• Uma proposta de avaliação da gestão de programas de controle da tuberculose: um estudo qualitativo de avaliabilidade na fronteira entre Brasil e Venezuela Article

    Soares, Débora de Almeida; Arcêncio, Ricardo Alexandre; Fronteira, Inês

    Resumo em Português:

    Objetivou-se examinar a viabilidade da construção de um modelo avaliativo para a gestão do Programa de Prevenção e Controle da Tuberculose no Estado de Roraima, localizado na fronteira entre Brasil e Venezuela. Trata-se de um estudo de avaliabilidade, um tipo de estudo utilizado como pré-avaliação na fase de desenvolvimento e implementação de um programa, bem como ao longo de sua execução. O estudo foi desenvolvido em etapas: (i) definição da intervenção a ser analisada e seus objetivos e metas; (ii) construção do modelo lógico da intervenção; (iii) mapeamento dos interessados na avaliação; (iv) definição das questões avaliativas e (v) delineamento da matriz de avaliação. Foram definidos quatro componentes prioritários para avaliação: gestão da organização e implementação da política de prevenção e controle da tuberculose (TB), gestão da vigilância epidemiológica, gestão da rede de atenção à saúde e gestão dos resultados esperados/obtidos. Nesse modelo, e com base em referenciais teóricos, definimos os recursos, atividades, produtos, resultados e o impacto esperado para cada um dos componentes de gestão de políticas. A gestão do programa de controle da TB é passível de avaliação a partir do delineamento de seus componentes e da definição de indicadores de estrutura e processo, assim como de resultados relevantes e sua influência para o cumprimento das metas pactuadas, visando erradicar a doença até 2035.

    Resumo em Espanhol:

    El objetivo fue analizar la viabilidad de elaborar un modelo de evaluación para la gestión del Programa de Prevención y Control de la Tuberculosis en el Estado de Roraima, que está en la frontera entre Brasil y Venezuela. Se trata de un estudio de evaluabilidad, un modelo de estudio que se utiliza como evaluación previa en la fase de desarrollo e implementación de un programa, así como a lo largo de su ejecución. El desarrollo del estudio se realizó en etapas: (i) definir la intervención a analizar y sus objetivos y metas; (ii) construir el modelo lógico de la intervención; (iii) mapear los interesados en la evaluación; (iv) definir las preguntas de la evaluación; y (v) trazar la matriz de evaluación. Se definieron cuatro componentes prioritarios para la evaluación: la gestión de la organización e implementación de la política de prevención y control de la tuberculosis (TB), la gestión de la vigilancia epidemiológica, la gestión de la red de atención a la salud y la gestión de los resultados esperados/obtenidos. En este modelo, y basándonos en referentes teóricos, definimos los recursos, actividades, productos, resultados y el impacto esperado para cada uno de los componentes de la gestión de políticas. La gestión del programa de control de la TB puede evaluarse a partir del diseño de sus componentes y de la definición de indicadores de estructura y proceso, así como de resultados relevantes y su influencia para el cumplimiento de las metas pactadas, con el fin de erradicar la enfermedad para 2035.

    Resumo em Inglês:

    This study aims to analyze the feasibility of building an evaluative model for the management of the Tuberculosis Prevention and Control Program in the State of Roraima, located on the border between Brazil and Venezuela. This is an evaluability assessment, a type of study used as a pre-evaluation of the development and implementation stages of a program, as well as throughout its execution. The study was developed in stages comprising the: (i) definition of the intervention to be analyzed and its objectives and goals; (ii) construction of the intervention logical model; (iii) screening of parties interested in the evaluation; (iv) definition of the evaluative questions; and (v) design of the evaluation matrix. Four priority components were defined for the evaluation: management of the organization and implementation of tuberculosis (TB) prevention and control policy; epidemiological surveillance management; care network management; and management of expected/achieved results. In this model, and based on theoretical references, we defined the necessary resources, activities, outputs, outcomes, and the expected impact for each of the policy management components. The management of the TB control program is feasible for evaluation based on the design of its components, the definition of structure and process indicators, and relevant results for the analysis of the management of TB prevention and control actions, as well as its influence on compliance with the agreed indicators and targets aiming at eradicating the disease by 2035.
  • Autopercepção da saúde mental, COVID-19 e fatores sociodemográficos e contextuais associados na América Latina Article

