Ordenar publicações por
  • Obesidade no início da vida e risco de câncer colorretal na vida adulta: uma meta-análise Review

    Garcia, Harrison; Song, Mingyang

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo Examinar a relação entre a obesidade no início da vida e o risco de câncer colorretal na vida adulta. Métodos Foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados do Google Scholar e PubMed e em dados de referência. Quinze estudos relevantes foram identificados e foi realizada uma meta-análise em separado para homens e mulheres. Um modelo de efeitos aleatórios foi usado para comparar os riscos relativos (RR) ajustados para multivariáveis de câncer colorretal de modo geral e específico ao subsítio às faixas superiores e inferiores de índice de massa corporal (IMC) no início da vida. Foi realizada uma análise de metarregressão dos fatores que possivelmente contribuíram para a heterogeneidade entre os estudos. Resultados IMC alto no início da vida foi associado a um aumento de 39% no risco de câncer colorretal em homens adultos (RR 1,39, IC 95% 1,20–1,62, P < 0,0001) e um aumento de 19% no risco de câncer colorretal em mulheres adultas (RR 1,19, IC 95% 1,06–1,35, P = 0,004). Heterogeneidade estatisticamente não significativa foi identificada na análise de metarregressão segundo subsítio tumoral (RR 1,06, IC 95% 0,97–1,17; RR 1,08, IC 95% 0,99–1,18 para o câncer de cólon proximal no sexo masculino e no sexo feminino; RR 1,51, IC 95% 1,22–1,87; RR 1,08, IC 95% 0,98–1,19 para o câncer de cólon distal no sexo masculino e no sexo feminino; e RR 1,39, IC 95% 1,1–1,77; RR 1,51, IC 95% 0,94–2,03 para o câncer retal no sexo masculino e no sexo feminino) e outros fatores, como idade na avaliação do IMC, IMC autorrelatado ou medido e ajuste para tabagismo. Conclusões Os resultados do estudo indicam que um IMC alto no início da vida está associado ao aumento do risco de câncer colorretal na vida adulta. Outros estudos devem ser realizados para investigar o risco de câncer colorretal na vida adulta em indivíduos obesos no início da vida em países não ocidentais assim como pesquisar os mecanismos subjacentes pelos quais a adiposidade no início da vida pode influir na patogênese do câncer colorretal.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo En este metanálisis se examina la relación entre la obesidad a edad temprana y el riesgo de cáncer colorrectal en la edad adulta. Métodos Se llevó a cabo una búsqueda sistemática en Google Scholar, PubMed y datos de referencia. Se seleccionaron 15 estudios pertinentes y se realizó un metanálisis de esos estudios (hombres y mujeres por separado). Se usó un modelo de efectos aleatorios para comparar los riesgos relativos (RR) ajustados por multivariantes de tener cáncer colorrectal en las categorías de personas con mayor y menor índice de masa corporal (IMC) a edad temprana. Se realizó una metarregresión de los factores que pueden haber contribuido con la heterogeneidad entre estudios. Resultados Un IMC alto a edad temprana está asociado con un aumento de 39% del riesgo de cáncer colorrectal en los hombres adultos (RR = 1,39, IC de 95% 1,20 – 1,62, P < 0,0001) y un aumento de 19% del riesgo de cáncer colorrectal en las mujeres adultas (RR = 1,19, IC de 95% 1,06 – 1,35, P = 0,004). En la metarregresión no se encontró una heterogeneidad estadísticamente significativa por subsitio tumoral (RR = 1,06, IC de 95% 0,97 – 1,17, RR = 1,08, IC de 95% 0,99 – 1,18 para cáncer de colon proximal masculino y femenino; RR = 1,51, IC de 95% 1,22 – 1,87, RR = 1,08, IC de 95% 0,98 – 1,19 para cáncer de colon distal masculino y femenino; y RR = 1,39, IC de 95% 1,1 – 1,77, RR = 1,51, IC de 95% 0,94 – 2,03 para cáncer rectal masculino y femenino) u otros factores, incluidos edad de la evaluación del IMC, IMC notificado o medido por la propia persona y ajuste por tabaquismo. Conclusiones Los resultados indican que un IMC alto a edad temprana está asociado con un mayor riesgo de cáncer colorrectal en la edad adulta. Deben realizarse otros estudios para investigar el riesgo de cáncer colorrectal en el adulto en las personas obesas a edad temprana de países no occidentales, así como los mecanismos subyacentes por los cuales la adiposidad a edad temprana puede influir en la patogénesis del cáncer colorrectal.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective This meta-analysis examines the relationship between early-life obesity and risk of colorectal cancer (CRC) in adulthood. Methods A systematic search of Google Scholar, PubMed, and reference data was conducted. Fifteen relevant studies were identified and meta-analyzed, for men and women separately. A random-effects model was used to compare the multivariable-adjusted relative risks (RR) of overall and subsite-specific CRC to the highest versus lowest categories of body mass index (BMI) in early life. Meta-regression was performed on factors that may have contributed to between-study heterogeneity. Results High early-life BMI was associated with a 39% increased risk of CRC in adult men (RR = 1.39, 95%CI = 1.20 – 1.62, P < 0.0001) and a 19% increased risk of CRC in adult women (RR = 1.19, 95%CI = 1.06 – 1.35, P = 0.004). No statistically significant heterogeneity was identified in meta-regression according to tumor subsite (RR = 1.06, 95%CI = 0.97 – 1.17, RR = 1.08, 95%CI = 0.99 – 1.18 for male and female proximal colon cancer; RR = 1.51, 95%CI = 1.22 – 1.87, RR = 1.08, 95%CI = 0.98 – 1.19 for male and female distal colon cancer; and RR = 1.39, 95%CI = 1.1 – 1.77, RR = 1.51, 95%CI = 0.94 – 2.03 for male and female rectal cancer) or other factors, including age of BMI assessment, self-reported or measured BMI, and adjustment for smoking. Conclusions The results suggest that high early-life BMI is associated with increased risk of CRC in adulthood. Further studies should investigate adult CRC risk in early-life obese individuals from non-Western countries and the underlying mechanisms by which early-life adiposity may influence CRC pathogenesis.
  • HIV, sífilis e hepatite viral em povos indígenas e afrodescendentes da América Latina: uma revisão sistemática Review

