• Reinternação hospitalar e retorno ao pronto-socorro de pacientes com COVID-19: revisão sistemática Review

    Peiris, Sasha; Nates, Joseph L.; Toledo, Joao; Ho, Yeh-Li; Sosa, Ojino; Stanford, Victoria; Aldighieri, Sylvain; Reveiz, Ludovic

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo. Caracterizar a frequência, as causas e os preditores de reinternação de pacientes com COVID-19 após a alta do estabelecimento de saúde ou do pronto-socorro, intervenções usadas para reduzir reinternações e desfechos de pacientes com COVID-19 que receberam alta de tais instalações. Métodos. Revisão sistemática de séries de casos e estudos observacionais publicados entre janeiro de 2020 e abril de 2021, indexados nos bancos de dados PubMed, Embase, LILACS e MedRxiv, que relatassem a frequência, as causas ou os fatores de risco para a reinternação de sobreviventes da COVID-19/pacientes com COVID-19. Realizamos uma síntese narrativa das evidências e avaliamos a qualidade metodológica utilizando a checklist de avaliação crítica do Joanna Briggs Institute (JBI). Resultados. Foram identificados 44 estudos, incluindo dados de 10 países. O índice médio geral de reinternação em 30 dias foi de 7,1%. A frequência das reinternações variou com o tempo de acompanhamento, com <10,5%, <14,5%, <21,5% e <30%, respectivamente, ocorrendo nos primeiros 10, 30, 60 e 253 dias após a alta. Dentre aqueles seguidos por 30 e 60 dias, o tempo médio da alta até a reinternação foi de 3 dias e 8 a 11 dias, respectivamente. O único fator de risco significativamente associado à reinternação foi ter um tempo de permanência hospitalar mais curto, e as causas importantes incluíram eventos respiratórios ou tromboembólicos e doenças crônicas. Em quatro estudos, >20% dos pacientes retornaram ao pronto-socorro. Os fatores de risco associados à mortalidade foram sexo masculino, idade avançada e comorbidades. Conclusões. A reinternação hospitalar é frequente em sobreviventes da COVID-19 e a mortalidade pós-alta é significativa em populações específicas. Há uma necessidade urgente de examinar melhor as razões que levam à reinternação precoce e de evitar reinternações adicionais e desfechos adversos em sobreviventes da COVID-19.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo. Caracterizar la frecuencia, las causas y los factores predictores del reingreso de pacientes con COVID–19 tras haber recibido el alta de un centro de salud o un servicio de urgencias, las intervenciones utilizadas para reducir los reingresos y los resultados de los pacientes con COVID-19 dados de alta de dichos entornos. Métodos. Se realizó una revisión sistemática de estudios de serie de casos y estudios observacionales publicados entre enero del 2020 y abril del 2021 en PubMed, Embase, LILACS y MedRxiv en los cuales se informó sobre la frecuencia, las causas o los factores de riesgo relativos al reingreso de pacientes y sobrevivientes de COVID-19. Se realizó una síntesis narrativa y se evaluó la calidad metodológica utilizando la lista de verificación de evaluación crítica de JBI. Resultados. Se encontraron 44 estudios con datos de 10 países. La tasa media general de reingreso a los 30 días fue de 7,1%. Los reingresos variaron con la duración del seguimiento, y tuvieron lugar en <10,5%, <14,5%, <21,5% y <30%, respectivamente, a los 10, 30, 60 y 253 días después del alta. Entre los que recibieron seguimiento por 30 y 60 días, el tiempo medio entre el alta y la readmisión fue de 3 y de 8 a 11 días, respectivamente. El factor de riesgo significativo asociado al reingreso fue una estancia más corta, y entre las causas importantes se encontraron episodios respiratorios o tromboembólicos y enfermedades crónicas. El reingreso en el servicio de urgencias fue de >20% en cuatro estudios. Los factores de riesgo asociados con la mortalidad fueron sexo masculino, edad avanzada y comorbilidades. Conclusión. El reingreso de sobrevivientes de COVID-19 es frecuente, y la mortalidad después del alta es significativa en grupos poblacionales específicos. Existe una necesidad urgente de seguir examinando las razones subyacentes del reingreso temprano, así como de prevenir reingresos adicionales y resultados adversos en los sobrevivientes de COVID–19.