Resumo em Português:
OBJETIVO: Estudar a qualidade de vida, satisfação pessoal, felicidade e exigências do trabalho entre trabalhadores com diferentes horários de trabalho. MÉTODOS: Realizou-se uma pesquisa entre profissionais da área de assistência social. Alguns trabalhavam em turnos noturnos (N=311) e diurnos (N=207), e outros não trabalhavam em turnos (N=1.210). O questionário da pesquisa foi enviado por correio e a taxa de resposta foi de 86%. Para o estudo, foram selecionadas variáveis incluídas no Perfil de Qualidade de Vida, que mede a importância, satisfação, controle e oportunidades em nove domínios da vida, além de medir a felicidade, satisfação pessoal e exigências do trabalho. RESULTADOS: Em comparação com os trabalhadores que não trabalham em turnos, ambos os grupos de trabalhadores em turnos informaram precisar fazer um esforço físico maior para completar o trabalho e "sentir" um cansaço físico maior. Entretanto, não foram encontradas diferenças nos relatos de felicidade global, satisfação pessoal e qualidade global de vida. Os trabalhadores de turnos noturnos relataram, no entanto, passar um maior tempo infelizes em relação aos outros dois grupos de trabalhadores. As análises de qualidade de vida revelaram que os trabalhadores de turnos noturnos sentiam-se menos satisfeitos nos domínios de "ser" espiritual e "pertinência" física e comunitária que os trabalhadores diurnos e os que não trabalhavam em turnos. Também informaram ter menos oportunidades de aperfeiçoar o seu "ser" físico, lazer e crescimento pessoal em comparação com os outros dois grupos. CONCLUSÕES: A qualidade de vida em domínios específicos em trabalhadores noturnos foi classificada como pior do que em outros grupos de trabalhadores. A qualidade de vida baseada em domínios proporciona maiores informações relativas às necessidades particulares dos trabalhadores se comparada a medidas globais do bem-estar.Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: To investigate the quality of life, life satisfaction, happiness and demands of work in workers with different work schedules. METHODS: The survey was carried out on professional workers in social care. Some were shiftworkers whose schedule included night shifts (N=311), some were shiftworkers without night shifts (N=207) and some were non-shiftworkers (N=1,210). Surveys were mailed and the response rate was 86%. For the purpose of this study several variables were selected from the Survey: The Quality of Life Profile, which measures importance, satisfaction, control and opportunities in nine domains of life plus measures of happiness, life satisfaction and demands of work. RESULTS: While both groups of shiftworkers, compared to non-shiftworkers, reported needing more physical effort to complete their work, and reported 'being' more physically tired, no differences were found in reports of overall happiness, life satisfaction or total quality of life. However, night-shiftworkers reported greater percentage of time unhappy than the other two groups of workers. In analyses of the quality of life, night-shiftworkers were less satisfied with domains of spiritual 'being' and physical and community 'belonging' than day-shiftworkers and non-shiftworkers. They also reported having fewer opportunities to improve their physical 'being', leisure, and personal growth than the other two groups. CONCLUSIONS: Quality of life in specific domains in night-shiftworkers was rated worse than in other groups of workers. Domain-based quality of life assessment gives more information regarding the particular needs of workers than overall or global measures of well-being.Resumo em Português:
OBJETIVO: Investigar se ocorre prejuízo à saúde e à vida social com diferentes tipos de horas de trabalho flexíveis e se há relação entre estes efeitos e características específicas das horas de trabalho. MÉTODOS: Foram realizados dois estudos, uma pesquisa em uma empresa (N=660) e outra pela Internet (N=528). O primeiro estudo consistiu de um questionário (papel e lápis) aplicado a funcionários sujeitos a diferentes ajustes "típicos" de horas de trabalho flexíveis em empresas e áreas ocupacionais diversas (área da saúde, fábrica, comércio varejista, administração, serviços de central telefônica). O segundo estudo consistiu em um levantamento pela Internet, usando-se uma versão adaptada do questionário do primeiro estudo. RESULTADOS: Os resultados de ambos os estudos demonstraram de modo compatível que a alta variabilidade das horas de trabalho está associada a um maior prejuízo da saúde e do bem-estar, sobretudo se esta variabilidade é controlada pela empresa. Os efeitos são menos acentuados se a variabilidade é autocontrolada; a autonomia, no entanto, não contrabalança os efeitos da variabilidade. CONCLUSÕES: Devem ser feitas sugestões para um planejamento adequado de horas de trabalho flexíveis para minimizar os efeitos prejudiciais à saúde e ao bem-estar psicossocial. Além de permitir o uso de um critério pessoal para o controle de horas de trabalho (flexíveis), a variabilidade das horas de trabalho flexíveis deve ser pequena (ou, no mínimo, moderada), mesmo se ela for autocontrolada.Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: To examine whether any impairments in health and social lives can be found under different kinds of flexible working hours, and whether such effects are related to specific characteristics of these working hours. METHODS: Two studies - a company based survey (N=660) and an internet survey (N=528) - have been conducted. The first one was a questionnaire study (paper and pencil) on employees working under some 'typical' kinds of different flexible working time arrangements in different companies and different occupational fields (health care, manufacturing, retail, administration, call centres). The second study was an internet-based survey, using an adaptation of the questionnaire from the first study. RESULTS: The results of both studies consistently show that high variability of working hours is associated with increased impairments in health and well-being and this is especially true if this variability is company controlled. These effects are less pronounced if variability is self-controlled; however, autonomy does not compensate the effects of variability. CONCLUSIONS: Recommendations for an appropriate design of flexible working hours should be developed in order to minimize any impairing effects on health and psychosocial well-being; these recommendations should include - besides allowing for discretion in controlling one's (flexible) working hours - that variability in flexible working hours should be kept low (or at least moderate), even if this variability is self-controlled.Resumo em Português:
OBJETIVOS: O crescimento do número de empregos precários em países da OECD está largamente associado a efeitos negativos à saúde e segurança. Embora muitos trabalhadores em turnos tenham empregos precários, as pesquisas sobre o trabalho em turnos concentram-se em trabalhadores em tempo integral com emprego contínuo. Assim, este estudo visou a investigar o impacto do emprego precário sobre as horas de trabalho, conflito trabalho-vida pessoal e saúde, comparando empregados sem vínculo empregatício com empregados "permanentes" em tempo integral em ocupações e locais de trabalho idênticos. MÉTODOS: Foram realizadas 39 entrevistas convergentes em dois hotéis cinco estrelas. Participaram 26 empregados em tempo integral e 13 sem vínculo empregatício (temporários), com idades entre 19 e 61 anos, sendo 17 do sexo feminino e 22 do sexo masculino. As horas de trabalho variaram de 0 a 73 horas semanais. RESULTADOS: Verificaram-se diferenças acentuadas entre os informes de empregados em tempo integral e os sem vínculo empregatício sobre as horas de trabalho, conflito trabalho-vida pessoal e saúde. Os empregados sem vínculo empregatício tenderam a trabalhar um número de horas bastante irregular sobre as quais tinham pouco controle. Suas jornadas de trabalho diárias e semanais eram muito longas ou muito curtas de acordo com as exigências organizacionais. Longas jornadas de trabalho, combinadas a baixa previsibilidade e pouco controle, produziram maior desagregação da vida familiar e social e um pior equilíbrio entre trabalho-vida pessoal para os empregados sem vínculo empregatício. A falta de coordenação das jornadas em vários empregos contribuíram para acentuar estes problemas em alguns casos. Entre os problemas de saúde decorrentes do conflito trabalho-vida pessoal estavam distúrbios do sono, cansaço e regimes alimentar e de exercícios desestruturados. CONCLUSÕES: O estudo identificou grandes desvantagens do emprego sem vínculo empregatício. Trabalhando nos mesmos hotéis e ocupando praticamente as mesmas funções, os empregados sem vínculo empregatício tiveram horários de trabalho mais longos ao desejado e menos previsíveis, maior conflito trabalho-vida pessoal e mais queixas relativas à saúde que os empregados "permanentes".Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: The expansion of precarious employment in OECD countries has been widely associated with negative health and safety effects. Although many shiftworkers are precariously employed, shiftwork research has concentrated on full-time workers in continuing employment. This paper examines the impact of precarious employment on working hours, work-life conflict and health by comparing casual employees to full-time, "permanent" employees working in the same occupations and workplaces. METHODS: Thirty-nine convergent interviews were conducted in two five-star hotels. The participants included 26 full-time and 13 casual (temporary) employees. They ranged in age from 19 to 61 years and included 17 females and 22 males. Working hours ranged from zero to 73 hours per week. RESULTS: Marked differences