    Russell, Nancy K.; Nazar, Kevin; del Pino, Sandra; Alonso Gonzalez, Monica; Díaz Bermúdez, Ximena P.; Ravasi, Giovanni

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo Identificar e sintetizar a literatura existente sobre a carga de HIV, infecções sexualmente transmissíveis (IST) e hepatite viral nos povos indígenas e afrodescendentes da América Latina para traçar um amplo panorama dos dados quantitativos disponíveis e destacar as lacunas problemáticas nos dados. Métodos Foi realizada uma revisão sistemática da literatura publicada e da literatura cinzenta para identificar documentos publicados em inglês, espanhol ou português com dados coletados entre janeiro de 2000 e abril de 2016 sobre a carga de HIV, IST e hepatite viral nos povos indígenas e afrodescendentes em 17 países latino-americanos. Resultados Sessenta e dois documentos de 12 países foram encontrados. A prevalência de HIV observada foi em geral baixa (<1%), com focos de alta prevalência (>5%) observados em comunidades indígenas da Venezuela (warao) (9,6%), Peru (chayahuita) (7,5%) e Colômbia (mulheres wayúu) (7,0%). Foi verificada uma alta prevalência de sífilis ativa (> 5%) em comunidades indígenas no Paraguai (11,6% e 9,7%) e Peru (chayahuita) (6,3%). A alta endemicidade (>8%) de hepatite B foi observada em povos indígenas no México (huichol) (9,4%) e Venezuela (ianomâmi 14,3%; japrería 29,5%) e em comunidades negras quilombolas no Brasil (Frechal 12,5%; Furnas do Dionísio 8,4% em 2008 e 9,2% em 2003). Conclusões As lacunas nos dados existentes sobre a carga de HIV, IST e hepatite viral nos povos indígenas e afrodescendentes na América Latina destacam a necessidade de: melhorar a vigilância nacional com coleta sistemática e análise de variáveis de etnicidade e realizar estudos integrados de análise biocomportamental com o uso de metodologias robustas e estratégias sensíveis à diversidade cultural; desenvolver uma política de resposta regional que considere as necessidades dos povos indígenas e afrodescendentes; e implementar um enfoque intercultural à saúde e prestação de serviços para derrubar as barreiras de acesso à saúde e melhorar os resultados de saúde nestas populações.

