Cadernos de Saúde Pública, Volume: 38, Número: 8, Publicado: 2022
  • Óbitos por eventos adversos a medicamentos no Brasil: Sistema de Informação sobre Mortalidade como fonte de informação Artigo

    Martins, Ana Cristina Marques; Giordani, Fabíola; Gonçalves, Mariana de Castro; Guaraldo, Lusiele; Rozenfeld, Suely

    Resumo em Português:

    Os eventos adversos a medicamentos (EAM) são danos aos pacientes relacionados ao uso de medicamentos, parte dos quais pode levar à morte. Os registros de óbitos são fonte importante de informação, quando se empregam os códigos da 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) sugestivos de EAM. O estudo identificou os EAM registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), analisando sua distribuição por ano, faixa etária e tipo de evento. Trata-se de um estudo ecológico com coleta de dados retrospectiva de identificação de EAM no SIM, por meio dos códigos da CID-10. O estudo compreendeu óbitos ocorridos no Brasil, de 2008 a 2016. Houve aumento nas proporções de óbitos associados aos EAM de 2008 a 2016, com taxa de mortalidade por 1 milhão de habitantes indo de 8,70 para 14,40 no período. A maioria dos eventos correspondeu aos transtornos mentais e comportamentais em razão do uso de psicofármacos. A maioria dos óbitos (12.311) relacionados a códigos de EAM foram identificados em diversos capítulos da CID-10. Já o capítulo XX, específico para eventos adversos, permitiu identificar parcela menor de óbitos (4.893). As maiores taxas de eventos ocorreram entre indivíduos com 60 anos ou mais (39,8/1 milhão) e crianças menores de um ano (22,0/1 milhão). A identificação de óbitos associados aos EAM, por meio do SIM, constitui uma estratégia importante para a abordagem dos eventos indesejáveis relacionados aos medicamentos. Os óbitos relacionados ao uso de psicofármacos foram os de maior frequência e os idosos foram a faixa etária mais acometida por EAM.

    Resumo em Espanhol:

    Los eventos adversos a los medicamentos (EAM) son daños a los pacientes relacionados con el uso de medicamentos, algunos de los cuales pueden provocar la muerte. Los registros de defunciones son fuente importante de información, cuando se emplean los códigos de la 10ª revisión de la Clasificación Internacional de Enfermedades (CIE-10) sugestivos de EAM. Identificar los EAM registrados en el Sistema de Información sobre Mortalidad (SIM), analizando su distribución, por año, grupo de edad y tipo de evento. Estudio ecológico con recolección de datos retrospectiva, de identificación de EAM en el SIM, por medio de los códigos de la CIE-10. El estudio comprendió muertes ocurridas en Brasil, de 2008 a 2016. Hubo aumento en las proporciones de muertes asociadas a la EAM de 2008 a 2016, con la tasa de mortalidad por 1 millón de habitantes pasando de 8,70 para 14,40, en el período. La mayoría de los eventos correspondieron a los trastornos mentales y del comportamiento debidos al consumo de psicofármaco. La mayoría de las muertes (12.311) relacionadas con los códigos EAM se identificaron en varios capítulos de la CIE-10. El capítulo XX, sobre eventos adversos, identificó un número menor de muertes (4.893). Las tasas más altas de eventos ocurrieron entre personas de 60 años o más (39.8/1 millón) y niños menores de un año (22.0/1 millón). La identificación de muertes asociadas a los EAM, por medio del SIM, constituye una estrategia importante para el enfoque de los eventos indeseables relacionados con los medicamentos. Las muertes relacionadas con el uso de psicofármacos fueron las más frecuentes y los ancianos fueron el grupo de edad más afectado por EAM.

    Resumo em Inglês:

    Adverse drug events (ADEs) are harmful events caused by medication, and some of which can lead to death. Death records are an important source of information when using codes from the 10th revision of the International Classification of Diseases (ICD-10) suggestive of ADE. This study aimed to identify the ADEs registered in Brazililian Mortality Information System (SIM), analyzing data distribution by year, age group, and type of event. This is an ecological study with retrospective data collection, identifying ADEs in the SIM, using the ICD-10 codes. The study included deaths that occurred in Brazil from 2008 to 2016. An increase in the number of deaths associated with ADE was observed from 2008 to 2016, with a mortality rate per 1 million inhabitants ranging from 8.70 to 14.40 in the period. Most events corresponded to mental and behavioral disorders due to the use of psychotropic drugs. Most deaths (12,311) related to ADE codes were identified in several chapters of the ICD-10. Chapter XX, about adverse events, allowed the identification of a smaller number of deaths (4,893). Higher event rates were observed among individuals aged 60 years and over (39.8/1 million) and children younger than one year (22.0/1 million). The identification of ADE-related deaths on the SIM is an important strategy for addressing undesirable drug-related events. Deaths related to the use of psychotropic drugs were the most frequent ADE-related deaths and the elderly were the age group most affected by ADEs.
  • Crise econômica e sanitária e desempenho dos planos e seguros de saúde: similaridades e singularidades entre Brasil e Estados Unidos Artigo

    Costa, Danielle Conte Alves Riani; Bahia, Ligia

    Resumo em Português:

    A crise econômica deflagrada nos Estados Unidos em 2008 e suas repercussões no Brasil a partir de 2014, se superpuseram à crise sanitária desencadeada pela pandemia de COVID-19. Considerando esses três intervalos temporais, este artigo analisa a suscetibilidade de empresas de planos e seguros de saúde a ciclos econômicos recessivos, tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Há evidências sobre as relações entre períodos de crise econômica e retração de ações e serviços em sistemas nacionais de saúde. Contudo, os Estados Unidos e o Brasil assistiram ao crescimento da adesão a planos e seguros de saúde. Os vetores que impulsionam a expansão do mercado privado nos dois países possuem similaridades e singularidades. O “Obamacare” marca o início da inclusão de segmentos populacionais às coberturas de programas que se valem de esquemas assistenciais privados, financiados com recursos governamentais. No Brasil, apesar de índices econômicos gerais negativos e de corte no orçamento público para saúde, constatou-se que as empresas de planos de saúde ampliaram receitas e lucros, mesmo no contexto da pandemia e de aprofundamento da crise econômica no país. As estratégias empresariais de atração de investidores estrangeiros combinaram-se com a atuação para obtenção de créditos junto a instituições públicas e ampliação de deduções e isenções fiscais, preservando ganhos financeiros. A comparação entre os impactos da crise financeira nos mercados privados de saúde brasileiro e americano permitiu identificar as fragilidades do nosso sistema público universal absorvido pela racionalidade do mercado.

    Resumo em Espanhol:

    La crisis económica que estalló en los EE.UU. en 2008 y sus repercusiones en Brasil, a partir de 2014, se superpusieron con la crisis sanitaria desencadenada por la pandemia de COVID-19. Teniendo en cuenta estos tres intervalos temporales, el artículo analiza la susceptibilidad de las compañías de planes y seguros de salud a los ciclos económicos recesivos en Brasil y los EE.UU. Existe evidencia sobre las relaciones entre los períodos de crisis económica y la retracción de acciones y servicios en los sistemas nacionales de salud. Sin embargo, tanto en EE.UU. como en Brasil hubo crecimiento de los planes y seguros de salud. Los vectores que impulsan la expansión del mercado privado en los dos países tienen similitudes y singularidades. El “Obamacare”, marca el inicio de la inclusión de segmentos de la población a las coberturas de programas que se valen de esquemas asistenciales privados, financiados con recursos gubernamentales. En Brasil, a pesar de los índices económicos generales negativos y de recorte en el presupuesto público para salud, se constató que las empresas de planes de salud aumentaron sus ingresos y ganancias, incluso en el contexto de la pandemia y la profundización de la crisis económica en el país. Las estrategias empresariales para atraer a los inversores extranjeros se combinaron con acciones para obtener créditos de las instituciones públicas y aumentar las deducciones y exenciones fiscales, preservando ganancias financieras. La comparación entre los impactos de la crisis financiera en los mercados de salud privados brasileño y americano permitió identificar las fragilidades de nuestro sistema público universal absorbido por la racionalidad del mercado.

