Saúde e Sociedade, Volume: 1, Número: 1, Publicado: 1992
  • Editorial

    Spinola, Aracy Witt de Pinho; Escrivão Júnior, Álvaro
  • Cecília Donnangelo hoje

    Gonçalves, Ricardo Bruno Mendes
  • Vigilância epidemiológica: uma proposta de transformação

    Silva, Luiz Jacintho da
  • O sistema de vigilância epidemiológica sob a crise do setor saúde

    Perrenoud, Beatriz A. Fortes; Moraes, José Cassio de

    Resumo em Português:

    Discute as intervenções que precederam a atual crise do Sistema de Vigilância Epidemiológica do Estado de Sao Paulo e os pressupostos que devem orientar as propostas de solução. Considerando as relações com os níveis Federal e Municipal, busca-se adequar o atual Sistema de Vigilância Epidemiológica às diretrizes do Sistema Único de Saúde.
  • Pestilências: velhos fantasmas, novas cadeias

    Carvalheiro, José da Rocha

    Resumo em Português:

    São discutidos diversos aspectos relacionados com a Epidemiologia e o Controle de Doenças que, pela natureza de seus processos endemo-epidêmicos, tomaram-se grandes "fantasmas" que assolaram a humanidade durante séculos - as "pestilências". Relaciona-se seus respectivos processos com a história da humanidade, a organização das medidas e as próprias técnicas de combate. Mencionam-se os fantasmas do passado representados, fundamentalmente, pelas Doenças Quarentenáveis e o seu ressurgimento no mundo atual. Discute-se a emergência de novos fantasmas que assolam a humanidade: doenças crônico-degenerativas, violência e trauma, AIDS. Defende-se a idéia de que sao alterações da estrutura epidemiológica que devem ser buscadas para explicar as mudanças de perfil epidemiológico, em particular os processos endemo-epidêmicos das pestilências. Neste sentido, os velhos fantasmas, quando ressurgem o fazem com características e estruturas epidemiológicas mudadas.
  • A seguridade social, o sistema único de saúde e a partilha dos recursos

    Vianna, Solon Magalhães

    Resumo em Português:

    O artigo está centrado em quatro questões que, de alguma forma, afetam a partilha dos recursos do Orçamento da Seguridade Social - OSS, entre os componentes desse sistema (saúde, previdência e assistência social): O papel do MTPS, "caixa" da seguridade e gestor de seu principal programa (beneficios previdenciários); a proposta de vincular os recursos da saúde a determinado percentual do OSS; a controvérsia quanto às responsabilidades desse orçamento, que tem sido usado para financiar políticas públicas (saneamento, merenda escolar, pagamento de inativos e pensionistas da União, etc.) que antes eram custeadas pelo orçamento fiscal (recursos ordinários do Tesouro) e, finalmente, a repercussão da estratégia de contingenciamento adotada pelo governo, atingindo inclusive as contribuições sociais recolhidas pela Receita Federal (FINSOCIAL, taxação sobre lucro e loterias). No final é mencionada a criação de fonte específica para saúde e a forma de partição automática entre União, Estados e Municípios. O autor conclue com cepticismo em relação a soluções para o financiamento do SUS que não passe pela retomada do crescimento econômico, combate à sonegação e à inadimplência de órgãos públicos e empresas privadas e, sobretudo, pela vontade política de fortalecer o sistema de saúde.
  • As Ciências Sociais em Saúde: reflexões sobre as origens e a construção de um campo de conhecimento

    Nunes, Everardo Duarte

    Resumo em Português:

    O trabalho aborda as origens, desenvolvimento e perspectivas das Ciências Sociais em Saúde. Procura situar alguns pontos fundamentais relacionados a incorporação de um pensamento social em saúde no Brasil e faz parte de um amplo movimento que ocorreu no pós 2ª Guerra, principalmente junto aos Departamentos de Medicina Preventiva e Social. Trata da construção desse campo do conhecimento, apontando alguns trabalhos da literatura. Conclui apresentando algumas perspectivas em relação à investigação nessa área.
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