• Os limites e possibilidades do Sistema de Informação da Esquistossomose (SISPCE) para a vigilância e ações de controle Nota

    Farias, Leila Maria Mattos de; Resendes, Ana Paula da Costa; Magalhães, Rosely de Oliveira; Souza-Santos, Reinaldo; Sabroza, Paulo Chagastelles

    Resumo em Português:

    O objetivo deste estudo foi analisar os limites e possibilidades do uso do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE) para a caracterização e vigilância da doença em nível municipal. Os dados foram agregados para o cálculo de indicadores epidemiológicos de cobertura do programa e de intensidade de infecção para os municípios endêmicos da Bahia, Brasil, entre 1999 e 2005. Os resultados apontam para um baixo número de municípios trabalhados e insuficiência de registros no sistema, não fornecendo elementos suficientes para a caracterização da endemia e retorno ideal de informações para a própria vigilância e controle. Contudo, pode-se considerar que o SISPCE é um avanço no monitoramento e vigilância da esquistossomose, necessitando de ações sistemáticas pelos municípios, mantendo fluxo contínuo de dados capaz de orientar os gestores. É preciso ainda que incorpore a localidade como uma das unidades de análise, tendo em vista os seus aspectos singulares para produção e reprodução da esquistossomose.

    Resumo em Inglês:

    The aim of this study was to analyze the limits and possibilities of the Information System in the Schistosomiasis Control Program (SISPCE) for characterization and surveillance of the disease at the local level. The data were aggregated to calculate epidemiological indicators such as the program's coverage and intensity of mansoni schistosomiasis infection in the endemic municipalities (counties) in Bahia State, Brazil, from 1999 to 2005. The results indicate that few municipalities have the program activities properly in place, with insufficient records in the system and lack of reporting for characterizing the endemic or providing feedback for proper surveillance and control. However, the SISPCE is still a step forward in schistosomiasis surveillance, requiring systematic action by the municipalities and maintaining a continuous data flow to orient health system managers. It is necessary to incorporate local communities as units of analysis, given their unique characteristics in the production and reproduction of schistosomiasis.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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