Resumo em Português:
Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre posição social e o estado antropométrico em brasileiros adultos de ambos os sexos. O estudo transversal usou dados coletados entre 2008 e 2010 pelo Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), nas seis maiores capitais brasileiras. Um total de 15.105 funcionários públicos, ativos e aposentados, de ambos os sexos, entre 35 e 74 anos de idade. Duas variáveis latentes foram definidas pela análise de classes latentes: posição social e estado antropométrico. Os construtos e análises foram avaliados separadamente por sexo. As associações foram avaliadas com o uso de análise de regressão logística multivariada, ajustada para idade, cor/raça e estado civil. Em torno de 44% das mulheres e 26% dos homens foram classificados com sobrepeso ou obesidade. A posição social tendia a ser mais baixa nas mulheres (43,2%) e mais alta nos homens (40,4%). Houve uma proporção maior de mulheres com sobrepeso ou obesidade entre as pretas e pardas, e proporção maior de mulheres magras entre as brancas. Nas mulheres, após ajustes, o peso aumentava na medida em que a posição social diminuía (OR = 1,52; IC95%: 1,36-1,70), enquanto nos homens o peso diminuía junto com a diminuição da posição social (OR = 0,87; IC95%: 0,76-0,99). A posição social afetou de maneira diferente o estado antropométrico de mulheres e homens, com perfis corporais afetados também pela raça/cor da pele, indicando o potencial de levar em conta a perspectiva interseccional ao investigar os possíveis determinantes sociais do fenômeno.Resumo em Espanhol:
Resumen: El objetivo de este estudio fue evaluar la asociación entre posición social y estatus antropométrico de adultos brasileños de ambos sexos. Fue un estudio transversal, realizado usando datos de referencia recogidos entre 2008 y 2010, del Estudio Longitudinal Brasileño de Salud en Adultos (ELSA-Brasil), llevado a cabo en seis de las mayores capitales de estado brasileñas. Un total de 15.105 activos y jubilados, mujeres y hombres funcionarios públicos de 35 a 74 años de edad. Se definieron dos variables latentes mediante análisis de clases latentes: posición social y estatus antropométrico. Ambos constructos y análisis fueron evaluados separadamente por sexo. Las asociaciones fueron evaluadas usando una regresión logística multivariada con ajuste por edad, color de piel/raza autoinformado y estatus marital. Alrededor de un 44% de las mujeres y un 26% de los hombres fueron clasificados como con sobrepeso u obesos. La posición social tendió a ser más baja en mujeres (43,2%) y más alta entre hombres (40,4%). Las mujeres con más peso tenían más probabilidad de ser negras y mulatas/mestizas y las mujeres más delgadas tenían más probabilidad de ser blancas. En mujeres, tras el ajuste, se incrementó más el peso cuanto mayor decrecía la posición social (OR = 1,52; IC95%: 1,36-1,70), mientras en hombres el peso decrecía al igual que la posición social (OR = 0,87; IC95%: 0,76-0,99). La posición social afectó diferentemente al estatus antropométrico de mujeres y hombres, con los patrones corporales también estando afectados por etnicidad/color de piel, mostrando su potencialidad tomando en consideración la perspectiva transversal, cuando se está investigando los posibles determinantes sociales del fenómeno.Resumo em Inglês:
Abstract: The objective of the present study was to evaluate the association between social position and anthropometric status in women and men Brazilian adult. This was a cross-sectional study that used baseline data collected from 2008 to 2010 for the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil, in Portuguese), in the six major Brazilian state capital cities. A total of 15,105 active and retired civil servants aged from 35 to 74 years. Two latent variables were defined by latent class analysis, social position and anthropometric status. Both constructs and the analyses were separately evaluated by sex. Associations were assessed using multivariate logistic regression analysis with adjustment for age, self-reported skin color/race, and marital status. Around 44% of the women and 26% of the men were classified as overweight or obese. Social position tended to be lower in women (43.2%) and higher among men (40.4%). Heavier women were more likely to be black and brown-skinned, whereas slimmer women were more likely to be white. After adjustment, women’s weight increased as social position decreased (OR = 1.52; 95%CI: 1.36-1.70), whereas in men weight decreased as social position decreased (OR = 0.87; 95%CI: 0.76-0.99). Social position affected the anthropometric status of women and men differently, with body patterns also being affected by ethnicity/skin color, showing the potentiality of taking the intersectional perspective when investigating the possible social determinants of the phenomenon.Resumo em Português:
O objetivo foi demonstrar a frequência de detecção de transtornos mentais em unidades da atenção primária como marcador de acesso e indicador de cuidado em saúde mental. Realizou-se estudo de caso comparativo nos prontuários eletrônicos dos pacientes adultos atendidos em duas unidades de atenção primária vizinhas na cidade do no Rio de Janeiro, Brasil, entre 2015-2016 e 2016-2017. Extraíram-se os diagnósticos feitos de transtornos mentais, utilizando-se da Classificação Internacional de Doenças (CID), dividindo-os em três grupos: transtornos mentais comuns (TMC: F32; F33; F40-45 - exceto F42 - e R45), transtornos mentais graves (TMG: F20-F29; F31-F39) e uso de álcool e drogas (AD: F10-F19 e Z72). Compararam-se os resultados com a prevalência comunitária de transtornos mentais encontrada na literatura. Foi aplicada análise estatística, teste qui-quadrado, além de análise qualitativa do cenário de cada unidade. Unidade A (2015-2016) apresentou baixo índice de detecção de todos os transtornos [TMG = 45 (0,8%); TMC = 148 (2,64%) e AD = 0]; e, na unidade B, foram detectados cerca de 50% dos casos esperados [TMG = 23 (0,98%); TMC = 140 (5,97%); AD = 130 (5,54%)]. Entre 2016-2017, verificou-se um aumento da detecção geral de transtornos mentais na unidade A [TMG = 89 (1,6%); TMC = 298 (5,24%); AD = 7 (0,12%)]; na unidade B, a detecção manteve-se semelhante [TMG = 25 (1,0%); TMC = 176 (7,14%) e AD = 121 (4,9%)]. Mudanças nas unidades foram detectadas. A distinção no índice de detecção foi utilizada como indicador para análise do cuidado em saúde mental, permitindo um estudo dos fatores que podem estar associados a essa variação, influenciando o acesso aos cuidados. O monitoramento desse indicador auxilia na qualificação do cuidado em saúde mental.Resumo em Espanhol:
El objetivo fue demostrar la frecuencia de detección de trastornos mentales en unidades de atención primaria como marcador de acceso e indicador de cuidado en salud mental. Estudio de caso comparativo con formularios electrónicos de los pacientes adultos atendidos en dos unidades de atención primaria cercanas a la ciudad de Río de Janeiro, Brasil, entre 2015-2016 y 2016-2017. Se extrajeron los diagnósticos realizados de trastornos mentales, utilizándose de la Clasificación Internacional de Enfermedades, dividiéndolos en tres grupos: trastornos mentales comunes (TMC: F32; F33 F40-45, excepto F42 y R 45), trastornos mentales graves (TMG: F20-F29; F31-F39) y consumo de alcohol y drogas (AD: F10-F19 y Z72). Se compararon los resultados con la prevalencia comunitaria de trastornos mentales encontrada en la literatura. Se aplicó análisis estadístico, test chi-cuadrado, además de un análisis cualitativo del escenario de cada unidad. Unidad A (2015-2016) presentó un bajo índice de detección de todos los trastornos [TMG = 45 (0,8%); TMC = 148 (2,64%) y AD = 0]; unidad B fueron detectados cerca de un 50% de los casos esperados [TMG = 23 (0,98%), TMC = 140 95,97%) y AD = 130 (5,54%)]. Entre 2016-2017 se verificó un aumento de la detección general de trastornos mentales en la unidad A [TMG = 89 (1,6%); TMC = 298 (5,24%) y AD = 7 (0,12%)], unidad B la detección se mantuvo semejante [TMG = 25 (1,0%); TMC = 176 (7,14%) y AD = 121 (4,9%)]. Se detectaron cambios en las unidades. La distinción en el índice de detección fue utilizada como indicador para el análisis del cuidado en salud mental, permitiendo un estudio de los factores que pueden estar asociados a esta variación, influenciando en el acceso a los cuidados. La supervisión de este indicador ayuda en la cualificación del cuidado en salud mental.Resumo em Inglês:
The objective was to demonstrate the rate of detection of mental disorders in primary healthcare units as a marker of access and indicator of care in mental health. A comparative case study was performed in the electronic patient files of adults seen in two neighboring primary care units in the city of Rio de Janeiro, Brazil, in 2015-2016 and 2016-2017. Diagnoses of mental disorders were extracted, using the International Classification of Diseases, dividing them into three groups: common mental disorders (CMD: F32; F33 F40-45, except F42, and R45), severe mental disorders (SMD: F20-F29; F31-F39), and alcohol and drug use (AD: F10-F19 and Z72). The results were compared to the community prevalence of mental disorders reported in the literature. Statistical analysis was applied with the chi-square test, in addition to a qualitative analysis of each unit´s scenario. Unit A (2015-2016) showed a low detection rate for all disorders [SMD = 45 (0.8%); CMD = 148 (2.64%) and AD = 0]; unit B detected about 50% of the expected cases [SMD = 23 (0.98%); CMD = 140 (5.97%) and AD = 130 (5.54%)]. In 2016-2017 there was an increase in the overall detection of mental disorders at unit A [SMD = 89 (1.6%); CMD = 298 (5.24%) and AD = 7 (0.12%)], in unit B the detection rate remained similar [SMD = 25 (1.0%); CMD = 176 (7.14%) and AD = 121 (4.9%)]. Changes in the units were detected. Distinction in the detection rate was used as an indicator for analysis of mental health care, allowing the study of factors potentially associated with this variation, influencing access to care. Monitoring this indicator helps improve mental health care.Resumo em Português:
Resumo: Há uma controvérsia na literatura a respeito da associação entre níveis de ácido úrico sérico (AUS) e glicemia. Portanto, avaliamos a associação entre AUS e glicemia (glicemia em jejum alterada, intolerância glicêmica e diabetes mellitus), além da resistência insulínica, em uma amostra grande no Brasil. O estudo transversal observacional incluiu 13.207 participantes com idade entre 35 e 74 anos na linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Foi realizada análise de regressão multivariada para testar a associação entre AUS e glicemia (glicemia em jejum alterada, intolerância glicêmica e diagnóstico novo de diabetes tipo 2 na linha de base da coorte) depois de ajustar para idade, sexo, cor, índice de massa corporal, atividade física, tabagismo, consumo de álcool, comorbidades e uso de medicação. O modelo de regressão logística foi usado para avaliar a associação entre AUS e resistência insulínica por HOMA-IR. Foram realizadas análises estratificadas por sexo. A média de idade (DP) foi 51,4 (8,9) anos, e 55,2% dos participantes eram mulheres. Houve 1.439 novos diagnósticos de diabetes. Depois de todos os ajustes, o AUS esteve associado à glicemia em jejum alterada, intolerância glicêmica e diabetes, com odds ratio (OR) = 1,15 (IC95%: 1,06; 1,25), 1,23 (IC95%: 1,14; 1,33) e 1,37 (IC95%: 1,24; 1,51), respectivamente. Houve uma associação entre níveis de AUS e resistência insulínica, com OR = 1,24 (IC95%: 1,13; 1,36). Na análise estratificada por sexo, persistiu a associação independente entre AUS elevado e glicemia. Os resultados sugerem que níveis elevados de AUS estão associados de maneira significativa com a glicemia em uma população latino-americana grande, sobretudo entre mulheres.Resumo em Espanhol:
