• A doença meningocócica na região de Sorocaba, São Paulo, Brasil, no período de 1999 a 2008 Nota

    Leme, Miriam Vannucchi; Zanetta, Dirce Maria Trevisan

    Resumo em Português:

    O objetivo do estudo foi descrever a ocorrência da doença meningocócica notificada no Departamento Regional de Saúde XVI, Sorocaba, São Paulo, Brasil, no período de 1999 a 2008. Em Sorocaba, a incidência anual da doença foi de cerca de dois casos por 100 mil habitantes, com aumento entre 2006 e 2008. As incidências anuais foram maiores entre 0 a 4 anos de idade. A letalidade no período foi de 21,8%, maior nas faixas etárias de 0 a 4 anos (26,4%), na qual se deu a maior incidência da doença, e com idade superior a 30 anos (28%). A confirmação diagnóstica foi laboratorial em 71% dos casos (cultura em 45,3%) e por critérios clínico-epidemiológicos em 22%. O sorogrupo B ocorreu em 45,7%; o C, em 47,3%; o W135, em 3,7%; e o Y, em 1,5% dos casos identificados, com predomínio do sorogrupo B, entre 1999 e 2003, e do C, entre 2004 e 2008. Os fenótipos B:4,7:P1.19,15 e C:23:P1.14-6 predominaram. Os resultados reforçam a necessidade de acompanhamento, de forma regional, da tendência da doença para a detecção de surtos precocemente e monitoramento de cepas circulantes.

    Resumo em Inglês:

    The objective of this study was to describe the occurrence of meningococcal disease reported to the Regional Health Department in Sorocaba, São Paulo State, Brazil, from 1999 to 2008. Annual incidence of the disease was two cases per 100,000 inhabitants, with an increase from 2006 to 2008. Annual incidence rates were highest in the 0 to 4 year age bracket. Case-fatality was 21.8%, higher in the 0 to 4 year age bracket (26.4%), which also showed the highest incidence of the disease, and in the over 30-year age bracket (28%). Diagnosis was confirmed by laboratory test in 71% of cases (culture in 45.3%) and by clinical and epidemiological criteria in 22%. Serological groups were B in 45.7%, C in 47.3%, W135 in 3.7%, and Y in 1.5% of the identified cases, with a predominance of B from 1999 to 2003 and C from 2004 to 2008. The most frequent phenotypes were B:4,7:P1.19,15 and C:23:P1.14-6. The results emphasize the need for regional surveillance of trends in the disease for early detection of outbreaks and monitoring circulating strains.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@ensp.fiocruz.br