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective. To characterize the frequency, causes, and predictors of readmissions of COVID-19 patients after discharge from heath facilities or emergency departments, interventions used to reduce readmissions, and outcomes of COVID-19 patients discharged from such settings. Methods. We performed a systematic review for case series and observational studies published between January 2020 and April 2021 in PubMed, Embase, LILACS, and MedRxiv, reporting the frequency, causes, or risk factors for readmission of COVID-19 survivors/patients. We conducted a narrative synthesis and assessed the methodological quality using the JBI critical appraisal checklist. Results. We identified 44 studies including data from 10 countries. The overall 30-day median readmission rate was 7.1%. Readmissions varied with the length of follow-up, occurring <10.5%, <14.5%, <21.5%, and <30%, respectively, for 10, 30, 60, and 253 days following discharge. Among those followed up for 30 and 60 days, the median time from discharge to readmission was 3 days and 8–11 days, respectively. The significant risk factor associated with readmission was having shorter length of stay, and the important causes included respiratory or thromboembolic events and chronic illnesses. Emergency department re-presentation was >20% in four studies. Risk factors associated with mortality were male gender, advanced age, and comorbidities. Conclusions. Readmission of COVID-19 survivors is frequent, and post-discharge mortality is significant in specific populations. There is an urgent need to further examine underlying reasons for early readmission and to prevent additional readmissions and adverse outcomes in COVID-19 survivors.
  • Excreção de sódio e potássio em 24 horas na Região das Américas: revisão sistemática e meta-análise Review

    Valero-Morales, Isabel; Tan, Monique; Pei, Yu; He, Feng J; MacGregor, Graham A

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo. Determinar as excreções urinárias de sódio e potássio em 24 horas na Região das Américas. Métodos. Revisão sistemática e metanálise de estudos realizados entre 1990 e 2021, em adultos vivendo em qualquer estado soberano da região, indexados nos bancos de dados MEDLINE, Embase, Scopus, SciELO e LILACS. A pesquisa foi realizada pela primeira vez em 26 de outubro de 2020 e foi atualizada em 15 de dezembro de 2021. Dos 3.941 resumos revisados, foram incluídos 74 estudos de 14 países, 72 estudos relatando sódio urinário (27.387 adultos) e 42 estudos relatando potássio urinário (19.610 adultos), realizados entre 1990 e 2020. Os dados foram reunidos utilizando um modelo de metanálise de efeitos aleatórios. Resultados. A excreção média foi de 157,29 mmol/24h (IC95% 151,42-163,16) para o sódio e 57,69 mmol/24h (IC95% 53,35-62,03) para o potássio. Quando somente mulheres foram consideradas, a excreção média foi de 135,81 mmol/24h (IC95% 130,37-141,25) para o sódio e 51,73 mmol/24h (IC95% 48,77-54,70) para o potássio. Nos homens, a excreção média foi de 169,39 mmol/24h (IC95% 162,14-176,64) para o sódio e 62,67 mmol/24h (IC95% 55,41-69,93) para o potássio. A excreção média de sódio foi de 150,09 mmol/24h (IC95% 137,87-162,30) na década de 1990 e 159,79 mmol/24h (IC95% 151,63-167,95) na década de 2010. A excreção média de potássio foi de 58,64 mmol/24h (IC95% 52,73-64,55) na década de 1990 e 56,33 mmol/24/h (IC95% 48,65-64,00) na década de 2010. Conclusões. Estes achados sugerem que as excreções de sódio são quase o dobro do nível máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde e as excreções de potássio são 35% menores do que o mínimo exigido; portanto, será necessário envidar esforços importantes para reduzir a ingestão de sódio e aumentar a de potássio.