• A soberania biotecnológica não é um mero conceito nacionalista, é uma necessidade para a Colômbia e a América Latina Essay

    Guzman, Camilo; Mattar, Salim; Alvis-Guzman, Nelson; Hoz, Fernando De la; Arias, Edgar

    Resumo em Português:

    Resumo: Durante a pandemia, os países latino-americanos sofreram o colapso de seus sistemas de saúde. Isso foi causado pela alta demanda de atendimento aos infectados pelo SARS-CoV-2, que somou-se, em paralelo, ao atendimento de pacientes com outros tipos de doenças. O aumento significativo na demanda por serviços de saúde levou à rápida diminuição dos suprimentos médicos e laboratoriais. A pandemia de COVID-19 acelerou, nos países em desenvolvimento, uma crise sanitária causada principalmente por uma política sistemática e insuficiente de apropriação do conhecimento científico. O atual governo colombiano deve formular uma Lei de Soberania Biotecnológica ou de Biossegurança que garanta a autonomia científica, o que leva à autonomia que garante que a Colômbia seja autossuficiente em Ciência, Tecnologia e Inovação. O governo da Colômbia também deve se concentrar em estabelecer e desenvolver a produção de produtos químicos farmacêuticos, adquirindo ingredientes químicos ativos de outros países. Essa estratégia reduz os custos de produção e o preço final dos medicamentos, além de gerar empregos de alto nível e riqueza para o país. Desta forma, não haveria escassez de medicamentos essenciais, nem estaríamos sujeitos a aumentos excessivos de preços por intermediação comercial. Em conclusão, o manuscrito foca na fracassada soberania biotecnológica na Colômbia. Propomos um modelo de ecossistema latino-americano de Ciência e Tecnologia para alcançar a soberania biotecnológica por meio do financiamento estatal do fortalecimento da pesquisa das universidades, com a participação de empresas privadas e Ministérios da Ciência, Educação, Comércio e Saúde. A autonomia científica é baseada em processos de inovação que fortalecem a autonomia biotecnológica.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: Durante la pandemia, los países latinoamericanos vieron colapsar sus sistemas de salud. Esto se debió a la alta demanda de atención para las personas contagiadas con SARS-CoV-2 y a la atención de pacientes con otros tipos de enfermedades. El aumento significativo de la demanda de los servicios de salud llevó a la rápida disminución de los suministros médicos y de laboratorio. La pandemia de la COVID-19 intensificó la crisis sanitaria en los países en desarrollo, principalmente por una política sistemática e insuficiente de apropiación del conocimiento científico. Si el actual gobierno colombiano formulara una Ley de Soberanía Biotecnológica o de Bioseguridad por la cual se garantizaría la autonomía científica, esto conduciría a una autonomía de Colombia en Ciencia, Tecnología e Innovación. El Gobierno de Colombia también debería centrarse en fomentar y desarrollar la producción de productos químicos farmacéuticos mediante el abastecimiento de ingredientes químicos activos de otros países. Esta estrategia favorece la reducción de costos de producción y del precio final de los medicamentos, además de generar empleos de alto nivel y riqueza para el país. De esta manera, no habría escasez de medicamentos esenciales, ni alzas excesivas de precios en la intermediación comercial. Pero, la realidad es que hay una débil soberanía biotecnológica en Colombia. En este texto se propone un modelo de ecosistema basado en Ciencia y Tecnología para que Latinoamérica logre la soberanía biotecnológica mediante el financiamiento estatal a la investigación en universidades, con la participación de entidades privadas y Ministerios de Ciencia, Educación, Comercio y Salud. La autonomía científica se basa en procesos de innovación que implican el fortalecimiento de la autonomía biotecnológica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: During the pandemic, Latin American countries suffered the collapse of their health systems. This was caused by the high demand for care of patients infected with SARS-CoV-2, which was added to the care of patients with other diseases. The significant increase in demand for health services caused medical and laboratory supplies to decline rapidly. The COVID-19 pandemic exacerbated a health crisis in several developing countries, mainly caused by insufficient systematic policies for integrating scientific knowledge. The current Colombian government must formulate a Biotechnological or Biosecurity Sovereignty Law that guarantees scientific autonomy, ensuring that Colombia is self-sufficient in Science, Technology, and Innovation. Colombian government should also focus on establishing and developing pharmaceutical chemical production by acquiring active chemical ingredients from other countries. This strategy could reduce the production costs and final prices of medicines, as well as generate high-level employment and wealth for the country. In this way, the Colombian government could prevent shortage of essential medicines and excessive price increases by commercial intermediation. In conclusion, the manuscript focuses on the lack of biotechnological sovereignty in Colombia. We propose a model of a Latin American Science and Technology ecosystem to achieve biotechnological sovereignty via state funding of research, strengthening universities, and fostering participation among private companies and Ministries of Science, Education, Trade, and Health. Scientific autonomy based on innovative processes that strengthen biotechnological independence can contribute to the economy by generating gross added value, creating high-quality employment, and facilitating the appropriation and social dissemination of knowledge, and cost reduction.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@ensp.fiocruz.br