• Tendencias de sobrepeso y obesidad en niños menores de 24 meses de edad en México (2012-2020): análisis de cuatro encuestas nacionales de salud Article

    Cárdenas-Villarreal, Velia Margarita; Hernandez-Barrera, Lucia; Castro-Sifuentes, Danilo; Guevara-Valtier, Milton Carlos; Trejo-Valdivia, Belem

    Resumo em Português:

    Resumo: A prevalência da obesidade infantil tem aumentado rapidamente no México, com consequências para a saúde da população no futuro. Pouco se sabe sobre a prevalência de obesidade em crianças menores de dois anos de idade, etapa fundamental para a prevenção desta condição. Nosso objetivo foi determinar a magnitude, distribuição e tendências de sobrepeso e obesidade em crianças menores de 24 meses de idade usando as Pesquisas Nacionais de Saúde e Nutrição (ENSANUT) no México nos últimos 10 anos. Os dados apresentados são derivados de quatro ENSANUTs no México: 2012, 2016, 2018 e 2020. Os dados incluem 6.719 crianças menores de 24 meses e seus dados antropométricos completos (peso/altura) por idade, sexo, etnicidade, área de residência e nível socioeconômico. O risco de sobrepeso e sobrepeso + obesidade foram calculados seguindo as diretrizes da Organização Mundial da Saúde. Foi identificado que crianças menores de 12 meses atualmente têm uma prevalência maior de sobrepeso + obesidade (10,3%), e aqueles com idade de 12 a 23 meses têm mais risco de sobrepeso (26,1%). Os achados mais relevantes por sexo, região, nível socioeconômico e etnicidade deste estudo mostram um México heterogêneo em relação a sobrepeso e obesidade sem apresentar um comportamento específico. Há uma alta prevalência de sobrepeso e obesidade em bebês mexicanos, e uma leve tendência de aumento da obesidade em crianças menores de 12 meses. O monitoramento do peso e as intervenções de prevenção de obesidade focadas nos primeiros 1.000 dias de vida são essenciais.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: La prevalencia de la obesidad infantil ha aumentado rápidamente en México, y tiene consecuencias para la salud de la población en el futuro. Poco se sabe sobre la prevalencia de obesidad en niños que tienen menos de dos años, etapa fundamental para la prevención de esta condición. El objetivo fue determinar la magnitud, la distribución y las tendencias de sobrepeso y obesidad en niños menores de 24 meses de edad utilizando las Encuestas Nacionales de Salud y Nutrición (ENSANUT) en México en los últimos 10 años. Los datos presentados se derivan de cuatro ENSANUTs en México: 2012, 2016, 2018 y 2020. Los datos incluyen 6.719 menores de 24 meses de edad con datos antropométricos completos (peso/altura) por edad, sexo, etnicidad, lugar de residencia y nivel socioeconómico. Se calculó el riesgo de sobrepeso y sobrepeso + obesidad siguiendo las directrices de la Organización Mundial de la Salud. Se identificó que los menores de 12 meses tienen una prevalencia más alta de sobrepeso + obesidad (10,3%), y los que tienen entre 12 y 23 meses tienen riesgo de sobrepeso más alto (26,1%). Los hallazgos más relevantes por sexo, región, nivel socioeconómico y etnicidad de este estudio que las prevalencias de sobrepeso y obesidad varían en la población mexicana, sin presentar un comportamiento específico. Hay una alta prevalencia de sobrepeso y obesidad en niños mexicanos, y una ligera tendencia de aumento de obesidad en menores de 12 meses. El monitoreo del peso y las intervenciones de prevención de obesidad centradas en los primeros 1.000 días de vida son esenciales.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: The prevalence of childhood obesity has increased rapidly in Mexico, with significant consequences for the population’s health in the future. Little is known about the prevalence of obesity in children under two years of age, even though this life stage is fundamental to prevent this condition. This study aims to determine the magnitude, distribution, and trends of overweight and obesity in children under 24 months of age using the Mexican National Health and Nutrition Surveys (ENSANUT) conducted in the last 10 years. The data presented here are derived from four ENSANUTs, carried out in Mexico in 2012, 2016, 2018, and 2020. They include 6,719 infants under 24 months with complete anthropometric data (weight/height) by age, gender, Indigeneity, area of residence, and socioeconomic status. The risk of overweight levels and overweight + obesity rates were calculated according to World Health Organization guidelines. We identified that infants < 12 months currently have a higher prevalence of overweight + obesity (10.3%) and that those aged 12 to 23 months are generally at a higher risk of overweight (26.1%). The most relevant findings of this study, linking weight trends to sex, region, socioeconomic status, and indigeneity, show that overweight and obesity prevalences vary across the Mexican population, without presenting a specific behavior. There is a high prevalence of overweight and obesity among Mexican infants and a slight trend toward increased obesity in infants < 12 months. Weight monitoring and obesity prevention interventions focused on the first 1,000 days of life are essential.
  • Carga sanitária e econômica do consumo de bebidas açucaradas no Brasil Article