Resumen: Hay un conflicto en la literatura respecto a la asociación entre los niveles de ácido úrico sérico (AUS) y el estado glucémico. Por eso, evaluamos la asociación entre el nivel AUS y el estatus glucémico: glucosa alterada en ayunas (GAA), tolerancia a la glucosa alterada (TGA) y diabetes mellitus (diabetes), comparados con la resistencia a la insulina en un amplio estudio en Brasil. Se realizó un estudio transversal, observacional con 13.207 participantes, con edades comprendidas entre los 35-74 años, en la base de referencia del Estudio Longitudinal de Salud entre Adultos brasileños (2008-2010) (ELSA-Brasil). Se realizó un análisis de regresión multinomial para probar la asociación entre AUS y el estado glucémico (GAA, TGA y de nuevo la diabetes tipo 2, diagnosticada en la cohorte como base de referencia) tras los ajustes por edad, sexo, color de piel, índice de masa corporal, actividad física, fumar, consumo de alcohol, comorbilidades, uso de medicinas. Se usó el modelo de regresión logística para evaluar la asociación entre AUS y la resistencia a la insulina por el HOMA-IR. Se realizó también un análisis estratificado por sexo. La media de edad (desviación estándar) fue 51,4 (8,9) años, un 55,2% de los participantes eran mujeres. Hubo 1.439 nuevos casos de diabetes diagnosticados. Tras todos los ajustes, una AUS más alta estuvo asociada con GAA, TGA y diabetes, con odds ratio (OR) = 1,15 (IC95%: 1,06; 1,25), 1,23 (IC95%: 1,14; 1,33), y 1,37 (IC95%: 1,24; 1,51), respectivamente. Hubo asociación entre los niveles AUS y la resistencia a la insulina con OR = 1,24 (IC95%: 1,13; 1,36). En el análisis estratificado por sexo, una AUS más alta persistía independientemente asociada con un estado glucémico alterado. Nuestros resultados sugieren que unos niveles más altos de AUS estuvieron significativamente asociados con el estado glucémico en una amplia población latinoamericana, principalmente entre mujeres.Resumo em Inglês:
Abstract: There is a conflict in the literature regarding the association between serum uric acid (SUA) levels and glycemic status. Therefore, we evaluated the association between SUA level and glycemic status - impaired fasting glucose (IFG), impaired glucose tolerance (IGT), and diabetes mellitus - and insulin resistance, in a large Brazilian study. This is a cross-sectional, observational study with 13,207 participants aged 35-74 years, at baseline (2008-2010) of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). A multinomial regression analysis was performed to test the association between SUA and glycemic status (IFG, IGT, and newly diagnosed type 2 diabetes at the cohort baseline) after adjustments by age, sex, skin color, body mass index, physical activity, smoking, alcohol consumption, comorbidities, and medicines use. Logistic regression model was used to evaluate the association between SUA and insulin resistance by HOMA-IR. Stratified analyses by sex were performed. The mean age (standard deviation) was 51.4 (8.9) years, 55.2% of participants were women. There were 1,439 newly diagnosed diabetes. After all adjustments, higher SUA was associated with IFG, IGT, and diabetes, with odds ratio (OR) = 1.15 (95%CI: 1.06; 1.25), 1.23 (95%CI: 1.14; 1.33), and 1.37 (95%CI: 1.24; 1.51), respectively. There was association between SUA levels and insulin resistance with OR = 1.24 (95%CI: 1.13; 1.36). In analysis stratified by sex, higher SUA persisted independently associated with impaired glycemic status. Our results suggest that a higher SUA levels were significantly associated with glycemic status in a large Latin American population, mainly among women.Resumo em Português:
Resumo: Há duas questões subjacentes importantes na saúde mental dos socorristas, e particularmente em seu relato de sintomas de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A primeira diz respeito à produção de dados quantitativos a partir do delineamento de estudos longitudinais, e a segunda está relacionada à sofisticação do modelo relacionado ao trabalho para contextualizar tais estudos. O artigo aborda o desenvolvimento de um modelo para bombeiros brasileiros, que também são socorristas, através do estabelecimento de um estudo com delineamento de painel longitudinal, chamado Estudo Longitudinal de Saúde em Bombeiros Brasileiros (FLoHS). O primeiro objetivo foi a comparação de bombeiros estagiários versus efetivados com base em dados de seguimento com uma amostra nacional de brasileiros com idades semelhantes. O segundo objetivo foi testar o efeito das experiências operacionais e organizacionais sobre os níveis de sintomas de TEPT nos bombeiros durante o seguimento. Na linha de base, os bombeiros estagiários vinham de origens socioeconômicas mais favoráveis e eram mais saudáveis e menos expostos a trauma, em comparação com uma amostra nacional da população com idade semelhante. No seguimento, os estagiários relatavam maior prevalência de tabagismo, problemas de sono, anedonia e maior sobrepeso. Os sintomas de TEPT eram previstos por estressores operacionais e organizacionais, mesmo despois de controlar para o estado de saúde na linha de base. Os resultados apontaram não apenas para diferenças no estado preditivo dos eventos operacionais e organizacionais em relação aos sintomas de TEPT, como também, para a maneira pela qual esses eventos podem interagir em termos de efeitos. Assim, os dados sugerem intervenções baseadas em evidências, apoio através do trabalho e organização do trabalho que possam melhorar as taxas de notificação para saúde mental em geral e sintomas de TEPT em particular.Resumo em Espanhol:
Resumen: Existen dos importantes temas subyacentes a la salud mental de los trabajadores de primeros auxilios y, uno en particular, es la manifestación de síntomas de estrés postraumático (PTSS). El primero está relacionado con la provisión de datos cuantitativos, procedentes de estudios de diseños longitudinales, y, el segundo, con la sofisticación según el modelo de trabajo usado para enmarcar tales estudios. Este trabajo informó del desarrollo de un modelo para los bomberos brasileños, que también son trabajadores de primeros auxilios, mediante el establecimiento de un estudio de diseño longitudinal: el Estudio Longitudinal de Salud en Bomberos Brasileños (FloHS). El primer objetivo fue comparar bomberos entrenados y activos, basándonos en sus datos de seguimiento, con una muestra nacional de brasileños en edades similares. El segundo objetivo fue probar el efecto que las experiencias operacionales y organizativas tuvieron en el nivel de PTSS entre los bomberos durante el seguimiento. En la base de referencia, los bomberos entrenados contaban con antecedentes socioeconómicos más altos, estaban más sanos y menos expuestos al trauma, cuando se comparan con una muestra nacional de población en edad similar. Durante el seguimiento, informaron de una prevalencia más alta de fumadores, problemas de sueño, anhedonia y tenían más probabilidad de tener sobrepeso. Los PTSS se predijeron mediante estresores operacionales y organizativos, incluso controlando el estatus de salud en la base de referencia. Los resultados apuntaron no solo las diferencias en el estatus predictivo de eventos operacionales y organizativos, en relación con PTSS, sino también la forma en la que tal vez tales eventos interactúan en sus efectos. De este modo, los datos animan intervenciones basadas en la evidencia, además de apoyo mediante el trabajo y diseño de intervenciones, que tal vez mejore las tasas de informes para la salud mental en general y para los PTSS en particular.Resumo em Inglês:
Abstract: Two important aspects must be accounted for when discussing the mental health of first responders and, in particular, their report of post-traumatic stress symptoms (PTSS). The first concerns the provision of quantitative data from longitudinal study designs, the second concerns the sophistication of the work-related model used to frame such studies. This is a report on the development of a model for Brazilian firefighters who also work as first responders, from the establishment of a longitudinal panel design study, the Brazilian Firefighter Longitudinal Health Study (FLoHS). The first objective was to compare trainee and active firefighters based on their follow-up data with a nationwide sample of similarly aged Brazilians. The second was to test the effect that operational and organizational experiences had on firefighters’ PTSS level during follow up. At baseline, trainee firefighters came from higher socioeconomic backgrounds, were healthier and less exposed to trauma compared to a similarly aged national sample. At follow up, they reported higher prevalence of smoking, sleep problems, anhedonia and were more likely to be overweight. PTSS was predicted by operational and organizational stressors, even when controlled for health status at baseline. The results present not only the differences in the predictive status of operational and organizational events in relation to PTSS, but also how the effects of such events might interact. The data suggest the need for evidence-based interventions, support provided and changes at work environments to improve report rates for mental health in general and for PTSS in particular.Resumo em Português:
Em 24 de março de 2020, foi decretado confinamento parcial no Estado de São Paulo, Brasil, como medida para desacelerar a disseminação da COVID-19. O decreto consistia na proibição de aglomerações e na recomendação para as pessoas permanecerem em casa, exceto em situações urgentes ou de extrema necessidade. Na esteira de estudos realizados em outros países, o artigo busca avaliar os impactos do confinamento na qualidade do ar em cinco cidades no Estado de São Paulo. Nosso estudo foi realizado com o material particulado e dióxido de nitrogênio enquanto indicadores da qualidade do ar e pela correlação das concentrações dos contaminantes com dados meteorológicos. Os resultados mostraram um aumento desses contaminantes em todas as cinco cidades dentro das primeiras semanas depois do confinamento, comparado às semanas que antecederam o decreto e com o mesmo período em anos anteriores. O resultado é inconsistente com os achados usualmente relatados em outros estudos. Portanto, foi definido um objetivo secundário a fim de investigar a possível causa (ou causas) da piora na qualidade do ar, o que revelou um aumento no número de incêndios. O tempo anormalmente seco favoreceu a queima de vegetação nas áreas agrícolas rurais e em pequenas áreas de vegetação próximas às cidades, além do limitado escoamento da poluição pela chuva, o que contribuiu à maior concentração de poluentes. Os achados sugerem hipóteses sobre os possíveis efeitos dessa situação de pior qualidade do ar sobre o agravamento de casos de COVID-19, porém são necessários mais estudos para uma avaliação completa.Resumo em Espanhol:
El 24 de marzo de 2020 se decretó un confinamiento parcial en el estado de São Paulo, Brasil, como medida para evitar la propagación de la COVID-19, que consistió en prohibir aglomeraciones de personas y avisar a la gente que permaneciera en casa, salvo para asuntos urgentes o extremadamente necesarios. Siguiendo algunos estudios realizados en otros países, el objetivo de este trabajo es evaluar los impactos del confinamiento en la calidad del aire de ciudades en el estado de São Paulo. Nuestro estudio fue realizado usando material particulado y dióxido de nitrógeno, como indicadores de la calidad del aire, y mediante la correlación de las concentraciones de contaminantes con los datos meteorológicos. Los resultados mostraron un incremento en estos contaminantes en todas las ciudades dentro de las primeras semanas tras el confinamiento, comparando las semanas antes del decreto y dentro del mismo periodo en los años previos. Este resultado es inconsistente con aquellos que han sido informados en otros estudios. Por ello, un objetivo secundario fue investigar la posible causa (o causas) de tal deterioro en la calidad del aire, que conduce a un incremento en el número de incendios. La climatología seca anómala favoreció la quema de vegetación en las áreas rurales agrícolas, y en áreas con poca vegetación cerca de las ciudades, y la eliminación limitada de la contaminación gracias a la lluvia, ambos contribuyeron a una mayor concentración de contaminación. Se especula que los posibles efectos de esta situación de una peor calidad del aire podrían afectar en el agravamiento de los casos de COVID-19, pero son quizás necesarias más investigaciones para conseguir una evaluación completa.Resumo em Inglês:
On March 24, 2020, a partial lockdown was decreed in the state of São Paulo, Brazil, as a measure to hinder the spread of COVID-19, which consisted in prohibiting crowding and advising people to stay home, except for urgent or extremely necessary matters. Based on studies performed in other countries, this study aims to assess the impacts of the lockdown on the air quality of five cities in the state of São Paulo. Our study was conducted by using particulate matter and nitrogen dioxide as air quality indicators, and by correlating the contaminants concentrations with weather data. The results showed an increase in these contaminants in all cities within the first weeks after the lockdown compared with the weeks before the decree and with the same period in previous years. This result is inconsistent with the literature. Therefore, a secondary goal was set to investigate the possible cause (or causes) of such deterioration in air quality, which led to the increased number of wildfires. The anomalous dry weather favored the burning of vegetation in agricultural rural areas and in small, vegetated areas near the municipalities, and limited pollution scavenging by rainfall, both of which contributed to higher pollution concentration. We hypothesize the possible effects of worse air quality on the aggravation of COVID-19, but further research is necessary to obtain a complete assessment.Resumo em Português:
O objetivo foi analisar a difusão dos casos de febre amarela no tempo e no espaço, na epidemia de 2017, no Estado do Espírito Santo, Brasil. Estudo observacional ecológico, com análise espacial da difusão dos casos de febre amarela. Para o georreferenciamento das informações e a análise espacial, utilizou-se a malha digital do Estado do Espírito Santo, dividida em 78 municípios, por meio do software ArcGIS 10.3. Realizou-se uma análise de geoestatística utilizando a função krigagem ordinária. Nosso estudo mostrou uma incidência de 4,85/100 mil habitantes de febre amarela silvestre no Espírito Santo, no período de 2017, perfazendo uma letalidade de 29,74%. Os casos de febre amarela silvestre estão distribuídos em 34 municípios dos 78 que compõem o estado, representando 43% do território. A distribuição temporal dos casos de febre amarela registrados no presente estudo encontrava-se entre a 1ª e a 19ª Semana Epidemiológica (SE). Por meio da análise espacial de geoestatística por krigagem ordinária, foi possível demonstrar a difusão espacial por contágio da doença amarílica entre os municípios no Estado do Espírito Santo, com uma continuidade espacial. A doença surgiu no estado na SE 1 pelos municípios que realizam divisa com o Estado de Minas Gerais. O geoprocessamento demonstrou que a doença amarílica chegou ao Espírito Santo pelos municípios vizinhos ao Estado de Minas Gerais, seguindo em direção leste do estado, atingindo o litoral. Apresentou uma maior concentração de casos e tempo de permanência nas regiões Central e Metropolitana, que possuem áreas de Mata Atlântica, mostrando um padrão de continuidade da difusão por contágio.Resumo em Espanhol:
El objetivo fue analizar la difusión de los casos de fiebre amarilla en el tiempo y espacio, en la epidemia de 2017 en el estado de Espírito Santo, Brasil. Estudio observacional ecológico, con análisis espacial de la difusión de los casos de fiebre amarilla. Para la georreferencia de la información y análisis espacial se utilizó la red digital del estado de Espírito Santo, dividida en 78 municipios, a través del software Arcgis 10.3. Se realizó un análisis de geoestadístico, utilizando la función krigagem ordinaria. Nuestro estudio mostró una incidencia de 4,85/100 mil habitantes de fiebre amarilla silvestre en Espírito Santo durante el período de 2017, ocasionando una letalidad de 29,74%. Los casos de fiebre amarilla silvestre están distribuidos en 34 municipios, de los 78 en los que se compone el estado, representando un 43% del territorio. La distribución temporal de los casos de febre amarela registrados en el presente estudio se encontraba entre la 1ª y la 19ª Semana Epidemiológica (SE). A través del análisis espacial de geoestadística por krigagem ordinaria fue posible demostrar la difusión espacial por contagio de la enfermedad amarílica entre los municipios en el estado de Espírito Santo, con una continuidad espacial. La enfermedad surgió en el estado en la SE 1, a través de los municipios que tienen frontera con el estado de Minas Gerais. El geoprocesamiento demostró que la enfermedad amarílica llegó al estado de Espírito Santo a través de los municipios vecinos al estado de Minas Gerais, siguiendo en dirección al este del estado, alcanzando el litoral. Presentó una mayor concentración de casos y tiempo de permanencia en las regiones Central y Metropolitana, que poseen areas de mata atlántica, presentando un patrón de continuidad de la difusión por contagio.Resumo em Inglês:
The objective was to analyze the diffusion of cases of yellow fever in time and space in the epidemic of 2017 in the state of Espírito Santo, Brazil. An ecological observational study was performed with spatial analysis of yellow fever cases. Georeferencing of information and spatial analysis used the digital grid for the state of Espírito Santo, divided into 78 municipalities (counties), using the Arcgis software, 10.3. Geostatistical analysis was performed using the ordinary kriging function. The study found an incidence of 4.85/100,000 inhabitants of sylvatic yellow fever in Espírito Santo in 2017, with 29.74% case-fatality. Sylvatic yellow fever cases were distributed across 34 of the state’s 78 municipalities, representing 43% of its territory. The temporal distribution of reported yellow fever cases in the current study occurred from the 1st to the 19th Epidemiological Weeks (EW). The geostatistical spatial analysis via ordinary kriging demonstrated spatial diffusion by yellow fever contagion among the municipalities in the state of Espírito Santo, with spatial continuity. The disease emerged in the state in the EW 1 through municipalities bordering on the state of Minas Gerais. Geoprocessing showed that yellow fever reached the state of Espírito Santo through the municipalities bordering on the state of Minas Gerais, moving eastward in the state and reaching the Atlantic coastline. There was a higher concentration of cases and persistence in the state’s Central and Metropolitan regions, which have areas of Atlantic Forest, showing a pattern of diffusion continuity by contagion.Resumo em Português:
A recuperação imunológica reflete condições de saúde. Nosso objetivo foi estimar o tempo até a recuperação imunológica e fatores associados em pessoas vivendo com HIV (PVHIV) após de iniciar a terapia antirretroviral (TARV). Foi conduzida uma coorte histórica de PVHIV (> 18 anos) no Estado de Minas Gerais, Brasil, usando bancos de serviços públicos de saúde. Foram incluídos pacientes que iniciaram a TARV entre 2009 e 2018, com linfócitos T-CD4+ e carga viral registrados antes e depois do início da TARV. O desfecho foi a recuperação imunológica, definida como a primeira contagem de T-CD4+ > 500 cel/µL após o início da TARV. As variáveis explanatórias foram idade, sexo, local de residência, ano de início de TARV, carga viral basal, T-CD4+ na linha de base e carga viral e adesão à TARV no seguimento. Foi realizada uma análise descritiva com estimativa de incidência acumulada e taxa de incidência (pessoa-ano). O tempo mediano até a recuperação imunológica foi estimado pelo método Kaplan-Meier. Fatores associados à recuperação imune foram avaliados por meio de regressão de Cox. Entre as 26.430 PVHIV, 8.014 (30%) foram elegíveis. A maioria era do sexo masculino (67%), com média de idade = 38,7 anos, residência em regiões fora da região metropolitana, mediana de T-CD4+ baseline = 228 células/µL (< 200 células/µL = 43%) e mediana de carga viral baseline = 4,7 log10 cópias/mL (carga viral detectável = 99%). Tempo de seguimento = 15.872 pessoas-ano. A incidência acumulativa e a taxa de incidência foram foram 58% (IC95%: 57-58) (n = 4.678) e 29,47 casos/100 pessoas-ano, respectivamente. Tempo mediano até recuperação imune = 22,8 meses (IC95%: 21,9-24,0). Os fatores independentemente associados com recuperação imunológica foram sexo feminino, idade < 38 anos, T-CD4+ basal > 200 células/µL, carga viral detectável (linha de base), adesão à TARV e carga viral indetectável (no seguimento). O tempo até a recuperação imunológica ainda é longo e impactado pelo tratamento precoce e da adesão à TARV.Resumo em Espanhol:
La recuperación inmunológica refleja condiciones de salud. Nuestra meta fue estimar el tiempo y los factores asociados a la recuperación inmunológica en personas que viven con VIH (PVVIH), tras iniciar una terapia antirretroviral (TAR). Se realizó sobre una cohorte histórica entre PVVIH (> 18 años de edad) en Minas Gerais, Brasil, usando datos de las bases de datos del sistema de salud. Se incluyeron a pacientes que comenzaron una TAR entre 2009-2018, con T-CD4+ linfocitos y carga viral, registrada antes/después de TAR. El resultado fue el logro de recuperación inmunológica, definida como la primera T-CD4+ > 500 células/µL tras la iniciación TAR. Las variables explicatorias fueron: edad, género, lugar de residencia, año de iniciación TAR, base de referencia de carga viral, base de referencia de T-CD4+ y estatus de la carga viral y adherencia al TAR en el seguimiento. Se estimó: análisis descriptivo, acumulativo e incidencias persona-tiempo de recuperación inmunológica. La media de tiempo para la recuperación inmunológica se estimó usando el método Kaplan-Meier. Los factores asociados con la recuperación inmunológica se evaluaron mediante la regresión de Cox. Entre las 26.430 PVVIH, 8.014 (30%) fueron elegibles. La mayoría eran hombres (67%), media de edad = 38,7 años, residentes en una región no central, media de base de referencia T-CD4+ = 228 células/µL (< 200 células/µL = 43%) y carga viral media de base de referencia = 4,7 log10 copias/mL (carga viral detectable = 99%). El tiempo de seguimiento = 15.872 persona-años. La tasa acumulativa y de incidencia fue 58% (95%CI: 57-58) (n = 4.678) y 29,47 casos/100 persona-años, respectivamente. El tiempo de media para la recuperación inmunológica = 22,8 meses (95%CI: 21,9-24,0). Género femenino, PVVIH < 38 años de edad, T-CD4+ base de referencia > 200 células/µL, carga viral detectable (base de referencia), adherencia al TAR e carga viral indetectable (seguimiento) estuvieron independientemente asociadas con la recuperación inmunológica. El tiempo para la recuperación inmunológica sigue siendo largo y depende de un tratamiento temprano y de adherencia a la TAR.Resumo em Inglês:
Immune recovery reflects health conditions. Our goal was to estimate the time it takes to achieve immune recovery and its associated factors, in people living with HIV (PLHIV), after antiretroviral therapy (ART) initiation. A historical cohort study was performed among PLHIV (> 18 years-old) in Minas Gerais State, Brazil, using data from healthcare databases. Patients initiating ART between 2009-2018, with T-CD4+ lymphocytes and viral load recorded before and after antiretroviral therapy were included. The outcome is achievement of immune recovery, defined as the first T-CD4+ > 500 cells/µL after ART initiation. Explanatory variables were age, gender, place of residence, year of ART initiation, baseline viral load and T-CD4+, viral load status, and adherence to ART at follow-up. Descriptive analysis, cumulative, and person-time incidences of immune recovery were estimated. Median-time to immune recovery was estimated using Kaplan-Meier method. Factors associated with immune recovery were assessed by Cox regression. Among 26,430 PLHIV, 8,014 (30%) were eligible. Most were male (67%), mean age 38.7 years, resided in non-central region, median-baseline T-CD4+ = 228 cells/µL (< 200 cells/µL = 43%) and viral load median-baseline = 4.7 log10 copies/mL (detectable viral load = 99%). Follow-up time = 15,872 person-years. Cumulative and incidence rate were 58% (95%CI: 57-58) (n = 4,678) and 29.47 cases/100 person-years, respectively. Median-time to immune recovery was of 22.8 months (95%CI: 21.9-24.0). Women living with HIV, younger than 38 years of age, with T-CD4+ baseline > 200 cells/µL, detectable viral load (baseline), antiretroviral therapy-adherence and undetectable viral load (follow-up) were independently associated with immune recovery. Time to immune recovery remains long and depends on early treatment and antiretroviral therapy-adherence.Resumo em Português:
A compreensão das demandas de cuidados de saúde e das possíveis barreiras ao acesso pode apoiar a formulação de políticas e as melhores práticas voltadas para a população de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e identidades relacionadas (LGBT+). O Inquérito Nacional de Saúde LGBT+ teve como objetivos caracterizar a população LGBT+ durante a pandemia da COVID-19 e especificar as características da pandemia da COVID-19 nessa população. Este é um estudo transversal online com uma amostra de conveniência de 976 indivíduos identificados como LGBT+ com idade 18 anos ou mais, no Brasil. O inquérito permite a investigação da sexualidade, discriminação, homofobia interna, comportamentos relacionados à saúde e acesso a cuidados de saúde. O inquérito adota um arcabouço conceitual (p.ex.: ferramentas e medidas validadas) comum a outros estudos epidemiológicos, o que permite comparações. O artigo descreve a metodologia do inquérito, alguns resultados descritivos e indicadores de saúde selecionados, em comparação com a Pesquisa Nacional de Saúde. A maioria dos participantes era do Sudeste (80,2%), com média de idade de 31,3 (± 11,5 anos). Com relação à COVID-19, 4,8% testaram positivos. As taxas de episódios semanais de discriminação (36%) e de prevalência de depressão (24,8%) eram altas na população LGBT+ brasileira, o que destaca a saúde mental e a homofobia como preocupações no contexto LGBT+ durante a pandemia. Embora tenha transcorrido uma década desde a implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, ainda é necessário treinamento de profissionais de saúde para oferecer serviços adequados. O conhecimento das demandas específicas de saúde nesse grupo pode orientar melhores práticas centradas na pessoa, promover ambientes de acolhimento de minorias sexuais e contribuir para maior equidade durante a pandemia.Resumo em Espanhol:
La compresión de las demandas de cuidados de salud y las posibles barreras de acceso a los mismos pueden apoyar en la creación de políticas y realización de mejores prácticas, enfocando a la población lesbiana, gay, bisexual, transgénero e identidades relacionadas (LGBT+). Los objetivos de la Encuesta Brasileña sobre la Salud LGBT+ fueron caracterizar a la población LGBT+ durante la pandemia de COVID-19 y especificar las características de la pandemia COVID-19 en esta población. Se trata de un estudio transversal en línea, con una muestra de conveniencia de 976 individuos brasileños identificados con el colectivo LGBT+, con una edad comprendida entre 18 años o más. Permite investigaciones de sexualidad, discriminación, homofobia interna, comportamientos relacionados con la salud, y acceso a cuidados de salud. El estudio adopta un marco conceptual común (p.ej., herramientas validadas y medidas) respecto a otros estudios epidemiológicos, permitiendo comparaciones. Expusimos la metodología de estudio, algunos resultados descriptivos, así como indicadores de salud seleccionados comparados con la Encuesta Nacional de Salud. La mayoría de quienes respondieron eran originarios de la región sureste (80,2%), la media de edad fue 31,3 (± 11,5 años). Respecto al COVID-19, 4,8% dieron positivo tras las pruebas. Tanto los episodios semanales de discriminación (36%) y prevalencia depresión (24,8%) fueron altos entre la población LGBT+ en Brasil, resaltando la salud mental y la homofobia como principales preocupaciones en el contexto LGBT+ durante la pandemia. A pesar de que ha pasado una década desde la institución de la Política Nacional de Salud Integral LGBT, sigue siendo necesario un entrenamiento apropiado de profesionales de salud para ofrecer servicios adecuados. El conocimiento de las demandas específicas de salud de este grupo puede llevar a mejores prácticas centradas en estas personas, promover contextos de alta aceptación de minorías sexuales, así como contribuir a una equidad más alta durante la pandemia.Resumo em Inglês:
The understanding of health care demands and possible access barriers may support policymaking and best practices targeting the lesbian, gay, bisexual, transgender, and related identities (LGBT+) population. The aims of the Brazilian LGBT+ Health Survey were to characterize the LGBT+ population during the COVID-19 pandemic and to specify the characteristics of the COVID-19 pandemic in this population. This is a cross-sectional online study, with a convenience sample of 976 individuals identified as LGBT+, aged 18 years or older from Brazil. It allows investigations of sexuality, discrimination, internal homophobia, health-related behaviors, and health care access. The study adopts a conceptual framework (i.e., validated tools and measures) common to other epidemiological studies, allowing comparisons. We describe the study methodology, some descriptive results, and health-selected indicators compared with the Brazilian National Health Survey. Most of the respondents were from Southeast Region (80.2%), mean aged 31.3 (± 11.5 years). Regarding COVID-19, 4.8% tested positive. Both weekly episodes of discrimination (36%) and depression prevalence (24.8%) were high among the LGBT+ population in Brazil, highlighting mental health and homophobia as major concerns in the LGBT+ context during the pandemic. Although a decade has passed since the institution of the Brazilian National Policy for Comprehensive LGBT Health, appropriate training of health professionals to offer adequate services is still needed. Knowledge of the specific health demands of this group might guide person-centered best practices, promote sexual minority high-acceptance settings, and contribute to higher equity during the pandemic.Resumo em Português:
Resumo: A mortalidade nas prisões, indicador fundamental do direito à saúde das pessoas privadas de liberdade (PPL), nunca foi estudada de maneira aprofundada no Brasil. A avaliação da mortalidade global e por causas entre PPL encarceradas em 2016-2017 no Estado do Rio de Janeiro, foi realizada a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade e da Administração Penitenciária. Taxas de mortalidade entre PPL e população geral do estado foram comparadas após padronização. As principais causas de morte entre PPL foram doenças infecciosas (30%), doenças do aparelho circulatório (22%) e causas externas (12%). Dentre as causas infecciosas, destacam-se HIV/aids (43%) e tuberculose (TB) (52% se considerados todos os óbitos com menção de TB). Somente 0,7% das PPL que faleceram tiveram acesso a serviço de saúde extramuros. A taxa global de mortalidade foi maior entre as PPL comparadas à população geral do estado, com mortalidade por doenças infecciosas 5 vezes superior, por TB 15 vezes e por doenças endócrinas, especialmente diabetes, e doenças circulatórias (1,5 e 1,3 vez, respectivamente), enquanto mortes por causa externa foram menos frequentes entre PPL. Este estudo mostra um expressivo excesso de mortes potencialmente evitáveis nas prisões, o que traduz importante desassistência e exclusão dessa população do Sistema Único de Saúde. Evidencia a necessidade de um sistema de monitoramento, em tempo real, dos óbitos, preciso e sustentável, além da reestruturação da saúde prisional por meio da efetivação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional para que as PPL usufruam do direito constitucional à saúde em sua integralidade, com a mesma qualidade e tempestividade oferecida à população geral.Resumo em Espanhol:
Resumen: La mortalidad en las prisiones, indicador fundamental del derecho a la salud de personas privadas de libertad (PPL), nunca se estudió profundamente en Brasil. La evaluación de la mortalidad global y por causas entre PPL, encarceladas en 2016-2017 en el estado de Rio de Janeiro, se realizó a partir de datos del Sistema de Información de Mortalidad y la Administración Penitenciaria. Se compararon las tasas de mortalidad entre PPL y población general del estado tras la estandarización. Las principales causas de muerte entre PPL fueron: enfermedades infecciosas (30%), enfermedades del aparato circulatorio (22%) y causas externas (12%). Entre las causas infecciosas, se destacan VIH/sida (43%) y tuberculosis (TB) (52%, si se consideran todos los óbitos con mención TB). Solamente un 0,7% de las PPL que fallecieron tuvieron acceso a un servicio de salud extramuros. La tasa global de mortalidad fue mayor entre las PPL, comparada con la población general del estado. Entre las PPL, la mortalidad por enfermedades infecciosas fue 5 veces superior, por TB 15 veces, y por enfermedades endocrinas, especialmente diabetes, y enfermedades circulatorias (1,5 y 1,3 veces respectivamente), mientras que las muertes por causa externa fueron menos frecuentes entre PPLs. Este estudio muestra un expresivo exceso de muertes potencialmente evitables en las prisiones, lo que se traduce en una importante desasistencia y la exclusión de esta población del Sistema Único de Salud. Pone en evidencia la necesidad de un sistema de supervisión en tiempo real de los óbitos, preciso y sostenible, además de la reestructuración de la salud en las prisiones, mediante la efectivización de la Política Nacional de Atención Integral a la Salud de las Personas Privadas de Libertad en el Sistema Penitenciario para que las PPLs disfruten del derecho constitucional a la salud en su integridad, con la misma calidad y oportunidad ofrecida a la población general.Resumo em Inglês:
Abstract: Mortality in prisons, a basic indicator of the right to health for incarcerated persons, has never been studied extensively in Brazil. An assessment of all-cause and cause-specific mortality in prison inmates was conducted in 2016-2017 in the state of Rio de Janeiro, based on data from the Mortality Information System and Prison Administration. Mortality rates were compared between prison population and general population after standardization. The leading causes of death in inmates were infectious diseases (30%), cardiovascular diseases (22%), and external causes (12%). Infectious causes featured HIV/AIDS (43%) and TB (52%, considering all deaths with mention of TB). Only 0.7% of inmates who died had access to extramural health services. All-cause mortality rate was higher among prison inmates than in the state’s general population. Among inmates, mortality from infectious diseases was 5 times higher, from TB 15 times higher, and from endocrine diseases (especially diabetes) and cardiovascular diseases 1.5 and 1.3 times higher, respectively, while deaths from external causes were less frequent in prison inmates. The study revealed important potentially avoidable excess deaths in prisons, reflecting lack of care and exclusion of this population from the Brazilian Unified National Health System. This further highlights the need for a precise and sustainable real-time monitoring system for deaths, in addition to restructuring of the prison staff through implementation of the Brazilian National Policy for Comprehensive Healthcare for Persons Deprived of Freedom in the Prison System in order for inmates to fully access their constitutional right to health with the same quality and timeliness as the general population.Resumo em Português:
Resumo: O estudo teve como objetivo examinar o efeito da pandemia da COVID-19 sobre disparidades étnico-raciais nas hospitalizações e desfechos relacionados à demência no Brasil. Foi realizado um estudo de painel longitudinal com dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Avaliamos o número de internações hospitalares por 100 mil habitantes, média de gastos hospitalares e taxa de mortalidade por demência durante o primeiro semestre de 2019 e de 2020. Os dados foram estratificados por região geográfica e grupo étnico-racial (preto, pardo e branco) com base na cor da pele. Observamos uma redução geral nas internações, média de gastos hospitalares e taxa de mortalidade entre o primeiro semestre de 2019 e o mesmo período em 2020. Entretanto, as reduções nas taxas de hospitalização entre pretos e pardos foram 105,3% e 121,1% maiores que em brancos, respectivamente. A taxa de mortalidade diminuiu em 9% entre brancos e aumentou em 65% e 43% entre pretos e pardos, respectivamente. No primeiro semestre de 2020, pacientes pretos e pardos tiveram um risco mais alto de perder a vida por demência quando comparados aos brancos, disparidade essa não havia sido observada no mesmo período de 2019. Em 2020, a razão de mortalidade hospitalar atingiu os níveis mais altos em indivíduos pretos em todas as regiões exceto a Norte (dados não publicados). Desde o início da epidemia de COVID-19 no Brasil, aumentou a disparidade étnico-racial nas internações e taxas de mortalidade por demência. São necessárias medidas e políticas governamentais para mitigar esse efeito indireto da pandemia sobre a população brasileira.Resumo em Espanhol:
Resumen: El objetivo fue examinar el efecto de la pandemia de COVID-19 respecto a las disparidades étnico-raciales en hospitalizaciones, así como los resultados informados de las mismas, debido a la demencia en Brasil. Se trata de un estudio longitudinal en panel, realizado con datos extraídos del Sistema de Informaciones Hospitalarias del Sistema Único de Salud (SIH/SUS). Evaluamos el número de admisiones hospitalarias por 100.000 habitantes, la media del gasto hospitalario, además de la tasa de mortalidad hospitalaria, debido a la demencia, durante el primer semestre de 2019 y 2020. Los datos fueron estratificados por región geográfica y grupos étnico-raciales (negros, mestizos, y blancos), basados en su color de piel. Observamos en general una reducción en las admisiones hospitalarias, media del gasto hospitalario, y tasa de mortalidad entre el primer semestre de 2019 y 2020. No obstante, la reducción de las tasas de hospitalización entre negros y mestizos fue 105.3% y 121.1% superior, respecto a la de los blancos, respectivamente. La tasa de mortalidad decreció un 9% en blancos y aumentó en un 65% y un 43% en la población negra y mestiza, comparativamente. En el primer semestre de 2020, los pacientes negros y mestizos tenían un riesgo más alto de fallecer, debido a la demencia que la gente blanca, esta disparidad no se observó en el mismo periodo de 2019. En 2020, la ratio de mortalidad hospitalaria alcanzó los valores más altos entre individuos negros en todas las regiones, salvo en el Norte (no había datos disponibles). Desde el principio de la epidemia de COVID-19 en Brasil, la disparidad étnico-racial en las admisiones hospitalarias y tasas de mortalidad, debido a la demencia, se ha incrementado. Son urgentes acciones gubernamentales y políticas para mitigar este efecto indirecto de la pandemia en la población brasileña.Resumo em Inglês:
Abstract: We aim to examine the effect of the COVID-19 pandemic on the ethnoracial disparities in hospitalizations due to dementia and its related outcomes, in Brazil. A longitudinal panel study was carried out with data extracted from the Hospital Information Systems of the Brazilian Unified National Health System (SIH/SUS). We assessed the number of hospital admission per 100,000 inhabitants, mean inpatient spending, and inpatient mortality rate due to dementia during the first semester of 2019 and 2020. Data were stratified by geographic region and ethnoracial groups (black, mixed, and white) based on skin color. We observed an overall reduction in hospital admissions, mean inpatient spending, and mortality rate between the first semester of 2019 and 2020. However, the reduction of hospitalization rates among black and mixed people was 105.3% and 121.1% greater than in whites, respectively. Mortality rate was decreased by 9% in whites and was increased by 65% and 43% in the black and mixed population, respectively. In the first semester of 2020, black and mixed patients had a higher risk of losing their lives due to dementia than white people. This disparity was not observed in the same period of 2019. In 2020, the inpatient mortality ratio reached the highest values among black individuals in all regions but the North (no data available). Since the beginning of the COVID-19 epidemic in Brazil, ethnoracial disparity in hospital admissions and mortality rates due to dementia has been heightened. Governmental actions and policies to mitigate this indirect effect of the pandemic on the Brazilian population are urgent.Resumo em Português:
Resumo: O estudo buscou avaliar a associação entre modo de parto e capital humano entre adultas jovens nas coortes de nascimentos de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, de 1982 e 1993. Em 1982 e 1993, as maternidades de Pelotas foram visitadas diariamente, os nascimentos foram identificados e os nascidos vivos cujas famílias residiam na área urbana foram examinados e suas mães foram entrevistadas. As informações sobre modo de parto (vaginal versus cesáreo) foram coletadas durante a entrevista perinatal. O desempenho em testes de inteligência, nível de escolaridade e renda foram avaliados na visita de 30 anos da coorte de 1982. Para a coorte de 1993, escolaridade e renda foram avaliadas na visita de 22 anos, enquanto o QI foi avaliado aos 18 anos. Tabagismo na vida adulta e tipo de escola foram usados como desfechos negativos para fortalecer a inferência causal. Inicialmente, parto cesáreo mostrou associação positiva com capital humano na vida adulta, com exceção de renda na coorte de 1993. Depois de controlar para fatores de confusão, o tamanho das associações foi reduzido fortemente, e os coeficientes de regressão chegaram perto de valor nulo. A análise de desfechos negativos mostrou que depois de controlar para variáveis de confusão, o modo de parto não esteve associado ao tabagismo ou ao tipo de escola. Os resultados sugerem que as variáveis incluídas no model de regressão para controlar os fatores de confusão resultaram em ajuste adequado, e é improvável que os resultados atuais sejam devidos à confusão por posição socioeconômica. Por outro lado, devido aos riscos no curto e longo prazo e à epidemia de cesarianas, são necessárias medidas para reduzir a prevalência de partos cesáreos.Resumo em Espanhol:
Resumen: El objetivo de este estudio es evaluar la asociación entre la forma de parto y el capital humano entre adultos jóvenes, que se encontraban en las cohortes de nacimiento de 1982 y 1993, en Pelotas, Río Grande do Sul, Brasil. En 1982 y 1993, se visitaron diariamente los hospitales de maternidad de la ciudad, se identificaron los nacimientos, se examinaron aquellos nacimientos vivos, cuya familia vivía en el área urbana de la ciudad, al igual que se realizaron entrevistas a sus madres. La información sobre la forma de parto (vaginal o cesárea) fue proporcionada por la madre en el estudio perinatal. Se evaluó tanto el rendimiento escolar alcanzado en tests de inteligencia, como los ingresos, transcurridos 30 años de la primera visita en la cohorte de 1982. En la cohorte de 1993, la escolaridad y los ingresos fueron evaluados tras la visita de hacía 22 años, mientras que el CI se evaluó a los 18 años. Fumar tabaco en la etapa adulta y el tipo de financiación de la escuela fueron usados como resultados negativos para la fortaleza de la inferencia causal. Inicialmente, la cesárea estuvo positivamente asociada con el capital humano en la etapa adulta, con la excepción de los ingresos en la cohorte de 1993. Tras controlar los factores de confusión, la magnitud de las asociaciones se vio fuertemente reducida, y los coeficientes de regresión eran cercanos al valor nulo. El análisis de resultado negativo mostró que, tras controlar las variables de confusión, el modo de parto no estuvo asociado con fumar tabaco y el tipo de financiación de la escuela. Sugiriendo que las variables incluidas en el modelo de regresión para el control de los factores de confusión, proporcionaron un ajuste adecuado, y es poco probable que los resultados actuales se deban a factores de confusión residuales por el estatus socioeconómico. Por otro lado, debido a los riesgos a corto y largo plazo y la epidemia de cesáreas, se deben implementar medidas para reducir la prevalencia de las cesáreas.Resumo em Inglês:
Abstract: This study aims to assess the association between mode of delivery and human capital among young adults enrolled in the 1982 and 1993 Pelotas birth cohorts, Rio Grande do Sul State, Brasil. In 1982 and 1993, the maternity hospitals of the municipality were daily visited, the births identified, and those live births, whose family lived in the urban area of Pelotas, were examined and their mothers interviewed. Information on mode of delivery, vaginal or cesarean, was provided by the mother in the perinatal study. Performance in intelligence tests achieved schooling and income were evaluated in the 30 years visit at the 1982 cohort. At the 1993 cohort, schooling and income were assessed at the 22 years visit, whereas IQ was evaluated at 18 years. Tobacco smoking in adulthood and type of school was used as negative outcomes to strength causal inference. Initially, cesarean section was positively associated with human capital at adulthood, with the exception of income in the 1993 cohort. After controlling for confounders, the magnitude of the associations was strongly reduced, and the regression coefficients were close to the null value. The negative outcome analysis showed that, after controlling for confounding variables, the mode of delivery was not associated with tobacco smoking and type of school. Suggesting that the variables included in the regression model to control for confounding, provided an adequate adjustment and it is unlikely that the results are due to residual confounding by socioeconomic status. On the other hand, considering the short- and long-term risks and the epidemic of cesarean sections, measures should be implemented to reduce its prevalence.Resumo em Português:
Este artigo discute os três campos assistenciais institucionalizados nas sociedades contemporâneas para cuidados no fim da vida e seus respectivos modelos de morte: a eutanásia/suicídio assistido; a futilidade médica; e a kalotanásia, fundamento do moderno movimento hospice. Analisa, também, de que modo estes modelos impactam a vida dos pacientes, bem como a fragilidade conceitual de algumas das bandeiras tradicionalmente utilizadas, como a da dignidade humana. São feitas, também, considerações à ortotanásia, conceito muito utilizado na literatura bioética nacional, bem como ao suicídio racional nos idosos. Além disso, propõem-se questões para o debate bioético acerca da necessidade de serem repensados, em nosso meio, alguns postulados, especialmente aqueles referentes à eutanásia. Por último, apresenta e analisa a fundamentação ética e filosófica da kalotanásia e suas implicações para a organização de boas práticas de cuidados no fim da vida.Resumo em Espanhol:
Este artículo discute los tres campos asistenciales institucionalizados en sociedades contemporáneas para los cuidados al fin de la vida, y sus respectivos modelos de muerte: eutanasia/suicidio asistido; futilidad médica; y kalotanasia, fundamentada en el moderno movimiento hospice. Analiza, también, de qué modo estos modelos impactan en la vida de los pacientes, así como la fragilidad conceptual de algunas de las banderas tradicionalmente utilizadas, como la de la dignidad humana. Se realizan, también, consideraciones sobre la ortotanasia, concepto muy utilizado en la literatura bioética nacional, así como respecto al suicidio racional en ancianos. Además, en nuestro medio, se proponen cuestiones para el debate bioético acerca de la necesidad de que sean repensados algunos postulados, especialmente, aquellos que se refieren a la eutanasia. Por último, presenta y analiza la base ética y filosófica de la kalotanasia, y sus implicaciones para la organización de buenas prácticas de cuidados durante el fin de la vida.Resumo em Inglês:
The article discusses contemporary societies’ three institutionalized fields in end-of-life care and their respective models of death: euthanasia/assisted suicide; medical futility; and kalothanasia, the basis for the modern hospice movement. The article also analyzes how these models impact patients’ lives and the conceptual weakness of some traditionally used banners such as that of human dignity. It also comments on orthothanasia, a widely used concept in the Brazilian bioethical literature, as well as rational suicide in the elderly. Questions are posed for the bioethical debate on the need to rethink some postulates, especially pertaining to euthanasia. Finally, the article presents and analyzes the ethical and philosophical basis for kalothanasia and its implications for the organization of good practices in end-of-life care.Resumo em Português:
O objetivo do estudo foi descrever a prevalência de demandas físicas e psicossociais e fatores associados entre trabalhadores brasileiros. Os dados foram obtidos da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. A demanda física foi definida como trabalhos que exigem esforço físico intenso ou caminhadas excessivas. A demanda psicossocial foi definida como envolvimento em atividades que levam ao nervosismo. A regressão logística multivariada foi utilizada para estimar a associação entre demandas e condições de saúde, características ocupacionais e condições de trabalho. Dos 39.590 participantes, 54,4% relataram demandas físicas e 35,5% demandas psicossociais no trabalho. Depois de ajustar para características sociodemográficas, as condições de saúde, características ocupacionais e condições de trabalho permaneceram associadas significativamente com a carga de trabalho física ou psicossocial. Os resultados sugerem que o trabalho no Brasil apresenta níveis elevados de demandas físicas e psicossociais. Essa demanda está associada a características ocupacionais e condições de saúde. É necessário incorporar as atividades laborais enquanto fatores importantes na investigação das causas de doenças. Além disso, são urgentes as intervenções e políticas de prevenção das exposições ocupacionais negativas, podendo contribuir para melhorar a saúde física e psicossocial no local de trabalho.Resumo em Espanhol:
El objetivo de este estudio fue describir la prevalencia y factores asociados a las exigencias físicas y psicosociales entre trabajadores brasileños. Los datos se obtuvieron de la Encuesta Nacional de Salud de 2013 en Brasil. La exigencia física fue definida como trabajos que requieren un esfuerzo físico intenso o caminar excesivamente. La exigencia psicosocial fue definida como la implicación en actividades que conducen al nerviosismo. Se utilizó una regresión logística multivariada para estimar la asociación entre exigencias y condiciones de salud, características ocupacionales y condiciones laborales. De los 39.590 participantes, un 54,4% informó de exigencias físicas y un 35,5% de psicosociales en el trabajo. Tras el ajuste por características sociodemográficas, las condiciones de salud, características y condiciones laborales continuaron significativamente asociadas a la carga de trabajo física o psicosocial. Los resultados sugieren que en Brasil el trabajo posse una alta exigencia física y psicosocial. Asimismo, esta exigencia está asociada con características laborales y condiciones de salud. Es necesario incorporar las actividades laborales como factores importantes para investigar las causas de enfermedades. Asimismo, son urgentes las intervenciones y políticas con el objetivo de prevenir exposiciones laborales negativas, y pueden contribuir a mejorar la salud física y psicosocial en el lugar de trabajo.Resumo em Inglês:
This study aims to describe the prevalence and factors associated of physical and psychosocial demands among Brazilian workers. Data were obtained from the 2013 Brazilian National Health Survey. Physical demand was defined as jobs that require intense physical effort or excessive walking, whereas psychosocial demand was defined as involvement in stressful activities. Multivariate logistic regression was used to estimate the association between demands and health conditions, occupational characteristics, and work conditions. Out of 39,590 participants, 54.4% reported physical demands and 35.5% psychosocial demands at work. After adjustment for sociodemographic characteristics, health conditions, occupational characteristics, and work conditions remained significantly associated with physical or psychosocial workload. The results suggest that in Brazil the work has a high level of physical and psychosocial demands, which are associated with occupational features and health conditions. It is necessary to incorporate work activities as significant factors to investigate the causes of diseases. And the interventions and policies aimed at preventing the negative occupational exposures are urgent, and can contribute to improve physical and psychosocial health at the workplace.Resumo em Português:
O estudo buscou identificar diferenças no escopo da prática de médicos na atenção primária e os principais fatores associados com a ampliação dessa prática nas áreas rural e urbana do Brasil. Foram usados dados de um inquérito online com 2.277 médicos de atenção primária, realizado entre janeiro e março de 2016. Foram utilizados os testes de Kruskal-Wallis/post hoc de Dunn e qui-quadrado para verificar as diferenças em relação às atividades e procedimentos realizados pelos médicos, de acordo com o local. Foram realizadas análises de regressão linear multivariada, usando a técnica bootstrap para identificar os principais fatores associados com o escopo ampliado da prática. Independente de localização, os resultados mostraram que os médicos de atenção primária estão praticando abaixo de seus níveis de competências. Os médicos rurais realizavam mais procedimentos e atividades quando comparados aos colegas de municípios intermediários e urbanos. Na amostra total, as variáveis relacionadas ao escopo ampliado incluíam: sexo masculino, trabalho em municípios rurais, participação em programas de capacitação e de educação continuada, além de consultas a protocolos clínicos, artigos e livros. O estudo corrobora evidências de que o escopo da prática médica varia de acordo com a localização. O reconhecimento e compreensão das diferenças e fatores associados à ampliação do escopo de prática são relevantes para determinar as competências e recursos necessários para a prática médica nas áreas rural e urbana, contribuindo para propostas de estratégias para melhorar a qualidade e acesso a serviços de saúde.Resumo em Espanhol:
El objetivo de este estudio fue identificar las diferencias en el alcance de las consultas médicas en atención primaria, así como averiguar los principales factores asociados con las consultas practicadas en áreas rurales y urbanas de Brasil. Los datos que se usaron provenían de una encuesta en línea a 2.277 médicos de asistencia primaria, llevada a cabo entre enero y marzo de 2016. Las diferencias, respecto a las actividades y procedimientos realizados por médicos según su localización, fueron verificadas por los test post hoc de Kruskal-Wallis/Dunn y chi-cuadrados. Los análisis de regresión lineal multivariada se realizaron usando una técnica de bootstrap para identificar los factores principales, asociados con un alcance extendido de la consulta. Independientemente de la localización, los resultados mostraron que los médicos de atención primaria están realizando su trabajo por debajo de sus competencias. Los médicos rurales realizaron un número más alto de procedimientos y actividades, comparado con sus pares en municipios de tamaño medio y urbanos. En la muestra global, las variables relacionadas con un alcance más amplio de las consultas incluyeron: género masculino, trabajo en municipalidades rurales, participar en el entrenamiento y programas de educación continua y protocolos de consulta clínica, artículos, y libros. Este estudio corrobora con evidencias que el alcance de las consultas médicas varía según la localización. Reconocer y comprender las diferencias y factores asociados para un alcance extendido de las consultas, son relevantes para determinar las habilidades y recursos requeridos para realizar consultas en áreas rurales y urbanas, así como para colaborar con propuestas de estrategias en la mejora de la calidad y acceso a los servicios de salud.Resumo em Inglês:
This study aimed to identify differences in the scope of practice of primary care physicians and find the main factors associated with expanded practice in rural and urban areas of Brazil. Data from an online survey with 2,277 primary care physicians, conducted between January and March 2016, were used. Differences regarding activities and procedures performed by physicians per area were verified using Kruskal-Wallis/Dunn’s post hoc and chi-square tests. Multivariate linear regression analyses were done using a bootstrap technique to identify the main factors associated with an expanded scope of practice. Regardless of the location, the results showed that the practices of the primary care physicians are below their competences. Rural physicians performed a higher number of procedures and activities compared with their peers from intermediate and urban municipalities. Within the overall sample, the variables related to a broader scope of practice included: male gender, work in rural municipalities, participation in training and continuing education programs and consultation of clinical protocols, articles and books. This study contributes with evidence that the medical scope of practice varies according to location. Recognizing and understanding the differences and associated factors for an expanded scope of practice is necessary to determine the skills and resources required for practice in rural and urban areas, collaborating in proposals of strategies to improve quality and access of health care services.Resumo em Português:
O presente trabalho objetivou examinar a associação entre a síndrome de fragilidade e a percepção de problemas em indicadores de atributos da atenção primária à saúde (APS) entre idosos brasileiros. É um estudo transversal envolvendo 5.432 participantes, com 60 anos ou mais, da primeira onda do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), realizado entre 2015 e 2016. A fragilidade, variável independente, foi definida com base no marco teórico do fenótipo de fragilidade, e os indicadores de problemas em atributos da APS, variáveis dependentes, foram obtidos baseando-se em perguntas relacionadas ao uso de serviços de saúde. Acesso, longitudinalidade, coordenação, integralidade, orientação familiar e adequação cultural foram os atributos avaliados. Utilizou-se modelos de regressão logística ajustados por fatores predisponentes, facilitadores e de necessidade de uso de serviços de saúde para a análise dos dados. Entre os participantes, 55,1% eram do sexo feminino, 57,9% tinham entre 60 e 69 anos e 51,8% referiram multimorbidade. Idosos frágeis e pré-frágeis representaram 13,4% e 54,5% da amostra, respectivamente. Resultados da análise multivariada mostraram que os idosos frágeis em comparação com os robustos apresentaram mais chances de apontar problemas de acesso (OR = 1,45; IC95%: 1,08-1,93), longitudinalidade (OR = 1,54; IC95%: 1,19-2,00) e integralidade (OR = 1,45; IC95%: 1,14-1,85), além de maior número de problemas em atributos da APS (OR = 1,38; IC95%: 1,05-1,82, para 5 ou mais). O estudo sugere a ocorrência de iniquidades na assistência prestada pela APS brasileira aos idosos frágeis, particularmente no âmbito dos atributos acesso, longitudinalidade e integralidade.Resumo em Espanhol:
El objetivo de este trabajo fue examinar la asociación entre el síndrome de fragilidad y la percepción de problemas en indicadores de atributos de la atención primaria a la salud (APS) entre ancianos brasileños. Se trata de un estudio transversal implicando a 5.432 participantes, con 60 años o más, del primer grupo del Estudio Longitudinal de la Salud entre Ancianos Brasileños (ELSI-Brasil), realizado entre 2015 y 2016. La fragilidad -variable independiente- fue definida a partir del marco teórico del fenotipo de fragilidad, y los indicadores de problemas en atributos de la APS, variables dependientes, se obtuvieron a partir de preguntas relacionadas con el uso de servicios de salud. Acceso, longitudinalidad, coordinación, integralidad, orientación familiar y adecuación cultural fueron los atributos evaluados. Se utilizaron modelos de regresión logística ajustados por factores predisponentes, facilitadores, y de necesidad de uso de servicios de salud para análisis de datos. Entre los participantes, un 55,1% eran de sexo femenino, un 57,9% tenían entre 60 y 69 años y un 51,8% informaron de multimorbilidad. Los ancianos frágiles y prefrágiles representaron un 13,4% y un 54,5% de la muestra, respectivamente. Los resultados del análisis multivariado mostraron que los ancianos frágiles, en comparación con los fuertes, tuvieron más oportunidades de apuntar problemas de acceso (OR = 1,45; IC95%: 1,08-1,93), longitudinalidad (OR = 1,54; IC95%: 1,19-2,00) e integralidad (OR = 1,45; IC95%: 1,14-1,85), además de un mayor número de problemas en atributos de la APS (OR = 1,38; IC95%: 1,05-1,82, para 5 o más). El estudio sugiere la ocurrencia de inequidades en la asistencia prestada por la APS brasileña a ancianos frágiles, particularmente en el ámbito de los atributos acceso, longitudinalidad e integralidad.Resumo em Inglês:
This study aimed to examine the association between frailty syndrome and the perception of problems in indicators of attributes in primary healthcare (PHC) among elderly Brazilians. This was a cross-sectional study with 5,432 participants 60 years or older in the first wave of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brasil), conducted in 2015 and 2016. Frailty, the independent variable, was defined according to the theoretical framework of the frailty phenotype, and the indicators of problems in PHC attributes, the dependent variables, were obtained from questions related to health services use. Access, longitudinal care, coordination, comprehensiveness, family orientation, and cultural adequacy were the target attributes. For the data analysis, logistic regression models were used, adjusted for predisposing, enabling, and need factors for use of health services. Among the participants, 55.1% were females, 57.9% were 60 to 69 years of age, and 51.8% reported multimorbidity. Frail and pre-frail elders accounted for 13.4% and 54.5% of the sample, respectively. Multivariate analyses showed that frail elders (compared to robust elders) showed higher odds of reporting problems with access (OR = 1.45; 95%CI: 1.08-1.93), longitudinal care (OR = 1.54; 95%CI: 1.19-2.00), and comprehensive care (OR = 1.45; 95%CI: 1.14-1.85), in addition to more problems with attributes of PHC (OR = 1.38; 95%CI: 1.05-1.82, for 5 or more). The study suggests the occurrence of inequities in the care provided by Brazilian PHC for frail elders, particularly in the attributes of access, longitudinal care, and comprehensiveness.Resumo em Português:
Objetivou-se avaliar a evolução da prevalência de anemia em crianças quilombolas de Alagoas, Brasil. Trata-se de uma análise descritiva comparando resultados de dois inquéritos domiciliares (2008; n = 950 e 2018; n = 426), envolvendo amostra das crianças de 6 a 59 meses. A anemia foi diagnosticada com hemoglobina < 110g/L (HemoCue). As prevalências entre os dois inquéritos foram descritas percentualmente e pela razão de prevalência (RP) e intervalo de 95% de confiança (IC95%), calculados por regressão de Poisson. As prevalências de anemia em 2008 e 2018 foram, respectivamente, 53% (IC95%: 49,8-56,1) e 38% (IC95%: 33,4-42,6), configurando um declínio de 28,3% (RP = 0,72; IC95%: 0,63-0,82). Crianças de 6 a 24 meses foram mais acometidas do que aquelas de 25 a 59 meses, tanto em 2008 (72% vs. 44%) como em 2018 (54,8% vs. 28,3%). Houve redução de prevalência em ambas as faixas etárias (23,9% e 35,7%, respectivamente). Essa redução mais pronunciada nas crianças mais velhas fez que as mais jovens passassem a ter quase o dobro da prevalência vista nas de maior idade (RP = 1,94; IC95%: 1,53-2,46). Conclui-se que houve declínio expressivo da prevalência de anemia durante o período avaliado, persistindo, porém, como relevante problema de saúde pública, sobretudo entre as crianças de 6 a 24 meses. As crianças avaliadas sobrevivem em grande vulnerabilidade social, evidenciando-se que, para promover a saúde dessa população, não são suficientes ações no âmbito da saúde pública. Gestores e profissionais de saúde devem estar atentos aos dados aqui apresentados, visando à implementação de medidas para enfrentamento das iniquidades sociais e de saúde que contribuem para maior vulnerabilidade desse grupo étnico-racial.Resumo em Espanhol:
El objetivo fue evaluar la evolución de la prevalencia de anemia en niños quilombolas de Alagoas, Brasil. Se trata de un análisis descriptivo, comparando resultados de dos encuestas domiciliarias (2008; n = 950 y 2018; n = 426), implicando en la muestra a niños de 6 a 59 meses. La anemia se diagnosticó con hemoglobina < 110g/L (HemoCue). Las prevalencias entre los dos cuestionarios fueron descritas porcentualmente y por la razón de prevalencia (RP) e intervalo de 95% de confianza (IC95%), calculados por regresión de Poisson. Las prevalencias de anemia en 2008 y 2018 fueron, respectivamente, 53% (IC95%: 49,8-56,1) y 38% (IC95%: 33,4-42,6), configurando un declive de un 28,3% (RP = 0,72; IC95%: 0,63-0,82). Los niños de 6 a 24 meses estuvieron más afectados que aquellos de 25 a 59 meses, tanto en 2008 (72% vs. 44%), como en 2018 (54,8% vs. 28,3%). Hubo una reducción de prevalencia en ambas franjas etarias (23,9% y 35,7%, respectivamente). Esta reducción más pronunciada en niños mayores provocó que los más jóvenes pasasen a tener casi el doble de la prevalencia, vista en aquellos de mayor edad (RP = 1,94; IC95%: 1,53-2,46). Se concluye que hubo un declive expresivo de la prevalencia de anemia durante el período evaluado, persistiendo, no obstante, como un relevante problema de salud pública, sobre todo entre los niños de 6 a 24 meses. Los niños evaluados sobreviven bajo una gran vulnerabilidad social, evidenciándose que para la promoción de la salud de esa población no son suficientes acciones en el ámbito de la salud pública. Gestores y profesionales de salud deben estar atentos a los datos aquí presentados, con el fin de implementar medidas para enfrentar las inequidades sociales y de salud que contribuyen a una mayor vulnerabilidad de ese grupo étnico-racial.Resumo em Inglês:
The study aimed to assess trends in the prevalence of anemia in children from quilombos (maroon communities) in Alagoas State, Brazil. This was a descriptive study comparing the results of two household surveys (2008; n = 950 and 2018; n = 426), involving a sample of children from 6 to 59 months of age. Anemia was diagnosed as hemoglobin < 110g/L (HemoCue). Prevalence rates between the two surveys were described by percentage and by prevalence ratio (PR) and 95% confidence interval (95%CI), calculated by Poisson regression. Prevalence rates for anemia in 2008 and 2018 were 53% (95%CI: 49.8-56.1) and 38% (95%CI: 33.4-42.6), respectively, or a decrease of 28.3% (RP = 0.72; 95%CI: 0.63-0.82). Children 6 to 24 months of age had higher anemia rates than those 25 to 59 months of age, both in 2008 (72% vs. 44%) and in 2018 (54.8% vs. 28.3%). There was a reduction in prevalence in both age brackets (23.9% and 35.7%, respectively). This sharper decline in older children meant that younger children had nearly double the prevalence rate compared to older children (PR = 1.94; 95%CI: 1.53-2.46). In conclusion, there was a major decline in prevalence of anemia during the period studied, but anemia persisted as a relevant public health problem, especially in children 6 to 24 months of age. The children in the sample are exposed to harsh social vulnerabilities, evidencing that health promotion for this population requires more than actions in the public health sphere itself. Healthcare workers and administrators should be alert to the data presented here, aimed at implementation of measures to confront the social and health iniquities that contribute to greater vulnerability in this ethnic-racial group.Resumo em Português:
Este trabalho é uma revisão de escopo realizada nas bases de dados PubMed, Scopus, BIREME, SciELO e Web of Science, que incluiu publicações de dezembro de 2019 a maio de 2020, com o objetivo de identificar e sistematizar a literatura sobre a situação das pessoas com deficiência nos primeiros meses da pandemia da COVID-19. A revisão foi orientada para a busca de artigos originais, publicados em revistas indexadas e revisados por pares, além de literatura cinzenta especializada. Foram revisados 386 textos e incluídos no estudo 33 artigos e documentos. O resultado da revisão apontou três categorias temáticas que refletem as principais discussões apresentadas na literatura sobre o tema: vulnerabilidades das pessoas com deficiência diante da pandemia; direitos das pessoas com deficiência nesse contexto; e medidas de proteção e acesso à informação sobre COVID-19 voltadas para pessoas com deficiência. No contexto de emergência em saúde pública, comunidades historicamente marginalizadas, como as pessoas com deficiência, correm o risco de se sentirem mais vulneráveis, bem como sofrerem privações e discriminação nos planos de triagem de atendimento, além de preconceitos e estigmas que influenciam nas tomadas de decisão na assistência em saúde e intensificam desigualdades preexistentes, tornando esse grupo mais suscetível ao adoecimento e à desproteção social. Embora as pessoas com deficiência tenham sido reconhecidas como grupo de risco para COVID-19, houve um atraso, por parte dos governos, na construção de planos de enfrentamento à doença para essa população. São escassos estudos para a compreensão dos efeitos da pandemia da COVID-19 nas pessoas com deficiência, especialmente no sentido da efetivação de medidas de prevenção, controle e proteção que garantam a equidade no cuidado.Resumo em Espanhol:
Se trata de una revisión de alcance, realizada en las bases de datos PubMed, Scopus, BIREME, SciELO y Web os Science, incluyendo publicaciones de diciembre de 2019 a mayo de 2020, con el objetivo de identificar y sistematizar la literatura sobre la situación de las personas con discapacidad durante los primeros meses de la pandemia de la COVID-19. La revisión se orientó hacia la búsqueda de artículos originales, publicados en revistas indexadas y revisados por pares, además de literatura gris especializada. Se revisaron 386 textos y se incluyeron en el estudio 33 artículos y documentos. El resultado de la revisión apuntó tres categorías temáticas que reflejan las principales discusiones presentadas en la literatura sobre el tema: vulnerabilidades de las personas con discapacidad ante la pandemia; derechos de las personas con discapacidad en ese contexto; y medidas de protección y acceso a la información sobre COVID-19, dirigidas a las personas con discapacidad. En el contexto de emergencia en salud pública, comunidades históricamente marginalizadas, como las personas con discapacidad, corren el riesgo de que se sientan más vulnerables, sufran privaciones, discriminación en los ámbitos de clasificación de atención, además de que padezcan prejuicios y estigmas que influencian en las tomas de decisión en la asistencia en salud e intensifican desigualdades preexistentes, haciendo este grupo más susceptible a la enfermedad y a la desprotección social. Pese a que las personas con discapacidad hayan sido reconocidas como grupo de riesgo para la COVID-19, hubo un atraso, por parte de los gobiernos, en la construcción de planes de lucha contra la COVID-19 para esta población. Son escasos los estudios para la comprensión de los efectos de la pandemia de la COVID-19 en las personas con discapacidad, especialmente en el sentido de la efectivización de medidas de prevención, control y protección que garanticen la equidad en el cuidado.Resumo em Inglês:
This is a scoping review of the PubMed, Scopus, BIREME, SciELO, and Web of Science databases, including publications from December 2019 to May 2020 with the objective of identifying and systematizing the literature on the status of persons with disabilities in the initial months of the COVID-19 pandemic. The review aimed to search for original peer-reviewed articles published in indexed journals, in addition to the specialized gray literature. We reviewed 386 texts and included 33 articles and documents in the study. The review’s results pointed to three thematic categories that reflect the main discussions on the theme in the literature: vulnerabilities of persons with disabilities during the pandemic; rights of persons with disabilities in this context; and protective measures and access to information on COVID-19 for persons with disabilities. In the context of the public health emergency, historically marginalized communities such as persons with disabilities run the risk of feeling more vulnerable, suffering deprivations, discrimination in screening plans for care, and prejudices and stigmas that influence decision-making in healthcare and exacerbate preexisting inequalities, making this group more susceptible to illness and lack of social protection. Although persons with disabilities have been acknowledged as a risk group for COVID-19, governments have been slow to develop plans to fight COVID-19 for this population. Few studies have attempted to understand the effects of the COVID-19 pandemic on persons with disabilities, especially in the sense of implementing measures in prevention, control, and protection that guarantee equity in care.Resumo em Português:
O objetivo do estudo foi analisar o nível de sedimentação da avaliação de tecnologias em saúde (ATS) hospitalar em diversos contextos. Foi realizada revisão de escopo segundo metodologia do Instituto Joanna Briggs, cujo modelo de análise dos dados foi composto pela combinação das dimensões de estrutura, processo e resultado de Donabedian e das dimensões do projeto Adopting Hospital Based Health Technology Assessment in European Union (AdHopHTA). Foram identificados 270 estudos, após remoção de duplicatas e leitura de textos completos, 36 referências atenderam aos critérios de elegibilidade. Trinta e seis hospitais foram identificados, sendo 24 hospitais de grande porte com capacidade extra de leitos. Vinte e três hospitais tinham vínculos universitários. Destaque ao Canadá, com cinco hospitais universitários, sendo quatro com financiamento público. Metade dos hospitais identificados tinham unidades de ATS hospitalar (18/36). Hospitais com nível sedimentado corresponderam a 75% (27/36) e parcialmente sedimentado a 25% (9/36). Não houve hospital com sedimentação incipiente. Mensurar o nível de sedimentação da ATS nos hospitais identificados contribui para o entendimento de como a inserção ocorre no campo da ATS hospitalar. Neste estudo, mostrou-se a importância de identificar fatores como sustentabilidade, crescimento e evolução da ATS hospitalar em países com e sem tradição com o tema.Resumo em Espanhol:
El objetivo del estudio fue analizar el nivel de sedimentación en la evaluación de tecnologías de salud (ATS) en hospitales dentro de diversos contextos. Se realizó una revisión de alcance, según la metodología del Instituto Joanna Briggs, cuyo modelo de análisis de datos estuvo compuesto por la combinación de las dimensiones: estructura, proceso y resultado de Donabedian, así como las dimensiones del proyecto Adopting Hospital Based Health Technology Assessment in European Union (AdHopHTA). Se identificaron 270 estudios, tras la eliminación de duplicados y lectura de textos completos, 36 referencias atendieron a los criterios de elegibilidad. Se identificaron treinta y seis hospitales, 24 de los cuales, de gran porte, con capacidad extra de camas. Veintitrés hospitales contaban con vínculos universitarios. Canadá merece una mención especial, con cinco hospitales universitarios, cuatro de los cuales con financiación pública. La mitad de los hospitales identificados tenían unidades de ATS hospitalaria (18/36). Hospitales con un nivel sedimentado correspondieron a un 75% (27/36), y parcialmente sedimentado a un 25% (9/36). No hubo hospital con sedimentación incipiente. Medir el nivel de sedimentación de la ATS en los hospitales identificados contribuye al entendimiento de cómo se produce la inserción en el campo de la ATS hospitalaria. En este estudio, se mostró la importancia de identificar factores como: sostenibilidad, crecimiento y evolución de la ATS hospitalaria en países con y sin tradición en este ámbito.Resumo em Inglês:
The aim of this study was to analyze the level of sedimentation of hospital-based health technology assessment (HTA) in diverse contexts. A scoping review was conducted according to the methodology of the Joanna Briggs Institute, whose data analysis model consisted of the combination of Donabedian’s structure, process, and outcome categories and the dimensions of the project Adopting Hospital Based Health Technology Assessment in European Union (AdHopHTA). We identified 270 studies, and after removing duplicates and reading full texts, 36 references met the eligibility criteria. Thirty-six hospitals were identified, of which there were 24 large-scale hospitals with extra bed capacity. Twenty-three hospitals were affiliated with universities. Canada stood out with five university hospitals, four of which with public funding. Half of the identified hospitals had hospital-based HTA units (18/36). Hospitals with sedimented levels of HTA corresponded to 75% of the sample (27/36), and the remainder had partially sedimented HTA, or 25% of the hospitals in the review (9/36). There were no hospitals with incipient sedimentation. Measuring the level of HTA sedimentation in the hospitals contributed to understanding how their participation has occurred in the field of hospital-based HTA. This study revealed the importance of identifying factors such as sustainability, growth, and evolution of hospital-based HTA in countries with and without a tradition in this field.