• Os construtos de baixa qualidade de sono em adolescentes: fatores associados Article

    Cavalcanti, Lailah Maria Luiza Gonzaga; Lima, Rodrigo Antunes; Silva, Caroline ramos de Moura; Barros, Mauro Virgilio Gomes de; Soares, Fernanda Cunha

    Resumo em Português:

    O estudo buscou avaliar os fatores associados à qualidade do sono (global e por domínios) entre adolescentes. Foi realizado um estudo transversal com 1.296 estudantes de primeiro ano do ensino médio em escolas públicas na Região Norte do Estado de Pernambuco, Brasil. Foram obtidos dados demográficos, socioeconômicos e comportamentais através de um questionário. A qualidade do sono foi medida com o Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). O índice de massa corporal (IMC) foi calculado como peso dividido por altura ao quadrado. Os fatores associados à qualidade do sono foram avaliados através da regressão linear multinível e logística. Observamos que 53% dos adolescentes relatavam baixa qualidade de sono. Os adolescentes com risco maior de depressão clínica apresentaram 3,45 vezes maior probabilidade de apresentar baixa qualidade de sono (IC95%: 2,04; 5,81), e cada unidade adicional na escala de ansiedade social apresentou 1,03 vezes maiores chances (IC95%: 1,01; 1,05) de baixa qualidade de sono. Os adolescentes com sintomas depressivos mostraram maior latência do sono, maior transtorno do sono e maior disfunção diurna do sono. A ansiedade social mostrou associação com latência do sono, transtorno do sono e disfunção diurna do sono. O risco maior de depressão esteve associado a todos os domínios relacionados à qualidade. Autoavaliação de saúde negativa esteve associada ao transtorno do sono, e inatividade física esteve associada à disfunção diurna do sono. Ansiedade social, e principalmente risco maior de depressão clínica, foram determinantes na baixa qualidade do sono. Mudanças na latência do sono, transtorno do sono e disfunção diurna do sono parecem ser relevantes para a baixa qualidade do sono.

    Resumo em Espanhol:

    El objetivo de este estudio fue evaluar factores asociados con la calidad del sueño (general y por ámbitos) en adolescentes. Se realizó un estudio transversal con 1.296 estudiantes del primer año de escuela secundaria, procedentes de escuelas públicas en la Región Norte del Estado de Pernambuco, Brasil. Se obtuvieron datos demográficos, socioeconómicos y comportamentales, a través de un cuestionario. La calidad del sueño se midió usando el Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). El índice de masa corporal (IMC) se calculó de la ratio de peso y altura al cuadrado. Las regresiones logísticas y lineales multinivel evaluaron factores asociados con calidad del sueño deficiente. Observamos que un 53% de los adolescentes informaron de una calidad de sueño deficiente. Los adolescentes con mayor riesgo de depresión clínica fueron 3,45 veces más propensos a tener una calidad de sueño deficiente (95%CI: 2,04; 5,81), y cada unidad adicional en la puntuación de ansiedad social presentaba 1,03 (95%CI: 1,01; 1,05) mayores posibilidades de adolescentes sufriendo por calidad de sueño deficiente. Los adolescentes con síntomas depresivos presentaban mayor latencia de sueño, mayores perturbaciones en el sueño, y mayor disfunción durante el día de sueño. La ansiedad social estuvo asociada con la latencia de sueño, perturbaciones de sueño y disfunción del sueño durante el día. Un mayor riesgo de depresión clínica estuvo asociado con todos los ámbitos relacionados con calidad del sueño. Una percepción negativa de salud respecto a la perturbación de sueño e inactividad física estuvo asociada con un sueño deficiente durante el día. La ansiedad social y, especialmente, un mayor riesgo de depresión clínica fueron determinantes en una escasa calidad de sueño. Los cambios en la latencia del sueño, trastornos del sueño y disfunción del sueño durante el día parecieron relevantes para la deficiente calidad del sueño.

