, partindo de banco público com 789 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em Covid-19, complementado com outras buscas, inclusive no CVLattes dos pesquisadores. No banco, havia 89 projetos de testes diagnósticos. Em 45 casos, foi possível obter informações complementares para classificá-los conforme as etapas da pesquisa translacional. Identificaram-se 15 inovações que atingiram o estágio T3, ou seja, tiveram seus produtos incorporados em protocolos clínicos na atenção à saúde, mesmo considerando-se as profundas restrições orçamentárias em PD&I. O Brasil possui potencial de desenvolvimento e implementação de produtos tecnológicos na área de testes de diagnóstico para Sars-CoV-2. Políticas públicas de PD&I em saúde necessitam ser priorizadas para ampliação de cooperações nacionais e internacionais, a fim de promover efetiva autonomia nacional na vigilância sindrômica e à saúde da população.A consulta pública na construção da Política Distrital de Alimentação e Nutrição10.1590/0103-11042022134152023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZMoura, Rosielle Alves deBastos, Helen Altoé DuarBrandt, Karistenn Casimiro de OliveiraRonca, Débora BarbosaGinani, Verônica Cortez
<em>Moura, Rosielle Alves De</em>;
<em>Bastos, Helen Altoé Duar</em>;
<em>Brandt, Karistenn Casimiro De Oliveira</em>;
<em>Ronca, Débora Barbosa</em>;
<em>Ginani, Verônica Cortez</em>;
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RESUMO Este estudo objetivou analisar o conteúdo da consulta pública da Política Distrital de Alimentação e Nutrição. Secundariamente, apresentar o perfil dos participantes e relatar a sistematização da análise realizada. Trata-se de estudo documental, exploratório, transversal, de abordagem qualiquantitativa. A amostra inicial foi composta por 115 contribuições, sendo 59 excluídas e 56 submetidas à análise de conteúdo descrita por Bardin e à análise multivariada e em função da frequência (p<0,05) no software IRaMuTeQ. Os eixos norteadores da análise do conteúdo foram: Insegurança Alimentar e Nutricional, Equidade, Ambiente Escolar, Importância da Atenção Primária à Saúde, Responsabilidade pela Garantia da Política, Alimentos e Nutrientes. O perfil geral dos participantes foi heterogêneo em relação ao segmento de atuação, sendo as instituições de ensino e pesquisa (38%) o de maior representação. As contribuições destacaram a preocupação da sociedade civil em garantir a segurança alimentar e nutricional da população do Distrito Federal. Constatou-se que a diversidade das contribuições associada à análise sistemática pode subsidiar a elaboração de políticas públicas mais condizentes com a realidade e fortalecer sua implementação, tornando-a mais tangível. Assim, a participação da sociedade em decisões políticas deve ser incentivada e ampliada, pois é fundamental para democratização e equidade.A telemedicina no combate à Covid-19: velhos e novos desafios no acesso à saúde no município de Vitória/ES, Brasil10.1590/0103-11042022134042023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZMartínez, Henny Luz HerediaArtmann, ElizabethCruz, Sheila Cristina de SouzaFarias, Dilzilene Cunha Sivirino
<em>Martínez, Henny Luz Heredia</em>;
<em>Artmann, Elizabeth</em>;
<em>Cruz, Sheila Cristina De Souza</em>;
<em>Farias, Dilzilene Cunha Sivirino</em>;
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RESUMO Objetivo: analisar o atendimento pela telemedicina em Vitória/ES de abril/2020 a mar/2021. Método: estudo de caso ancorado na categoria acesso de Thiede et al. e em dados secundários. Utilizaram-se relatórios das consultas de telemedicina da Rede Bem Estar. Incluíram-se todas as 29 Unidades Básicas de Saúde do município. Resultados: no período foram atendidos 15.548 usuários, 64% do sexo feminino (9.953) e 36% do masculino (5.595), em 21.481 consultas. O grupo etário mais atendido foi o de 30-39 anos (19,5%). O número por 10.000 hab. para todas as causas oscilou entre 35,86/10.000 hab. de out-dez/2020 e 65,75 de abr-jun/2020. Destes atendimentos, 56% (11.946) foram coronavírus (causas B342 e