    Resumo em Inglês:

    The economic crisis that began in the United States in 2008 and its impact in Brazil starting in 2014 preceded the health crisis triggered by the COVID-19 pandemic. Considering these three time intervals, this article analyzes the susceptibility of health plan and insurance companies to economic cycles of recession in Brazil and the United States. There is evidence of a relationship between periods of economic crisis and retraction of actions and services in national health systems. However, both the United States and Brazil showed a growth in the number of health and insurance plans. The vectors driving the expansion of the private market in both countries have similarities and singularities. The “Obamacare” marks the beginning of the inclusion of population segments in the coverage of programs that use private care schemes, funded with government resources. In Brazil, despite negative general economic indices and reduction in the public health budget, health plan companies increased revenues and profits, even in the context of the pandemic and the growing economic crisis in the country. Business strategies to attract foreign investors were combined with actions to obtain credits from public institutions and increase tax deductions and exemptions, preserving financial gains. A comparison between the impacts of the financial crisis on the Brazilian and American private health markets allowed us to identify the weaknesses of our universal public system absorbed by market rationality.
  • Hospitalizações por doenças tropicais negligenciadas no Piauí, Nordeste do Brasil: custos, tendências temporais e padrões espaciais, 2001-2018 Artigo

    Brito, Sheila Paloma de Sousa; Lima, Mauricélia da Silveira; Ferreira, Anderson Fuentes; Ramos Jr., Alberto Novaes

    Resumo em Português:

    Caracterizar a magnitude das internações hospitalares e custos por doenças tropicais negligenciadas, suas tendências temporais e padrões espaciais no Piauí, Nordeste do Brasil, 2001-2018. Estudo ecológico misto, com cálculo de risco relativo (RR) e análise de tendência temporal por regressão de Poisson, pontos de inflexão, utilizando-se dados de Autorizações de Internações Hospitalares por doenças tropicais negligenciadas via Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Verificaram-se 49.832 internações hospitalares por doenças tropicais negligenciadas (taxa: 86,70/100 mil habitantes; IC95%: 83,47; 89,93) no período, principalmente dengue (78,2%), leishmanioses (8,6%) e hanseníase (6,4%). O custo total foi de R$ 34.481.815,43, sendo 42,8% de média complexidade. Maiores riscos de hospitalizações ocorreram em: pessoas ≥ 60 anos (RR = 1,8; IC95%:1,5; 2,2), etnia/cor parda (RR = 1,7; IC95%: 1,1; 2,4), residentes em municípios de média vulnerabilidade social (RR = 1,5; IC95%: 1,3; 1,6) e porte populacional (RR = 1,6; IC95%: 1,4; 1,9). A tendência temporal foi de redução nas taxas de internações hospitalares por doenças tropicais negligenciadas, 2003-2018 (variação percentual anual - APC: -10,3; IC95%: -14,7; -5,6). O padrão espacial apresentou aglomerados com maiores taxas de internações hospitalares nos municípios limítrofes ao sul da macrorregião Meio-norte, norte do Semiárido e sul dos Cerrados. O Piauí persiste com elevadas taxas de hospitalizações e custos por doenças tropicais negligenciadas. Apesar da redução nas tendências temporais, o conhecimento de sua carga, seus grupos populacionais e municípios de maior risco e vulnerabilidade reforçam a importância do monitoramento e fortalecimento das ações de controle para manutenção na redução da carga e custos de internações hospitalares por doenças tropicais negligenciadas no estado.

    Resumo em Espanhol:

    Caracterizar la magnitud de las internaciones hospitalarias y los costos por las enfermedades tropicales desatendidas, sus tendencias temporales y patrones espaciales en Piauí, Nordeste de Brasil, 2001-2018. Estudio ecológico mixto, con cálculo de riesgo relativo (RR), y análisis de tendencia temporal por regresión de Poisson, puntos de inflexión, utilizando datos de Autorizaciones de Internaciones Hospitalarias por enfermedades tropicales desatendidas a través del Sistema de Informaciones Hospitalarias del Sistema Único de Salud (SIH/SUS). Se verificó 49.832 internaciones hospitalarias por enfermedades tropicales desatendidas (tasa: 86,70/100.000 habitantes; IC95%: 83,47; 89,93) en el periodo, las más frecuentes dengue (78,2 %), leishmaniasis (8,6%) y lepra (6,4%). El costo total fue de BRL 34.481.815,43, siendo 42,8 %, fueron de mediana complejidad. Los mayores riesgos de hospitalización se dieron en: personas ≥ 60 años (RR = 1,8; IC95%: 1,5; 2,2), etnia/color pardo (RR = 1,7; IC95%: 1,1; 2,4), residentes en municipios de vulnerabilidad social media (RR = 1,5; IC95%: 1,3; 1,6) y tamaño de la población (RR = 1,6; IC95%: 1,4; 1,9). La tendencia temporal fue de reducción en las tasas de internaciones hospitalarias por enfermedades tropicales desatendidas, 2003-2018 (cambio porcentual anual - APC: -10,3; IC95%: -14,7; -5,6). El patrón espacial presentó conglomerados con mayores tasas de internaciones hospitalarias en los municipios limítrofes al sur de la macrorregión del Medio-norte, el norte del Semiárido, y sur de los Cerrados. El Piauí persiste con elevadas tasas de hospitalizaciones y costos por enfermedades tropicales desatendidas. A pesar de la reducción de las tendencias temporales, el conocimiento de su carga, los grupos poblacionales y los municipios de mayor riesgo y vulnerabilidad refuerzan la importancia del monitoreo y fortalecimiento de las acciones de control para mantenimiento en la reducción de la carga y los costos de internaciones hospitalarias por enfermedades tropicales desatendidas en el estado.

    Resumo em Inglês:

    To characterize the magnitude of hospital admissions and costs of patients with neglected tropical diseases, their time trends, and spatial patterns in Piauí, in the Northeast Region of Brazil, in 2001-2018. Ecological study of mixed designs, with calculation of relative risk (RR), time-trend analysis by Poisson regression, and inflection points, using data from neglected tropical diseases Hospital Admission Authorizations available in the Hospital Information System of the Brazilian Unified National Health System (SIH/SUS). Data showed 49,832 hospital admissions due to neglected tropical diseases in the period (rate: 86.70/100,000 inhabitants; 95%CI: 83.47; 89.93); of these, dengue (78.2%), leishmaniasis (8.6%), and leprosy (6.4%). The total cost was BRL 34,481,815.43, 42.8% of which referred to medium complexity cases. Higher risks of hospitalization occurred among people ≥ 60 years (RR = 1.8; 95%CI: 1.5; 2.2), mixed race/color (RR = 1.7; 95%CI: 1.1; 2.4), residents of municipalities presenting medium social vulnerability (RR = 1.5; 95% CI: 1.3; 1.6), and population size (RR = 1.6; 95%CI: 1.4; 1.9). The time trend showed a reduction in hospital admissions due to neglected tropical diseases, 2003-2018 (annual percent change - APC: -10.3; 95%CI: -14.7; -5.6). The spatial pattern showed clusters with higher rates of hospital admission in border municipalities located south of the Mid-north macroregion, north of the Semiarid macroregion, and south of the Cerrados macroregion. Piauí remains with high hospital admission rates and costs for neglected tropical diseases. Despite the reduction in time trends, knowledge burden, population groups, and municipalities at greater risk and vulnerability reinforce the importance of monitoring and strengthening control actions to maintain the reduction of the burden and costs of hospital admission due to neglected tropical diseases in the state.
  • Prevalência de doenças crônicas e posse de plano de saúde em idosos: comparação dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e 2019

    Francisco, Priscila Maria Stolses Bergamo; Bacurau, Aldiane Gomes de Macedo; Assumpção, Daniela de

    Resumo em Português:

    Informações sobre prevalências de doenças crônicas específicas e posse de plano de saúde podem contribuir para o dimensionamento e monitoramento de demandas assistenciais. O objetivo do estudo foi estimar e comparar as prevalências de doenças crônicas em pessoas idosas, conforme posse de plano de saúde em 2013 e 2019. Trata-se de um estudo transversal de base populacional com dados de pessoas idosas (idade ≥ 60 anos) da Pesquisa Nacional de Saúde (2013: n = 11.177; 2019: n = 22.728). Estimaram-se as prevalências das doenças crônicas autorreferidas e razões de prevalência ajustadas, segundo posse de plano de saúde (médico e/ou odontológico) e ano. No período, houve elevação das prevalências de hipertensão (RP = 1,11; IC95%: 1,06-1,16), diabetes (RP = 1,12; IC95%: 1,01-1,24), doença do coração (RP = 1,21; IC95%: 1,05-1,39), AVC (RP = 1,27; IC95%: 1,04-1,54), problema na coluna (RP = 1,14; IC95%: 1,05-1,23), hipercolesterolemia (RP = 1,09; IC95%: 1,01-1,18) e depressão (RP = 1,23; IC95%: 1,05-1,43) naqueles sem plano de saúde. Em 2019, artrite/reumatismo (RP = 1,21; IC95%: 1,03-1,43), hipercolesterolemia (RP = 1,13; IC95%: 1,01-1,26) e depressão (RP = 1,26; IC95%: 1,03-1,53) aumentaram nas pessoas idosas com plano. Os achados mostraram diferenças nas prevalências das doenças crônicas segundo posse de plano de saúde e aumento para algumas doenças no período. As políticas de promoção de saúde com ênfase na redução dos fatores de risco modificáveis precisam ser mantidas e intensificadas. Particularmente na população idosa, ressalta-se a importância da ampliação de ações voltadas para o rastreamento de casos e diagnóstico precoce, prevenção e controle de complicações que favoreçam a equidade no cuidado.

