Ciência & Saúde Coletivahttps://scielosp.org/journal/csc/feed/2017-01-13T00:12:00ZVol. 29 No. 3 - 2024WerkzeugTendência da taxa de mortalidade por câncer de mama em mulheres com 20 anos ou mais no Brasil, 2005-201910.1590/1413-81232024293.017120232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Gabriela Rodarte Pedroso daGuimarães, Rafael AlvesVieira, Flaviana Vely MendonçaSilva, George OliveiraOliveira, Faétila dos SantosAredes, Natália Del’ Angelo
<em>Silva, Gabriela Rodarte Pedroso Da</em>;
<em>Guimarães, Rafael Alves</em>;
<em>Vieira, Flaviana Vely Mendonça</em>;
<em>Silva, George Oliveira</em>;
<em>Oliveira, Faétila Dos Santos</em>;
<em>Aredes, Natália Del’ Angelo</em>;
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Resumo O objetivo é analisar a tendência da taxa de mortalidade por câncer de mama e sua correlação com o status de desenvolvimento socioeconômico no Brasil. Estudo ecológico de séries temporais realizado nos 26 estados, Distrito Federal e regiões do Brasil. As fontes de dados foram o Sistema de Informação sobre Mortalidade (número de óbitos), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (população residente) e o estudo da Carga Global de Doenças (socio-demographic index - SDI). Foram usados dados de 2005 a 2019. A tendência foi analisada pelos modelos de regressão de Prais-Winsten. A relação entre a taxa de mortalidade e o SDI foi analisada pelo coeficiente de correlação de Spearman. No período do estudo ocorrerem 207.683 óbitos por câncer de mama. A taxa padronizada de mortalidade média foi de 19,95 óbitos por 100.000 mulheres no Brasil. O Brasil e todas as regiões apresentaram tendência crescente da mortalidade. Do total de estados, 22 apresentaram tendência crescente. Verificou-se relação positiva entre a taxa de mortalidade e o SDI. A taxa de mortalidade padronizada por câncer de mama apresentou tendência crescente no Brasil, em todas as regiões e na maioria das unidades da federação. Verificou-se associação direta entre mortalidade e SDI, indicando maior magnitude em regiões mais desenvolvidas.Fatores associados ao homicídio de mulheres no Brasil, segundo raça/cor, 2016-202010.1590/1413-81232024293.102020232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZNery, Mona Gizelle DregerNery, Felipe Souza DregerPereira, Sheila Regina dos SantosCavalcante, Lara AguiarGomes, Beatriz MotaTeles, Ana Cláudia OliveiraLuiz, Olinda do CarmoAraújo, Edna Maria de
<em>Nery, Mona Gizelle Dreger</em>;
<em>Nery, Felipe Souza Dreger</em>;
<em>Pereira, Sheila Regina Dos Santos</em>;
<em>Cavalcante, Lara Aguiar</em>;
<em>Gomes, Beatriz Mota</em>;
<em>Teles, Ana Cláudia Oliveira</em>;
<em>Luiz, Olinda Do Carmo</em>;
<em>Araújo, Edna Maria De</em>;
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Resumo O objetivo deste estudo é avaliar as taxas de homicídios contra mulheres residentes no Brasil, segundo unidades da federação e raça/cor, no período de 2016 a 2020. Trata-se de um estudo ecológico de tendência temporal. Foi realizada análise múltipla adotando-se modelo de regressão para dados longitudinais. No período, ocorreram no Brasil 20.405 homicídios de mulheres e as taxas padronizadas mostraram que as mulheres negras (6,1/100.000) apresentaram as maiores taxas, em comparação às brancas (3,4/100.000). O Brasil apresentou queda de 25,2% de 2016 a 2020. A taxa de homicídio variou de 4,7 mortes por 100 mil mulheres em 2016 para 3,5 em 2020, mas a tendência decrescente e estatisticamente significante foi observada nas taxas de mulheres negras e brancas. As variáveis IDH, taxa de analfabetismo e proporção de causas mal definidas apresentaram uma relação inversa e estatisticamente significante com as taxas de homicídio de mulheres. Nos anos de 2019 e 2020 houve uma diminuição da taxa média de homicídio em relação ao ano de 2016. Apesar do decrescimento na evolução temporal das taxas para negras e brancas, houve diferenças raciais importantes nos homicídios de mulheres, com piores resultados para as mulheres negras.Iniquidade racial na mortalidade por câncer de colo de útero no Brasil: estudo de séries temporais de 2002 a 202110.1590/1413-81232024293.052020232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZLuiz, Olinda do CarmoNisida, VitorSilva Filho, Aloisio Machado daSouza, Allex Sander Porfírio deNunes, Ana Paula NogueiraNery, Felipe Souza Dreger
<em>Luiz, Olinda Do Carmo</em>;
<em>Nisida, Vitor</em>;
<em>Silva Filho, Aloisio Machado Da</em>;
<em>Souza, Allex Sander Porfírio De</em>;
<em>Nunes, Ana Paula Nogueira</em>;
<em>Nery, Felipe Souza Dreger</em>;
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Resumo O objetivo desse artigo é analisar séries temporais da mortalidade por câncer de colo do útero segundo raça/cor no Brasil de 2002 a 2021. Estudo ecológico de séries temporais com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade e informações populacionais do IBGE. Variações anuais das taxas de mortalidade ajustadas por idade de mulheres de 20 anos ou mais foram estimadas pelo modelo de regressão linear simples com correção de Prais-Winsten. Foram registrados 133.429 óbitos por câncer de colo de útero, destes, 51,2% foram de mulheres negras. As mulheres negras morrem mais e têm menor queda do coeficiente. Houve aumento da desigualdade racial ao longo dos anos. Em 2002, ocorriam 0,08 óbitos/100 mil mulheres a mais na população negra comparada com a população branca; em 2021 esse número é de aproximadamente 1 óbito. Para a elaboração de políticas de saúde da mulher devem ser consideradas as diferenças raciais na implementação de estratégias e metas.Itinerários terapêuticos no cuidado em saúde em comunidades quilombolas10.1590/1413-81232024293.016020232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGomes, Rafael FernandesOliveira, Pâmela Scarlatt DurãesSilva, Maria Luiza OliveiraMiranda, Sérgio Vinícius Cardoso deSampaio, Cristina Andrade