    Roa, Pablo; Rosas, Guillermo; Niño-Cruz, Gloria Isabel; Moreno-López, Sergio Mauricio; Mejía-Grueso, Juliana; Aguirre-Loaiza, Haney; Alarcón-Aguilar, Javiera; Reis, Rodrigo; Hino, Adriano Akira Ferreira; López, Fernando; Salvo, Deborah; Ramírez-Varela, Andrea

    Resumo em Português:

    Resumo Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de alterações na autopercepção de saúde mental durante a pandemia de COVID-19 e seus fatores associados em quatro países da América Latina. Este é um estudo transversal de dados coletados de adultos em 2021 por meio da pesquisa Resposta Colaborativa à COVID-19 da Academia McDonnell na Universidade Washington em St. Louis (Estados Unidos). A amostra foi composta por 8.125 pessoas do Brasil, Colômbia, México e Chile. O estudo utilizou um modelo linear generalizado para uma variável de desfecho binário com uma conexão logística e efeitos fixos do país. No total, 2.336 (28,75%) pessoas consideraram ter sofrido alterações na autopercepção de saúde mental. Os desempregados (OR = 1,40; IC95%: 1,24-1,58), aqueles com qualidade de vida ruim/regular (OR = 5,03; IC95%: 4,01-6,31) e aqueles com alto nível socioeconômico (OR = 1,66; IC95%: 1,41-1,96) apresentaram maior risco de alterações na autopercepção de saúde mental do que aqueles com emprego em tempo integral, excelente qualidade e baixo nível socioeconômico. De acordo com o modelo de efeitos fixos, os brasileiros que viviam no país durante a pandemia, que discordavam das decisões do governo (OR = 2,05; IC95%: 1,74-2,42) e não confiavam em seu governo (OR = 2,10; IC95%: 1,74-2,42) apresentaram maior risco de alterações na autopercepção de saúde mental. Quase 30% dos entrevistados indicaram que a pandemia da COVID-19 alterou sua autopercepção de saúde mental. Esse desfecho estava associado a fatores políticos, sociodemográficos e de risco à saúde. Estes achados devem ajudar os formuladores de políticas a desenvolver intervenções comunitárias pós-pandemia.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen Este estudio tuvo como objetivo estimar la prevalencia de alteraciones en la autopercepción de la salud mental durante la pandemia de COVID-19 y sus factores asociados en cuatro países de América Latina. Este es un estudio transversal de datos recopilados de adultos en el 2021 por medio de la investigación Respuesta Colaborativa a COVID-19 de la Academia McDonnell en la Universidad Washington en St. Louis (Estados Unidos). La muestra estuvo compuesta por 8.125 personas de Brasil, Colombia, México y Chile. El estudio utilizó un modelo lineal generalizado para una variable de desenlace binario con un enlace logístico y efectos fijos por país. En total, 2.336 (28,75%) personas consideraron que habían sufrido alteraciones en la autopercepción de la salud mental. Los desempleados (OR = 1,40; IC95%: 1,24-1,58), aquellos con calidad de vida mala/regular (OR = 5,03; IC95%: 4,01-6,31) y aquellos con alto nivel socioeconómico (OR = 1,66; IC95%: 1,41-1,96) presentaron mayor riesgo de alteraciones en la autopercepción de la salud mental que aquellos con empleo a tiempo completo, excelente calidad y bajo nivel socioeconómico. Según el modelo de efectos fijos, los brasileños que vivían en el país durante la pandemia y que no estuvieron de acuerdo con las decisiones del gobierno (OR = 2,05; IC95%: 1,74-2,42) y no confiaban en su gobierno (OR = 2,10; IC95%: 1,74-2,42) presentaron mayor riesgo de alteraciones en la autopercepción de la salud mental. Casi el 30% de los encuestados indicaron que la pandemia de COVID-19 alteró su autopercepción de la salud mental. Este desenlace se asoció con factores políticos, sociodemográficos y de riesgo a la salud. Estos hallazgos deben ayudar a los formuladores de políticas a desarrollar intervenciones comunitarias pospandémicas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract This study aimed to estimate the prevalence of alterations in self-perceived mental health during the COVID-19 pandemic and their associated factors in four Latin American countries. This is a cross-sectional study based on data collected from adults in 2021 through the Collaborative Response COVID-19 Survey by the MacDonnell Academy at Washington University in St. Louis (United States). The sample was composed of 8,125 individuals from Brazil, Colombia, Mexico, and Chile. A generalized linear model for a binary outcome variable with a logistic link and fixed country effects was used. There were 2,336 (28.75%) individuals who considered having suffered alterations in self-perceived mental health. Unemployed individuals (OR = 1.40; 95%CI: 1.24-1.58), those with bad/regular quality of life (OR = 5.03; 95%CI: 4.01-6.31), and those with high socioeconomic status (OR = 1.66; 95%CI: 1.41-1.96) had a higher risk of self-perceived mental health alterations than those with full-time employment, excellent quality, and low socioeconomic status. According to the fixed-effects model, Brazilians living in the country during the pandemic, who disagreed with their government’s decisions (OR = 2.05; 95%CI: 1.74-2.42) and lacked trust in their government (OR = 2.10; 95%CI: 1.74-2.42) had a higher risk of having self-perceived mental health alterations. Nearly 30% of respondents indicated that the COVID-19 pandemic altered their self-perceived mental health. This outcome was associated with political, sociodemographic, and health risk factors. These findings should help policymakers develop post-pandemic community interventions.
  • Gênero, distúrbio psicológico e bem-estar subjetivo dois anos após o início da pandemia da COVID-19 na Espanha Article