    Resumo em Espanhol:

    La información sobre las prevalencias de determinadas enfermedades crónicas y la posesión del plan de salud pueden contribuir a dimensionar y monitorear las demandas asistenciales. El objetivo del estudio fue estimar y comparar las prevalencias de enfermedades crónicas en las personas mayores, conforme la posesión del plan de salud en 2013 y 2019. Se trata de un estudio transversal de base poblacional con datos de personas mayores (edad ≥ 60 años) de la Encuesta Nacional de Salud brasileña (2013: n = 11.177; 2019: n = 22.728). Se estimaron las prevalencias de las enfermedades crónicas autoinformadas y razones de prevalencia ajustadas, según posesión de plan de salud (médico y/o odontológico) y año. En el periodo, se produjo un aumento de la prevalencia de la hipertensión (RP = 1,11; IC95%: 1,06-1,16), diabetes (RP = 1,12; IC95%: 1,01-1,24), enfermedad del corazón (RP = 1,21; IC95%: 1,05-1,39), AVC (RP = 1,27; IC95%: 1,04-1,54), problema en la columna (RP = 1,14; IC95%: 1,05-1,23), hipercolesterolemia (RP = 1,09; IC95%: 1,01-1,18) y depresión (RP = 1,23; IC95%: 1,05-1,43) en aquellos sin seguro de salud. En el 2019, artritis/reumatismo (RP = 1,21; IC95%: 1,03-1,43), hipercolesterolemia (RP = 1,13; IC95%: 1,01-1,26) y la depresión (RP = 1,26; IC95%: 1,03-1,53) aumentaron en las personas mayores con un plan. Los resultados mostraron diferencias en las prevalencias de las enfermedades crónicas según la posesión de plan de salud y un aumento para algunas enfermedades en el período. Es necesario mantener e intensificar las políticas de promoción de la salud con énfasis en la reducción de los factores de riesgo modificables. Particularmente en la población adulta mayor, se resalta la importancia de aumentar el seguimiento de casos y de diagnóstico precoz, prevención y control de complicaciones que favorezcan la equidad en el cuidado.

    Resumo em Inglês:

    Information about the prevalence of specific chronic diseases and the ownership of a health plan can help size and monitor care demands. This study aimed to estimate and compare the prevalence of chronic diseases among the elderly, according to the possession of a health plan in 2013 and 2019. This is a population-based cross-sectional study with data from elderly people (age ≥ 60 years) from the Brazilian National Health Survey (2013: n = 11,177; 2019: n = 22,728). The prevalence of self-reported chronic diseases and adjusted prevalence ratios were estimated, according to health plan ownership (medical and/or dental) and by year. In the period, increased prevalence was observed for hypertension (PR = 1.11; 95%CI: 1.06-1.16), diabetes (PR = 1.12; 95%CI: 1.01-1.24), heart disease (PR = 1.21; 95%CI: 1.05-1.39), stroke (PR = 1.27; 95%CI: 1.04-1.54), back pain (PR = 1.14; 95%CI: 1.05-1.23), hypercholesterolemia (PR = 1.09; 95%CI: 1.01-1.18), and depression (PR = 1.23; 95%CI: 1.05-1.43) among those without a health plan. In 2019, arthritis/rheumatism (PR = 1.21; 95%CI: 1,03-1,43), hypercholesterolemia (PR = 1.13; 95%CI: 1.01-1.26), and depression (PR = 1.26; 95%CI: 1.03-1.53) increased among elderly patients with a health plan. The findings showed differences in the prevalence of chronic diseases according to health plan ownership and an increase for some diseases in the period. Health promotion policies with an emphasis on reducing modifiable risk factors need to be maintained and intensified. Particularly for the elderly population, the importance of expanding actions focused on case tracking and early diagnosis, prevention and control of complications that favor equity in care is highlighted.
  • Qualidade dos componentes pré-hospitalares fixos da Rede de Urgência e Emergência no Brasil: um estudo a partir de dados do PMAQ-AB e PNASS Artigo

    Quick Doll, Silvia Catarina; Macieira, César; Matta-Machado, Antônio Thomaz Gonzaga da; Borde, Elis Mina Seraya; Santos, Alaneir de Fátima dos

    Resumo em Português:

    A organização e gestão de sistemas de saúde integrados são complexas e desafiadoras. Como estratégia para melhoria da qualidade e do acesso aos serviços de urgência, o Ministério da Saúde adotou a implantação da Rede de Urgência e Emergência (RUE), composta por pontos de atenção de diferentes densidades tecnológicas. O objetivo foi avaliar a qualidade dos componentes pré-hospitalares fixos da RUE em macrorregiões de saúde. Foi realizado estudo transversal utilizando dados do Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS) e do Programa de Melhoria da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Foi construída uma tipologia da qualidade das unidades de pronto atendimento (UPAs) e do acolhimento, por macrorregião de saúde, correlacionando-as com variáveis socioeconômicas. Foi realizada uma análise de clusters. Foram avaliadas 280 UPAs, 21.182 unidades básicas de saúde (UBS) e 27.335 equipes de saúde da família (EqSF) de 74 macrorregiões de saúde. O indicador geral da qualidade dos componentes apresentou média 0,687 em 1,00. A qualidade da UPA (0,61) foi positivamente influenciada pelos indicadores Assistência farmacêutica e Atenção imediata à urgência e emergência, com piores resultados em Gestão de contratos, Planejamento e organização e Modelo organizacional. Na qualidade da atenção primária à saúde (APS) (0,78), as dimensões mais bem avaliadas foram Articulação com a rede, Acolhimento e procedimentos, ao contrário de Exames e medicamentos. As macrorregiões de saúde foram alocadas em três clusters. O Cluster 3 obteve nota média geral (0,81) bem superior aos demais (0,64 e 0,63). Observou-se qualidade inferior da APS no Cluster 1, aquele com maior vulnerabilidade social.

    Resumo em Espanhol:

    La organización y la gestión de los sistemas de salud integrados es compleja y desafiante. Como estrategia para mejorar la calidad y el acceso a los servicios de urgencia, el Ministerio de Salud brasileño adoptó la implementación de la Red de Urgencia y Emergencia (RUE), compuesta por puntos de atención de diferentes densidades tecnológicas. Evaluar la calidad de los componentes prehospitalarios fijos de RUE en las macrorregiones de salud. Se llevó a cabo un estudio transversal utilizando datos del Programa de Evaluación de los Servicios Nacionales de Salud (PNASS) y del Programa Nacional de Mejoría de Acceso y Calidad de la Atención Básica (PMAQ-AB). Fue construida una tipología de la calidad de las unidades de atención de urgencias (UPAs) y de la recepción por macrorregión de salud, correlacionándolas con variables socioeconómicas. Se realizó un análisis de grupos. Evaluadas 280 UPAs, 21.182 servicios de salud básicos (UBSs) y 27.335 equipos de salud familiares de 74 macrorregiones de salud. El indicador general de la calidad de los componentes promedió mostró una media de 0,687 sobre 1,00. En la calidad de las UPAs (0,61) influyeron positivamente los indicadores Asistencia farmacéutica y Atención inmediata de urgencias y emergencias, con peores resultados en Gestión de contratos, Planificación y organización y Modelo organizativo. En la calidad de la atención primaria en salud (APS) (0,78) las dimensiones mejor evaluadas fueron la Coordinación con la red, la Recepción y los procedimientos, frente a los Exámenes y la medicación. Las macrorregiones de salud se asignaron en tres grupos. El Grupo 3 obtuvo nota media general (0,81) muy superior a los demás (0,64 y 0,63). Se observó una calidad inferior de la APS en el Grupo 1, aquel con mayor vulnerabilidad social.

    Resumo em Inglês:

    The organization and management of integrated health systems is complex and challenging. As a strategy to improve the quality and access to urgent services, the Brazilian Ministry of Health implemented the Emergency and Urgent Care Network (RUE), comprised of care facilities with different technological levels. Assess the quality of prehospital fixed components of the RUE in health macroregions. A cross-sectional study using data from the Brazilian National Health Services Evaluation Program (PNASS) and the Brazilian National Program for Improvement of Access and Quality of Basic Care (PMAQ-AB) was carried out. A typology was built for the quality of the emergency care units (UPAs) and the first visit by health macroregion, correlating it with socioeconomic variables. A cluster analysis was performed. In total, 280 UPAs, 21,182 basic health units (UBSs), and 27,335 family health teams from 74 health macroregions were evaluated. The general indicator of the quality of the components presented an average of 0.687 (reference score: 1.00). UPA quality (0.61) was positively influenced by the indicators Pharmacy support and Immediate emergency and urgent care, with worse results in Contract management, Planning and organization, and Organizational model. In primary healthcare (PHC) quality (0.78), the dimensions with better evaluations were Articulation with the network, Reception and procedures, unlike Exams and medications. Health macroregions were allocated to three clusters. Cluster 3 obtained a much higher overall average score (0.81) than the others (0.64 and 0.63). A lower quality of PHC was observed in Cluster 1, which showed the highest level of social vulnerability.
  • Exposição à violência doméstica e vitimização por bullying em adolescentes peruanos

    Lazo-Legrand, María Fernanda; Palomino-Torres, Rodrigo; Chacon-Torrico, Horacio; Garayar-Peceros, Humberto; Alarco, J. Jhonnel

    Resumo em Português:

    Com o objetivo de avaliar a associação entre a exposição à violência doméstica e a vitimização do bullying em adolescentes peruanos de 12 a 17 anos em 2019, foi realizado um estudo transversal da análise de dados secundários da Pesquisa Nacional de Relações Sociais (ENARES) de 2019. A variável independente foi a exposição à violência doméstica e a variável dependente foi a vitimização por bullying, que incluiu bullying psicológico e físico. Além disso, possíveis variáveis de confusão foram incluídas. Modelos de regressão logística multinomial foram utilizados e as razões de risco relativo (RRR) foram estimadas com seus intervalos de 95% de confiança (IC95%). Em todos os cálculos foram consideradas a amostragem complexa da ENARES 2019. Foram incluídos dados de 1.569 adolescentes peruanos. 38,1% foram expostos à violência doméstica, enquanto 37,9% foram vítimas apenas de assédio psicológico, 3,4% apenas de assédio físico e 22,4% de ambos os tipos de bullying. Os adolescentes que sempre ou quase sempre estiveram expostos à violência doméstica tiveram 4,8 vezes a probabilidade de serem vítimas de bullying (RRR = 4,80; IC95%: 2,44-9,42), ajustado por múltiplas variáveis de confusão. No Peru, adolescentes peruanos de 12 a 17 anos que foram expostos à violência doméstica tiveram maior probabilidade de serem vítimas de bullying. Esses resultados devem chamar a atenção dos decisores em políticas públicas de proteção à criança.