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo. Determinar la excreción urinaria de sodio y potasio en 24 horas en la Región de las Américas. Métodos. Se realizaron una revisión sistemática y un metanálisis en busca de estudios realizados entre los años 1990 y 2021 con adultos residentes en cualquier Estado soberano de la Región publicados en Medline, Embase, Scopus, SciELO y Lilacs. La búsqueda se llevó a cabo por primera vez el 26 de octubre del 2020 y se actualizó el 15 de diciembre del 2021. De los 3941 resúmenes revisados, se incluyeron 74 estudios de 14 países, 72 estudios sobre excreción urinaria de sodio (27 387 adultos) y 42 estudios sobre excreción urinaria de potasio (19 610 adultos) realizados entre el 1990 y el 2020. Se agruparon los datos mediante un modelo de metanálisis de efectos aleatorios. Resultados. La excreción media de sodio fue de 157,29 mmol/24h (IC de 95%, 151,42-163,16); la de potasio, de 57,69 mmol/24 h (IC de 95%, 53,35-62,03). En los casos en que se consideraron únicamente mujeres, la excreción media de sodio fue de 135,81 mmol/24h (IC de 95%, 130,37-141,25); la de potasio, de 51,73 mmol/24h (IC de 95%, 48,77-54,70). En varones, la excreción media de sodio fue de 169,39 mmol/24h (IC de 95%, 162,14-176,64); la de potasio, de 62,67 mmol/24h (IC de 95%, 55,41-69,93). La excreción media de sodio fue de 150,09 mmol/24h (IC de 95%, 137,87-162,30) en la década de 1990 y de 159,79 mmol/24 h (IC de 95%, 151,63-167,95) en la década del 2010. La excreción media de potasio fue de 58,64 mmol/24h (IC de 95%, 52,73-64,55) en la década de 1990 y de 56,33 mmol/24h (IC de 95%, 48,65-64,00) en la década del 2010. Conclusiones. Estos resultados sugieren que la excreción de sodio casi duplica el nivel máximo recomendado por la Organización Mundial de la Salud y las excreción de potasio es 35% más baja que el requisito mínimo, por lo que se deben invertir grandes esfuerzos para reducir el consumo de sodio y aumentar la ingesta de potasio.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective. To determine the 24-hour urinary sodium and potassium excretions in the Americas. Methods. A systematic review and meta-analysis were performed seeking for studies conducted between 1990 and 2021 in adults living in any sovereign state of the Americas in Medline, Embase, Scopus, SciELO, and Lilacs. The search was first run on October 26th, 2020 and was updated on December 15th, 2021. Of 3 941 abstracts reviewed, 74 studies were included from 14 countries, 72 studies reporting urinary sodium (27 387 adults), and 42 studies reporting urinary potassium (19 610 adults) carried out between 1990 and 2020. Data were pooled using a random-effects meta-analysis model. Results. Mean excretion was 157.29 mmol/24h (95% CI, 151.42-163.16) for sodium and 57.69 mmol/24h (95% CI, 53.35-62.03) for potassium. When only women were considered, mean excretion was 135.81 mmol/24h (95% CI, 130.37-141.25) for sodium and 51.73 mmol/24h (95% CI, 48.77-54.70) for potassium. In men, mean excretion was 169.39 mmol/24h (95% CI, 162.14-176.64) for sodium and 62.67 mmol/24h (95% CI, 55.41-69.93) for potassium. Mean sodium excretion was 150.09 mmol/24h (95% CI, 137.87-162.30) in the 1990s and 159.79 mmol/24h (95% CI, 151.63-167.95) in the 2010s. Mean potassium excretion was 58.64 mmol/24h (95% CI, 52.73-64.55) in the 1990s and 56.33 mmol/24/h (95% CI, 48.65-64.00) in the 2010s. Conclusions. These findings suggest that sodium excretions are almost double the maximum level recommended by the World Health Organization and potassium excretions are 35% lower than the minimum requirement; therefore, major efforts to reduce sodium and to increase potassium intakes should be implemented.