    Perelli, Lucas; Alcaraz, Andrea; Vianna, Cid Manso de Mello; Espinola, Natalia; Cairoli, Federico Rodriguez; Bardach, Ariel; Palacios, Alfredo; Balan, Dario; Johns, Paula; Augustovski, Federico; Pichón-Rivière, Andrés

    Resumo em Português:

    Resumo: As bebidas açucaradas (BAs) são uma grande fonte de açúcar adicionado e estão associadas a doenças não transmissíveis (DNTs), como obesidade e diabetes. Este estudo avaliou o impacto do consumo de BAs sobre a carga de doenças no Brasil, incluindo óbitos, anos de vida ajustados por incapacidade (AVPIs) e custos de saúde. Usando uma metodologia de três estágios, examinamos os efeitos diretos das BAs sobre diabetes, doenças cardiovasculares e índice de massa corporal (IMC), a influência do IMC na incidência de doenças e estimamos o carga econômica e de saúde usando fatores atribuíveis à população. Os resultados mostraram que 2,7% dos casos de sobrepeso/obesidade em adultos e 11% em crianças foram atribuíveis a BAs. O consumo de BAs no Brasil levou a 1.814.486 casos, 12.942 mortes, 362.088 AVPIs e USD 2.915,91 milhões em custos médicos relacionados a diabetes, doenças cardiovasculares, doenças oncológicas e outras DNT. A implementação urgente de políticas públicas é crucial para enfrentar o consumo de BAs, reconhecido como um fator de risco fundamental para as DNT.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: Las bebidas azucaradas (BA) tienen una gran fuente de azúcar añadido y están asociadas con enfermedades no transmisibles (ENT), como la obesidad y la diabetes. Este estudio evaluó el impacto del consumo de las BA en la carga de enfermedad en Brasil, incluidas las muertes, los años de vida ajustados por discapacidad (AVAD) y los costos con la salud. Con el uso de una metodología de tres etapas, se evaluaron los efectos directos de las BA sobre la diabetes, las enfermedades cardiovasculares y el índice de masa corporal (IMC), la influencia del IMC en la incidencia de la enfermedad, y se estimó la carga económica y de salud utilizando los factores atribuibles a la población. Los resultados mostraron que el 2,7% de los casos de sobrepeso/obesidad en adultos y del 11% en niños fueron atribuibles a las BA. El consumo de las BA en Brasil generó 1.814.486 casos, 12.942 muertes, 362.088 AVAD y USD 2.915,91 millones en costos médicos relacionados con diabetes, enfermedades cardiovasculares, enfermedades oncológicas y otras ENT. Es necesario implementar políticas públicas para tratar el consumo de las BA, reconocido este como un factor de riesgo clave para las ENT.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: Sugar-sweetened beverages (SSBs) are a major source of added sugar and are associated with noncommunicable diseases (NCDs) such as obesity and diabetes. This study assessed the impact of SSBs consumption on disease burden in Brazil, including deaths, disability-adjusted life years (DALYs), and healthcare costs. A 3-stage methodology was used to assess the direct effects of SSBs on diabetes, cardiovascular diseases, and body mass index (BMI), along with the influence of BMI on disease incidence. These assessments were then used to estimate the economic and health burden using population-attributable factors. Results showed that 2.7% and 11% of adult and children overweight/obesity cases were attributable to SSBs, respectively. SSBs consumption in Brazil led to 1,814,486 cases, 12,942 deaths, 362,088 DALYs, and USD 2,915.91 million in medical costs related to diabetes, cardiovascular diseases, oncological diseases, and other NCDs. Urgent implementation of public policies is crucial to address the consumption of SSBs, recognized as a key risk factor for NCDs.
  • Efeito da prevalência do consumo de álcool e tabaco em municípios mexicanos sobre o desenvolvimento durante a primeira infância Article