    Resumo em Inglês:

    This study aims to evaluate factors associated with sleep quality (overall and by domains) in adolescents. A cross-sectional study. This study was conducted with 1,296 first-year high school students from public schools in the Northern Region of the State of Pernambuco, Brazil. Demographic, socioeconomic, and behavioral data were obtained with a questionnaire. Sleep quality was measured using the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) Body mass index (BMI) was calculated based on the ratio of weight and height squared. Multilevel linear and logistic regressions evaluated factors associated with sleep quality. We observed 53% of adolescents reported poor sleep quality. Adolescents at higher risk of clinical depression were 3.45 times more likely to have poor sleep quality (95%CI: 2.04; 5.81), and each additional unit in the social anxiety score presented 1.03 (95%CI: 1.01; 1.05) higher odds of adolescents having poor sleep quality. Adolescents with depressive symptoms had higher sleep latency, greater sleep disturbance, and greater daytime sleep dysfunction. Social anxiety was associated with sleep latency, sleep disturbance, and daytime sleep dysfunction. Higher risk of clinical depression was associated with all domains related to sleep quality. Negative health perception was associated with sleep disturbance, and physical inactivity was associated with daytime sleep dysfunction. Social anxiety and especially higher risk of clinical depression were determinants of poor sleep quality. Changes in sleep latency, sleep disturbance and daytime sleep dysfunction seems to be relevant to poor sleep quality.
  • Estresse/bem-estar financeiro e situação de vida entre profissionais da saúde no Equador Article

    Lobos, Germán; Schnettler, Berta; Lapo, Carmen; Núñez, María; Vera, Laura

    Resumo em Português:

    A tendência de viver sozinho é um fenômeno relativamente recente no Equador, mas está crescendo rapidamente. O objetivo do estudo foi identificar fatores associados ao estresse ou bem-estar financeiro de acordo com a situação de vida (viver sozinho vs. viver com parceiro) em profissionais de saúde equatorianos. O estudo usou dados transversais para examinar o construto do estresse/bem-estar financeiro em uma amostra de 800 profissionais de saúde equatorianos. A situação de vida foi comparada com análises de modelo linear generalizado, incluindo renda, idade, crianças vivendo no domicílio, autoavaliação da saúde, depressão, ansiedade e estresse, apoio social percebido, saúde mental positiva e perfis hedonistas vs. austeros. Os trabalhadores que viviam sozinhos pontuavam mais baixo, enquanto aqueles que viviam com um parceiro pontuavam mais alto no quesito de bem-estar financeiro. Entre os trabalhadores que viviam sozinhos, as principais fontes de estresse vs. bem-estar financeiro eram renda, crianças vivendo no domicílio, apoio social percebido, saúde mental positiva e atitude hedonista em relação ao endividamento. Nos trabalhadores que viviam com parceiro, as principais fontes de estresse/bem-estar social eram renda, autoavaliação da saúde, depressão, ansiedade e estresse, apoio social positivo, e saúde mental. Com base nos resultados, discutimos o potencial para intervenções de políticas públicas que possam ser utilizadas para melhorar o bem-estar financeiro dos trabalhadores.

    Resumo em Espanhol:

    La tendencia de vivir solo es un fenómeno relativamente reciente en Ecuador, pero que está rápidamente extendiéndose. El objetivo de este estudio fue identificar factores asociados con el estrés financiero/bienestar, según la situación de vida (vivir solo vs. vivir con pareja), en trabajadores ecuatorianos de salud. Usando datos transversales este estudio examinó el constructo del estrés financiero/bienestar en una muestra de 800 trabajadores ecuatorianos en el área de salud. La situación de vida fue comparada usando modelos lineales generalizados, incluyendo ingresos, edad, niños viviendo en casa, autopercepción de salud, depresión, ansiedad y estrés, apoyo social percibido, salud mental positiva, así como perfiles hedonistas y austeros. Los trabajadores que vivían solos estuvieron posicionados más bajo y los trabajadores viviendo con pareja estuvieron en puestos más altos en bienestar financiero. En los trabajadores que vivían solos las principales fuentes de estrés financiero/bienestar fueron ingresos, niños viviendo en el hogar, apoyo social percibido, salud mental positiva y actitud hedonística hacia el endeudamiento. En trabajadores viviendo con una pareja las principales fuentes de estrés financiero/bienestar fueron ingresos, edad, autopercepción de salud, depresión, ansiedad y estrés, apoyo social percibido, salud mental positiva y actitud austera hacia endeudamiento. Basados en nuestros resultados, discutimos intervenciones potenciales en políticas públicas que pueden ser usadas para mejorar el bienestar financiero de los trabajadores.