<em>Gomes, Rafael Fernandes</em>;
<em>Oliveira, Pâmela Scarlatt Durães</em>;
<em>Silva, Maria Luiza Oliveira</em>;
<em>Miranda, Sérgio Vinícius Cardoso De</em>;
<em>Sampaio, Cristina Andrade</em>;
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Resumo Este artigo teve como objetivo mapear os itinerários terapêuticos no cuidado em saúde em comunidades quilombolas rurais no norte de Minas Gerais, Brasil. Trata-se de um recorte de uma pesquisa qualitativa realizada em seis comunidades visitadas. Os dados foram produzidos por meio de 18 entrevistas individuais, analisados pelo referencial teórico-metodológico dos itinerários terapêuticos e organizados em três temas empíricos. As narrativas permitiram a compreensão dos percursos trilhados no cuidado em saúde pela população quilombola, a identificação dos componentes do subsistema popular (recursos naturais, o uso de chás e remédios caseiros), do subsistema familiar (transmissão de conhecimentos e herança cultural de cuidados), e do subsistema profissional (nível hospitalar, cuidados médicos, atenção primária e especializada). As dificuldades de acesso não decorrem apenas das distâncias geográficas, envolvem aspectos mais amplos da determinação social, como o racismo institucional, a baixa oferta de serviços, a necessidade de pagamento para deslocamentos e procedimentos médicos. Nesse sentido, fazem-se necessárias uma abordagem e intervenções das políticas públicas frente às desigualdades étnico-raciais, econômicas e de acesso aos serviços de cuidado em saúde.Racismo, saúde e pandemia: uma revisão narrativa da relação entre a população negra e eventos da COVID-19 no ano de 202010.1590/1413-81232024293.110720232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZAraújo, Marcos Vinícius Ribeiro dePereira-Borges, Ruan Carlos
<em>Araújo, Marcos Vinícius Ribeiro De</em>;
<em>Pereira-Borges, Ruan Carlos</em>;
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Resumo Objetiva-se analisar como as publicações científicas descreveram e interpretaram os achados sobre a relação entre a população negra e eventos ligados à COVID-19 em 2020. Revisão narrativa com busca sistemática, na qual realizou-se um levantamento de artigos publicados em 2020 nas bases Scopus, MedLine/PubMed e Web of Science. Inicialmente foram encontrados 665 artigos, após a leitura e aplicação dos critérios elegíveis, chegou-se ao número final de 45 artigos. Predominaram estudos epidemiológicos, observacionais, dados secundários e desenvolvidos nos Estados Unidos. Da síntese das informações extraídas emergiram quatro agrupamentos e respectivos achados: principais eventos na população negra - alto número de óbitos e elevada taxa mortalidade; relações diretas - más condições de saúde, moradia e trabalho; relações intermediárias - baixa renda e preconceito antinegro; relações abrangentes - racismo estrutural e determinantes sociais da saúde. A identificação das disparidades raciais em saúde é uma importante constatação sobre a dinâmica da pandemia entre a população negra, porém as explicações multicausais mostraram-se limitadas. É necessário mobilizar recursos teóricos críticos dos estudos de raça e saúde para qualificar pesquisas, visando oferecer suporte em ações globais no enfrentamento da epidemia por SARS-COV2 neste grupo.Eu, nós… ELAS quilombolas: documentário sobre vacinação contra COVID-19 em quilombolas enquanto dispositivo antirracista10.1590/1413-81232024293.044820232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGerhardt, Tatiana EngelMigon, Natália BristotMadrid, Rosemeri da SilvaSoares, Jaqueline OliveiraLubisco, Ricardo PalmeiroEschiletti, Joana da CostaSantos, Joseane dos
<em>Gerhardt, Tatiana Engel</em>;
<em>Migon, Natália Bristot</em>;
<em>Madrid, Rosemeri Da Silva</em>;
<em>Soares, Jaqueline Oliveira</em>;
<em>Lubisco, Ricardo Palmeiro</em>;
<em>Eschiletti, Joana Da Costa</em>;
<em>Santos, Joseane Dos</em>;
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Resumo Eu, nós... ELAS quilombolas, documentário que aborda a identidade quilombola e o direito à vacinação contra a COVID-19, faz emergir noções como prioridade, direito, privilégio e identidade durante o processo que precisa vincular os números de doses a braços de cidadãos. No Brasil, diante da omissão do governo federal, fundamentada na necropolítica e no negacionismo, a falta de informações levou as comunidades quilombolas a se responsabilizarem pela construção das listas de aptos a receberem a vacina. O objetivo da produção foi utilizar as imagens como linguagem política na área da saúde, documentando e dando visibilidade para essas questões, como ilustração de processos de enfrentamento das desigualdades e iniquidades sociais e de saúde pautadas no racismo estrutural. Ao associar ciência e arte, o método de produção audiovisual, entrelaçado com os referenciais da sociologia das imagens, da antropologia visual e dos dispositivos de produção e estética de Coutinho, emergiram três categorias: o eu, o nós e o elas. Este artigo apresenta as categorias que embasaram a construção narrativa do documentário a partir das potencialidades das imagens, que se apresentaram como dispositivo político-pedagógico antirracista, tanto durante o processo de produção quanto ao longo das exibições públicas.O racismo institucional na universidade e consequências na vida de estudantes negros: um estudo misto10.1590/1413-81232024293.042320232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZGuerra, Nathalia Ester MartinsStofel, Natália SevilhaBorges, Flávio AdrianoLuna, Willian FernandesSalim, Natália RejaneSá, Barbara Stefani MoraisMonteiro, Juliana
