• Prevalência e fatores associados ao baixo peso em idosos brasileiros Article

    Francisco, Priscila Maria Stolses Bergamo; Assumpção, Daniela de; Borim, Flávia Silva Arbex; Malta, Deborah Carvalho

    Resumo em Português:

    Resumo O objetivo foi estimar a prevalência de baixo peso em idosos, segundo características sociodemográficas nas regiões do país e verificar os fatores contextuais e individuais associados. Estudo transversal de base populacional com idosos (≥ 65 anos) entrevistados pelo Vigitel 2014. O Índice de Massa Corporal foi calculado com o peso e estatura referidos. Verificaram-se as associações pelo teste Qui-quadrado de Pearson, considerando-se um nível de significância de 5%. Razões de prevalência ajustadas foram obtidas por meio de regressão de Poisson multinível. A média etária dos idosos foi de 73,3 anos e a prevalência de baixo peso foi de 15,6% (IC95%:14,1-17,1). Verificaram-se prevalências mais elevadas de baixo peso no sexo feminino, nos que tinham ≥ 80 anos, nos fumantes e naqueles que referiram ingerir feijão regularmente. A prevalência de baixo peso foi menor nos indivíduos com consumo abusivo de álcool e diagnóstico médico de hipertensão arterial. A região Nordeste apresentou maior prevalência de baixo peso, mesmo após ajuste pelos fatores individuais associados ao baixo peso. Os resultados revelam os subgrupos com maiores prevalências de baixo peso e que demandam maior atenção dos serviços de saúde no monitoramento e recuperação do estado nutricional.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The aim of this study was to estimate the prevalence of underweight among older adults according to socio-demographic characteristics in different regions of Brazil as well as determine associated contextual and individual factors. Cross-sectional population-based study with older adults (≥ 65 years) interviewed by telephone survey in 2014. The body mass index was calculated based on weight and height. Associations were determined using Pearson’s chi-square test, considering a 5% significance level. Adjusted prevalence ratios were estimated using multilevel Poisson regression. Mean age was 73.3 years and the prevalence of underweight was 15.6% (95%CI: 14.1-17.1%). Higher prevalence rates of underweight were found among women, individuals aged ≥ 80 years, smokers and those who reported the regular consumption of beans. The prevalence rate of underweight was lower among those who reported abusive alcohol intake and those with a medical diagnosis of hypertension. The northern region of the country had the highest prevalence of underweight after adjusting for associated individual factors. The findings demonstrate the subgroups with higher prevalence rates of underweight that demand greater attention from the health services in terms of recovering of an adequate nutritional status.
  • Há diferenças na ingestão de nutrientes de adultos brasileiros segundo a condição de peso? Article

    Araujo, Marina Campos; Estima, Camilla de Chermont Prochnik; Yokoo, Edna Massae; Lopes, Taís de Souza; Pereira, Rosangela Alves; Sichieri, Rosely

    Resumo em Português:

    Resumo Avaliou-se a ingestão e a prevalência de ingestão inadequada de nutrientes segundo a condição de peso em adultos brasileiros de áreas urbanas (n = 16.198) investigados no Inquérito Nacional de Alimentação (INA 2008-2009), que obteve o registro alimentar de dois dias não consecutivos. A prevalência de inadequação da ingestão de nutrientes foi estimada segundo a condição de peso e com base em recomendações brasileiras e internacionais, sendo a ingestão usual estimada pelo método do National Cancer Institute. Dos 14 nutrientes avaliados, seis diferiram segundo a condição de peso em homens e apenas dois entre as mulheres. Para os homens, a proporção média de energia proveniente dos lipídios e da gordura saturada e a ingestão média de colesterol, zinco e vitamina B12 eram mais elevadas para aqueles com excesso de peso do que entre os que tinham peso normal; o inverso foi observado para fibra dietética. A ingestão média de sódio foi maior e a proporção de ingestão de energia proveniente do açúcar de adição foi menor entre as mulheres obesas comparadas àquelas com sobrepeso. Estratégias para incentivar o consumo de alimentos com alta densidade de micronutrientes devem ser dirigidas à população adulta independentemente da sua condição de peso.

    Resumo em Inglês:

    Abstract It was assessed the intake and prevalence of inadequate nutrient intake according to weight status among Brazilian adults from urban areas (n=16,198) evaluated in the Brazilian National Dietary Survey (NDS – 2008-2009), that obtained food records from two non-consecutive days. The prevalence of inadequate nutrient intake according to weight status was estimated based on Brazilian and international recommendations, in which usual intake was estimated applying the National Cancer Institute method. From 14 nutrients evaluated, six differed according to weight status in men, and only two among women. For men, the mean proportion of energy derived from lipids and saturated fat and mean intake of cholesterol, zinc, and vitamin B12 were greater among those with excess weight compared to those with normal weight; the inverse was observed for dietary fiber. Mean sodium intake was greater and proportion of energy from added sugar intake was lower among obese women compared to overweight ones. Strategies to encourage food consumption with high micronutrient density should be targeted to adult population regardless of their weight status.
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