    Resumo em Inglês:

    The tendency to live alone is a relatively recent phenomenon in Ecuador, but it is expanding rapidly. This study aims to identify factors associated with financial distress/well-being according to living situation (living alone vs. living with a partner) in Ecuadorian health workers. This study examined the construct of financial distress/well-being in a sample of 800 Ecuadorian health workers using cross-sectional data. Living situation was compared using generalized linear model analyses including income, age, children living at home, self-perception of health, depression, anxiety and stress, perceived social support, positive mental health, and hedonistic and austere profiles. Regarding financial well-being, workers living alone ranked lower and workers living with a partner ranked higher. In workers living alone the main sources of financial distress/well-being were income, children living at home, perceived social support, positive mental health, and hedonistic attitude towards indebtedness. In workers living with a partner the main sources of financial distress/well-being were income, age, self-perception of health, depression, anxiety and stress, perceived social support, positive mental health, and austere attitude towards indebtedness. Based on our results, we discuss potential public policy interventions that can be used to improve workers’ financial well-being.
  • Qualidade de vida de pacientes com câncer submetidos a quimioterapia em hospitais em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: as características individuais importam? Article

    Moreira, Daniela Pena; Simino, Giovana Paula Rezende; Reis, Ilka Afonso; Santos, Marcos Antonio da Cunha; Cherchiglia, Mariangela Leal

    Resumo em Português:

    O estudo teve como objetivo avaliar as mudanças na qualidade de vida de pacientes oncológicos no início do primeiro e segundo ciclos de quimioterapia (QT) em hospitais em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foi realizado um estudo descritivo, prospectivo e longitudinal com uma abordagem quantitativa. Arrolamos 230 pacientes de uma coorte maior, diagnosticados com os cinco tipos de câncer mais frequentes (mama, colorretal, colo uterino, pulmão e cabeça e pescoço), com idade 18 anos ou mais e que estavam no início da QT. A qualidade de vida foi avaliada com o EORTC QLQ-C30, versão 3, aplicado no início do primeiro e segundo ciclos de QT. O teste pareado de Wilcoxon foi utilizado para identificar diferenças na qualidade de vida entre os dois momentos. Para investigar potenciais preditores de estado de saúde global/qualidade de vida, foi realizada uma análise de regressão linear multivariada com o método bootstrap. Houve um aumento significativo na pontuação da função emocional dos pacientes (p < 0,001) e de dor (p = 0,026), diarreia (p = 0,018) e náusea/vômito (p < 0,001) após o início da quimioterapia. Estado civil “viúvo/a” esteve associado a melhoras no estado de saúde global/qualidade de vida (p = 0,028), enquanto presença de câncer do colo uterino (p = 0,034) e baixo peso (p = 0,033) estiveram relacionados a piores resultados no estado de saúde global/qualidade de vida. A QT tem efeitos deletérios na saúde física dos pacientes, mas leva a melhorias no domínio emocional. As características individuais dos pacientes no início da QT estão associadas a mudanças na qualidade vida. Nosso estudo pode ajudar a identificar essas características.