    Matud, M. Pilar; Díaz, Amelia; Pino, Mª. José del; Fortes, Demelza; Ibáñez, Ignacio

    Resumo em Português:

    Resumo Este estudo teve como objetivo analisar as diferenças de gênero em estresse psicológico e no bem-estar dois anos após o início da pandemia da COVID-19, analisando fatores de risco e de proteção para estresse psicológico e bem-estar subjetivo. Este foi um estudo transversal repetido com amostra de 1.588 indivíduos da população geral da Espanha - 50% do sexo feminino e 50% do sexo masculino, com idade entre 18 e 74 anos. Os participantes foram avaliados online por meio de sete questionários e escalas. Foram realizadas análises descritivas, de variância e de regressão múltipla hierárquica. Entre fevereiro e abril de 2022, 57,4% das mulheres e 38,7% dos homens apresentaram estresse psicológico, com porcentagens de 50,5% e 41,5%, respetivamente, entre outubro de 2022 e fevereiro de 2023. As mulheres também apresentaram maior vulnerabilidade percebida à doença, mais sentimentos negativos, menor equilíbrio afetivo e menor resiliência e autoestima do que os homens. Os indicadores mais importantes de maior estresse psicológico foram baixa autoestima, baixa resiliência, baixo apoio social e maior vulnerabilidade percebida à doença. Outros indicadores estatisticamente significativos foram: baixo nível de escolaridade entre as mulheres e não ser casado ou não viver com uma companheira entre os homens. Baixa autoestima também foi o melhor indicador de baixo bem-estar subjetivo; além disso, baixo apoio social e baixa resiliência também foram indicadores significativos. Além disso, baixo nível de escolaridade e alta vulnerabilidade percebida à doença foram indicadores estatisticamente significativos de baixo bem-estar subjetivo entre as mulheres e de não ser estudante entre os homens. Concluímos que estresse psicológico ainda é muito prevalente na Espanha dois anos após o início da pandemia da COVID-19, principalmente entre as mulheres.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen Este estudio tuvo como objetivo analizar las diferencias de género en distrés psicológico y en el bienestar a dos años del inicio de la pandemia de COVID-19, analizando factores de riesgo y de protección para distrés psicológico y bienestar subjetivo. Se trata de un estudio transversal repetido con una muestra de 1.588 individuos de la población general de España, 50% mujeres y 50% hombres, con edades comprendidas entre 18 y 74 años. Los participantes fueron evaluados en línea mediante 7 cuestionarios y escalas. Se realizaron análisis descriptivos, de varianza y de regresión múltiple jerárquica. Entre febrero y abril del 2022, el 57,4% de las mujeres y el 38,7% de los hombres presentaron distrés psicológico, con porcentajes del 50,5% y 41,5%, respectivamente, entre octubre del 2022 y febrero del 2023. Las mujeres también presentaron una mayor vulnerabilidad percibida a la enfermedad, más sentimientos negativos, menos equilibrio afectivo y menor resiliencia y autoestima que los hombres. Los indicadores más importantes de un mayor distrés psicológico fueron la baja autoestima, la baja resiliencia, el escaso apoyo social y una mayor vulnerabilidad percibida a la enfermedad. Otros indicadores estadísticamente significativos fueron los siguientes: bajo nivel de educación entre las mujeres y no estar casado o no vivir con una compañera entre los hombres. La baja autoestima también fue el mejor indicador de un bajo bienestar subjetivo; además, el escaso apoyo social y la baja resiliencia también fueron indicadores importantes. Además, el bajo nivel de educación y la alta vulnerabilidad percibida a la enfermedad fueron indicadores estadísticamente significativos de bajo bienestar subjetivo entre las mujeres y de no ser estudiantes entre los hombres. Concluimos que el distrés psicológico sigue siendo muy prevalente en España dos años después del inicio de la pandemia de COVID-19, especialmente entre las mujeres.