  • Iniciativas para reduzir o tempo de espera para o início do tratamento oncológico: revisão de escopo da literatura Review

    da Silva, Raquel Guimarães Domingos; Araujo, Cláudia Affonso Silva

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo. Identificar ações gerenciais propostas e adotadas para reduzir o tempo de espera para o início do tratamento oncológico no sistema de saúde pública e sua aplicação na América Latina. Método. Foram feitas buscas em sete bancos de dados em dezembro de 2020. Os termos de busca foram conceituados em três grupos: tempo de espera, câncer e termos relacionados ao setor público. Os critérios de elegibilidade incluíam artigos acadêmicos teóricos ou empíricos escritos em inglês, espanhol ou português, cujo foco fossem soluções gerenciais para enfrentar o dilema das filas para atendimento oncológico. Resultados. A busca retornou 1255 artigos, dos quais 20 foram selecionados e analisados nesta revisão. Os resultados mostram que a maioria das propostas está relacionada às dimensões de processo e pessoas. As ações relacionadas à dimensão de processo estavam associadas principalmente ao desenvolvimento de novos percursos assistenciais e à integração dos sistemas de atendimento oncológico. Já as iniciativas na dimensão de pessoas se referiam principalmente a forças-tarefa e grupos de especialistas. Algumas iniciativas estavam relacionadas à implementação de soluções tecnológicas e à dimensão tecnológica, sobretudo no que se refere à aquisição de dispositivos de radioterapia. Conclusão. Poucos estudos se concentram na análise de ações para minimizar o tempo de espera para início do tratamento oncológico. A prevalência de estudos de caso conceituais e ilustrativos indica a falta de maturidade da pesquisa sobre esse tema. Futuros estudos devem se concentrar em definir fundamentos teóricos da área, considerar os paradigmas existentes ou desenvolver novos paradigmas. São necessários estudos empíricos que utilizem uma abordagem multidisciplinar para enfrentar o desafio do tempo de espera para o tratamento oncológico e que proponham iniciativas novas e inovadoras.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo. Identificar las medidas gerenciales propuestas y empleadas para reducir el tiempo de espera para iniciar el tratamiento oncológico y su aplicación en el sistema público de salud en América Latina. Método. Se realizaron búsquedas en siete bases de datos en diciembre del 2020. Se conceptualizaron los términos de búsqueda en tres grupos: tiempo de espera, cáncer y términos relacionados con el sector público. Entre los criterios de aceptabilidad se incluyeron artículos académicos teóricos o empíricos escritos en inglés, español o portugués acerca de soluciones gerenciales para enfrentar el dilema de los tiempos de espera en la atención médica oncológica. Resultados. La búsqueda arrojó como resultado 1 255 artículos; para esta revisión se seleccionaron y analizaron 20. Los resultados muestran que la mayoría de las propuestas están relacionadas con dos dimensiones: el proceso y los pacientes. Las medidas relacionadas con el proceso se asociaron principalmente con la planificación de nuevas vías de tratamiento y la integración de los sistemas oncológicos. Las iniciativas relacionadas con los pacientes se referían principalmente a equipos de trabajo y grupos de especialistas. Algunas iniciativas estuvieron relacionadas con la dimensión de tecnología y soluciones tecnológicas, principalmente con la compra de equipos de radioterapia. Conclusiones. Pocos estudios se centran en analizar medidas que minimicen el tiempo de espera para iniciar los tratamientos oncológicos. La prevalencia de estudios de casos conceptuales e ilustrativos indica la falta de madurez de la investigación sobre este tema. Los estudios futuros deben centrarse en establecer las bases teóricas del campo, considerar los paradigmas existentes o elaborar nuevos paradigmas. Es necesario realizar estudios empíricos que apliquen un enfoque multidisciplinario para afrontar el reto del tiempo de espera para recibir tratamiento oncológico y que propongan iniciativas nuevas e innovadoras.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective. To identify the managerial actions proposed and employed to reduce the waiting time to initiate oncological treatments in the public health system and its application in Latin America. Method. We searched seven databases in December 2020. Search terms were conceptualized into three groups: waiting time, cancer, and terms related to public sector. The eligibility criteria included theoretical or empirical academic articles written in English, Spanish, or Portuguese, that focused on managerial solutions to face oncological healthcare queues' dilemma. Results. The search returned 1 255 articles, and 20 were selected and analysed in this review. Results show that most of the proposals are related to the process and people dimensions. The actions related to the process dimension were mainly associated with programming new treatment pathways and integrating cancer systems. People's dimension initiatives referred mostly to task forces and groups of specialists. Some initiatives were related to implementing technological solutions and the technology dimension, mainly concerning radiotherapy devices' acquisition. Conclusion. Few studies focus on analysing actions to minimize waiting time to initiate oncological treatments. The prevalence of conceptual and illustrative case studies indicates the lack of research maturity on this theme. Future studies should focus on setting the field's theoretical foundations, considering the existing paradigms, or developing new ones. There is a need for empirical studies applying a multidisciplinary approach to face the oncological treatment waiting time challenge and proposing new and innovative initiatives.