<em>Guerra, Nathalia Ester Martins</em>;
<em>Stofel, Natália Sevilha</em>;
<em>Borges, Flávio Adriano</em>;
<em>Luna, Willian Fernandes</em>;
<em>Salim, Natália Rejane</em>;
<em>Sá, Barbara Stefani Morais</em>;
<em>Monteiro, Juliana</em>;
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Resumo O objetivo do artigo foi analisar como o racismo institucional em uma universidade pública brasileira afeta a vida de estudantes negros e negras. Trata-se de um estudo misto, desenvolvido por meio da aplicação de questionário autoaplicado online a estudantes universitários que se autodeclararam negros. Os dados quantitativos foram analisados por estatística descritiva, análise bivariável por meio do qui-quadrado e regressão logística multinominal. A análise dos dados qualitativos foi feita no Iramuteq. Do total de 125 respondentes, 68 (54,4%) afirmaram ter sofrido racismo pelo menos uma vez dentro da universidade. Percebeu-se que as situações racistas vividas pelas pessoas negras dentro do ambiente universitário colocam em questão a autoconfiança e a motivação do estudante, afetando diretamente a sua saúde mental e seu desempenho no curso. Evidenciou-se a importância dos coletivos para acolhimento e fortalecimento do pertencimento dos estudantes.Experiências e estratégias de pessoas com doença falciforme no Distrito Federal: a ruptura biográfica10.1590/1413-81232024293.117820232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCosta, Jéssica Luciano daMontagner, Maria InezMontagner, Miguel ÂngeloAlves, Sandra Mara CamposDelduque, Maria Célia
<em>Costa, Jéssica Luciano Da</em>;
<em>Montagner, Maria Inez</em>;
<em>Montagner, Miguel Ângelo</em>;
<em>Alves, Sandra Mara Campos</em>;
<em>Delduque, Maria Célia</em>;
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Resumo Trata-se de um estudo sobre a doença falciforme, enfermidade crônica que afeta muitas pessoas no Brasil. O objetivo foi compreender como as pessoas lidam com as adversidades oriundas do diagnóstico e a ruptura biográfica. A descrição das experiências e estratégias empregadas pelas pessoas compuseram um quadro que expressa os habitus dos entrevistados, construídos em relação dialética com a vulnerabilidade determinada pela doença. A abordagem foi qualitativa e empregou entrevistas focadas como propostas por Merton, a técnica bola de neve aplicada em grupos relacionados à doença falciforme em redes sociais. Sete participantes foram selecionados por serem informantes privilegiados, portadores da doença, maiores de 18 anos, moradores no Distrito Federal e usuários não exclusivos do Sistema Único de Saúde. O material das entrevistas foi categorizado a partir dos núcleos focais empregados. Os resultados apontaram as categorias: ruptura biográfica, experiência e estratégias de enfrentamento, atenção à saúde. Concluímos que é necessária uma sensibilização dos profissionais e da população sobre as dificuldades da condição de vida das pessoas com doença falciforme e a consolidação das políticas públicas e das redes de atendimento para acolher essa população.Anos Potenciais de Vida Perdidos devido à COVID-19, segundo a raça/cor e gênero, no Brasil, entre 2020 e 202110.1590/1413-81232024293.047020232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva Filho, Aloisio Machado daAraújo, Edna Maria deSouza, Ionara Magalhães deLuiz, Olinda do CarmoMáximo, GiovanniQueiroz, Franciane de AzevedoCavalcante, LaraNisida, Vitor
<em>Silva Filho, Aloisio Machado Da</em>;
<em>Araújo, Edna Maria De</em>;
<em>Souza, Ionara Magalhães De</em>;
<em>Luiz, Olinda Do Carmo</em>;
<em>Máximo, Giovanni</em>;
<em>Queiroz, Franciane De Azevedo</em>;
<em>Cavalcante, Lara</em>;
<em>Nisida, Vitor</em>;
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Resumo A mortalidade provocada pela pandemia da COVID-19 tem produzido impactos aos indicadores de Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) em nível mundial. Objetiva-se estimar os APVP devido à mortalidade por COVID-19, segundo sexo, faixa etária e raça/cor, no período de março de 2020 a dezembro de 2021, no Brasil. Foram caracterizadas as mortes por COVID-19, estimadas e comparadas as taxas e razão de taxas padronizadas de APVP, a média de anos potenciais de vida não vividos (APVNV) e a idade média do óbito (IMO). No geral, foram perdidos 13.776.969,50 anos potenciais de vida, o que determinou uma perda média de 22,5 anos potenciais não vividos. Houve maior perda de anos potenciais de vida nos homens (58,12%) e nas faixas etárias de 0 a 59 anos nas populações negra (58,92%) e indígena (63,35%), enquanto nas faixas etárias de 60 anos e mais foi observada maior perda de APVP nas populações branca (45,89%) e amarela (53,22%). As mulheres registraram as maiores IMO, com exceção das mulheres indígenas. Homens brancos (1,63), pardos (1,59) e pretos (1,61) tiveram as maiores taxas em comparação às mulheres brancas. Apesar da COVID-19 ter tido maior impacto em idosos, foram as populações negra e indígena na faixa de menos de 60 anos quem teve maior perda de anos potenciais de vida.Àgô Sankofa: um olhar sobre a trajetória da doença falciforme no Brasil nos últimos 20 anos10.1590/1413-81232024293.067720232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMota, Clarice SantosLira, Altair dos SantosQueiroz, Maria Candida Alencar deSantos, Márcia Pereira Alves dos