    Resumo em Espanhol:

    Con el objetivo de evaluar la asociación entre la exposición a la violencia en el hogar y la victimización por acoso escolar en adolescentes peruanos de 12 a 17 años, durante el año 2019, se realizó un estudio transversal de análisis de datos secundario de la Encuesta Nacional sobre Relaciones Sociales (ENARES) de 2019. La variable independiente fue la exposición a violencia en el hogar y la variable dependiente fue la victimización por acoso escolar, que incluyó al acoso psicológico y físico. Además, se incluyeron posibles variables de confusión. Se utilizaron modelos de regresión logística multinomial y se estimaron razones de riesgo relativo (RRR) con sus intervalos del 95% de confianza (IC95%). En todos los cálculos se consideró el muestreo complejo de la ENARES 2019. Se incluyeron datos de 1.569 adolescentes peruanos. El 38,1% estuvo expuesto a violencia en el hogar, mientras que el 37,9% fue víctima solo de acoso psicológico, el 3,4% solo de acoso físico y el 22,4% de ambos tipos de acoso escolar. Los adolescentes, que siempre o casi siempre estuvieron expuestos a la violencia en el hogar, tuvieron 4,8 veces la probabilidad de ser víctimas de acoso escolar (RRR = 4,80; IC95%: 2,44-9,42), ajustado por múltiples variables de confusión. En Perú, los adolescentes peruanos de 12 a 17 años que estuvieron expuestos a violencia en el hogar tuvieron mayor probabilidad de ser víctimas de acoso escolar. Estos resultados deben llamar la atención de los decisores en políticas públicas de protección infantil.

    Resumo em Inglês:

    With the aim of evaluating the association between exposure to violence at home and bullying victimization among Peruvian adolescents aged 12 to 17 years, during 2019, a cross-sectional study of secondary data analysis of the 2019 Peruvian National Survey on Social Relations (ENARES) was carried out. The independent variable was exposure to violence at home, and the dependent variable was bullying victimization, which included psychological and physical bullying. Potential confounding variables were also included. Multinomial logistic regression models were used, and relative risk ratios (RRR) with 95% confidence intervals (95%CI) were estimated. The complex sampling of the ENARES 2019 was considered in all calculations. Data from 1,569 Peruvian adolescents were included. Thirty-eight point one percent were exposed to violence at home, while 37.9% were victims of psychological bullying only, 3.4% of physical bullying only, and 22.4% of both types of bullying. Adolescents who were always or almost always exposed to violence at home were 4.8 times more likely to be victims of bullying (RRR = 4.80; 95%CI: 2.44-9.42), adjusted for multiple confounding variables. In Peru, the Peruvian adolescents aged 12 to 17 years who were exposed to violence at home were more likely to be victims of bullying at school. These results should draw the attention of public policies decision-makers toward children’s protection.
  • Diferenças de gênero no uso de estratégias de combate à insegurança alimentar na Colômbia Article

    Sanchez-Céspedes, Lina María; Suárez-Higuera, Eliana Lorena; Soto-Rojas, Victoria Eugenia; Rosas-Vargas, Lina Johanna; Castillo-Matamoros, Sara Eloísa Del

    Resumo em Português:

    Este estudo explora as diferenças no uso de estratégias de combate para superar a insegurança alimentar em domicílios urbanos e rurais da Colômbia, cujas famílias são chefiadas por mulheres e homens. Este estudo utilizou a Pesquisa Nacional da Situação Nutricional da Colômbia (ENSIN 2015). Três tipos de modelos foram estimados: regressão logística ordinal, logística e equação simultânea. Domicílios rurais apresentam maior prevalência de insegurança alimentar do que os urbanos. No entanto, após controlar as características - por exemplo, a escolaridade dos chefes de família -, os domicílios urbanos são mais propensos a sofrer insegurança alimentar severa e moderada, ao passo que os domicílios rurais são mais propensos a insegurança alimentar leve. Esse resultado foi explicado pelo consumo de produção própria e algumas estratégias de enfrentamento, como a venda de sementes da próxima safra ou animais, que podem ser implementadas por famílias rurais. Descobrimos que as famílias chefiadas por mulheres são mais propensas a usar estratégias de enfrentamento do que as famílias chefiadas por homens. Como resultado, embora as famílias chefiadas por mulheres tenham, em média, níveis de insegurança alimentar mais elevados do que as chefiadas por homens, o uso de estratégias de enfrentamento por mulheres, especialmente nas áreas rurais, reduz e pode até cancelar essa lacuna. Concluímos, então, que chefes mulheres são mais bem sucedidas em mitigar a insegurança alimentar.

    Resumo em Espanhol:

    El objetivo del estudio fue explorar las diferencias en el uso de estrategias de afrontamiento para superar la inseguridad alimentaria en los hogares colombianos entre los hogares encabezados por mujeres y los encabezados por hombres, tanto en zonas urbanas como rurales. Este estudio utilizó la Encuesta Nacional de Situación Nutricional (ENSIN 2015). Para lograr nuestro objetivo, estimamos tres tipos de modelos: modelos de regresión logística ordinal, modelos logísticos y modelos de ecuaciones simultáneas. Encontramos que los hogares rurales tienen una mayor prevalencia de inseguridad alimentaria que los urbanos; sin embargo, después de controlar por las características del hogar, por ejemplo, el nivel educativo de su jefe, los hogares urbanos tienen más probabilidades de presentar inseguridad alimentaria severa y moderada, mientras que los hogares rurales tienen más probabilidades de experimentar inseguridad alimentaria leve. Este resultado se explica por el autoconsumo y algunas estrategias de afrontamiento, como la venta de semillas de la próxima cosecha o de animales, que los hogares rurales pueden poner en práctica. Hemos observado que los hogares encabezados por mujeres son más propensos a utilizar estrategias de afrontamiento que los hogares encabezados por hombres. En consecuencia, aunque los hogares encabezados por mujeres tienen en promedio niveles más altos de inseguridad alimentaria que los encabezados por hombres, el uso de estrategias de afrontamiento por parte de las mujeres cabeza de familia, especialmente en las zonas rurales, reduce e incluso puede anular esta diferencia. Por lo tanto, concluimos que las mujeres cabeza de familia tienen más éxito a la hora de mitigar la inseguridad alimentaria.

    Resumo em Inglês:

    This study explores the gender differences in the use of coping strategies to reduce food insecurity in Colombian urban and rural households. Data was collected from the Colombian National Survey of Nutritional Status (ENSIN 2015), and analyzed using ordinal logistic regression models, logistic models, and simultaneous equation models. Results show that rural households have a higher prevalence of food insecurity than their urban counterparts. After adjusting for household characteristics - e.g., head of household schooling level -, urban households were more likely to present severe and moderate food insecurity, whereas rural households were more likely to experience mild food insecurity. This result was explained by self-consumption and certain coping strategies, such as selling seeds from the next harvest or animals, implemented by rural households. Even though female-headed households present on average higher levels of food insecurity than male-headed ones, because they are more likely to use coping strategies, especially in rural areas, they can reduce and even cancel out this gap. Hence, female heads are more successful in mitigating food insecurity.
  • Inquérito sorológico para anticorpos IgG contra SARS-CoV-2 de recém-nascidos e suas mães

    Pinheiro, Gabriela Soutto Mayor Assumpção; Azevedo, Vivian Mara Gonçalves de Oliveira; Bentes, Aline Almeida; Januário, Gabriela Cintra; Januário, José Nélio; Cintra, Mila Lemos; Souza, Ana Beatriz Araújo de; Pires, Laura Gregório; Lemos, Stela Maris Aguiar; Alves, Claudia Regina Lindgren

    Resumo em Português:

    Este inquérito sorológico, realizado em cinco municípios brasileiros, avaliou o uso de sangue seco em papel filtro (DBS), obtidas de recém-nascidos e suas mães, para detectar anticorpos IgG SARS-CoV-2. DBS foram obtidas de 4.803 neonatos com até sete dias de vida e suas mães, ambos assintomáticos, em unidades de saúde pública durante a triagem neonatal. DBS foram processadas por ELISA para detectar anticorpos IgG contra o antígeno do nucleocapsídeo SARS-CoV-2. As mães de neonatos soropositivos foram entrevistadas quanto às características sociodemográficas e antecedentes clínicos e laboratoriais. Foram excluídas amostras insatisfatórias, díades com dados incompletos e mães vacinadas. Das 1.917 amostras analisadas, 14,7% dos neonatos apresentaram anticorpos IgG contra SARS-CoV-2. Entre os recém-nascidos soropositivos, 73,2% era filho de mulheres também soropositivas. Mais da metade das mães com recém-nascidos soropositivos negaram suspeita clínica ou laboratorial de COVID-19 durante a gravidez. A suspeita de COVID-19 ocorreu no terceiro trimestre para 24,6% das mães. Este estudo testou uma estratégia inovadora para melhorar a compreensão da dinâmica de anticorpos contra SARS-CoV-2 durante a gravidez e sugere a viabilidade de realização de um inquérito sorológico universal em puérperas e neonatos.