  • Mensuração de atividade física e comportamento sedentário em pesquisas nacionais de saúde, América do Sul Review

    Silva, Danilo R.; Barboza, Luciana L.; Baldew, Se-Sergio; Anza-Ramirez, Cecilia; Ramírez-Vélez, Robinson; Schuch, Felipe B.; Gomes, Thayse N.; Sadarangani, Kabir P.; García-Hermoso, Antonio; Nieto-Martinez, Ramfis; Ferrari, Gerson; Miranda, J. Jaime; Werneck, André O.

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos. Caracterizar como a atividade física e o comportamento sedentário têm sido medidos em pesquisas nacionais de saúde em países sul-americanos. Métodos. Foi realizada uma busca extensa de pesquisas nacionais de saúde de todos os 12 países sul-americanos em sites de saúde e órgãos nacionais de estatística, e pelo contato com pesquisadores e formuladores de políticas. Foram usados os seguintes critérios de elegibilidade para selecionar as pesquisas: conduzida em um país sul-americano; que tenha usado uma amostra nacionalmente representativa ≥ 18 anos; coordenada pelo setor público, privado ou público-privado; e que tenha avaliado a atividade física e/ou o comportamento sedentário. Os dados extraídos eram sobre informações gerais das pesquisas, detalhes específicos sobre a avaliação da atividade física e do comportamento sedentário e questões adicionais relacionadas ao comportamento na atividade. Resultados. Ao todo, 36 pesquisas foram incluídas, duas das quais foram conduzidas em vários países. Todas as pesquisas avaliaram a atividade física e 27 avaliaram o comportamento sedentário. A maioria das pesquisas (23/36; 64%) baseou-se em questionários internacionais previamente validados e 13 (57%) delas se desviaram das ferramentas de referência, introduzindo mudanças e adaptações. O comportamento sedentário foi avaliado principalmente por meio de perguntas sobre tempo de tela e/ou tempo diário sentado nos mesmos questionários sobre atividade física. Nenhuma pesquisa utilizou medições realizadas por dispositivos para gerar dados sobre esses comportamentos. Conclusões. As diferenças entre os instrumentos usados e as modificações limitam a comparabilidade dos dados entre os países, o que destaca a importância de padronizar a avaliação na América do Sul para as seções de atividade física e comportamento sedentário em pesquisas nacionais, com o objetivo mais amplo de contribuir para o estabelecimento de uma estratégia padronizada para a vigilância da atividade física e do comportamento sedentário na América do Sul.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivos. Describir cómo se han medido la actividad física y el sedentarismo en las encuestas nacionales de salud en los países de América del Sur. Métodos. Se llevó a cabo una extensa búsqueda de encuestas nacionales de salud de los doce países sudamericanos en sitios web de salud, oficinas nacionales de estadística y mediante el contacto con investigadores y responsables de formular políticas. Para escoger las encuestas se emplearon los siguientes criterios de selección: realizada en un país sudamericano; muestra representativa a nivel nacional de ≥ 18 años; coordinada por el sector público, el sector privado o mixto público-privado; y evaluación de la actividad física o el sedentarismo. Se extrajeron datos como información general de las encuestas, detalles específicos de la evaluación de la actividad física y el sedentarismo, y otras preguntas relacionadas con la actividad física. Resultados. En total, se incluyeron 36 encuestas, dos de las cuales se realizaron en varios países. Todas las encuestas evaluaron la actividad física; 27, el sedentarismo. La mayoría de las encuestas (23/36; 64%) se basaron en cuestionarios internacionales anteriormente validados, de los cuales 13 (57%) se desviaron de las herramientas de referencia al tener cambios y adaptaciones. El sedentarismo se evaluó principalmente en los mismos cuestionarios de actividad física mediante preguntas sobre el tiempo invertido delante de pantallas o el tiempo diario sentado. Ninguna encuesta aplicó medidas basadas en dispositivos para obtener datos sobre estos comportamientos. Conclusiones. Las diferencias entre los instrumentos empleados y las modificaciones limitan la comparabilidad de los datos en todos los países. Esto pone de relieve la importancia de estandarizar la evaluación en América del Sur de las secciones dedicadas a la actividad física y al sedentarismo en las encuestas nacionales, con el objetivo general de contribuir a la creación de una estrategia estandarizada para la vigilancia de la actividad física y el sedentarismo en América del Sur.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objectives. To characterize how physical activity and sedentary behavior have been measured in national health surveys in South American countries. Methods. An extensive search was made for national health surveys from all 12 South American countries through health websites, national statistical offices, and contact with researchers and policy-makers. The following eligibility criteria were used to select surveys: conducted in a South American country; used a nationally representative sample ≥ 18 years; coordinated by the public, private or mixed private–public sector; and assessed physical activity and/or sedentary behavior. Data were extracted on general information about the surveys, specific details about the physical activity and sedentary behavior assessment, and additional questions related to activity behavior. Results. In total, 36 surveys were included, two of which were multicountry surveys; all surveys assessed physical activity and 27 assessed sedentary behavior. Most surveys (23/36; 64%) were based on previously validated international questionnaires, but 13 (57%) of these deviated from the reference tools, introducing changes and adaptations. Sedentary behavior was assessed mostly through questions on screen time and/or daily sitting time in the same physical activity questionnaires. No survey used device-based measures to generate data on these behaviors. Conclusions. Differences between instruments used and modifications limit the comparability of data across countries. This highlights the importance of standardizing assessment within South America for physical activity and sedentary behavior sections in national surveys, with the broader aim of contributing to establishing a standardized strategy for the surveillance of physical activity and sedentary behavior in South America.