<em>Mota, Clarice Santos</em>;
<em>Lira, Altair Dos Santos</em>;
<em>Queiroz, Maria Candida Alencar De</em>;
<em>Santos, Márcia Pereira Alves Dos</em>;
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Resumo A doença falciforme (DF) é um caso emblemático de negligência histórica em saúde no Brasil e reflete como o racismo institucional produz iniquidades em saúde. Este artigo fez um percurso histórico até os dias atuais e mostra atraso na implementação de políticas de saúde voltadas para as pessoas com DF, tantas vezes encoberto em (in)ações e omissões do poder público. O descompromisso para a efetivação das recomendações do Ministério da Saúde, a exemplo da triagem neonatal, e a dificuldade de incorporar as tecnologias para a assistência à saúde resultam desse modus nada operandi. Os avanços e retrocessos nas ações programáticas, bem como a pressão constante sobre os diversos entes governamentais, caracterizaram a saga dos últimos 20 anos. O texto disserta sobre as políticas voltadas para as pessoas com DF, apropriando-se da simbologia Sankofa, já que só é possível construir o presente pelo aprendizado dos erros do passado. Assim, reconhecemos essa trajetória e esse momento histórico em que há possibilidade concreta de avançar e concretizar o tão almejado cuidado integral para pessoas com DF. Concluiu-se que há um convite para um novo olhar, em que esperançar seja o disparador das movimentações necessárias para a garantia do direito para as pessoas com DF.O quilombo Mata Cavalo/Brasil e a sindemia da COVID-19: o racismo e o direito de (r)existir em questão10.1590/1413-81232024293.083220232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMadureira, Kleber GonçalvesBarsaglini, Reni
<em>Madureira, Kleber Gonçalves</em>;
<em>Barsaglini, Reni</em>;
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Resumo Comunidades quilombolas têm sentido efeitos do racismo aprofundados com a COVID-19 cujas repercussões se amplificam em contextos de desigualdades raciais, caracterizando-se como sindemia. O termo remete à sinergia de elementos biológicos, econômicos, ambientais, políticos e sociais que potencializam condições e estados coexistentes, repercutindo na vida e afetando a saúde. Assim, analisamos as repercussões da sindemia da COVID-19 a partir das percepções de lideranças de comunidade quilombola em Mato Grosso. Em estudo qualitativo entrevistamos três lideranças em maio/2022, usando roteiro semiestruturado e tratamos os dados pela análise temática. A sindemia da COVID-19 visibilizou a precariedade estrutural quanto ao transporte, estradas, saneamento, acesso à água, alimentos e serviços de saúde. O isolamento, mortes, medos tiveram repercussões psicossociais, mas ausência de atenção à saúde mental. Propostas antirracistas clamam por: reparar precariedades reconhecendo a dívida do Estado com a população negra; valorizar experiências, modo de vida, cosmovisão, valores civilizatórios ancestrais afrocentrados. Enfim, fortalecer, reafirmar e efetivar ações antirracistas como o Estatuto da Igualdade Racial e a PNSIPN em todos possíveis espaços, políticas e instituições.Dificuldades no cuidado em saúde para as pessoas que fazem uso problemático de drogas: uma revisão integrativa10.1590/1413-81232024293.177120222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMarchetti, Silvana ProençaBadagnan, Heloisa FrançaDumaressq, LeilaTófoli, Luís Fernando Farah deWorcman, Nicola de Campos
<em>Marchetti, Silvana Proença</em>;
<em>Badagnan, Heloisa França</em>;
<em>Dumaressq, Leila</em>;
<em>Tófoli, Luís Fernando Farah De</em>;
<em>Worcman, Nicola De Campos</em>;
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Resumo O estudo teve como objetivo conhecer as dificuldades para o cuidado em saúde de pessoas que fazem uso problemático de drogas, dentro do contexto dos serviços especializados em saúde mental nacionais e internacionais. Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados PubMed, LILACS, Web of Science, Scopus e Embase, com os descritores: usuários de drogas; serviços de saúde mental; cuidado em saúde. Foram selecionados 18 estudos, sendo os critérios de inclusão: estudos primários, disponíveis na íntegra, publicados nos idiomas inglês, espanhol e português, no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2021. A partir da análise, identificou-se que as dificuldades para o cuidado de saúde de pessoas que fazem uso problemático de drogas estão ligadas às dimensões das políticas públicas em saúde, aos modelos de cuidados adotados e aos atores envolvidos, e que tais pontos se relacionam. Ressalta-se, ainda, a necessidade de formação específica, bem como a condução de novas pesquisas que abordem, com profundidade, a terapêutica do uso problemático de drogas e a produção de novas tecnologias de cuidado em saúde para essa população.Racial and ethnic disparities in premature births among pregnant women in the NISAMI cohort, Brazil10.1590/1413-81232024293.118620232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOliveira, Kelly Albuquerque deCastro, Caroline Tianeze dePereira, MarcosCordeiro, Rosa CândidaRibeiro, Denize de AlmeidaRivemales, Maria da Conceição CostaAraújo, Edna Maria deSantos, Djanilson Barbosa dos