    Resumo em Espanhol:

    El objetivo del presente estudio fue evaluar cambios en la calidad de vida de pacientes con cáncer, entre el principio del primero y segundo ciclo de quimioterapia (CT), en hospitales en Belo Horizonte, Brasil. Se llevó a cabo un estudio longitudinal, prospectivo, descriptivo con un enfoque cuantitativo. Participaron 230 pacientes, de una cohorte más amplia, diagnosticados con los cinco tipos de cáncer más frecuentes (pecho, colorrectal, cervical, pulmón, cabeza y cuello), con 18 años y más, que estaban comenzando CT por primera vez. La calidad de vida fue evaluada mediante EORTC QLQ-C30 versión 3, aplicada al comienzo del primer y segundo ciclo de quimioterapia. Se usó el test pareado de Wilcoxon para identificar las diferencias en calidad de vida entre dos puntos en el tiempo. Para investigar los predictores potenciales del estatus de salud global/calidad de vida, se realizó un análisis lineal multivariado, usando el método de Bootstrap. Hubo un aumento significativo en las puntuaciones de las funciones emocionales de los pacientes (p < 0,001), así como las puntuaciones para dolor (p = 0,026), diarrea (p = 0,018) y náusea/vómitos (p < 0,001) tras el comienzo de la quimioterapia. Ser viudo/a estuvo asociado con mejoras en el estatus de salud global/calidad de vida (p = 0,028), mientras que la presencia de cáncer cervical (p = 0,034) y estar por debajo del peso (p = 0,033) estuvieron relacionados con puntuaciones más bajas estatus de salud global/calidad de vida. La CT tiene efectos perjudiciales en la salud física de los pacientes, sin embargo, por otro lado, conduce a mejoras en el ámbito emocional. Las características individuales de pacientes al comienzo de la CT están asociadas con cambios en su calidad de vida. Nuestro estudio podría ayudar a identificar estas características.

    Resumo em Inglês:

    This study aims to evaluate changes in quality of life of cancer patients at the beginning of the first and the second cycle of chemotherapy (CT) in hospitals in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil. Longitudinal, prospective, descriptive study with a quantitative approach. We enrolled 230 patients, from a broader cohort, diagnosed with the five most frequent types of cancer (breast, colorectal, cervical, lung, and head and neck), aged 18 years or older, who were initiating CT for the first time. quality of life was assessed with the EORTC QLQ-C30 version 3, applied at the beginning of the first and second chemotherapy cycle. The paired Wilcoxon test was used to identify differences in quality of life between the two time points. A multivariate linear regression analysis was performed using the bootstrap method to investigate potential predictors of global health Status/quality of life. There was a significant increase in patients’ emotional function scores (p < 0.001) as well as symptom scores for pain (p = 0.026), diarrhea (p = 0.018), and nausea/vomiting (p < 0.001) after initiation of CT. Widowhood was associated with improvements in the global health Status/quality of life (p = 0.028), whereas the presence of cervical cancer (p = 0.034) and being underweight (p = 0.033) were related to poorer global health status/quality of life scores. CT has detrimental effects on patients’ physical health but, on the other hand, it leads to improvements in the emotional domain. Patients’ individual characteristics at the beginning of CT are associated with changes in their quality of life. Our study could help identify these characteristics.
  • Tendência durante dez anos nas internações hospitalares por doença de Alzheimer no Brasil: um estudo de base nacional Article

    Feter, Natan; Leite, Jayne Santos; Dumith, Samuel Carvalho; Rombaldi, Airton José

    Resumo em Português:

    Resumo: O Brasil tem a segunda maior prevalência ajustada para idade da doença de Alzheimer no mundo. Entretanto, são escassas as informações sobre internações hospitalares por doença de Alzheimer no Brasil, apesar dos impactos econômicos e sociais da doença. O artigo descreve as tendências temporais nas internações hospitalares relacionadas à doença de Alzheimer no Brasil entre 2010 e 2019. Realizamos um estudo de séries temporais, retrospectivo, descritivo e de base nacional, usando dados DATASUS do Ministério da Saúde. As internações, média de dias de internação e custos econômicos das hospitalizações foram extraídos para os anos de 2010 a 2019. As internações hospitalares por doença de Alzheimer aumentaram em 87,7% entre 2010 e 2019, com os maiores aumentos entre homens (97,4%), pardos (224%), indivíduos com 80 anos ou mais (115,1%) e as regiões Nordeste (172,1%) e Centro-oeste (144,2%). Embora as médias de dias de internação tenham diminuído em todos os subgrupos, foi observada uma tendência temporal crescente nas internações na Região Centro-oeste. O custo por hospitalização aumentou para pacientes de 50 anos ou menos e nas internações relacionadas aos serviços de emergência. Em comparação às outras doenças crônicas não transmissíveis, a doença de Alzheimer mostrou o maior aumento no número absoluto e taxa de internações hospitalares no Brasil entre 2010 e 2019. A doença de Alzheimer é um problema de saúde pública no Brasil. São necessárias estratégias para reduzir a carga da doença, porém só serão eficazes se forem acompanhadas por maior igualdade e conscientização em relação a essa doença.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: Brasil cuenta con la segunda prevalencia más alta por edad estandarizada de enfermedad de Alzheimer en todo el mundo. No obstante, la información sobre las hospitalizaciones relacionadas con la enfermedad de Alzheimer en Brasil es escasa, pese a su impacto económico y social. Describimos las tendencias temporales en hospitalizaciones relacionadas con la enfermedad de Alzheimer en Brasil, desde 2010 a 2019. Realizamos un estudio de series temporales, retrospectivo, descriptivo, de base nacional, usando datos procedentes del DATASUS del Ministerio de Salud de Brasil. Las hospitalizaciones, la media de días hospitalizados, y los costes económicos de estas hospitalizaciones se extrajeron desde 2010 a 2019. Las hospitalizaciones por enfermedad de Alzheimer se incrementaron un 87,7%, desde 2010 a 2019, con un incremento más grande entre hombres (97,4%), origen étnico mixto (224%), 80 años o mayores (115,1%), y en las regiones del Nordeste (172,1%) y Centro-oeste (144,2%). A pesar de que la media de días hospitalizados decreció en todos los subgrupos, se observó una tendencia creciente en el tiempo respecto a las admisiones hospitalarias en la Región del Centro-oeste. El coste económico por hospitalización se incrementó en el caso de pacientes con 50 años o más jóvenes en las admisiones relacionadas con los servicios de emergencia. Comparado con otras enfermedades crónicas no transmisibles, la enfermedad de Alzheimer tuvo el incremento más alto en el número absoluto y tasa de hospitalizaciones en Brasil desde 2010 a 2019. La enfermedad de Alzheimer es un problema de salud público en Brasil. Las estrategias para reducir su carga son necesarias pero solamente si están acompañadas de una mayor equidad y concienciación sobre esta enfermedad.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: Brazil has the second highest age-standardized prevalence of Alzheimer’s disease worldwide. However, information about Alzheimer’s disease-related hospitalizations in Brazil is scarce despite its economic and social impact. We described temporal trends in hospitalizations related to Alzheimer’s disease in Brazil from 2010 to 2019. We conducted a time-series, retrospective, descriptive, national-based study using data from the DATASUS database of the Brazilian Ministry of Health. Hospitalizations, mean days hospitalized, and economic costs from those hospitalizations were extracted from 2010 to 2019. Hospitalizations by Alzheimer’s disease increased 87.7% from 2010 to 2019, with greater increase among men (97.4%), mixed ethnicity (224%), 80 years or older (115.1%), and in the Northeast (172.1%) and Central West (144.2%) regions. Although mean days hospitalized decreased in all subgroups, an increasing time trend in hospital admission was observed in the Central West Region. Costs per hospitalization increased for patients aged 50 years or younger and in admissions related to emergency services. Compared with other non-communicable chronic diseases, Alzheimer’s disease had the highest increase in absolute number and rate of hospitalizations in Brazil from 2010 to 2019. AD is a public health problem in Brazil. Strategies to reduce its burden are necessary but only if accompanied by greater equality and awareness of this disease.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@ensp.fiocruz.br