CARTAS LETTERS

 

Silva AVM responde

 

Silva AVM responds

 

 

Alba Valéria Machado da Silva

Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil

Endereço para correspondência

 

 

Agradecemos as considerações feitas em relação a aspectos importantes da leishmaniose visceral canina, e também à possibilidade de esclarecer as questões referentes aos supostos equívocos "corriqueiros" cometidos, mencionados na carta intitulada Infecção, Soropositividade e Doença: Qual a Diferença?

Pelo fato de se tratar de uma nota prévia e por este motivo haver uma restrição no número de palavras do manuscrito, algumas informações referentes à metodologia não foram incluídas no texto.

Com relação à referida alta prevalência de cães infectados pela Leishmania chagasi, aparentemente obtida apenas pelos resultados da IFA, ressaltamos que embora não mencionados, outros procedimentos referentes ao acompanhamento dos animais foram feitos, tais como: IFA e Western blot para Trypanosoma cruzi; pesquisa de hematozoários por meio de exames a fresco e hemocultivos; acompanhamento clínico por um período de cinco anos, sendo bimestral no último ano, como também a confirmação do diagnóstico por PCR e "imprints" em alguns animais; além disso, no grupo de cães que fez parte desse acompanhamento, todos tinham idade superior a cinco meses, não sendo possível que os anticorpos detectados fossem os maternos.

Com relação à necessidade de detalhamentos estatísticos, o reconhecimento precoce dos peptídeos 29, 32 e 68.5kDa até oito meses antes da soroconversão pela IFA por si só já comprovam uma maior sensibilidade do Western blot e ao nosso ver estatística para esse tipo de resultados é desnecessária.

No que se refere à falta de uma discussão mais aprofundada sobre a ocorrência de cães assintomáticos com títulos maiores ou iguais a 1/160, existem vários artigos científicos publicados nos últimos anos que sugerem, sendo que alguns deles até afirmam categoricamente que não há correlação direta entre títulos sorológicos e sintomatologia na leishmaniose visceral.

Informamos que grande parte das respostas para as questões que foram levantadas poderá ser obtida em um artigo que será em breve publicado, constando de um estudo detalhado do presente assunto.

 

 

Endereço para correspondência
A. V. M. Silva
Laboratório de Imunomodulação
Departamento de Protozoologia
Instituto Oswaldo Cruz
Fundação Oswaldo Cruz
Av. Brasil 4365, Pavilhão Carlos Chagas, 3º andar
Rio de Janeiro, RJ 21045-900, Brasil
albavmsilva@click21.com.br

Recebido em 08/Jul/2005
Aprovado em 25/Jul/2005

Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@ensp.fiocruz.br