<em>Oliveira, Kelly Albuquerque De</em>;
<em>Castro, Caroline Tianeze De</em>;
<em>Pereira, Marcos</em>;
<em>Cordeiro, Rosa Cândida</em>;
<em>Ribeiro, Denize De Almeida</em>;
<em>Rivemales, Maria Da Conceição Costa</em>;
<em>Araújo, Edna Maria De</em>;
<em>Santos, Djanilson Barbosa Dos</em>;
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Abstract The incidence of premature birth has increased worldwide, unequally distributed by race/ethnicity. Racism generates economic inequalities, educational disparities, and differential access to health care, which increases the risk of preterm birth. Thus, this study aimed to evaluate the factors associated with preterm birth and racial and ethnic disparities in premature birth among pregnant women attending prenatal care at the Brazilian Unified Health System health units in the urban area of Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brazil. This study used data from 938 pregnant women aged between 18 to 45 years within the NISAMI prospective cohort. Premature birth prevalence was 11.8%, with a higher prevalence among black than non-black women (12.9% versus 6.0%, respectively). Maternal age between 18 and 24 years was the only factor associated with premature birth. A higher risk of premature birth was found among black women than non-black women (RR 3.22; 95%CI 1.42-7.32). These results reveal the existence of racial and social inequalities in the occurrence of premature birth.Associação entre iniquidades raciais e condição de saúde bucal: revisão sistemática10.1590/1413-81232024293.048820232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZReis, Laila Araújo de Oliveira dosMiranda, Samilly SilvaFonseca, Bruna Rebouças daPereira, MarcosNatividade, Marcio dos SantosAragão, ErikaLara, Tiago PratesNery, Joilda Silva
<em>Reis, Laila Araújo De Oliveira Dos</em>;
<em>Miranda, Samilly Silva</em>;
<em>Fonseca, Bruna Rebouças Da</em>;
<em>Pereira, Marcos</em>;
<em>Natividade, Marcio Dos Santos</em>;
<em>Aragão, Erika</em>;
<em>Lara, Tiago Prates</em>;
<em>Nery, Joilda Silva</em>;
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Resumo O objetivo deste estudo é investigar a associação entre iniquidades raciais e condição de saúde bucal. Trata-se de revisão sistemática com protocolo cadastrado na plataforma prospero (CRD42021228417), com buscas realizadas em bases de dados eletrônicas e na literatura cinzenta. Identificou-se 3.028 publicações e após aplicação dos critérios de elegibilidade e análise do risco de vieses, 18 estudos foram selecionados. Os resultados indicam que indivíduos de raça/cor da pele preta/parda apresentam condições de saúde bucal desfavorável, representada principalmente pela autoavaliação de saúde bucal, perda dentária, cárie e periodontite. Os resultados evidenciaram iniquidades raciais em saúde bucal em diferentes países, para todos os indicadores analisados, com maior vulnerabilidade da população negra.Desnortear, aquilombar e o antimanicolonial: três ideias-força para radicalizar a Reforma Psiquiátrica Brasileira10.1590/1413-81232024293.044320232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZDavid, Emiliano de CamargoVicentin, Maria Cristina GonçalvesSchucman, Lia Vainer
<em>David, Emiliano De Camargo</em>;
<em>Vicentin, Maria Cristina Gonçalves</em>;
<em>Schucman, Lia Vainer</em>;
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Resumo Este artigo é parte de uma pesquisa que buscou cartografar saberes e fazeres antirracistas em saúde mental por meio do acompanhamento das práticas de três coletivos de profissionais trabalhando na/com a rede de atenção psicossocial na cidade de São Paulo, o que possibilitou caracterizar suas estratégias de intervenção. Buscando contribuir para sua conceitualização, delineamos, por meio da revisão da literatura descolonial, três ideias-força que nos permitem dar corpo à descolonização da Reforma Psiquiátrica: o desnortear, que, em diálogo com Achille Mbembe e Frantz Fanon, nos convida à afirmação da loucura e da negritude - sem, no entanto, estabelecer fixações; o antimanicolonial, que se dá no fomento do exercício livre e contracultural de imaginar diásporas, em relação com as proposições de Édouard Glissant, Paul Gilroy e Lélia Gonzales quanto a uma (des)orientação atlântica na qual elementos da diáspora negra e da América Latina possam ressignificar negritude e desrazão; e o aquilombar, como práxis libertária que tem em sua gênese os quilombos como metáfora viva da radicalização das relações nas diferenças, a partir do quilombismo de Abdias do Nascimento, da quilombagem de Clóvis Moura, do (k)quilombo de Beatriz Nascimento e do devir quilomba de Mariléa de Almeida.“Mesmo que a gente seja a mão que cuida”: médicas negras e racismo estrutural no contexto da atenção primária à saúde10.1590/1413-81232024293.076220232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Letícia BatistaCampos, Daniel de SouzaAraújo, Marcos Vinícius Ribeiro deReis, Regimarina Soares
