Abstract in Portuguese:
Questiona-se a atual definição de saúde da Organização Mundial da Saúde: "situação de perfeito bem-estar físico, mental e social" da pessoa, considerada ultrapassada, primeiramente, por visar a uma perfeição inatingível, atentando-se as próprias características da personalidade. Menciona-se como principal sustentação dessa idéia, a renúncia necessária a parte da liberdade pulsional do homem, em troca da menor insegurança propiciada pelo convívio social. Discute-se a validade da distincão entre soma, psique e sociedade, esposando o conceito de homem "integrado", e registrando situações em que a interação entre os três aspectos citados é absolutamente cristalina. É revista a noção de qualidade de vida sob um vértice antipositivista. Essa priorização e proposta de resgate do subjetivismo, reverte a um questionamento da atual definição de saúde, toda ela embasada em avaliações externas, "objetivas", dessa situação.Abstract in English:
Objections to the present WHO (World Health Organization) definition of HEALTH, as "the state of perfect physical, mental and social well-being", are expressed. It is considered to be anachronistic, first because it aims at perfection which is unaltainelle because of distict personality characteristics. As the main support for this idea, the necessary renunciation of part of man's drive to liberty in exchange for the lesser insecurity provided by social life (Freud, Castoriadis and Mc Dougall), is groted. The validity of distinguishing between "soma", "psyche" and "society" is questioned and the concept of the "integrated man", alluding to Pierre Marty and to Freud himself is adapted, and situations are recalled in which the interaction of the three aspects mentioned above is actually evident. Finally, the notion of the quality of life, in accordance with an antipositivistic taken from Bion, point of view, is discussed, and the concept that reality is that of each human being, is adapted. This priority and the proposal to rescue subjectivism which was also observed by Foucault when he studied mental disease, leads to a last criticism of the present definition of health, based exclusively on external, objective evaluations.