    Resumo em Espanhol:

    Esta encuesta serológica, realizada en cinco municipios brasileños, evaluó el uso de manchas de sangre seca (DBS), obtenidas de recién nacidos y sus madres, para detectar anticuerpos IgG contra el SARS-CoV-2. Se obtuvieron DBS de 4.803 recién nacidos de hasta siete días de edad y sus madres, ambos asintomáticos, en clínicas de salud pública durante el cribado neonatal. Las DBS se procesaron mediante ELISA para detectar anticuerpos IgG contra el antígeno de la nucleocápside del SARS-CoV-2. Se entrevistó a madres de recién nacidos seropositivos sobre características sociodemográficas y antecedentes clínicos y de laboratorio. Se excluyeron muestras no satisfactorias, díadas con datos incompletos y madres vacunadas. De las 1.917 muestras de díadas DBS analizadas, el 14,7 % de los recién nacidos mostró anticuerpos IgG contra el SARS-CoV-2. Entre los recién nacidos seropositivos, el 73,2% de sus madres también eran seropositivas. Más de la mitad de las madres con recién nacidos seropositivos negaron sospecha clínica o de laboratorio de COVID-19 durante el embarazo. La sospecha ocurrió en el tercer trimestre para el 24,6% de las madres. Este estudio probó una estrategia innovadora para mejorar la comprensión de la dinámica de anticuerpos de COVID-19 durante el embarazo y sugiere la viabilidad de una encuesta serológica universal en mujeres puérperas y recién nacidos.

    Resumo em Inglês:

    This serological survey, conducted in five Brazilian municipalities, evaluated the use of dried blood spots (DBS), obtained from newborns and their mothers, to detect SARS-CoV-2 IgG antibodies. DBS were obtained from 4,803 neonates aged up to seven days and their mothers, both asymptomatic, at public health care clinics during newborn screening. DBS were processed by ELISA to detect IgG antibodies against SARS-CoV-2 nucleocapsid antigen. Mothers of seropositive neonates were interviewed about sociodemographic characteristics and clinical and laboratory antecedents. Non-satisfactory samples, dyads with incomplete data, and vaccinated mothers were excluded. Of the 1,917 DBS dyads samples analyzed, 14.7% of neonates showed IgG antibodies against SARS-CoV-2. Among seropositive neonates, 73.2% of their mothers were also seropositive. More than half of the mothers with seropositive neonates denied clinical or laboratory suspicion of COVID-19 during pregnancy. Suspicion occurred in the third trimester for 24.6% of the mothers. This study tested an innovative strategy to improve the understanding of COVID-19 antibody dynamics during pregnancy and suggests the feasibility of a universal serological survey in puerperal women and neonates.
  • Compreendendo os indicadores relacionados ao álcool de pesquisas populacionais: respondendo aos “5 Ws da Epidemiologia” Methodological Issues

    Boni, Raquel Brandini De

    Resumo em Português:

    O uso nocivo do álcool é um importante fator de risco para a carga global de doença e políticas públicas são as mais eficazes medidas de prevenção. Pesquisas populacionais são marcos para planejar, implementar e monitorar estas políticas. No entanto, existem inúmeras formas de medir o consumo de álcool que podem resultar em diferentes indicadores. Pesquisadores e interessados devem encontrar um ponto em comum na compreensão dessas medidas para evitar interpretações erradas e confusões no campo. Responder aos “5 Ws da Epidemiologia” ao interpretar informações relacionadas ao álcool pode ser útil para melhorar essa comunicação, bem como a reprodutibilidade e a comparabilidade dos achados da pesquisa. Este artigo busca exemplificar essa abordagem, descrevendo alguns indicadores do Sistema de Informação Global sobre Álcool e Saúde (GISAH) da Organização Mundial da Saúde e os dados correspondentes disponíveis nas últimas pesquisas domiciliares brasileiras. Nenhuma das pesquisas brasileiras relata todos os nove indicadores selecionados no GISAH, e apenas duas forneceram os detalhes metodológicos necessários para serem totalmente reprodutíveis. Uma agenda mais forte é de extrema importância para o avanço no monitoramento e prevenção de danos relacionados ao consumo de álcool no Brasil.

    Resumo em Espanhol:

    El uso nocivo del alcohol es uno de los principales factores de riesgo de la carga de enfermedad en todo el mundo, y las políticas sobre el alcohol son las estrategias más eficaces para prevenirlo. Las encuestas basadas en la población son un hito para planificar, aplicar y supervisar esas políticas. Sin embargo, existen incontables formas de medir el consumo de alcohol que pueden dar lugar a indicadores diversos. Los investigadores y las partes interesadas deben encontrar un terreno común en la comprensión de estas medidas para evitar interpretaciones erróneas y confusión en el campo. Responder a las “5 W de Epidemiología” siempre que se interprete la información relacionada con el alcohol, puede ser útil para mejorar esta comunicación, así como la reproducibilidad y la comparabilidad de los resultados de la investigación. Este artículo pretende ejemplificar este enfoque describiendo algunos indicadores del Sistema de Información Global sobre Alcohol y Salud (GISAH) de la Organización Mundial de la Salud y los datos correspondientes disponibles en las últimas encuestas de hogares brasileñas. Cabe destacar que ninguna de las encuestas brasileñas informa sobre los nueve indicadores seleccionados del GISAH, y sólo dos de ellas proporcionaron los detalles metodológicos necesarios para ser totalmente reproducibles. Una agenda más sólida es de suma importancia para avanzar en el seguimiento y la prevención de los daños relacionados con el alcohol en Brasil.

    Resumo em Inglês:

    The harmful use of alcohol is a major risk factor for the global burden of disease, and public policies are the most effective strategies to prevent it. Population-based surveys are milestones for planning, implementing, and monitoring those policies. However, there are numerous ways to measure alcohol consumption which may result in different indicators. Researchers and stakeholders should find common ground in the understanding of these measures to avoid misinterpretation and confusion in the field. Answering to the “Five W’s Epidemiology”, when interpreting alcohol-related information, may improve the communication, as well as reproducibility and comparability of research findings. This paper aims to exemplify this approach by describing some indicators from the World Health Organization’s Global Information System on Alcohol and Health (GISAH) and the corresponding data available from the latest Brazilian household surveys. Notably, none of the Brazilian surveys reports on all the nine selected GISAH indicators, and only two provided the necessary methodological details to be fully reproducible. A stronger agenda is of the utmost importancefor advancing in the monitoring and prevention of alcohol-related harms in Brazil.
  • Reis RCP, Duncan BB, Malta DC, Iser BPM, Schmidt MI. Evolution of diabetes in Brazil: prevalence data from the 2013 and 2019 Brazilian National Health Survey. Cad Saúde Pública 2022; 38 Suppl 1:e00149321.

  • Microdatasus: uma ferramenta poderosa para a extração, carga e transformação de dados de saúde custodiados pelo Departamento de Informática do SUS

    Paiva, Natália Santana; Meijinhos, Lana dos Santos; Brochini, Mônica Miguel
  • Gênero e saúde: articulando ciência, política, ensino e serviço

    Tramontano, Lucas
  • Promoção das práticas corporais e atividades físicas no Sistema Único de Saúde: mudanças à vista, mas em qual direção?

    Carvalho, Fabio Fortunato Brasil de; Sposito, Letícia Aparecida Calderão; Rodrigues, Phillipe Augusto Ferreira; Vieira, Leonardo Araújo
  • Relação entre o abuso presencial e digital no namoro com qualidade de vida relacionada à saúde em adolescentes mexicanos

    Javier-Juárez, Paola; Hidalgo-Rasmussen, Carlos Alejandro; Chávez-Flores, Yolanda Viridiana; Torres-Chávez, Lilia; Rosales-Damián, Guillermo

    Resumo em Português:

    O objetivo desta pesquisa foi identificar se existe uma relação entre a vitimização presencial, o namoro digital e a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em estudantes adolescentes, ajustado por sexo. Participaram 398 estudantes com idades entre 15 e 18 anos (62,8% mulheres). Aplicaram-se as seguintes escalas adaptadas à população adolescente mexicana: Violence in Adolescents’ Dating Relationships Inventory, Cyber Dating Abuse Questionnaire e o KIDSCREEN-10. Verificou-se que 55,5% relataram terem sido vítimas de abuso presencial e digital. A pontuação da QVRS foi menor para as mulheres, em oposição aos homens. Através de um modelo de equações estruturais foi encontrada uma associação negativa, estatisticamente significativa e com magnitude moderada entre o abuso no namoro (presencial e digital) e a QVRS. Os resultados sugerem que quanto maior o nível de vitimização de abuso, tanto nas relações de namoro presencial quanto nos digitais, menor será o QVRS dos estudantes adolescentes. Os resultados deste estudo mostram a importância de considerar tanto o abuso presencial quanto o digital ao analisar o efeito da violência no namoro na QVRS.