    Prado-Galbarro, Francisco-Javier; Sanchez-Piedra, Carlos; Martínez-Núñez, Juan-Manuel

    Resumo em Português:

    Resumo: A faixa etária que se estende do nascimento aos 5 anos de idade é um dos períodos mais críticos na infância. Crianças expostas ao álcool e/ou tabaco por meio de familiares e vizinhos estão em risco de atraso no desenvolvimento infantil. Este estudo avaliou a associação do desenvolvimento durante a primeira infância com a prevalência do consumo de álcool e tabaco em municípios mexicanos. Trata-se de um estudo transversal. As informações sobre o desenvolvimento durante a primeira infância de 2.345 crianças de 36 a 59 meses foram obtidas pela Pesquisa Nacional Sobre Crianças e Mulheres no México (ENIM) de 2015. Os dados sobre consumo de álcool e tabaco são da Pesquisa Nacional sobre Consumo de Drogas, Álcool e Tabaco no México (ENCODAT) de 2016. Modelos logísticos multiníveis foram ajustados para avaliar a associação da prevalência de consumo de álcool e tabagismo com desenvolvimento durante a primeira infância inadequado. Crianças que vivem em municípios com alta prevalência de consumo de álcool (OR = 13,410; IC95%: 2,986; 60,240) e tabagismo (OR = 15,080; IC95%: 2,040; 111,400) foram associadas à maior probabilidade de ter um desenvolvimento durante a primeira infância inadequado após ajuste às variáveis individuais relacionadas ao desenvolvimento da criança e a outras variáveis ambientais em nível municipal. A exposição infantil ao álcool e tabaco na vizinhança pode contribuir diretamente para o desenvolvimento durante a primeira infância inadequado. Estas descobertas demonstram uma necessidade urgente de desenvolver intervenções eficazes destinadas a reduzir o consumo de álcool e tabagismo nos municípios para garantir um desenvolvimento durante a primeira infância adequado.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: El grupo de edad que se extiende desde el nacimiento hasta los 5 años es uno de los periodos más críticos en la infancia. Niños expuestos al alcohol y/o al tabaco a través de la familia y vecinos corren el riesgo de sufrir un retraso en el desarrollo infantil. Este estudio evaluó la asociación del desarrollo durante la primera infancia con la prevalencia del consumo de alcohol y tabaco en municipios mexicanos. Se trata de un estudio transversal. Las informaciones sobre el desarrollo durante la primera infancia de 2.345 niños de 36 a 59 meses se obtuvieron a través de la Encuesta Nacional de los Niños, Niñas y Mujeres en México (ENIM) de 2015. Los datos sobre el consumo de alcohol y tabaco son de la Encuesta Nacional de Consumo de Drogas, Alcohol y Tabaco en México (ENCODAT) de 2016. Se ajustaron los modelos logísticos multiniveles para evaluar la asociación de la prevalencia de consumo de alcohol y tabaquismo con desarrollo durante la primera infancia inadecuado. Los niños que viven en municipios que tienen una alta prevalencia de consumo de alcohol (OR = 13,410; IC95%: 2,986; 60,240) y tabaquismo (OR = 15,080; IC95%: 2,040; 111,400) se asociaron con la probabilidad más alta de tener un desarrollo durante la primera infancia inadecuado tras el ajuste de las variables individuales relacionadas al desarrollo del niño y a otras variables ambientales en nivel municipal. La exposición infantil al alcohol y al tabaco en la vecindad puede contribuir directamente a un desarrollo durante la primera infancia inadecuado. Estos hallazgos indican una necesidad urgente de desarrollar intervenciones eficaces destinadas a reducir el consumo de alcohol y tabaquismo en los municipios para asegurar un desarrollo durante la primera infancia adecuado.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: One of the most critical time periods in childhood is from birth to five years of age. Children exposed to alcohol and/or tobacco via family members and neighborhood are at risk for childhood developmental delays. This study evaluated the association of early childhood development with the prevalence of alcohol consumption and tobacco use in Mexican municipalities. This is a cross-sectional study. Early childhood development information from 2,345 children aged from 36 to 59 months was obtained from the 2015 Mexican National Survey of Boys, Girls, and Women (ENIM). Data on alcohol consumption and tobacco use come from the 2016 Mexican National Survey on Drugs, Alcohol, and Tobacco Consumption (ENCODAT). Multilevel logistic models were fitted to evaluate the association of the prevalence of alcohol consumption and tobacco use with the inadequacy of early childhood development. Children living in municipalities with high prevalence of alcohol consumption (OR = 13.410; 95%CI: 2.986; 60.240) and tobacco use (OR = 15.080; 95%CI: 2.040; 111.400) were less likely to be developmentally on track regarding early childhood development after adjustment for individual variables related to the child’s development and other environmental variables at municipal level. Childhood exposure to alcohol and tobacco in the neighborhood may directly contribute to inadequate early childhood development. These findings suggest that there is an urgent need to develop effective interventions aimed at reducing alcohol consumption and tobacco use in municipalities to ensure adequate early childhood development.
  • Padrões de síndrome metabólica e fatores associados em mulheres do ELSA-Brasil: uma abordagem com análise de classes latentes Article