  • Intervenções e políticas para melhoria da nutrição em pequenos Estados insulares em desenvolvimento: revisão rápida Review

    Brown, Catherine R.; Rocke, Kern; Murphy, Madhuvanti M.; Hambleton, Ian R.

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo. Descrever as características das intervenções nutricionais implementadas em pequenos Estados insulares em desenvolvimento (PEID) nos 20 últimos anos. Métodos. Uma revisão de escopo rápida foi realizada mediante pesquisa dos bancos de dados PubMed e Web of Science, buscando intervenções para melhoria nutricional da população em PEID no período entre 2000 e 2019. A publicação Noncommunicable Diseases Progress Monitor 2020 também foi consultada para avaliar as políticas nutricionais destes países. Resultados. Foram implementadas 174 intervenções em 49 dos 58 PEID, distribuídas na sua grande maioria na região do Caribe (75, 43%) e nas regiões do Pacífico e AIMS (Atlântico, Índico, Mediterrâneo e Mar do Sul da China) (cerca de 30% cada). Elaboradas a partir do NOURISHING Framework, a maior parte das intervenções (67%) teve implementação ao nível nacional, da comunidade ou de política, englobando os vários componentes deste quadro. Houve predomínio de intervenções educacionais e de sensibilização (35%). Observou-se com maior frequência o cumprimento total ou parcial de políticas de restrição à oferta física de bebidas alcoólicas e aumento de impostos sobre estas. Políticas de restrição à utilização de gorduras em alimentos foram as menos observadas. Em geral, as conclusões foram semelhantes em todas as regiões de PEID. Conclusões. Os PEID carecem de políticas nutricionais, devido a fatores possivelmente associados a vulnerabilidades ambientais e socioeconômicas. Além de educacionais, as intervenções devem ser ampliadas para englobar diversos outros componentes do NOURISHING Framework, com participação multissetorial para assegurar uma maior colaboração e comprometimento das partes envolvidas. Recomenda-se realizar uma revisão sistemática, com pesquisa de um rol mais amplo de fontes de informação, para avaliar a efetividade das intervenções.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo. Describir las características de las intervenciones nutricionales realizadas en los pequeños Estados insulares en desarrollo durante los últimos 20 años. Métodos. Se realizó una revisión exploratoria rápida mediante búsquedas en las bases de datos PubMed y Web of Science de las intervenciones realizadas en los pequeños Estados insulares en desarrollo entre los años 2000 y 2019 con el fin de mejorar la nutrición de su población. También se examinó la publicación Monitoreo de avances en materia de las enfermedades no transmisibles 2020 para evaluar las políticas nutricionales en estos Estados. Resultados. Se efectuaron 174 intervenciones en 49 de los 58 pequeños Estados insulares en desarrollo. La mayor parte se llevaron a cabo en el Caribe (75 intervenciones; 43%), en tanto que la región del Pacífico y la región de los océanos Atlántico e Índico y de los mares de China Meridional y Mediterráneo efectuaron aproximadamente un 30% de las intervenciones cada una. Con la ayuda del marco NOURISHING, la mayor parte de las intervenciones (67%) se efectuaron a nivel de la comunidad y a nivel de país o de política utilizando distintos componentes del marco. La mayor parte de las intervenciones (35%) fueron educativas y de concientización. Entre las políticas que se notificaron con más frecuencia estuvieron las restricciones a la disponibilidad física de las bebidas alcohólicas y el aumento de los impuestos al alcohol; entre las menos frecuentes, las restricciones a las grasas. Por lo general, estos resultados fueron uniformes en todas las regiones con pequeños Estados insulares en desarrollo. Conclusiones. Los pequeños Estados insulares en desarrollo tienen pocas políticas nutricionales; esto puede estar relacionado con sus vulnerabilidades sociales, económicas y ambientales. Las intervenciones deberían ampliarse más allá de la educación para así incorporar múltiples componentes del marco NOURISHING, con una inclusión multisectorial que garantice una mayor colaboración y aceptación de las partes interesadas. Se justifica una revisión sistemática que haga uso de una gama más completa de fuentes para evaluar la efectividad de las intervenciones.