    Resumo em Espanhol:

    El objetivo de esta investigación fue identificar si existe relación entre la victimización por abuso cara a cara y digital en el noviazgo con la calidad de vida relacionada con la salud (CVRS) en estudiantes adolescentes, ajustando por sexo. Participaron 398 estudiantes de entre 15 y 18 años de edad (62,8% mujeres). Se aplicaron las siguientes escalas adaptadas a población adolescente mexicana: Violence in Adolescents’ Dating Relationships Inventory, Cyber Dating Abuse Questionnaire y el KIDSCREEN-10. Se encontró que el 55,5% reportó haber sido víctima de abuso cara a cara y digital. Los puntajes de CVRS fueron menores para las mujeres a diferencia de los hombres. Mediante un modelo de ecuaciones estructurales se encontró una asociación negativa, estadísticamente significativa y con magnitud moderada entre el abuso en el noviazgo (cara a cara y digital) y la CVRS. Los resultados sugieren que mientras mayor sea el nivel de victimización por abuso en las relaciones de noviazgo tanto cara a cara como digital, menor será la CVRS en las y los adolescentes estudiantes. Los resultados de este estudio muestran la importancia de considerar tanto el abuso cara a cara como el digital cuando se analiza el efecto de la violencia en el noviazgo sobre la CVRS.

    Resumo em Inglês:

    The purpose of this research was to identify whether there is a relationship between face-to-face and digital dating abuse victimization with health-related quality of life (HRQoL) among adolescent students, adjusted for sex. Three hundred ninety-eight students of 15 to 18 years of age (62.8% female) participated. The following scales adapted to the Mexican adolescent population were applied: Violence in Adolescents’ Dating Relationships Inventory, Cyber Dating Abuse Questionnaire and the KIDSCREEN-10. It was found that 55.5% of the respondents reported having been victims of face-to-face and digital abuse. HRQoL scores were lower for women than for men. Using structural equation modeling, a negative, statistically significant association of moderate magnitude was found between dating abuse (face-to-face and digital) and HRQoL. The results suggest that the higher the level of abuse victimization in both face-to-face and digital dating relationships, the lower the HRQoL of adolescent students. The results of this study show the relevance of considering both face-to-face and digital abuse when analyzing the effect of dating violence on the HRQoL.
  • Desafios à intersetorialidade no cuidado das crianças com deficiência na perspectiva de profissionais da educação Artigo

    Silva, Lenir Nascimento da; Dias, Francine de Souza; Lenzi, Márcia de Freitas; Costa, Izabelle da Silva

    Resumo em Português:

    Este artigo identifica e discute fatores que dificultam a articulação interprofissional e intersetorial, por meio de pesquisa realizada em ambiente virtual, com a aplicação de um questionário. É um estudo qualitativo, de natureza aplicada, fruto da interlocução com profissionais de educação que atendem crianças com deficiência, no Município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil. Avaliamos também as principais normativas sobre direitos da criança e da pessoa com deficiência, além de artigos científicos sobre intersetorialidade. A análise das respostas abertas do questionário é de perspectiva construcionista, feita a partir da produção de sentidos polifônicos. As normativas produzem um contrassenso da indução da intersetorialidade, com reforço da setorialidade, e suas diretrizes não apresentam a dimensão material dos processos políticos, constituindo um campo de implicações para as práticas de inclusão. Identificamos três pilares que limitam a intersetorialidade: sobrecarga de trabalho individual e coletivo; dificuldade de engajamento de outros atores da rede; limitações de conhecimento para lidar com as demandas recebidas. O modo como esses aspectos foram suscitados expressa barreiras de acesso e operacionalização da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) e reitera contradições produzidas pelas diretrizes normativas que regularizam os exercícios laborais.

    Resumo em Espanhol:

    Este artículo identifica y discute factores que dificultan la articulación interprofesional e intersectorial, por medio de una investigación realizada en un entorno virtual, mediante la aplicación de un cuestionario. Se trata de un estudio cualitativo, de naturaleza aplicada, resultado de la interlocución con profesionales de la educación que atienden a niños con discapacidad, en el Municipio de Duque de Caxias, Río de Janeiro, Brasil. También evaluamos las principales normativas sobre los derechos del niño y de las personas con discapacidad, así como artículos científicos sobre intersectorialidad. El análisis de las respuestas abiertas del cuestionario se realizó desde una perspectiva construccionista, basada en la producción de significados polifónicos. Las normativas producen un contrasentido de la inducción de la intersectorialidad, con refuerzo de la sectorialidad, y sus directrices no presentan la dimensión material de los procesos políticos, lo que constituye un campo de implicaciones para las prácticas de inclusión. Identificamos tres pilares que limitan la intersectorialidad: sobrecarga de trabajo individual y colectiva; dificultad para involucrar a otros actores de la red; limitaciones de conocimiento para hacer frente a las demandas recibidas. La forma en que estos aspectos fueron planteados expresa barreras para el acceso y operatividad de la Red de Cuidados a la Persona con Discapacidad (RCPD) y reitera las contradicciones producidas por las directrices normativas que regulan los ejercicios laborales.

    Resumo em Inglês:

    This paper identifies and discusses factors that hinder interprofessional and intersectoral articulation, as well as evaluates the main regulations on the rights of children and persons with disabilities and scientific literature on intersectoriality A qualitative and applied research was conducted by means of a questionnaire applied online to education professionals who care for children with disabilities, in the municipality of Duque de Caxias, Rio de Janeiro State, Brazil. The open answers of the questionnaire were analyzed from a constructionist perspective, based on the production of polyphonic meanings. The norms contradict intersectoriality by reinforcing sectoriality, and their guidelines do not present the material dimension of the political processes, constituting a field of implications for inclusion practices. It identified three pillars that limit intersectoriality: individual and collective work overload; difficulty in engaging other actors in the network; limited knowledge to meet the demands received. The way these aspects were raised expresses barriers to access and operationalization of the Network of Care for Persons with Disabilities (RCPD) and reiterates contradictions produced by the normative guidelines that regulate work. e reduction of hospital stay, which is so impactful on the functional condition of the elderly.
  • Artroplastia de quadril no Sistema Único de Saúde: análise dos óbitos hospitalares no Estado do Rio de Janeiro, Brasil Artigo

    Regolin, Fabiana; Pepe, Vera Lúcia Edais; Noronha, Marina Ferreira de; Andrade, Carla Lourenço Tavares de; Silva, Raulino Sabino da

    Resumo em Português:

    O envelhecimento populacional traz desafios ao sistema de saúde. O aumento das doenças degenerativas articulares e a ocorrência de quedas podem demandar a realização de artroplastia de quadril. Objetivou-se avaliar os fatores associados a óbitos hospitalares por artroplastia de quadril no Sistema Único de Saúde (SUS), no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Realizou-se um estudo transversal utilizando o Sistema de Informações Hospitalares do SUS, considerando internações e óbitos por artroplastias de quadril ocorridos entre 2016-2018. As análises consideraram as internações por caráter de atendimento (eletivo, urgência e acidentes ou lesão e envenenamento). Realizou-se regressão logística binária para obter a razão de chance de óbito. A mortalidade aumentou conforme a gravidade da internação. A maioria das internações com óbito foi por fratura de fêmur, demandando cuidados intensivos, tempo médio de permanência de 21,5 dias, envolveu mulheres com 80 anos e mais, da raça/cor branca, que realizaram procedimento em unidades habilitadas em alta complexidade em ortopedia e traumatologia, municipais e classificadas como geral II, localizadas na região de moradia do usuário. A chance de óbito se mostrou significativa para a idade do usuário, uso de unidade de terapia intensiva (UTI) e permanência hospitalar. Espera-se aumento da demanda por artroplastias de quadril e reabilitação física com o envelhecimento populacional. As equipes de saúde devem estar preparadas para lidar com uma população envelhecida. Conhecer os fatores que incrementem o risco de óbito favorece o planejamento e o manejo do cuidado pela equipe hospitalar, inclusive no sentido de diminuir a permanência hospitalar, tão impactante na condição funcional de pessoas idosas.

