Resumo em Português:
RESUMO Objetivos. Avaliar a frequência de sintomas em pacientes com febre do Oropouche e compará-los aos observados na dengue e em outras arboviroses. Métodos. Revisão sistemática, com base nas diretrizes MOOSE e PRISMA, incluindo estudos sobre manifestações clínicas agudas em pacientes com febre do Oropouche. A busca incluiu as bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde, Cochrane Library e Google Scholar e recuperou documentos publicados até setembro de 2024. Os sintomas da febre do Oropouche foram comparados com os da dengue e de outras arboviroses, e a certeza foi avaliada usando a abordagem GRADE. Resultados. Foram incluídos 23 estudos com 3 648 pacientes com a febre do Oropouche. Os sintomas mais frequentes nesses pacientes foram febre (97%) e cefaleia (86%). Não houve diferença na frequência de febre e cefaleia entre os pacientes com febre do Oropouche e com dengue. No entanto, a odinofagia (28%) e a dor abdominal (15%) foram mais frequentes na febre do Oropouche que na dengue (razões de chances de 3,20 e 2,50, respectivamente). Mialgias (69%) e artralgias (57%) foram menos frequentes em pacientes com febre do Oropouche que em pacientes com dengue. Conclusões. Febre e cefaleia são comuns na febre de Oropouche, mas não ajudam a diferenciá-la da dengue. Por outro lado, odinofagia e dor abdominal são mais frequentes nos pacientes com febre do Oropouche, ao passo que mialgia, artralgia e exantema são mais prevalentes na dengue. Esses achados podem ajudar no diagnóstico diferencial em áreas de cocirculação de arbovírus. São necessários mais estudos sobre a recorrência e a duração dos sintomas para aprimorar as estratégias de diagnóstico.Resumo em Espanhol:
RESUMEN Objetivos. Evaluar la frecuencia de los síntomas en pacientes con oropouche y compararlos con los observados en el dengue y otras arbovirosis. Métodos. Se realizó una revisión sistemática basada en MOOSE y PRISMA; se incluyeron estudios sobre manifestaciones clínicas agudas en pacientes con oropouche. La búsqueda incluyó las bases de datos PubMed, Biblioteca Virtual en Salud, Cochrane Library y Google Scholar hasta septiembre de 2024. Se compararon los síntomas del oropouche con los del dengue y otras arbovirosis, y se valoró la certeza con el enfoque GRADE. Resultados. Se incluyeron 23 estudios con 3 648 pacientes con oropouche. Los síntomas más frecuentes en pacientes con oropouche fueron fiebre (97%) y cefaleas (86%). No hubo diferencias en la frecuencia de fiebre ni cefaleas entre pacientes con oropouche y dengue. Sin embargo, la odinofagia (28%) y el dolor abdominal (15%) fueron más frecuentes en el oropouche que en el dengue (OR 3,20 y 2,50, respectivamente). Las mialgias (69%) y las artralgias (57%) fueron menos frecuentes en los pacientes con oropouche en comparación con el dengue. Conclusiones. La fiebre y las cefaleas son frecuentes en la fiebre de Oropouche, pero no ayudan a diferenciarlo del dengue. En cambio, la odinofagia y el dolor abdominal son más frecuentes en los pacientes con oropouche, mientras que las mialgias, las artralgias y el exantema prevalecen más en el dengue. Estos hallazgos pueden ayudar en el diagnóstico diferencial en áreas de cocirculación arboviral. Se requieren estudios adicionales sobre la recurrencia y la duración de los síntomas para mejorar las estrategias diagnósticas.Resumo em Inglês:
ABSTRACT Objectives. To assess the frequency of symptoms in patients with Oropouche fever and compare them with those observed in patients with dengue and other arboviral diseases. Methods. A systematic review was conducted following the MOOSE and PRISMA reporting guidelines. The review included studies on acute clinical manifestations in patients with Oropouche fever. Searches were conducted in PubMed, Virtual Health Library, Cochrane Library, and Google Scholar up to September 2024. The symptoms of Oropouche fever were compared to those of dengue and other arboviral diseases. Certainty of evidence was assessed using the GRADE approach. Results. A total of 23 studies covering 3648 patients with Oropouche fever were included. The most frequent symptoms in patients with Oropouche virus infection were fever (97%) and headache (86%). There was no difference in frequency of fever or headache between patients with Oropouche and dengue. However, odynophagia (28%) and abdominal pain (15%) were more frequent in Oropouche than in dengue, with odds ratios (ORs) of 3.20 and 2.50, respectively. Myalgia (69%) and arthralgia (57%) were less frequent in Oropouche fever than in dengue. Conclusions. Fever and headache are common in Oropouche virus infection, but do not help discriminate it from dengue. However, odynophagia and abdominal pain are more frequent in patients with Oropouche fever, while myalgia, arthralgia, and rash are more prevalent in dengue. These findings may aid in differential diagnosis in areas of arboviral co-circulation. Further studies on the recurrence and duration of symptoms are needed to improve diagnostic strategies.