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective. To describe features of nutritional interventions implemented in Small Island Developing States (SIDS) in the past 20 years. Methods. A rapid scoping review was conducted by searching PubMed and Web of Science databases for interventions conducted in SIDS that sought to improve the nutrition of their populations between 2000 and 2019 inclusive. The Noncommunicable diseases progress monitor 2020 was also examined to assess nutritional policies in SIDS. Results. A total of 174 interventions were implemented in 49 of the 58 SIDS. The greatest proportion were conducted in the Caribbean (75 interventions; 43%), with the Pacific region, and the Atlantic, Indian Ocean, Mediterranean and South China Sea region each implementing about 30% of interventions. Using the NOURISHING framework, most interventions (67%) were implemented at the community and national or policy level, using multiple components of the framework. The greatest proportion of interventions (35%) were educational and awareness raising. Restrictions on physical availability of and increased taxation on alcohol were the most commonly reported policies that were partially or fully achieved; restrictions on fats were the least commonly reported. These findings were generally consistent across the SIDS regions. Conclusions. There is a paucity of nutritional policies in SIDS; the reasons may be linked to their social, economic, and environmental vulnerabilities. Interventions should be expanded beyond education to encompass multiple components of the NOURISHING framework, with multisectoral inclusion to ensure stronger stakeholder collaboration and buy-in. A systematic review is warranted using a fuller range of sources to assess the effectiveness of interventions.
  • Desfechos gestacionais e perinatais adversos na América Latina e no Caribe: revisão sistemática e metanálise Review

    Blanco, Estela; Marin, Marcela; Nuñez, Loreto; Retamal, Erika; Ossa, Ximena; Woolley, Katherine E.; Oludotun, Tosin; Bartington, Suzanne E.; Delgado-Saborit, Juana Maria; Harrison, Roy M.; Ruiz-Rudolph, Pablo; Quinteros, María Elisa

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo. Estimar a prevalência pontual e os intervalos prováveis de hipertensão induzida pela gravidez, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, baixo peso ao nascer e parto prematuro na América Latina e no Caribe e avaliar a heterogeneidade das estimativas. Métodos. Realizou-se uma revisão sistemática com metanálise de estudos observacionais que relatam a prevalência de desfechos maternos e perinatais adversos em populações da América Latina e do Caribe, publicados entre 2000 e 2019 em inglês, espanhol ou português. Os bancos de dados PubMed, Embase e LILACS foram pesquisados. Estimou-se a prevalência pontual e avaliou-se a heterogeneidade geral, bem como, em análises de subgrupo, a heterogeneidade por delineamento do estudo e o nível de viés. Resultados. De 1 087 registros encontrados, 50 artigos foram incluídos na revisão: dois sobre distúrbios hipertensivos da gravidez, 14 sobre pré-eclâmpsia, seis sobre diabetes gestacional, nove sobre baixo peso ao nascer e 19 sobre parto prematuro. Não foi possível realizar metanálise para distúrbios hipertensivos da gravidez devido ao pequeno número de estudos. As estimativas de prevalência pontual e intervalos de confiança de 95% (IC) para pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, baixo peso ao nascer e parto prematuro foram: 6,6%; (IC 95%: 4,9–8,6%), 8,5% (IC 95%: 3,9–14,7%), 8,5% (IC 95%: 7,2–9,8%) e 10,0% (IC 95%: 8,0–12,0%), respectivamente. Observou-se heterogeneidade considerável, tanto em geral como por delineamento de estudo. Não foram observadas diferenças importantes nas estimativas por nível de viés. Conclusões. Os resultados deste estudo fornecem estimativas atualizadas de alguns dos desfechos gestacionais e perinatais adversos mais prevalentes na América Latina e no Caribe. Destacam a existência de uma importante heterogeneidade nas estimativas de prevalência, o que pode refletir a diversidade das populações da região.