    Resumo em Inglês:

    Abstract This study aimed to examine gender differences in distress and well-being two years after the onset of the COVID-19 pandemic, analyzing risk and protective factors for psychological distress and subjective well-being. It is a repeated cross-sectional study with a sample of 1,588 women (50%) and men (50%) from the general Spanish population aged 18-74 years who were assessed online by seven questionnaires and scales. Descriptive, variance, and hierarchical multiple regression analyses were performed. From February to April 2022, 57.4% of women and 38.7% of men had psychological distress, percentages that totaled 50.5% and 41.5%, respectively, from October 2022 to February 2023. Women also had greater perceived vulnerability to diseases, more negative feelings, and lower affect balance, resilience, and self-esteem than men. The most important predictors of greater psychological distress refer to lower self-esteem, resilience, and social support and higher perceived vulnerability to diseases. Other statistically significant predictors included lower educational level in women and neither being married nor living with a partner in men. Lower self-esteem also best predicted lower subjective well-being, with lower social support and lower resilience also constituting significant predictors. Moreover, lower educational level and higher perceived vulnerability to diseases statistically and significantly predicted lower subjective well-being in women, as did not being a student in men. We conclude that psychological distress remains greatly prevalent in Spain two years after the beginning of the COVID-19 pandemic, especially in women.
  • Consumo de psicoativos após o desastre da Barragem de Fundão, em Minas Gerais, Brasil Article

    Miranda, Elaine Silva; Dell'Aringa, Marcelo; Costa, Everaldo Alves da; Piazza, Thais; Corte, Francesco Della; Ragazzoni, Luca; Barone-Adesi, Francesco; Andrade, Carla Lourenço Tavares de; Osorio-de-Castro, Claudia Garcia Serpa

    Resumo em Português:

    Resumo: Os desastres provocam alterações na morbidade, mortalidade e no uso de medicamentos. O Brasil é líder na produção de minérios com grande custo ambiental. Os rejeitos de mineração são armazenados em barragens e as rupturas dessas barragens têm causados grandes desastres. Investigamos o consumo de medicamentos psicoativos em municípios atingidos pelo desastre da Barragem de Fundão, em Minas Gerais. Foi realizado um estudo ecológico sobre o consumo de medicamentos, com base em dados de compras públicas e distribuição de farmácias privadas do varejo de Minas Gerais. O consumo (em número de doses diárias definidas/100 mil habitantes por dia) foi analisado descritivamente em oito municípios, estratificados segundo o nível de consumo durante um período de 25 meses. Foram feitas seis comparações de valores médios de consumo para os dois conjuntos de dados dos períodos pré- e pós-desastre. Foram calculadas as médias de consumo de medicamentos antes e depois do evento e adicionadas tendências lineares. Os dados de compras públicas mostraram elevados níveis de consumo. Apenas o varejo farmacêutico apresentou diferenças significativas entre os estratos no período pré-desastre versus dois períodos pós-desastre. Municípios menores apresentaram aumento no consumo a partir do 15º mês após o desastre. Clonazepam liderou o consumo no varejo farmacêutico, seguido pela fluoxetina. Os medicamentos apresentaram tendência de alta após o desastre. A elevada oferta pública pode ter afetado os padrões de consumo significativo de medicamentos psicoativos; no entanto, foram observados aumentos no comércio privado, sugerindo alterações nos padrões de uso após o desastre. A diminuição do consumo imediatamente após o evento estava provavelmente relacionada a um menor comportamento de procura de cuidados por parte da população e os aumentos significativos posteriores podem refletir as consequências econômicas do desastre.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: Los desastres provocan cambios en la morbilidad, mortalidad y en el uso de medicamentos. Brasil es líder en la producción de minerales con grandes costos ambientales. Los desechos mineros se almacenan en represas y las roturas de dichas represas han causado grandes desastres. Investigamos el consumo de medicamentos psicoactivos en municipios afectados por el desastre de la presa de Fundão, en Minas Gerais. Se realizó un estudio ecológico sobre el consumo de medicamentos, con base en datos de compras públicas y distribución en farmacias privadas minoristas de Minas Gerais. El consumo (en número de dosis diarias definidas/100.000 habitantes por día) se analizó descriptivamente en ocho municipios, estratificados según el nivel de consumo durante un período de 25 meses. Se realizaron seis comparaciones de los valores medios de consumo para los dos conjuntos de datos de los períodos anterior y posterior al desastre. Se calculó el consumo medio de medicamentos antes y después del evento y se añadieron las tendencias lineales. Los datos de compras públicas mostraron altos niveles de consumo. Solo el comercio minorista farmacéutico presentó diferencias significativas entre los estratos en el período anterior al desastre frente a dos períodos posteriores al desastre. Los municipios más pequeños presentaron un aumento en el consumo a partir del 15º mes después del desastre. El clonazepam lideró el consumo en el comercio minorista farmacéutico, seguido de la fluoxetina. Los medicamentos presentaron una tendencia al alza después del desastre. La elevada oferta pública puede haber afectado los patrones de consumo significativo de medicamentos psicoactivos; sin embargo, se observaron aumentos en el comercio privado, lo que sugiere cambios en los patrones de uso después del desastre. La disminución del consumo inmediatamente después del evento probablemente relacionada con un menor comportamiento de búsqueda de cuidados por parte de la población, y los aumentos significativos posteriores pueden reflejar las consecuencias económicas del desastre.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: Disasters cause changes in morbidity, mortality, and medicine use. Brazil is one of the main producers of mineral ores at great environmental cost. Mine tailings are stored in dams and ruptures have led to major disasters. We investigated the consumption of psychoactive medicines in the municipalities affected by the Fundão dam disaster in Minas Gerais State. An ecological study was carried out on drug consumption, estimated using public purchases in Minas Gerais and dispensing data from private retail pharmacies. Consumption (in number of defined daily doses/100,000 inhabitants per day) was analyzed descriptively in eight municipalities, stratified according to consumption level during a 25-month period. Six comparisons of mean consumption values for both data sets were done for pre- and post-disaster periods. The means of medicine consumption before and after the event were plotted and linear trends were added. Public purchase data evinced high consumption levels. Only pharmaceutical retail showed significant differences between the strata in the pre-disaster versus two post-disaster periods. Smaller municipalities showed an increase in consumption 15 months after the disaster. Clonazepam led the way in pharmaceutical retail consumption, followed by fluoxetine. Medicines showed an upward trend after the disaster. The high public provision may have stifled significant consumption patterns of psychoactive drugs; however, peak consumption were observed in private retail, suggesting a modification in use patterns after the disaster. The decrease in consumption immediately after the event was probably related to lower care-seeking behavior on the part of the population, and significant peaks after the disaster may reflect economic consequences of it.
  • Tendências em vasectomia e doenças sexualmente transmissíveis no Chile: resultados de bases de dados robustas Article

    Toledo, Daniela; Urquidi, Cinthya; Sepúlveda-Peñaloza, Alejandro; Leyton, Rodrigo

    Resumo em Português:

    Resumo: Uma controvérsia sobre o aumento ou declínio da vasectomia está surgindo; no entanto, as evidências ainda são escassas na América Latina. Este estudo ecológico analisou as tendências de vasectomia e doenças sexualmente transmissíveis (DST) em um período de dez anos no Chile e determinou se há alguma relação entre elas. Este é um estudo ecológico misto utilizando dados secundários e representativos sobre o número de vasectomias e casos de DSTs de 2008 a 2017. As taxas de vasectomia foram calculadas por grupos etários, considerando homens de 20-59 anos de idade e DSTs específicas (HIV, clamídia, gonorreia, tricomoníase e sífilis) para o mesmo período. Modelos de regressão binomial negativa multivariada foram ajustados para avaliar tendências e relações entre taxas. A média de idade da vasectomia foi de 40,3 anos, sem diferenças significativas entre os anos do estudo (p = 0,058). A taxa geral de vasectomia aumentou significativamente de 2008 a 2017 (p < 0,001), com diferenças entre grupos etários (p < 0,001). O aumento mais significativo foi observado em homens de 30-49 anos (p < 0,001). As taxas de DST aumentaram significativamente (p < 0,05) durante o período de estudo. Houve correlação positiva significativa entre as taxas de vasectomia e as taxas de incidência de gonorreia (p = 0,008) e uma correlação inversa com as taxas de incidência de hepatite B (p = 0,002). As tendências de vasectomia e as taxas de DST aumentaram significativamente de 2008 para 2017 no Chile, especialmente entre homens de 30-49 anos. A relação entre vasectomia e incrementos de DST sugere um novo fator de risco para políticas de saúde sexual e reprodutiva para auxiliar no controle da epidemia de HIV e DST.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: Se viene surgiendo una controversia sobre el aumento o la disminución de la vasectomía; sin embargo, la evidencia aún es escasa en América Latina. Este estudio ecológico analizó las tendencias de la vasectomía y las enfermedades de transmisión sexual (ETS) durante un período de 10 años en Chile y determinó si existe alguna relación entre ellas. Este es un estudio ecológico mixto que utiliza datos secundarios representativos sobre el número de vasectomías y casos de ETS de 2008 a 2017. Las tasas de vasectomía se calcularon por grupos de edad teniendo en cuenta a hombres entre 20-59 años de edad y ETS específicas (VIH, clamidia, gonorrea, tricomoniasis y sífilis) para el mismo período. Los modelos de regresión binomial negativa multivariante se ajustaron para evaluar las tendencias y las relaciones entre las tasas. La edad media de la vasectomía fue de 40,3 años, sin diferencias significativas entre el período del estudio (p = 0,058). La tasa general de vasectomía tuvo un incremento significativo para el período de 2008 a 2017 (p < 0,001), con diferencias entre los grupos de edad (p < 0,001). El incremento más significativo se observó en hombres de entre 30-49 años (p < 0,001). Las tasas de ETS tuvieron una alza significativa (p < 0,05) durante el período de estudio. Hubo una correlación positiva significativa entre las tasas de vasectomía y las tasas de incidencia de gonorrea (p = 0,008) y una correlación inversa con las tasas de incidencia de hepatitis B (p = 0,002). Se concluye que las tendencias de la vasectomía y las tasas de ETS presentaron un incremento significativo en período de 2008 a 2017 en Chile, especialmente entre los hombres de entre 30-49 años. La relación entre la vasectomía y el incremento de las ETS puede ser un nuevo factor de riesgo para las políticas de salud sexual y reproductiva que puede ayudar a controlar la epidemia del VIH y las ETS.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: A controversy about the increase or decline of vasectomy is emerging; however, the evidence is still scarce in Latin America. This ecological study analyzed the vasectomy and sexual transmitted diseases (STD) trends over a period of 10 years in Chile and determined if there is any relationship between them. We conducted a mixed ecological study using secondary and representative data on the number of vasectomies and STD cases from 2008 to 2017. Vasectomy rates were calculated for age-specific groups of men aged 20-59 years, and specific STD (HIV, chlamydia, gonorrhea, trichomoniasis, and syphilis) for the same period. Multivariate negative binomial regression models were fitted to evaluate rate trends and relationships. The mean vasectomy age was 40.3 years, with no significant differences between the years of the study (p = 0.058). The overall vasectomy rate significantly increased from 2008 to 2017 (p < 0.001), with differences between age groups (p < 0.001). The most significant increase was observed in men aged 30-49 (p < 0.001). The STD rates significantly increased (p < 0.05) during the study period. A significant positive correlation was found between vasectomy and gonorrhea incidence rates (p = 0.008) and an inverse correlation was found with hepatitis B incidence rates (p = 0.002). Vasectomy trends and STD rates significantly increased from 2018 to 2017 in Chile. especially among men aged 30-49 years. The relationship between vasectomy and STD increments suggests a new risk factor for reproductive and sexual health policies to aid controlling the HIV and STD epidemic.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@ensp.fiocruz.br