<em>Silva, Letícia Batista</em>;
<em>Campos, Daniel De Souza</em>;
<em>Araújo, Marcos Vinícius Ribeiro De</em>;
<em>Reis, Regimarina Soares</em>;
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Resumo Trata-se de estudo sobre o racismo estrutural na formação e na ocupação de trabalhadoras e trabalhadores negros atuando na atenção primária à saúde (APS) no município do Rio de Janeiro, a partir da experiência de médicas negras. Realizou-se um estudo qualitativo, utilizando grupo focal, conduzido em novembro de 2022. Utilizou-se o interacionismo simbólico como referência para a interpretação relacionada às situações que compõem as experiências/vivências a partir do racismo. Os achados foram reunidos em dois eixos: manifestação do racismo estrutural e institucional no âmbito do SUS; e como o racismo atravessa os processos de trabalho em saúde e suas repercussões. Os resultados revelam uma continuidade das implicações do racismo desde a formação de médicas negras até o trabalho na APS, tornando-se um obstáculo na reorganização do processo de trabalho na perspectiva territorial de atenção à saúde. As participantes identificam o racismo institucional e estrutural na negligência da gestão, na violência do território e na vacância de médicos nas equipes desses territórios, limitando a oferta de um cuidado adequado. É necessário desvelar e aprofundar a compreensão do caráter estrutural do racismo da organização do trabalho em saúde, tendo como imagem-objetivo a saúde como direito.Racismo e insegurança alimentar: mazelas de uma comunidade quilombola da Amazônia legal brasileira10.1590/1413-81232024293.166720232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZCâmara, João Henrique RabeloVarga, István Van DeursenFrota, Maria Tereza Borges AraújoSilva, Hilton Pereira da
<em>Câmara, João Henrique Rabelo</em>;
<em>Varga, István Van Deursen</em>;
<em>Frota, Maria Tereza Borges Araújo</em>;
<em>Silva, Hilton Pereira Da</em>;
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Resumo Este estudo analisou a insegurança alimentar na comunidade quilombola Imbiral Cabeça-Branca, no Maranhão, durante a pandemia da COVID-19. Estudo transversal realizado no último trimestre de 2021, com 25 chefes de família da comunidade. A maioria dos participantes eram mulheres (52,0%), com baixa escolaridade, desempregados (68,0%), e 76,0% recebiam o Auxílio Emergencial federal. A densidade domiciliar média era de quatro pessoas, e as casas eram predominantemente de taipa, sem saneamento básico. A água consumida provinha de poços artesanais, e a maioria das casas tinha acesso à eletricidade. A insegurança alimentar foi identificada em todas as famílias, sendo 12,0% classificadas como Leve, 24,0% Moderada e 64,0% Grave. A forma Grave foi mais comum em lares chefiados por homens solteiros (75%), idosos, pessoas com baixa escolaridade (78,7%) e desempregados (64,7%). A insegurança alimentar na comunidade quilombola, assim como em outras comunidades similares no país, é resultado das condições precárias de vida, desemprego, privação de alimentos e falta de titulação de terras. Esses fatores também contribuem para a perpetuação do racismo institucional e ambiental enfrentado por essas comunidades.Itinerários terapêuticos de mulheres quilombolas do norte de Minas Gerais, Brasil10.1590/1413-81232024293.017620232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOliveira, Pâmela Scarlatt DurãesMiranda, Sérgio Vinícius Cardoso deQueiroz, Patrícia de Sousa FernandesSantos, Bruna AmorimRodrigues Neto, João FelícioSampaio, Cristina Andrade
<em>Oliveira, Pâmela Scarlatt Durães</em>;
<em>Miranda, Sérgio Vinícius Cardoso De</em>;
<em>Queiroz, Patrícia De Sousa Fernandes</em>;
<em>Santos, Bruna Amorim</em>;
<em>Rodrigues Neto, João Felício</em>;
<em>Sampaio, Cristina Andrade</em>;
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Resumo Os quilombolas são grupos étnico-raciais de ancestralidade negra e tiveram seus territórios consolidados no Brasil em regiões com acesso difícil e distante dos grandes centros. O objetivo desse estudo é conhecer o itinerário terapêutico (IT) adotado por mulheres quilombolas em comunidades tradicionais localizadas no norte do estado de Minas Gerais. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa com o modelo teórico utilizando o sistema de cuidados à saúde de Arthur Kleinman. O estudo se deu em 23 comunidades quilombolas do norte de Minas Gerais. Foram entrevistadas 40 mulheres quilombolas, com idades entre 25 e 89 anos. A análise dos dados foi realizada seguindo os IT. Emergiram unidades de análise que foram agrupadas em três categorias: as mulheres quilombolas e o significado da saúde e do cuidado; o sistema de cuidado profissional nas comunidades quilombolas; e itinerário de cuidados nas situações vivenciadas pelas mulheres. O itinerário terapêutico das comunidades se mostra relacionado principalmente às ações de medicina popular. Foi possível observar ainda que existem fragilidades em relação à atenção à saúde devido a fatores como dificuldade de acesso aos serviços institucionalizados.Itinerários terapêuticos para cuidados em saúde bucal de adultos quilombolas de um distrito rural da Bahia, Brasil10.1590/1413-81232024293.043020232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSouto, Ricardo de AlmeidaSouzas, RaquelSilva, Etna Kaliane Pereira daPereira, Lucelia LuizNery, Joilda Silva