    Galvão, Nila Mara Smith; Matos, Sheila Maria Alvim de; Almeida, Maria da Conceição Chagas de; Gabrielli, Ligia; Barreto, Sandhi Maria; Aquino, Estela M. L.; Schmidt, Maria Inês; Amorim, Leila Denise Alves Ferreira

    Resumo em Português:

    Resumo: O objetivo foi identificar padrões de síndrome metabólica em mulheres, estimar suas prevalências e relações com características sociodemográficas e biológicas. Este estudo examinou 5.836 mulheres utilizando dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Os padrões de síndrome metabólica foram definidos por meio de análise de classe latente, usando as seguintes anormalidades metabólicas como indicadores: obesidade abdominal, hiperglicemia, hipertensão, hipertrigliceridemia e colesterol HDL reduzido. As relações entre os padrões de síndrome metabólica e as características individuais foram avaliadas por meio da análise de classes latentes com covariáveis. Foram identificados três padrões de síndrome metabólica, denominados “alta expressão metabólica”, “expressão metabólica moderada” e “baixa expressão metabólica”. Os dois primeiros padrões representaram a maioria (53,8%) das mulheres do estudo. As mulheres com nível de escolaridade primário ou secundário e pertencentes à classe social baixa tiveram maior chance de apresentar maior expressão metabólica. Negros e pardos tiveram maior chance de apresentar “expressão metabólica moderada”. Mulheres na menopausa com 50 anos ou mais apresentaram maior chance de ter padrões de maior risco à saúde. Este estudo abordou a natureza heterogênea da síndrome metabólica, identificando três perfis distintos para a síndrome entre as mulheres. A combinação de obesidade abdominal, hiperglicemia e hipertensão representa o principal perfil metabólico encontrado entre os participantes do ELSA-Brasil. Fatores sociodemográficos e biológicos foram importantes preditores para os padrões de síndrome metabólica.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: El objetivo fue identificar patrones del síndrome metabólico en mujeres, estimar sus prevalencias y relaciones con características sociodemográficas y biológicas. Este estudio examinó 5.836 mujeres utilizando datos de la línea de base del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto (ELSA-Brasil). Los patrones de síndrome metabólico se definieron a través del análisis de clase latente, utilizando las siguientes anormalidades metabólicas como indicadores: obesidad abdominal, hiperglucemia, hipertensión, hipertrigliceridemia y colesterol HDL reducido. Las relaciones entre los patrones de síndrome metabólico y las características individuales se evaluaron a través del análisis de clases latentes con covariables. Se identificaron tres patrones de síndrome metabólico, denominados “alta expresión metabólica”, “expresión metabólica moderada” y “baja expresión metabólica”. Los primeros dos patrones representan la mayoría (el 53,8%) de las mujeres del estudio. Las mujeres que tenían un nivel de escolaridad primario o secundario y que pertenecían a la clase social baja tuvieron una mayor probabilidad de presentar una expresión metabólica más alta. Los negros y pardos tuvieron una probabilidad más alta de presentar “expresión metabólica moderada”. Las mujeres en la menopausia que tenían 50 años o más presentaron una probabilidad más alta de tener patrones de mayor riesgo para la salud. Este estudio abordó la naturaleza heterogénea del síndrome metabólico, identificando tres perfiles diferentes para el síndrome entre las mujeres. La combinación de obesidad abdominal, hiperglucemia e hipertensión representa el principal perfil metabólico encontrado entre los participantes del ELSA-Brasil. Factores sociodemográficos y biológicos fueron importantes predictores para los patrones de síndrome metabólico.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: This study aimed to identify patterns of metabolic syndrome among women and estimate their prevalence and relationship with sociodemographic and biological characteristics. In total, 5,836 women were evaluated using baseline data from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Patterns of metabolic syndrome were defined via latent class analysis, using the following metabolic abnormalities as indicators: abdominal obesity, hyperglycemia, hypertension, hypertriglyceridemia, and reduced HDL cholesterol. The relationship between these patterns and individual characteristics was assessed using latent class analysis with covariates. Three patterns of metabolic syndrome were identified: high metabolic expression, moderate metabolic expression, and low metabolic expression. The first two patterns represented most women (53.8%) in the study. Women with complete primary or secondary education and belonging to lower social classes were more likely to have higher metabolic expression. Black and mixed-race women were more likely to have moderate metabolic expression. Menopausal women aged 50 years and older were more often classified into patterns of greater health risk. This study addressed the heterogeneous nature of metabolic syndrome, identifying three distinct profiles for the syndrome among women. The combination of abdominal obesity, hyperglycemia, and hypertension represents the main metabolic profile found among ELSA-Brasil participants. Sociodemographic and biological factors were important predictors of patterns of metabolic syndrome.
  • Prevalência e fatores associados à COVID longa em adultos do Sul do Brasil: achados da coorte PAMPA Article

