• Autoavaliação de saúde e desigualdades sociodemográficas entre adultos venezuelanos: um estudo com base na Pesquisa Nacional de Condições de Vida (ENCOVI 2021) Article

    Romero, Dalia Elena; Freitez, Anitza; Maia, Leo Ramos; Souza, Nathalia Andrade de

    Resumo em Português:

    Resumo: A autoavaliação de saúde é um indicador de simples captação em inquéritos de saúde, amplamente utilizado em pesquisas para medir aspectos físicos, sociais, mentais e de saúde da população, além de predizer a mortalidade precoce. No caso venezuelano, apenas recentemente começou a se coletar essa informação por meio da Pesquisa Nacional de Condições de Vida (ENCOVI). Nesse contexto, o estudo tem por objetivo analisar os fatores demográficos e socioeconômicos associados à autoavaliação não positiva da saúde entre adultos venezuelanos. Utiliza-se como fonte de dados a ENCOVI 2021 (n = 16.803), cuja amostra é probabilística e estratificada, apresentando perguntas sobre saúde, educação, migração e outros aspectos sociais e econômicos. Foram realizadas análises brutas e ajustadas de razão de prevalência, estimadas por meio de modelos de regressão de Poisson com variância robusta. A prevalência de autoavaliação da saúde regular/ruim entre venezuelanos foi de 17,8%. Os resultados indicaram uma forte associação entre a prevalência do desfecho e a faixa etária, sendo 3,81 vezes maior (IC95%: 3,29-4,41) entre os indivíduos com 60 anos ou mais, em comparação àqueles com idade de 18 a 29 anos. Além disso, os participantes em situação de insegurança alimentar severa apresentaram uma prevalência 2 vezes maior (IC95%: 1,61-2,47) do que aqueles que não enfrentaram nenhum nível de insegurança alimentar. Fatores como pobreza, escolaridade, emigração recente de familiares e sexo também demonstraram influência significativa, mesmo quando analisados independentemente. Os resultados destacam a necessidade de atenção especial à saúde daqueles que enfrentam fome e dos idosos.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: La autoevaluación de salud es un indicador de simple captación en encuestas de salud, muy utilizado en investigaciones para medir aspectos físicos, sociales, mentales y de salud de la población, además de predecir la mortalidad precoz. En el caso de los venezolanos, esta información recién comenzó a recopilarse en la Encuesta Nacional de Condiciones de Vida (ENCOVI). En este contexto, el objetivo del estudio es analizar los factores demográficos y socioeconómicos asociados con la autoevaluación de salud no positiva entre los venezolanos adultos. Se utiliza la ENCOVI 2021 como fuente de datos (n = 16.803), que tiene una muestra probabilística y estratificada, además de preguntas sobre salud, educación, migración y otros aspectos sociales y económicos. Se realizaron análisis de la razón de prevalencia crudos y ajustados, estimados a través de modelos de regresión de Poisson con varianza robusta. La prevalencia de la autoevaluación de salud regular/mala entre los venezolanos fue del 17,8%. Los resultados mostraron una fuerte asociación entre la prevalencia del resultado y el grupo de edad, siendo 3,81 veces mayor (IC95%: 3,29-4,41) entre las personas con 60 años o más, en comparación con las de 18 a 29 años. Además, los participantes en situación de inseguridad alimentaria grave presentaron una prevalencia 2 veces mayor (IC95%: 1,61-2,47) que aquellos que no enfrentaron ningún nivel de inseguridad alimentaria. Factores como pobreza, escolaridad, emigración reciente de familiares y género también demostraron una influencia significativa, aun cuando analizados de manera independiente. Los resultados resaltan la necesidad de prestar especial atención a la salud de los que enfrentan hambre y de las personas mayores.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: Self-rated health is an indicator that can be easily identified in health surveys, widely used to measure physical, social, mental, and health aspects of the population, and predict premature mortality. In Venezuela, this information only began to be collected recently, in the National Survey of Living Conditions (ENCOVI). In this context, our study aims to analyze the demographic and socioeconomic factors associated with non-positive self-rated health among Venezuelan adults. The ENCOVI 2021 (n = 16,803) was used as a data source, assessing a probability stratified sample with questions about health, education, emigration, and other social and economic aspects. Crude and adjusted prevalence ratio analyses were performed using Poisson regression models with robust variance. The prevalence of fair/bad self-rated health among Venezuelans was 17.8%. The results indicated a strong association between outcome prevalence and age group, 3.81 times higher (95%CI: 3.29-4.41) among individuals aged 60 or more when compared to individuals aged 18 to 29 years. Also, participants experiencing severe food insecurity had a prevalence 2 times higher (95%CI: 1.61-2.47) than those who did not have any level of food insecurity. Factors such as poverty, education, recent emigration of family members, and sex also showed a significant influence, also when analyzed independently. The results show that special attention should be dedicated to the health of individuals facing hunger and of the older people.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@ensp.fiocruz.br