B972), sendo, 22,54 consultas por 10.000 hab. de out-dez/2020 e 31,96 de abr-jun/2020. Conclusões: Os resultados refletem o impacto transformador da Covid-19 nos cuidados à saúde por telemedicina como parte da resposta de primeira linha à pandemia no município de Vitória/ES. As desigualdades no acesso presencial se reproduzem na telemedicina, o que torna imprescindível manter um relacionamento forte entre o sistema de saúde, as equipes de saúde e os usuários na implantação da telemedicina. As duas formas permanecem interdependentes e complementares na busca de garantia do acesso equitativo em saúde.As medidas de obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 no Brasil são razoáveis e proporcionais?10.1590/0103-11042022134202023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZDelduque, Maria CéliaAlves, Sandra Mara CamposMontagner, Maria InezMontagner, Miguel Ângelo
<em>Delduque, Maria Célia</em>;
<em>Alves, Sandra Mara Campos</em>;
<em>Montagner, Maria Inez</em>;
<em>Montagner, Miguel Ângelo</em>;
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RESUMO Trata-se de um ensaio baseado em decisão judicial do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, que desobrigou à vacinação uma professora municipal do estado. A liminar, em Mandado de Segurança, foi cassada por meio de um agravo de instrumento de autoria do Ministério Público. Neste ensaio, são discutidos os fundamentos do julgador para a concessão da liminar e os argumentos apresentados pelo apelante, enquanto faz-se uma análise do ponto de vista da saúde coletiva e do direito sanitário, à luz da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a razoabilidade e proporcionalidade da vacina obrigatória.Individualização e trabalho no contexto da pandemia de Covid-19 no Brasil10.1590/0103-11042022134192023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZIanni, Aurea Maria ZöllnerCosta, Maria Izabel SanchesTravagin, Letícia BonaSerra, Isabela Licata
<em>Ianni, Aurea Maria Zöllner</em>;
<em>Costa, Maria Izabel Sanches</em>;
<em>Travagin, Letícia Bona</em>;
<em>Serra, Isabela Licata</em>;
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RESUMO A pandemia de Covid-19 promoveu um salto produtivo em dimensões globais e, por consequência, no Brasil, consolidando profundas alterações sociais. O processo de flexibilização das relações do trabalho encontrou, no contexto pandêmico, condições objetivas para sua expansão, em especial, o crescente uso de meios técnico-informacionais e de telecomunicações. Pressupondo este cenário, discute-se neste ensaio as formas e as relações de trabalho individualizadas e individualizadoras decorrentes desse processo, bem como a intensificação da dinâmica de individualização social.‘O outro’ da pandemia da Covid-19: ageísmo contra pessoas idosas em jornais do Brasil e do Chile10.1590/0103-11042022134022023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZAraujo, Pricila Oliveira deFreitas, Raniele Araújo deDuarte, Elysangela DittzCares, Lucy JureRodríguez, Katiuska AlvealGuerra, VivianaCarvalho, Evanilda Souza de Santana
<em>Araujo, Pricila Oliveira De</em>;
<em>Freitas, Raniele Araújo De</em>;
<em>Duarte, Elysangela Dittz</em>;
<em>Cares, Lucy Jure</em>;
<em>Rodríguez, Katiuska Alveal</em>;
<em>Guerra, Viviana</em>;
<em>Carvalho, Evanilda Souza De Santana</em>;
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RESUMO O surgimento do novo coronavírus e a indicação da população idosa como grupo de risco fez emergirem discursos, piadas, memes e fatos indicativos de ageísmo nas mídias sociais e nos veículos de comunicação. Este artigo objetiva analisar as expressões e as implicações do ageísmo contra a pessoa idosa reportadas em jornais do Brasil e do Chile no primeiro ano da pandemia da Covid-19. Estudo documental de notícias de jornais de maior acesso no Brasil e no Chile. A coleta de dados ocorreu em maio de 2021. A seleção de títulos, resumos e texto completo foi realizada por duas pesquisadoras de forma independente e cegada. O corpus final de 89 notícias foi submetido a análise temática apoiado