<em>Souto, Ricardo De Almeida</em>;
<em>Souzas, Raquel</em>;
<em>Silva, Etna Kaliane Pereira Da</em>;
<em>Pereira, Lucelia Luiz</em>;
<em>Nery, Joilda Silva</em>;
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Resumo O estudo analisou os itinerários terapêuticos relacionados à saúde bucal de adultos quilombolas de um distrito rural de Vitória da Conquista, Bahia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual foram realizadas dez entrevistas semiestruturadas com adultos quilombolas em maio de 2021, transcritas e analisadas por meio da análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram ausência e/ou precariedade na higiene bucal em alguma fase da vida, especialmente infância e adolescência; utilização de práticas populares para cuidado a saúde bucal e experiências de cuidado profissional marcados pela exodontia. A utilização de serviços de saúde foi relatada, em sua maioria, apenas no período anterior à pandemia de COVID-19, os entrevistados divergiram quanto à percepção de facilidade do acesso aos serviços de saúde em sua comunidade. Os relatos sobre a satisfação da saúde bucal destacaram a necessidade de uso ou substituição de próteses dentárias. À guisa de conclusão, entende-se que é necessária a promoção de saúde bucal de forma articulada com ações que possibilitem a prevenção de agravos, a reabilitação odontológica e a valorização do conhecimento e da visão de mundo da população quilombola.Saúde da População Negra: desafios para a construção da equidade em saúde10.1590/1413-81232024293.001420242017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSouza, Ionara Magalhães deAnunciação, DianaAraújo, Edna Maria deSilva, Hilton Pereira daPereira, Lucélia LuizNunes, Ana Paula NogueiraFlauzino, Regina Fernandes
<em>Souza, Ionara Magalhães De</em>;
<em>Anunciação, Diana</em>;
<em>Araújo, Edna Maria De</em>;
<em>Silva, Hilton Pereira Da</em>;
<em>Pereira, Lucélia Luiz</em>;
<em>Nunes, Ana Paula Nogueira</em>;
<em>Flauzino, Regina Fernandes</em>;
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O pacto da branquitude: saberemos nós brancos rompê-lo?10.1590/1413-81232024293.119120232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZOnocko-Campos, Rosana
<em>Onocko-Campos, Rosana</em>;
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Sex differences in the impact of musculoskeletal disorders on health-related quality of life: a population-based study, Campinas, SP - ISACamp 2014/1510.1590/1413-81232024293.188020222017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSouza, Donatila Barbieri de OliveiraBarros, Marilisa Berti de AzevedoLima, Margareth Guimarães
<em>Souza, Donatila Barbieri De Oliveira</em>;
<em>Barros, Marilisa Berti De Azevedo</em>;
<em>Lima, Margareth Guimarães</em>;
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Abstract This article aims to estimate the prevalence of musculoskeletal disorders (MD) on the adult population of Campinas, São Paulo, Brazil, verifying associated demographic and socioeconomic factors, and to analyze their impact on Health-Related Quality of Life (HRQoL) according to sex. A population-based study was conducted with 2,166 individuals using data from the ISACamp 2014/15. The Medical Outcomes Study SF-36-Item Short Form Health Survey (SF-36) was used to measure HRQoL according to MD. Prevalence ratios (PR) were estimated by Poisson regression. Musculoskeletal disorders had a prevalence of 8.5% (6.7% tendonitis and 2.7% work-related musculoskeletal disorders - WMSD). Results showed a higher prevalence of musculoskeletal disorders in women, active or on leave due to illness, and in individuals with higher education levels. Moreover, reduced HRQoL scores were observed in 6 of the 8 domains, due to MD. The mental component and physical component showed greater impairment respectively among women and men after self-reported WMSD. These findings point to substantial damage from musculoskeletal disorders on the population’s HRQoL. WMSD affect the HRQoL of men and women distinctly.Ethos antirracista em saúde bucal coletiva como imperioso à vida10.1590/1413-81232024293.067320232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSantos, Marcia Pereira Alves dosBastos, João Luiz
<em>Santos, Marcia Pereira Alves Dos</em>;
<em>Bastos, João Luiz</em>;
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Resumo Este artigo propõe uma reflexão sobre o imperativo do antirracismo na saúde bucal coletiva, a qual, como núcleo e práxis, pode contribuir de forma significativa para a (re)construção de um ethos que contemple a equidade e viabilize a cidadania e a democracia. Como paradigma, assumimos o conceito “Bucalidade” e as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, pela ênfase no direito à saúde como prerrogativa do direito à vida e no combate ao racismo e a todas as formas de discriminação, em quaisquer espaços, como indutor desse ethos. Como exercício crítico, abordamos o status quo da saúde bucal coletiva e apontamos para uma perspectiva pró-equidade racial como uma escolha intencional, política e pactuada socialmente em busca da justiça social. Por fim, trazemos proposições para a implementação desse ethos por assumir o enfrentamento do racismo sistêmico no campo da saúde bucal coletiva como inadiável para a preservação da vida-boca e aprimoramento da democracia.Dental caries in the permanent dentition and health-related quality of life among children and adolescents with sickle cell disease10.1590/1413-81232024293.067520232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZMendes, Vera Lúcia Duarte da CostaRisso, Patrícia A.Santos, Marcia Pereira Alves dos