    Resumo em Espanhol:

    El envejecimiento poblacional trae desafíos al sistema de salud. El aumento de las enfermedades degenerativas articulares y la incidencia de caídas pueden demandar la realización de artroplastias de cadera. Tuvo como objetivo evaluar los factores asociados a las muertes hospitalarias por artroplastias de cadera en el Sistema Único de Salud (SUS), en el Estado de Rio de Janeiro, Brasil. Se realizó un estudio transversal utilizando el Sistema de Información Hospitalaria del SUS, considerando hospitalizaciones y muertes por artroplastias de cadera ocurridas entre 2016-2018. Los análisis consideraron las hospitalizaciones según la naturaleza de la atención (electiva, urgencia y accidentes o lesiones e intoxicaciones). Se realizó una regresión logística binaria para obtener la razón de probabilidad de muerte. La mortalidad aumentó según la gravedad de la hospitalización. La mayoría de las hospitalizaciones con muerte se debió a la fractura de fémur, y requirió cuidados intensivos, tiempo promedio de estancia de 21,5 días, correspondió a mujeres de 80 años o más, de raza/color blanca, a quienes se sometió al procedimiento en unidades habilitadas de alta complejidad en ortopedia y traumatología, municipal y clasificadas como general II, ubicadas en la región de residencia del usuario. La probabilidad de muerte se mostró significativa para la edad del usuario, el uso de la unidad de cuidados intensivos (UCI) y la estancia hospitalaria. Se espera que la demanda de artroplastias de cadera y rehabilitación física aumente a medida que la población envejece. Los equipos de salud deben estar preparados para atender a una población que envejece. El conocimiento de los factores que incrementan el riesgo de muerte favorece la planificación y el manejo del cuidado por parte del equipo hospitalario, incluso en el sentido de reducir la estancia hospitalaria, que tanto afecta la condición funcional de la persona mayor.

    Resumo em Inglês:

    Population aging brings challenges to the health system. Increased degenerative joint diseases and occurrence of falls may require hip arthroplasties. The objective of this study was to evaluate factors associated with hospital deaths due to hip arthroplasties in the Brazilian Unified National Health System (SUS), in the State of Rio de Janeiro, Brazil. A cross-sectional study was carried out using the Brazilian Hospital Information System of the SUS, considering hospitalizations and deaths from hip arthroplasties that occurred between 2016 to 2018. The analyses considered hospitalizations by type of care (elective, urgency and accidents or injury and poisoning). Binary logistic regression was performed to obtain a ratio for the chance of death. Mortality increased according to the severity of hospitalization. Most of the hospitalizations with death were due to femoral fracture, demanded intensive care, had mean length of stay of 21.5 days, and involved women aged 80 years and over, of the white race/color, who had their procedure performed in municipal units qualified in orthopedics and traumatology of high complexity and classified as general II, located in the patients’ region of residence. The chance of death was significant for the age of the patient, use of intensive care unit (ICU), and length of hospital stay. We expect an increase in the demand for hip arthroplasties and physical rehabilitation due to population aging. Health teams must be prepared to deal with an ageing population. Knowing the factors that increase the risk of death favors care planning and management by hospital staff, including in the reduction of hospital stay, which is so impactful on the functional condition of the elderly.
  • Réplica para a Carta às Editoras de autoria de Paiva et al.

    Saldanha, Raphael de Freitas; Bastos, Ronaldo Rocha; Barcellos, Christovam
  • Declínio no crescimento do perímetro cefálico e fatores associados à síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika Article

    Takahasi, Eliana Harumi Morioka; Alves, Maria Teresa Seabra Soares de Britto e; Ribeiro, Marizélia Rodrigues Costa; Santos, Alcione Miranda dos; Campos, Marcos Adriano Garcia; Simões, Vanda Maria Ferreira; Amaral, Gláucio Andrade; Sousa, Patrícia da Silva; Miranda-Filho, Demócrito de Barros; Silva, Antônio Augusto Moura da

    Resumo em Português:

    Pouco se sabe sobre a evolução do perímetro cefálico (PC) em crianças com síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) em acompanhamentos contínuos. Este estudo buscou avaliar o crescimento do PC em crianças com SCZ nos primeiros três anos de suas vidas e identificar os fatores associados a ele. Os dados do PC ao nascimento e obtidos em consultas neuropediátricas de 74 crianças com SCZ foram coletados no Cartão da Criança, nos laudos paternos e em seus prontuários. Os preditores de escore-z para PC foram investigados utilizando-se diferentes modelos de efeitos mistos. O critério de informação de Akaike foi utilizado para selecionar os modelos usados. O escore-z de PC diminuiu de -2,7 ± 1,6 ao nascimento para -5,5 ± 2,2 aos 3 meses de idade, mas permaneceu relativamente estável desde então. No modelo ajustado selecionado, a presença de atrofia parênquimal cerebral grave e sintomas maternos de infecção no primeiro trimestre de sua gravidez estiveram associados a uma redução mais acentuada no escore-z de PC nos primeiros três anos de vida dos participantes. A diminuição do escore-z de PC em crianças com SCZ nos primeiros 3 meses de sua vida monstra o potencial reduzido de crescimento e desenvolvimento do sistema nervoso central dessas crianças. O prognóstico de crescimento do perímetro cefálico nos primeiros 3 anos de vida é pior quando a infecção materna ocorreu no primeiro trimestre gestacional e em crianças que tiveram atrofia parênquimal grave.

    Resumo em Espanhol:

    Se conoce poco sobre la evolución del perímetro cefálico (PC) en niños con síndrome de Zika congénito (SZC) en los seguimientos continuos. El objetivo del estudio fue evaluar el crecimiento del PC en niños con SZC en los primeros 3 años de vida e identificar los factores asociados. Se recogieron datos del PC al nacimiento y obtenidos en las consultas de neuropediatría de 74 niños con SZC a partir de la Tarjeta del Niño, los informes de los padres y los registros médicos. Se investigaron los predictores de la puntuación Z del PC mediante diferentes modelos de efectos mixtos; se utilizó el criterio de información de Akaike para la selección del modelo. La puntuación Z del PC disminuyó de -2,7 ± 1,6 al nacer a -5,5 ± 2,2 a los 3 meses de edad, pero a partir de entonces se mantuvo relativamente estable. En el modelo ajustado seleccionado, la presencia de atrofia grave del parénquima cerebral y los síntomas maternos de infección en el primer trimestre del embarazo se asociaron con una reducción más pronunciada de la puntuación Z del PC en los primeros 3 años de vida. La disminución de la puntuación Z del PC en los niños con SZC durante los primeros 3 meses demuestra el menor potencial de crecimiento y desarrollo del sistema nervioso central de estos niños. El pronóstico del crecimiento de la cabeza en los primeros 3 años de vida es peor cuando la infección materna se produjo en el primer trimestre gestacional y en los niños que tenían una atrofia grave del parénquima cerebral.

    Resumo em Inglês:

    Little is known about the evolution of head circumference (HC) in children with congenital Zika syndrome (CZS). This study aims to evaluate HC growth in children with CZS in the first three years of life and identify associated factors. HC data obtained at birth and in neuropediatric consultations from 74 children with CZS were collected from the Child’s Health Handbook, parents’ reports, and medical records. Predictors of HC z-score were investigated using different mixed-effects models; Akaike’s information criterion was used for model selection. The HC z-score decreased from -2.7 ± 1.6 at birth to -5.5 ± 2.2 at 3 months of age, remaining relatively stable thereafter. In the selected adjusted model, the presence of severe brain parenchymal atrophy and maternal symptoms of infection in the first trimester of pregnancy were associated with a more pronounced reduction in the HC z-score in the first three years of life. The decrease of HC z-score in CZS children over the first three months demonstrated a reduced potential for growth and development of the central nervous system of these children. The prognosis of head growth in the first 3 years of life is worse when maternal infection occurs in the first gestational trimester and in children who have severe brain parenchymal atrophy.
  • Saúde cardiovascular ideal na ELSA-Brasil: efeitos não-aditivos de gênero, raça e escolaridade através do uso de interações aditivas e multiplicativas Article

    Freitas, Roberta Souza; Santos, Itamar de Souza; Matos, Sheila Maria Alvim de; Aquino, Estela Maria Leão de; Amorim, Leila Denise Alves Ferreira

    Resumo em Português:

    Este estudo visa avaliar a não-aditividade dos efeitos de gênero, raça e escolaridade na saúde cardiovascular ideal entre os participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA-Brasil. Trata-se de um estudo transversal utilizando dados da linha de base do ELSA-Brasil, realizado entre 2008-2010. A Associação Americana do Coração definiu a pontuação de saúde cardiovascular ideal (ICH) como a soma dos indicadores da presença de sete fatores e comportamentos favoráveis à saúde: não fumante, índice de massa corporal ideal, atividade física e dieta saudável, níveis adequados de colesterol total, pressão arterial normal e ausência de diabetes mellitus. Interações multiplicativas e aditivas entre gênero, raça e escolaridade foram avaliadas usando o modelo de Poisson, como uma abordagem para discutir a interseccionalidade. A pontuação média de saúde cardiovascular foi de 2,49 (DP = 1,31). Este estudo encontrou uma interação positiva entre gênero e escolaridade (mulheres com Ensino Médio e Superior), tanto na escala aditiva quanto na escala multiplicativa, para a pontuação de saúde cardiovascular ideal. Houve tendência para maiores valores médios de saúde cardiovascular com o aumento da escolaridade, com diferença acentuada entre as mulheres. As pontuações mais baixas de saúde cardiovascular observadas reforçam a importância de compreender-se as experiências psicossociais que influenciam as atitudes em relação aos serviços de saúde, ao acesso à saúde e às escolhas de estilo de vida saudável, que afetam a ICH, para reduzir as desigualdades em saúde e propor políticas públicas mais adequadas como uma estratégia de assistência e prevenção das doenças cardiovasculares.