    Feter, Natan; Caputo, Eduardo Lucia; Leite, Jayne Santos; Delpino, Felipe Mendes; Silva, Luísa Silveira da; Vieira, Yohana Pereira; Paz, Isabel de Almeida; Rocha, Juliana Quadros Santos; Silva, Carine Nascimento da; Schröeder, Natália; Silva, Marcelo Cozzensa da; Rombaldi, Airton José

    Resumo em Português:

    Resumo: A maior parte dos sobreviventes da COVID-19 relatou sintomas persistentes após a infecção, também conhecida como COVID longa. O Brasil foi um epicentro da pandemia de COVID-19, logo, espera-se uma alta carga de COVID longa. Este estudo teve como objetivo identificar a prevalência e os fatores associados à COVID longa em adultos no Sul do Brasil. Foram analisados dados da coorte PAMPA. Os participantes preencheram um questionário online autoaplicável em junho de 2022. Foram incluídos apenas os participantes que testaram positivo para COVID-19. A COVID longa foi definida como qualquer sintoma que persistiu por pelo menos três meses após a infecção do SARS-CoV-2. Os modelos de regressão de Poisson com variância robusta foram usados para identificar fatores associados à COVID longa; os resultados foram relatados como razão de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). Ao todo, 1.001 participantes (77,4% mulheres, idade média [DP] = 38,3 [11,9] anos) foram analisados. A prevalência da COVID longa foi de 77,4% (IC95%: 74,7; 79,9). A probabilidade da COVID longa foi maior em participantes não vacinados (RP = 1,23, IC95%: 1,06; 1,42), pessoas com condições crônicas (RP = 1,13, IC95%: 1,04; 1,24), e pacientes hospitalizados devido à infecção por COVID-19 (RP = 1,24, IC95%: 1,16; 1,32) em comparação com as contrapartes. A prevalência foi maior em mulheres (RP = 1,21, IC95%: 1,09; 1,33) do que em homens. A atividade física foi associada à probabilidade reduzida de fadiga, complicações neurológicas, tosse e dor de cabeça como sintomas persistentes após a infecção por COVID-19. Três em cada quatro adultos no Sul do Brasil tiveram COVID longa. Políticas públicas que visem reduzir a carga da covid longa devem ser priorizadas, especialmente nos grupos de maior risco desta condição.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: La mayoría de los supervivientes de la COVID-19 relató síntomas persistentes tras la infección, también conocida como COVID largo. Brasil fue un epicentro de la pandemia de COVID-19, así, se espera una alta carga de COVID largo. El objetivo de este estudio fue identificar la prevalencia y los factores asociados con la COVID largo en adultos en el Sur de Brasil. Se analizaron datos de la cohorte PAMPA. Los participantes rellenaron un cuestionario en línea autoadministrado en junio de 2022. Solo se incluyeron los participantes que dieron positivo para COVID-19. La COVID largo fue definida como cualquier síntoma que persistió durante al menos tres meses tras la infección del SARS-CoV-2. Se utilizaron los modelos de regresión de Poisson con varianza robusta para identificar factores asociados con el COVID largo; se relataron los resultados como razón de prevalencia (RP) y sus respectivos intervalos de 95% confianza de 95% (IC95%). En total, se analizaron 1.001 participantes (el 77,4% mujeres, edad media [DP] = 38,3 [11,9] años). La prevalencia del COVID largo fue del 77,4% (IC95%: 74,7; 79,9). La probabilidad del COVID largo fue más alta en participantes no vacunados (RP = 1,23, IC95%: 1,06; 1,42), personas con condiciones crónicas (RP = 1,13, IC95%: 1,04; 1,24) y pacientes hospitalizados debido a la infección por COVID-19 (RP = 1,24, IC95%: 1,16; 1,32) en comparación con sus contrapartes. La prevalencia fue más alta en mujeres (RP = 1,21, IC95%: 1,09; 1,33) que en hombres. La actividad física se asoció con la probabilidad reducida de fatiga, complicaciones neurológicas, tos y dolor de cabeza como síntomas persistentes tras la infección por COVID-19. Tres de cada cuatro adultos en el Sur de Brasil han tenido COVID largo. Se deben priorizar las políticas públicas destinadas a reducir la carga del COVID largo, sobre todo en los grupos de mayor riesgo para esta condición.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: Most COVID-19 survivors have reported experiencing persistent symptoms after the infection - these types of cases are known as long COVID. Since Brazil was an epicenter of the COVID-19 pandemic, a high burden of long COVID is expected. This study aimed to identify the prevalence and factors associated with long COVID in adults in Southern Brazil, analyzing data from the PAMPA cohort. Participants filled out a self-reported online questionnaire in June 2022. This study only included subjects who tested positive for COVID-19. Long COVID was defined by any symptoms that persisted for at least three months after the SARS-CoV-2 infection. Poisson’s regression models with robust variance were used to identify factors associated with long COVID; and results were reported as prevalence ratios (PR) and respective 95% confidence intervals (95%CI). A total of 1,001 participants (77.4% women, mean age [SD] = 38.3 [11.9] years) were analyzed. The prevalence of long COVID among these patients was 77.4% (95%CI: 74.7; 79.9). The likelihood of long COVID was higher in unvaccinated participants (PR = 1.23, 95%CI: 1.06; 1.42), in those with chronic conditions (PR = 1.13, 95%CI: 1.04; 1.24), and in those who were hospitalized due to the COVID-19 infection (PR = 1.24, 95%CI: 1.16; 1.32). This prevalence was also higher in women (PR = 1.21, 95%CI: 1.09; 1.33) than in men. Physical activity was associated with a reduced likelihood of fatigue, neurological complications, coughing, and headaches as persistent symptoms after a COVID-19 infection. It was found that three out of four adults in Southern Brazil experienced long COVID. Public policies aiming to reduce the burden of long COVID must be prioritized, especially in groups that are at higher risk of developing this harmful condition.
  • Associação entre suporte social e autoavaliação de saúde na meia-idade: seriam os homens mais afetados que as mulheres? Article

    Passarelli-Araujo, Hisrael

    Resumo em Português:

    Resumo: O suporte social de familiares e amigos é reconhecido como um importante determinante social da saúde com base em seus efeitos protetores sobre o bem-estar físico e mental dos indivíduos. Embora a maioria das pesquisas tenha se concentrado em adultos mais velhos, investigar a saúde na meia-idade é igualmente crucial, já que estes indivíduos também são suscetíveis aos resultados prejudiciais à saúde decorrentes do suporte social inadequado de amigos e familiares. Este estudo contribui para o debate ao examinar se o suporte social está associado à autoavaliação da saúde entre adultos brasileiros de meia-idade e como essa relação varia entre homens e mulheres. Usando dados da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2019, modelos de regressão logística foram empregados para avaliar diferenças na autoavaliação da saúde, contabilizando fatores de confusão. A amostra foi composta por 31.926 adultos de meia-idade, dos quais 52,5% eram mulheres. A prevalência geral de autoavaliação de saúde ruim foi de 40,7%, com diferença significativa entre homens e mulheres. Os resultados deste estudo sugerem que não ter amigos ou familiares com quem contar em momentos bons ou desafiadores esteve associado à pior autopercepção de saúde. No entanto, a força dessa associação difere de acordo com o gênero, sendo que o suporte social de amigos desempenha um papel mais importante na autoavaliação da saúde das mulheres do que na dos homens. Por outro lado, o apoio familiar esteve associado à autoavaliação da saúde masculina, particularmente para homens com três ou mais membros da família com quem podem contar. Estudos futuros devem considerar fatores culturais e contextuais para compreender melhor outras dimensões do suporte social e sua associação com a saúde na meia-idade.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: El apoyo social de la familia y de amigos se reconoce como un importante determinante social de salud basado en sus efectos protectores sobre el bienestar físico y mental de los individuos. Aunque la mayoría de las investigaciones se ha centrado en adultos mayores, investigar la salud en la mediana edad también es esencial, una vez que estos individuos también son susceptibles a los resultados perjudiciales para la salud resultantes de un apoyo social inadecuado de amigos e de la familia. Este estudio contribuye al debate al investigar si el apoyo social está asociado con la autoevaluación de salud entre adultos brasileños de mediana edad y cómo esa relación varía entre hombre y mujeres. Usando datos de la Encuesta Nacional de Salud realizada en 2019, se utilizaron modelos de regresión logística para evaluar diferencias en la autoevaluación de salud, contabilizando factores de confusión. La muestra se compuso de 31.926 adultos de mediana edad, de los cuales el 52,5% eran mujeres. La prevalencia general de autoevaluación de mala salud fue del 40,7%, con diferencia significativa entre hombres y mujeres. Los resultados de este estudio sugieren que no tener amigos o familiares en los que confiar en buenos o malos momentos se asoció con la peor autopercepción de salud. Sin embargo, la fuerza de esa asociación es diferente según el género, ya que el apoyo social de amigos es más importante en la autoevaluación de salud de las mujeres que en la autoevaluación de los hombres. Por otro lado, el apoyo familiar se asoció con la autoevaluación de la salud masculina, particularmente para hombres que tenían tres o más personas de la familia en los que confiar. Estudios futuros deben tener en cuenta factores culturales y contextuales para mejor comprender otras dimensiones del apoyo social y su asociación con la salud en la mediana edad.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: Social support from family and friends is recognized as an important social determinant of health, given its protective effects on individuals’ physical and mental well-being. While most studies have focused on older adults, investigating midlife health is equally crucial since middle-aged individuals are also susceptible to the harmful health outcomes of inadequate social support from friends and family. This study contributes to the debate by examining whether social support is associated with self-rated health among middle-aged Brazilian adults and how this relationship varies between men and women. Using data from the nationwide Brazilian National Health Survey conducted in 2019, logistic regression models were employed to assess differences in self-rated health, accounting for confounding factors. The sample comprised 31,926 middle-aged adults, of which 52.5% were women. The overall prevalence of poor self-rated health was 40.7%, with a significant difference between men and women. Results from this study suggest that having no friends or family members to rely on, both during good and challenging times, was associated with poorer self-rated health. However, the strength of this association differs by gender, with social support from friends playing a more critical role in women’s self-rated health. On the other hand, family support was associated with male self-rated health, particularly for men with three or more family members they can rely on. Future studies should consider cultural and contextual factors to better understand other dimensions of social support and its association with midlife health.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@ensp.fiocruz.br