<em>Mendes, Vera Lúcia Duarte Da Costa</em>;
<em>Risso, Patrícia A.</em>;
<em>Santos, Marcia Pereira Alves Dos</em>;
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Abstract The aim was to associate living, health and oral health conditions with the quality of life (QL) of children and adolescents (CA) with sickle cell disease (SCD). Of the 120 eligible users of a public hematological service, 106 CA with SCD from 6 to 18 years of age, and their caregivers, answered semi-structured questions about socio-demographic, health and oral health conditions. For QL, we used the validated instrument PedsQLSCD™. The oral clinical examination occurred according to the guidelines of WHO and SB Brazil 2010. The majority of CA were non-white people (88%), mean age of 10.4 (±2.9) years, family income of up to two monthly minimum wages, for 03 to 05 members, with diagnosis of sickle cell anemia by neonatal screening, hospitalizations were due allergic crises, polypharmacy and dental caries (51%) were present. “About the Impact of My Pain” was the best-fit model for the QLSCD (adjusted R²=56%; AIC=28.67; p=0.04). Dental caries in permanent dentition worsened the QLSCD (OR=0.53; IC95%=0.35-0.78; p<0.05) and was associated with the type of school, car ownership, number of family members, of complications and of the medications. To overcome this scenario, programmatic actions are required, and implementation of public policies specifically directed towards these groups.Violência e vulnerabilização: o cotidiano de jovens negros e negras em periferias de duas capitais brasileiras10.1590/1413-81232024293.044020232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSilva, Maria Edna BezerraAnuciação, DianaTrad, Leny Alves Bonfim
<em>Silva, Maria Edna Bezerra</em>;
<em>Anuciação, Diana</em>;
<em>Trad, Leny Alves Bonfim</em>;
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Resumo A violência é um grave problema de saúde pública e constitui um fenômeno sócio-histórico, com causas e consequências diversas e múltiplas expressões. As principais vítimas seguem sendo as populações vulnerabilizadas e periféricas, nas quais se interseccionam dimensões como gênero, classe, raça e pertencimento social. Embora as questões étnico-raciais estejam presentes nos estudos que explicam o fenômeno da violência, estes tendem a não a considerar também fruto do racismo institucional. Este artigo pretende analisar dados de uma pesquisa quali-quanti que avaliou experiências de violência simbólica e estrutural vivenciadas por jovens negros/as de 15 a 29 anos de idade e moradores/as de bairros periféricos de duas capitais brasileiras - Recife e Fortaleza, a partir de grupos focais e entrevistas semiestruturadas. Foram enfatizados os lugares de fala que situavam a interseccionalidade, sobretudo de raça/cor da pele, pertencimento territorial e classe, na própria definição identitária. Em ambas as capitais a juventude negra trouxe à tona uma realidade comum: um horizonte limitado na definição de projetos de vida, tanto por questões econômicas quanto da demarcação concreta ou simbólica de lugares sociais para os quais seu acesso é interditado.Tendência temporal da incompletude do registro da raça/cor nos sistemas de informação em saúde do Brasil, 2009-201810.1590/1413-81232024293.050920232017-01-13T00:12:00Z2017-01-13T00:12:00ZSouza, Ionara Magalhães deAraújo, Edna Maria deSilva Filho, Aloísio Machado da
<em>Souza, Ionara Magalhães De</em>;
<em>Araújo, Edna Maria De</em>;
<em>Silva Filho, Aloísio Machado Da</em>;
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Resumo Propõe-se avaliar a incompletude e a tendência temporal do preenchimento do campo raça/cor das doenças e agravos mais prevalentes na população negra nos Sistemas de Informação em Saúde do Brasil, 2009-2018. Trata-se de estudo ecológico de tendência temporal e múltiplos grupos. Foi adotada a classificação de Romero e Cunha (2006) para análise da incompletude e utilizados dados secundários do Sistema Nacional de Agravos de Notificação, Sistema de Informações Hospitalares e Sistema de Informações sobre Mortalidade do Brasil e regiões brasileiras, calculada a proporção de subnotificação e a tendência temporal, utilizando o modelo de regressão linear simples, com correção Prais-Winsten (p-valor<0,05). Excetuando-se os registros de mortalidade por causas externas (excelente), tuberculose (bom) e mortalidade infantil (regular), todos os registros apresentaram escore ruim. Observou-se tendência decrescente da proporção de incompletude. A análise por região mostrou que as maiores médias de incompletude foram registradas na região Norte (30,5%), Nordeste (33,3%) e Centro-Oeste (33,0%). As regiões Sudeste e Nordeste foram as que mais apresentaram tendência decrescente. Os resultados visam ampliar a visibilidade acerca das implicações do preenchimento do campo raça/cor para a equidade em saúde.