    Resumo em Espanhol:

    Este estudio tiene como objetivo evaluar los efectos no aditivos de género, raza y educación en la salud cardiovascular ideal entre los participantes del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto -ELSA-Brasil. Se trata de un estudio transversal realizado a partir de datos de línea de base de ELSA-Brasil entre 2008-2010. La Asociación Americana del Corazón definió el puntaje ideal de salud cardiovascular (ICH) como la suma de indicadores de la presencia de siete factores y comportamientos favorables a la salud: no fumador, índice de masa corporal ideal, actividad física y alimentación saludable, niveles adecuados de colesterol total, presión arterial normal y ausencia de diabetes mellitus. Las interacciones multiplicativas y aditivas entre género, raza y educación se evaluaron utilizando el modelo de Poisson como un enfoque para discutir la interseccionalidad. La puntuación media de salud cardiovascular fue de 2,49 (DE = 1,31). Este estudio encontró una interacción positiva entre el género y la educación (mujeres con educación secundaria y universitaria), tanto en la escala aditiva como en la escala multiplicativa, para puntajes ideales de salud cardiovascular. Hubo una tendencia a valores medios más altos de salud cardiovascular conforme aumenta el nivel de educación, con una marcada diferencia entre las mujeres. Los puntajes más bajos de salud cardiovascular refuerzan la importancia de comprender las experiencias psicosociales que influyen en las actitudes hacia la salud, el acceso a la salud y la elección de un estilo de vida saludable, que inciden en el ICH, para reducir las desigualdades en salud y proponer políticas públicas más adecuadas como estrategia de asistencia y prevención de enfermedades cardiovasculares.

    Resumo em Inglês:

    This study aims to assess the non-additivity effects of gender, race, and schooling on ideal cardiovascular health among participants of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health - ELSA-Brasil. This is a cross-sectional study using data from the baseline of ELSA-Brasil, conducted from 2008 to 2010. The American Heart Association defined a score of ideal cardiovascular health (ICH) as the sum of indicators for the presence of seven favorable health factors and behaviors: non-smoking, ideal body mass index, physical activity and healthy diet, adequate levels of total cholesterol, normal blood pressure, and absence of diabetes mellitus. Multiplicative and additive interactions between gender, race, and schooling were assessed using the Poisson regression model to discuss intersectionality. The mean cardiovascular health score was 2.49 (SD = 1.31). This study showed a positive interaction between gender and schooling (women with high school and higher education) in both additive and multiplicative scales for the score of ideal cardiovascular health. We observed a trend towards higher mean values of cardiovascular health for increased schooling, with a marked difference among women. The lowest cardiovascular health scores observed reinforce the importance of understanding the psychosocial experiences that influence health attitudes, access to health care, and healthy lifestyle choices, which affect ICH, to reduce inequities in health and propose more adequate public policies that assist and prevent cardiovascular diseases.
  • Atenção primária à saúde em CSP

    Almeida, Patty Fidelis de; Santos, Adriano Maia dos
  • Vulnerabilidade à COVID-19 entre as minorias sexuais e de gênero no Brasil: um estudo transversal Article

    Macedo Neto, Avelar Oliveira; Silva, Samuel Araujo Gomes da; Gonçalves, Gabriela Persio; Torres, Juliana Lustosa

    Resumo em Português:

    Grupos minoritários são mais propensos a fortalecer suas vulnerabilidades pessoais e sociais, aumentando a vulnerabilidade à COVID-19 durante a pandemia. Este estudo objetivou identificar fatores associados à maior vulnerabilidade à COVID-19 entre as minorias sexuais e de gênero no Brasil. Trata-se de um estudo transversal realizado com 826 entrevistados do Inquérito Nacional de Saúde LGBT+, realizado online de agosto a novembro de 2020. A vulnerabilidade à COVID-19 pautou-se em um índice de vulnerabilidade anterior criado por uma instituição LGBT+, compreendendo três dimensões (renda, exposição à COVID-19, e saúde). O resultado foi o quartil de maior pontuação. A análise estatística foi baseada em modelos de regressão logística. Vulnerabilidade à COVID-19 foi maior em heterossexuais e outras sexualidades menores (OR = 2,34; IC95%: 1,01-9,20, vs. homossexual), homens cisgênero (OR = 3,52; IC95%: 1,35-4,44, vs. mulheres cisgênero), e aqueles com 50 anos ou mais (OR = 3,74; IC95%: 1,24-11,25, vs. 18-29 anos). Verificou-se associação negativa entre ter pós-graduação (OR = 0,06; IC95%: 0,02-0,22, vs. até o Ensino Médio), ter cor de pele branca (OR = 0,44; IC95%: 0,23-0,83) e usar máscara adequada (OR = 0,31; IC95%: 0,13-0,76). Exceto pelo uso adequado da máscara, fatores associados à maior vulnerabilidade à COVID-19 são determinantes estruturais e sugerem vulnerabilidades que se sobrepõem, como descrito pelo modelo sindêmico. Ele orienta estratégias para lidar com a pandemia, que engloba uma abordagem conjunta da epidemia comum que afeta as minorias sexuais e de gênero, ampliando a abordagem intersetorial para diminuir as desigualdades.

    Resumo em Espanhol:

    Los grupos minoritarios son los más propensos a intensificar sus vulnerabilidades individuales y sociales, lo que aumenta la vulnerabilidad al COVID-19 durante la pandemia. Este estudio tuvo como objetivo identificar los factores asociados con mayor vulnerabilidad al COVID-19 entre las minorías sexuales y de género en Brasil. Se trata de un estudio transversal, realizado con 826 personas que respondieron la Encuesta Brasileña sobre la Salud LGBT+, aplicada en línea entre agosto y noviembre de 2020. La vulnerabilidad al COVID-19 se basó en un índice de vulnerabilidad anterior creado por una institución LGBT+, el cual comprende tres dimensiones (renta, exposición al COVID-19 y salud). El resultado fue el cuartil de mayor puntuación. El análisis estadístico se basó en modelos de regresión logística. La vulnerabilidad al COVID-19 fue mayor en heterosexuales y otras sexualidades menores (OR = 2,34; IC95%: 1,01-9,20, vs. homosexual), hombres cisgénero (OR = 3,52; IC95%: 1,35-4,44, vs. mujeres cisgénero), y los de 50 años o más (OR = 3,74; IC95%: 1,24-11,25, vs. 18-29 años). Hubo una asociación negativa entre tener un título de posgrado (OR = 0,06; IC95%: 0,02-0,22, vs. hasta la secundaria), tener color de piel blanca (OR = 0,44; IC95%: 0,23-0,83) y usar mascarilla adecuadamente (OR = 0,31; IC95%: 0,13-0,76). Excepto por el uso adecuado de mascarilla, los factores asociados con una mayor vulnerabilidad al COVID-19 son determinantes estructurales y apuntan vulnerabilidades superpuestas, tal como lo describe el modelo sindémico. Este orienta estrategias para enfrentar la pandemia, que constan de un enfoque conjunto de la epidemia común que afecta a las minorías sexuales y de género, ampliando el enfoque intersectorial para reducir las desigualdades.

    Resumo em Inglês:

    Minority groups are more prone to worsen their personal and social vulnerabilities during the COVID-19 pandemic. This study aimed to identify factors associated with the highest COVID-19 vulnerability in the Brazilian sexual and gender minorities. This is a cross-sectional study based on 826 respondents of the Brazilian LGBT+ Health Survey, conducted online from August to November 2020. The COVID-19 vulnerability was based on a previous vulnerability index created by an LGBT+ institution, which comprises three dimensions (income, COVID-19 exposure, and health). The outcome was the highest score quartile. Statistical analysis was based on logistic regression models. The COVID-19 vulnerability was higher in heterosexual and other scarce sexual orientations (OR = 2.34; 95%CI: 1.01-9.20, vs. homosexual), cisgender men (OR = 3.52; 95%CI: 1.35-4.44, vs. cisgender women), and those aged ≥ 50 years (OR = 3.74; 95%CI: 1.24-11.25, vs. 18-29 years old). A negative association was found with complete graduate education (OR = 0.06; 95%CI: 0.02-0.22, vs. complete high school), being white (OR = 0.44; 95%CI: 0.23-0.83), and proper facemask use (OR = 0.31; 95%CI: 0.13-0.76). Except for proper facemask use, factors associated with higher COVID-19 vulnerability are structural determinate and suggest overlapping vulnerabilities, as described by the syndemic model. It guides strategies to deal with the pandemic, which includes a joint approach to the common epidemic that affects sexual and gender minorities, broadening the intersectoral approach to decrease inequalities.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@ensp.fiocruz.br