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo. Estimar la prevalencia puntual y los rangos probables de hipertensión provocada por embarazo, preeclampsia, diabetes gestacional, peso bajo al nacer y parto prematuro en América Latina y el Caribe, y evaluar la heterogeneidad de las estimaciones. Métodos. Se llevó a cabo una revisión sistemática y metanálisis de los estudios de observación que notificaron la prevalencia de resultados adversos perinatales y maternos en poblaciones de América Latina y el Caribe, publicados entre los años 2000 y 2019 en inglés, español o portugués. Se realizaron búsquedas en PubMed, Embase y LILACS. Se estimó la prevalencia puntual y se evaluó la heterogeneidad general y, en los análisis de subgrupos, la heterogeneidad según el diseño del estudio y nivel de sesgo. Resultados. De 1 087 registros recuperados, se incluyeron 50 artículos en la revisión: 2 sobre los trastornos hipertensivos en el embarazo, 14 sobre preeclampsia, 6 sobre la diabetes gestacional, 9 sobre peso bajo al nacer y 19 sobre parto prematuro. No se pudo realizar ningún metanálisis de los trastornos hipertensivos del embarazo debido al número reducido de estudios. Las estimaciones de prevalencia puntual y los intervalos de confianza (IC) del 95% para la preeclampsia, la diabetes gestacional, el peso bajo al nacer y el parto prematuro fueron: 6,6% (IC de 95%: 4,9%, 8,6%), 8,5% (IC de 95%: 3,9%, 14,7%), 8,5% (IC de 95%: 7,2%, 9,8%) y 10,0% (IC de 95%: 8,0%, 12,0%), respectivamente. Se observó una heterogeneidad significativa en general, así como según el diseño del estudio. No se advirtieron grandes diferencias en las estimaciones según el nivel del sesgo. Conclusiones. Los resultados de este estudio ofrecen cálculos actualizados de algunos de los resultados adversos perinatales y del embarazo con mayor prevalencia en América Latina y el Caribe. Estos resultados ponen de manifiesto que existe una gran heterogeneidad en las estimaciones de prevalencia, que podría reflejar la diversidad de la población de la región.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective. To estimate the point prevalence and likely ranges of pregnancy-induced hypertension, pre-eclampsia, gestational diabetes, low birth weight and preterm delivery in Latin America and the Caribbean, and evaluate the heterogeneity of the estimates. Methods. We conducted a systematic review and meta-analysis of observational studies reporting the prevalence of maternal and perinatal adverse outcomes in populations in Latin American and the Caribbean published between 2000 and 2019 in English, Spanish, or Portuguese. We searched PubMed, Embase, and LILACS. We estimated the point prevalence and evaluated overall heterogeneity and, in sub-group analyses, heterogeneity by study design and level of bias. Results. Of 1087 records retrieved, 50 articles were included in the review: two on hypertensive disorders of pregnancy, 14 on pre-eclampsia, six on gestational diabetes, nine on low birth weight and 19 on preterm birth. No meta-analysis for hypertensive disorders of pregnancy could be done because of the small number of studies. Point prevalence estimates and 95% confidence intervals (CIs) for pre-eclampsia, gestational diabetes, low birth weight, and preterm birth were: 6.6% (95% CI: 4.9%, 8.6%), 8.5% (95% CI: 3.9%, 14.7%), 8.5% (95% CI: 7.2%, 9.8%), and 10.0% (95% CI: 8.0%, 12.0%), respectively. We observed substantial heterogeneity overall and by study design. No major differences in estimates were observed by level of bias. Conclusions. The results of this study provide updated estimates of some of the most prevalent adverse pregnancy and perinatal outcomes in Latin America and the Caribbean. They highlight that important heterogeneity exists in prevalence estimates, which may reflect the diversity of populations in the region.
Organización Panamericana de la Salud Washington - Washington - United States
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