emerged between the reports of casual and full-time employees about working hours, work-life conflict and health. Casuals were more likely to work highly irregular hours over which they had little control. Their daily and weekly working hours ranged from very long to very short according to organisational requirements. Long working hours, combined with low predictability and control, produced greater disruption to family and social lives and poorer work-life balance for casuals. Uncoordinated hours across multiple jobs exacerbated these problems in some cases. Health-related issues reported to arise from work-life conflict included sleep disturbance, fatigue and disrupted exercise and dietary regimes. CONCLUSIONS:This study identified significant disadvantages of casual employment. In the same hotels, and doing largely the same jobs, casual employees had less desirable and predictable work schedules, greater work-life conflict and more associated health complaints than "permanent" workers.Resumo em Português:
OBJETIVO: Coletar dados de pesquisa de profissionais da saúde no Brasil, Croácia, Polônia, Ucrânia e Estados Unidos com duas metas principais: (1) proporcionar informações quanto a aspectos do bem-estar que mais provavelmente precisam de atenção durante a elaboração de soluções administrativas para os turnos de trabalho e (2) examinar a existência de possíveis diferenças entre os países quanto ao impacto do trabalho no bem-estar de profissionais da saúde. MÉTODOS: Os respondentes de cada um dos países estudados foram divididos em dois grupos de profissionais: período noturno e período não-noturno. Verificou-se a percepção dos profissionais quanto ao cansaço físico, cansaço mental e tensão ao final da jornada de trabalho. Relatos subjetivos sobre a percepção da idade sentida também foram estudados. Foi feita uma análise ANCOVA para cada uma destas quatro variáveis. Horas trabalhadas por semana, estabilidade do horário semanal de trabalho e idade cronológica foram as co-variáveis usadas nestas análises. RESULTADOS: Os resultados dão evidente respaldo à proposição geral de que há diferenças consideráveis da percepção de bem-estar entre os países. Além disso, a percepção de cansaço físico e cansaço mental ao final da jornada de trabalho é maior entre os profissionais do período noturno. Difere entre os países, a percepção do cansaço físico ao final da jornada de trabalho, a maneira e o grau do impacto do turno noturno para os profissionais de saúde. CONCLUSÕES: Fazem-se necessários outros estudos para determinar se as diferenças observadas entre os países e esquemas de trabalho guardam relação com diferenças de funções no trabalho, estrutura dos horários de trabalho, variáveis externas ao trabalho e/ou outras variáveis demográficas dos profissionais.Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: To carry out a survey data collection from health care workers in Brazil, Croatia, Poland, Ukraine and the USA with two primary goals: (1) to provide information about which aspects of well-being are most likely to need attention when shiftwork management solutions are being developed, and (2) to explore whether nations are likely to differ with respect to the impacts of night work on the well-being of workers involved in health care work. METHODS: The respondents from each nation were sorted into night worker and non-night worker groups. Worker perceptions of being physically tired, mentally tired, and tense at the end of the workday were examined. Subjective reports of perceived felt age were also studied. For each of these four dependent variables, an ANCOVA analysis was carried out. Hours worked per week, stability of weekly work schedule, and chronological age were the covariates for these analyses. RESULTS: The results clearly support the general proposal that nations differ significantly in worker perceptions of well-being. In addition, perceptions of physical and mental tiredness at the end of the workday were higher for night workers. For the perception of being physically tired at the end of a workday, the manner and degree to which the night shift impacts the workers varies by nation. CONCLUSIONS: Additional research is needed to determine if the nation and work schedule differences observed are related to differences in job tasks, work schedule structure, off-the-job variables, and/or other worker demographic variables.Resumo em Português:
OBJETIVO: Para investigar os efeitos da duração e horário de cochilos noturnos sobre o desempenho e as funções fisiológicas foi realizado um estudo experimental por meio do trabalho noturno simulado. MÉTODOS: Seis estudantes foram recrutados para o estudo que consistiu de cinco experimentos. Cada experimento consistia de três dias consecutivos com um turno noturno (22:00-8:00h) seguido por um período de sono diurno e noturno. Os experimentos compreendiam cinco condições em que a duração e o horário dos cochilos eram manipulados: 0:00-1:00 (E60), 0:00-2:00 (E120), 4:00-5:00 (L60), 4:00-6:00 (L120) e sem cochilo (N-nap). Durante os turnos noturnos, os participantes foram submetidos a testes de desempenho. Um questionário sobre cansaço subjetivo e um teste de freqüência crítica de luz foram aplicados depois dos testes de desempenho. A variabilidade da freqüência cardíaca e a temperatura retal foram registrados continuamente durante os experimentos. Polissonografia também foi realizada durante o cochilo. RESULTADOS: A latência de sono foi menor e a eficiência do sono maior no cochilo em L60 e L120 que em E60 e E120. O sono de ondas lentas nos cochilos em E120 e L120 foi mais longo que em E60 e L60. O tempo médio de reação em L60 ficou mais longo depois do cochilo e mais rápido em E60 e E120. Os cochilos em horário mais cedo serviram para neutralizar a queda no desempenho e funções fisiológicas durante o turno noturno. Houve uma ligeira melhora do desempenho ao se tirar um cochilo de duas horas num horário mais tarde durante o turno, mas houve piora depois de um cochilo de uma hora. CONCLUSÕES: Os cochilos na última metade do turno noturno foram melhores em termos de qualidade de sono do que os cochilos em um horário mais cedo. O desempenho, no entanto, piorou depois de um cochilo de uma hora em um horário mais tarde durante o turno por causa da inércia do sono. O estudo indica que o horário adequado de um cochilo curto deve ser cuidadosamente considerado, tal como um cochilo de 60 minutos durante o turno noturno.Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: To examine the effects of the length and timing of nighttime naps on performance and physiological functions, an experimental study was carried out under simulated night shift schedules. METHODS: Six students were recruited for this study that was composed of 5 experiments. Each experiment involved 3 consecutive days with one night shift (22:00-8:00) followed by daytime sleep and night sleep. The experiments had 5 conditions in which the length and timing of naps were manipulated: 0:00-1:00 (E60), 0:00-2:00 (E120), 4:00-5:00 (L60), 4:00-6:00 (L120), and no nap (No-nap). During the night shifts, participants underwent performance tests. A questionnaire on subjective fatigue and a critical flicker fusion frequency test were administered after the performance tests. Heart rate variability and rectal temperature were recorded continuously during the experiments. Polysomnography was also recorded during the nap. RESULTS: Sleep latency was shorter and sleep efficiency was higher in the nap in L60 and L120 than that in E60 and E120. Slow wave sleep in the naps in E120 and L120 was longer than that in E60 and L60. The mean reaction time in L60 became longer after the nap, and faster in E60 and E120. Earlier naps serve to counteract the decrement in performance and physiological functions during night shifts. Performance was somewhat improved by taking a 2-hour nap later in the shift, but deteriorated after a one-hour nap. CONCLUSIONS: Naps in the latter half of the night shift were superior to earlier naps in terms of sleep quality. However performance declined after a 1-hour nap taken later in the night shift due to sleep inertia. This study suggests that appropriate timing of a short nap must be carefully considered, such as a 60-min nap during the night shift.Resumo em Português:
OBJETIVO: Investigar se a ocupação de pais com o trabalho em turnos interfere nos hábitos de sono dos filhos adolescentes que freqüentam a escola em dois períodos distintos. MÉTODOS: Os dados foram coletados em uma extensa pesquisa sobre sono e atividades diurnas de adolescentes que freqüentavam a escola no período da manhã e da tarde em semanas alternadas. Participaram do estudo 1.386 estudantes do ensino fundamental e médio (idades de 11-18 anos) cujos pais trabalhavam fora. Os dados foram analisados usando-se MANOVA, sendo o horário de trabalho dos pais, sexo dos adolescentes e tipo de escola os fatores intra-sujeitos. RESULTADOS: O horário de trabalho dos pais apresentou interferência significativa nos padrões de sono de adolescentes do ensino médio. Quando freqüentavam a escola pela manhã, os adolescentes cujos pais trabalhavam no período diurno levantavam-se um pouco mais tarde do que os adolescentes cujo pai ou mãe trabalhava em turnos. Além disso, eles dormiam mais do que os adolescentes cujos pais trabalhavam em turnos. Nos fins de semana, os adolescentes cujos pais trabalhavam no período diurno iam dormir mais cedo do que os adolescentes cujos pais trabalhavam em turnos. Também apresentaram um atraso menor no horário de dormir nos fins de semana depois da escola tanto no período da manhã quanto da tarde comparados aos adolescentes em que o pai ou a mãe ou ambos trabalhavam em turnos. Verificou-se uma interação significativa entre o horário de trabalho dos pais, sexo dos adolescentes e tipo de escola e a duração do sono nos fins de semana depois da escola no período da tarde. CONCLUSÕES:A ocupação dos pais no trabalho em turnos exerce efeitos negativos no sono de adolescentes do ensino médio, contribuindo para um horário de levantar mais cedo e um período de sono mais curto durante a semana quando os adolescentes freqüentam a escola pela manhã, além de uma maior irregularidade na hora de dormir.Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: To explore whether parents' engagement in shift work affects the sleep habits of their adolescent children who attend school in two shifts. METHODS: The data were drawn from an extensive survey of sleep and daytime functioning of adolescents attending school one week in the morning and the other in the afternoon. The participants were 1,386 elementary and high school students (11-18 years old) whose parents were both employed. The data were analyzed using MANOVA, with parents' work schedule, adolescents' gender and type of school as between-subject factors. RESULTS: Parents' working schedule significantly affected the sleep patterns of high school adolescents. When attending school in the morning, adolescents whose parents were both day workers woke up somewhat later than adolescents with one shiftworking parent. In addition, they slept longer than adolescents whose parents were both shift workers. On weekends, adolescents whose parents both worked during the day went to bed earlier than adolescents whose parents were both shiftworkers. They also had smaller bedtime delay on weekends with respect to both morning and afternoon shifts than adolescents for whom one or both parents worked shifts. A significant interaction between parents' working schedule, adolescents' gender and type of school was found for sleep extension on weekends after afternoon shift school. CONCLUSIONS: Parental involvement in shift work has negative effects on the sleep of high school adolescents. It contributes to earlier wake-up time and shorter sleep in a week when adolescents attend school in the morning, as well as to greater bedtime irregularity.Resumo em Português:
OBJETIVOS: Investigar as implicações para trabalhadores em turnos do uso de um número distinto de turmas de trabalho na organização dos turnos. MÉTODOS: Participaram do estudo operadores de cinco empresas que usavam sistemas contínuos de turnos alternantes. As empresas tinham em comum a organização de produtos e cultura empresarial e pertenciam a uma mesma empresa multinacional. Cada uma das empresas tinha um sistema de turnos que compreendia quatro, cinco ou seis turmas de trabalho, sendo que a proporção de turnos fora dos horários diurnos diminuía à medida que aumentava o número de turmas. Foram usados dados de questionários e documentação como fontes de pesquisa. RESULTADOS: Os operadores de sistemas com turmas extras apresentaram uma quantidade maior de trabalho diurno, assim como mais horas irregulares de trabalho em decorrência de horas extras e mudanças de horário. Os operadores que contavam com seis turmas usaram menos recursos de compensação social. Os que trabalharam com quatro turmas ficaram mais satisfeitos com os horários de trabalho. A satisfação com o tempo disponível para diversas atividades sociais fora do trabalho variou de modo inconsistente entre as turmas estudadas. CONCLUSÕES: Nos sistemas com turnos rodiziantes, o uso de um número maior de turmas reduz o número de turnos não-diurnos. Esta aparente vantagem aos trabalhadores em turnos foi neutralizada pela concomitante irregularidade resultante de maiores exigências organizacionais para permitir flexibilidade. Verificou-se que o equilíbrio desta interação teve um impacto fundamental sobre os trabalhadores.Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: The study examines the implications for shiftworkers of applying different numbers of teams in the organization of shiftwork. METHODS: The participating operators came from five different companies applying continuous shift rotation systems. The companies shared the same product organization and a common corporate culture belonging to the same multinational company. Each company had a shift system consisting of four, five or six teams, with the proportion of shifts outside day work decreasing as the number of teams increased. Questionnaire and documentary data were used as data sources. RESULTS: Operators in systems with additional teams had more daywork but also more irregular working hours due to both overtime and schedule changes. Operators using six teams used fewer social compensation strategies. Operators in four teams were most satisfied with their work hours. Satisfaction with the time available for various social activities outside work varied inconsistently between the groups. CONCLUSIONS: In rotating systems the application of more teams reduces the number of shifts outside day work. This apparent improvement for shiftworkers was counteracted by a concomitant irregularity produced by greater organizational requirements for flexibility. The balance of this interaction was found to have a critical impact on employees.Resumo em Português:
OBJETIVOS: Expandir um programa computacional existente para planejamento e avaliação dos horários de turnos (BASS 3) por meio da incorporação da carga de trabalho e características econômicas. MÉTODOS: O protótipo BASS 4 contém um novo módulo com um método de triagem (EBA) conveniente e de fácil aplicação para a avaliação da intensidade dos componentes físico, emocional e cognitivo da carga de trabalho e seus padrões temporais. O uso de critérios específicos com base nestas avaliações possibilita ajustar a duração do turno e do descanso de acordo com a intensidade da carga de trabalho física e mental. Além disso, quanto aos efeitos interativos, tanto a carga de trabalho como os aspectos temporais, p. e., hora do dia, são considerados. Foram introduzidos em um outro módulo características e critérios econômicos de relevância. O novo programa permite também que sejam avaliadas diferentes soluções ergonômicas para problemas de planejamento segundo os custos financeiros. RESULTADOS: A nova versão do programa (BASS 4) tem a capacidade agora de processar simultaneamente vários critérios econômicos, ergonômicos, legais e acordados para o planejamento e avaliação do horário de trabalho. CONCLUSÕES: O BASS 4 pode ser usado agora como um instrumento para planejamento e avaliação dos horários de trabalho, incluindo-se características econômicas, ergonômicas e legais, no setor de produção e em questões administrativas (p.e. fiscalização da saúde e segurança) e relacionados à pesquisa.Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: To extend an existing computer programme for the evaluation and design of shift schedules (BASS 3) by integrating workload as well as economic aspects. METHODS: The redesigned prototype BASS 4 includes a new module with a suitable and easily applicable screening method (EBA) for the assessment of the intensity of physical, emotional and cognitive workload components and their temporal patterns. Specified criterion functions based on these ratings allow for an adjustment of shift and rest duration according to the intensity of physical and mental workload. Furthermore, with regard to interactive effects both workload and temporal conditions, e.g. time of day, are taken into account. In a second new module, important economic aspects and criteria have been implemented. Different ergonomic solutions for scheduling problems can now also be evaluated with regard to their economic costs. RESULTS: The new version of the computer programme (BASS 4) can now simultaneously take into account numerous ergonomic, legal, agreed and economic criteria for the design and evaluation of working hours. CONCLUSIONS: BASS 4 can now be used as an instrument for the design and the evaluation of working hours with regard to legal, ergonomic and economic aspects at the shop floor as well as in administrative (e.g. health and safety inspection) and research problems.Resumo em Português:
OBJETIVO: Contribuir para a discussão do papel da participação/consentimento dos empregados na regulamentação das horas de trabalho. MÉTODOS: Realizou-se um estudo exploratório dos conflitos existentes entre as preferências dos empregados e as recomendações ergonômicas no planejamento de esquemas de trabalho em turnos, analisando-se um grande número de projetos participativos de planejamento dos turnos. RESULTADOS: O estudo mostrou que, com freqüência, a busca por um rendimento maior teve um papel importante no processo de tomada de decisão dos empregados, quando estes optaram pelas horas de trabalho em oposição aos princípios de saúde e segurança. CONCLUSÕES: Em primeiro lugar, o consentimento dos empregados ou da comissão de trabalhadores por si só não garante horários salutares do ponto de vista ergonômico. Além do consentimento, processos de avaliação de risco parecem ser uma abordagem promissora embora complicada. Em segundo lugar, fazem-se necessários mais estudos para verificar a aplicabilidade das recomendações em diversas situações, respaldar os processos de avaliação de risco e melhorar as abordagens regulamentares para as horas de trabalho.Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: Contribution to the discussion of the role of participation/consent of employees in working hours regulation. METHODS: Exploratory analysis of conflicts between preferences of employees and ergonomic recommendations in shift scheduling by analysing a large number of participative shift scheduling projects. RESULTS: The analysis showed that very often the pursuit of higher income played the major role in the decision making process of employees and employees preferred working hours in conflict with health and safety principles. CONCLUSIONS: First, the consent of employees or the works council alone does not ensure ergonomically sound schedules. Besides consent, risk assessment procedures seem to be a promising but difficult approach. Secondly, more research is necessary to check the applicability of recommendations under various settings, to support the risk assessment processes and to improve regulatory approaches to working hours.Resumo em Português:
OBJETIVOS: Foram revisados diversas medidas de apoio úteis para incentivar abordagens conjuntas para a melhoria na organização do trabalho por turnos e os processos de gestão de saúde e segurança. As medidas para redução de risco em nível empresarial que associam horas de trabalho e processos de gestão receberam um enfoque particular. MÉTODOS: Foram analisadas as diretrizes voluntárias do setor para o trabalho noturno e em turnos em lojas de departamento e indústria química, automobilística e de equipamentos elétricos. Também foram examinados os resultados das pesquisas que levaram à formulação de medidas viáveis a serem incluídas nestas diretrizes. Em seguida, as medidas regulares de apoio foram comparadas com pontos de controle ergonômico para o trabalho de manutenção das instalações que requer turnos noturnos irregulares. Com base na análise foi criada uma lista de verificação para o trabalho noturno e em turnos. RESULTADOS: Verificou-se que tanto as diretrizes quanto os pontos de controle do trabalho de manutenção das instalações cobriram freqüentemente vários assuntos, inclusive horários de trabalho e riscos relativos ao trabalho. Este vínculo próximo entre a disposição do trabalho em turnos e a gestão de risco revelou-se importante, visto que os trabalhadores em turnos nestes ramos consideraram o trabalho em equipe e em serviços de previdência essenciais para a gestão de riscos associados ao trabalho noturno e em turnos. As quatro áreas identificadas pelos administradores e empregados próprias para a melhoria participativa foram: horários de trabalho, tarefas ergonômicas, ambiente de trabalho e treinamento. A lista de verificação elaborada para facilitar os processos de reforma participativa cobria estas áreas. CONCLUSÕES: A lista de verificação elaborada para descrever medidas viáveis para o local de trabalho serviu para a integração com os processos abrangentes de gestão de saúde e segurança e proporcionou oportunidades importantes para a melhoria conjunta da disposição das horas de trabalho e teor do trabalho.Resumo em Inglês:
OBJECTIVE: Various support measures useful for promoting joint change approaches to the improvement of both shiftworking arrangements and safety and health management systems were reviewed. A particular focus was placed on enterprise-level risk reduction measures linking working hours and management systems. METHODS: Voluntary industry-based guidelines on night and shift work for department stores and the chemical, automobile and electrical equipment industries were examined. Survey results that had led to the compilation of practicable measures to be included in these guidelines were also examined. The common support measures were then compared with ergonomic checkpoints for plant maintenance work involving irregular nightshifts. On the basis of this analysis, a new night and shift work checklist was designed. RESULTS: Both the guidelines and the plant maintenance work checkpoints were found to commonly cover multiple issues including work schedules and various job-related risks. This close link between shiftwork arrangements and risk management was important as shiftworkers in these industries considered teamwork and welfare services to be essential for managing risks associated with night and shift work. Four areas found suitable for participatory improvement by managers and workers were work schedules, ergonomic work tasks, work environment and training. The checklist designed to facilitate participatory change processes covered all these areas. CONCLUSIONS: The checklist developed to describe feasible workplace actions was suitable for integration with comprehensive safety and health management systems and offered valuable opportunities for improving working time arrangements and job content together.Resumo em Português:
No contexto do planejamento das horas de trabalho, observam-se iniqüidades na saúde associadas à diversidade biológica, psicológica, social e socioeconômica. Inicialmente, procura-se criar uma estrutura de referência para a discussão do assunto, relacionando-o à Declaração Universal dos Direitos Humanos e a discussões recentes sobre eqüidade em saúde. Em seguida, passa-se a alguns fatores que causam iniqüidades em saúde no contexto do planejamento das horas de trabalho, associados ao sexo ou gênero, idade e tempo de permanência no serviço, características de personalidade, estado civil, apoio social, diversidades de valores e diferenças socioeconômicas; a discussão estende-se sobre enfoques para lidar com estas diferenças e iniqüidades.Resumo em Inglês:
In the context of the design of working hours inequities in health associated with biological, psychological, social, and socioeconomic diversities can be observed. The paper first tries to set up a frame of reference for a discussion of this topic, relating to the Universal Declaration of Human Rights and some recent discussions on equity in health and then goes into some factors that produce inequities in health in the context of the design of working hours, dealing with sex or gender, age and job age, personality traits, marital status, social support, diversities in values, and socio-economic differences; the discussion deals with approaches on how to deal with these differences and inequities.Resumo em Português:
O impacto do trabalho noturno e em turnos sobre a saúde demonstra ter grande variabilidade entre os indivíduos e num mesmo indivíduo, em termos tanto dos tipos de problemas como da ocorrência temporal, relativas a vários fatores interferentes como características pessoais, estilo de vida, exigências do trabalho, organização da empresa, relações familiares e condição social. O modo como "saúde" e "bem-estar" são definidos pode interferir significativamente com a avaliação, resultados e intervenções. Como o objetivo é otimizar a saúde dos trabalhadores em turnos, é necessário ir além da proteção da saúde e agir para a promoção da saúde e ter a participação de não apenas profissionais da área das ciências médicas, mas também outros agentes (ergonomistas, psicólogos, sociólogos, educadores, legisladores), assim como dos próprios trabalhadores. Foram propostos vários modelos com o propósito de descrever as variáveis interferentes que intermedeiam e/ou moderam os efeitos. Esses modelos buscam definir as interações e conexões entre os fatores de risco e resultados por meio de várias dimensões humanas, que remetem à fisiologia, psicologia, sociologia, ergonomia, economia, política e ética. Assim, podem ser usados diferentes critérios para avaliar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores em turnos, de ritmos biológicos a graves transtornos de saúde, passando por tensão psicológica, insatisfação no trabalho, transtorno familiar e má adaptação social a curto e longo prazo. Como resultado, parece um tanto arbitrário enfocar o problema da saúde e tolerância dos trabalhadores em turnos apenas sob aspectos específicos (por exemplo, características pessoais) e parece ser mais apropriada uma abordagem sistemática, capaz de combinar o maior número possível de variáveis e direcionada a definir os fatores mais relevantes aos tipos particulares de trabalho e condições sociais. Isso pode servir de respaldo para a adoção de medidas preventivas e compensatórias mais eficazes e proveitosas (para indivíduos, empresas e sociedade) que precisam remeter mais a "contravalores" do que a "contrapesos".Resumo em Inglês:
The impact of shift and night work on health shows a high inter- and intra-individual variability, both in terms of kind of troubles and temporal occurrence, related to various intervening factors dealing with individual characteristics, lifestyles, work demands, company organisation, family relations and social conditions. The way we define "health" and "well-being" can significantly influence appraisals, outcomes and interventions. As the goal is the optimisation of shiftworkers' health, it is necessary to go beyond the health protection and to act for health promotion. In this perspective, not only people related to medical sciences, but many other actors (ergonomists, psychologists, sociologists, educators, legislators), as well as shiftworkers themselves. Many models have been proposed aimed at describing the intervening variables mediating and/or moderating the effects; they try to define the interactions and the pathways connecting risk factors and outcomes through several human dimensions, which refer to physiology, psychology, pathology, sociology, ergonomics, economics, politics, and ethics. So, different criteria can be used to evaluate shiftworkers' health and well-being, starting from biological rhythms and ending in severe health disorders, passing through psychological strain, job dissatisfaction, family perturbation and social dis-adaptation, both in the short- and long-term. Consequently, it appears rather arbitrary to focus the problem of shiftworkers' health and tolerance only on specific aspects (e.g. individual characteristics), but a systemic approach appears more appropriate, able to match as many variables as possible, and aimed at defining which factors are the most relevant for those specific work and social conditions. This can support a more effective and profitable (for individuals, companies, and society) adoption of preventive and compensative measures, that must refer more to "countervalues" rather than to "counterweights".