pelo software MAXQDA, cujo processo de codificação, tematização e interpretação foi fundamentado nas teorias sociológicas que explicam o ageísmo. As expressões do ageísmo foram evidenciadas por meio de imagens e atitudes que desvalorizam e depreciam a vida da pessoa idosa, posicionando-a como sendo ‘o outro’ da pandemia, o que ocasiona implicações para vida, saúde e trabalho dessa população.Síndrome Inflamatória Multissistêmica e Covid-19 em crianças e adolescentes: aspectos epidemiológicos, Brasil, 2020-202110.1590/0103-11042022134062023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZMoura, Erly Catarina deCavalcante, Fabrício VieiraOliveira, Luciana Gonzaga deBarreto, Ivana Cristina de Holanda CunhaFernandes, Geraldo MagelaFrio, Gustavo SaraivaSantos, Leonor Maria Pacheco
<em>Moura, Erly Catarina De</em>;
<em>Cavalcante, Fabrício Vieira</em>;
<em>Oliveira, Luciana Gonzaga De</em>;
<em>Barreto, Ivana Cristina De Holanda Cunha</em>;
<em>Fernandes, Geraldo Magela</em>;
<em>Frio, Gustavo Saraiva</em>;
<em>Santos, Leonor Maria Pacheco</em>;
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RESUMO Este estudo descreve aspectos epidemiológicos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19 e óbitos por Covid-19 em crianças (0-9 anos de idade) e adolescentes (10-19 anos de idade). As fontes de dados, de 2020-2021, foram os Sistemas de Vigilância Epidemiológica para SIM-P e de Informação sobre Mortalidade para Covid-19, gerenciados pelo Ministério da Saúde. Foram notificados 1.503 casos, mais frequentes em crianças (77%) do que em adolescentes (23%); e 93 óbitos por SIM-P em 26 das 27 Unidades da Federação. O maior número de casos em crianças foi notificado em São Paulo (268), contudo, a maior incidência ocorreu no Distrito Federal (7,8/100 mil habitantes). A proporção de óbitos por SIM-P foi 5,4% em crianças e 8,7% em adolescentes. No período avaliado, houve 2.329 óbitos por Covid-19 em menores de 20 anos de idade, com maior taxa em adolescentes (4,4/100 mil habitantes) do que em crianças (2,7/100 mil habitantes), com maiores taxas em Roraima. Recomenda-se intensificação da imunização contra Covid-19 nessa população, aumentando a proteção contra os efeitos negativos dessa doença e da SIM-P, que podem apresentar consequências em curto, médio e/ou longo prazo, de modo a não comprometer a inserção plena destes cidadãos na sociedade.Saúde Socioambiental na Atenção Básica: conhecimento, formação e prática10.1590/0103-11042022134102023-01-08T00:08:00Z2017-01-10T00:04:00ZBranco, Jeffer CasteloBatista, Nildo AlvesThomaz, Silvia Maria Tagé
<em>Branco, Jeffer Castelo</em>;
<em>Batista, Nildo Alves</em>;
<em>Thomaz, Silvia Maria Tagé</em>;
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RESUMO A exposição humana às substâncias e aos compostos químicos nocivos é uma realidade global que torna cada vez mais necessária a promoção da saúde às pessoas e comunidades expostas em seus territórios. Considerando que a Saúde Socioambiental observa o movimento dos agentes nocivos na interface ambiente-saúde-sociedade, buscou-se analisar o conhecimento, a formação e a prática das equipes da Atenção Básica com relação à Saúde Socioambiental, com foco na redução do adoecimento devido à exposição e à intoxicação por esses agentes. Utilizou-se a escala do tipo Likert sem ponto central validada por um grupo de 11 especialistas e 3 profissionais da Atenção Básica. Garantiu-se a existência de mínima dispersão com a administração do estudo e o cálculo do coeficiente de correção linear de Pearson; e boa confiabilidade por meio do teste de coeficiente de confiabilidade de Spearman-Brown, em que foi usado o Split-Half Method. A pesquisa revelou haver situação de conforto na dimensão conhecimento, perigo na dimensão formação, e atenção na dimensão prática. A formação é a única dimensão que, no resultado geral, demanda mudanças imediatas. Ainda que as dimensões conhecimento e prática profissional se apresentem, respectivamente, em situação de manutenção e aprimoramento, essas não se originam de instituições formais de ensino.