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo Identificar y resumir la bibliografía existente sobre la carga de la infección por el VIH, las infecciones de transmisión sexual (ITS) y las hepatitis virales en las poblaciones indígenas y afrodescendientes en América Latina para proporcionar un panorama amplio de los datos cuantitativos disponibles y poner de relieve las brechas problemáticas que pudiera haber en los datos. Métodos Se hizo un examen sistemático de la bibliografía publicada y la bibliografía gris para encontrar documentos publicados en inglés, español o portugués con datos recogidos entre enero del 2000 y abril del 2016 sobre la carga de la infección por el VIH, las ITS y las hepatitis virales en las poblaciones indígenas y afrodescendientes en 17 países latinoamericanos. Resultados Se encontraron 62 documentos de 12 países. La prevalencia de la infección por el VIH fue generalmente baja (< 1%), pero se observaron focos de prevalencia alta (> 5%) en algunas comunidades indígenas en Venezuela (Warao) (9,6%), Perú (Chayahuita) (7,5%) y Colombia (las mujeres Wayuus) (7,0%). Se observó prevalencia alta de sífilis activa (> 5%) en algunas comunidades indígenas en Paraguay (11,6% y 9,7%) y Perú (Chayahuita) (6,3%). Se encontró endemicidad alta (> 8%) de la hepatitis B en algunos pueblos indígenas en México (Huichol) (9,4%) y Venezuela (Yanomami: 14,3%; Japreira: 29,5%) y en las poblaciones quilombola de afrodescendientes en Brasil (Frechal: 12,5%; Furnas do Dionísio: 8,4% en el 2008, 9,2% en el 2003). Conclusiones Las brechas en los datos existentes sobre la carga de la infección por el VIH, las ITS y las hepatitis virales en las poblaciones indígenas y afrodescendientes en América Latina destacan la necesidad de: 1) mejorar la vigilancia nacional mediante la recolección y el análisis sistemáticos de las variables de etnicidad y la ejecución de estudios bioconductuales integrados que utilicen metodologías sólidas y estrategias sensibles a diferencias entre las culturas; 2) elaborar una política de respuesta de alcance regional que considere las necesidades de las poblaciones indígenas y de afrodescendientes; y 3) aplicar un enfoque intercultural de la salud y de la prestación de servicios conexos para eliminar las barreras de acceso a la salud y mejorar los resultados en materia de salud para estas poblaciones.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective To identify and summarize existing literature on the burden of HIV, sexually transmitted infections (STIs), and viral hepatitis (VH) in indigenous peoples and Afro-descendants in Latin America to provide a broad panorama of the quantitative data available and highlight problematic data gaps. Methods Published and grey literature were systematically reviewed to identify documents published in English, Spanish, or Portuguese with data collected between January 2000 and April 2016 on HIV, STI, and VH disease burden among indigenous peoples and Afro-descendants in 17 Latin American countries. Results Sixty-two documents from 12 countries were found. HIV prevalence was generally low (< 1%) but pockets of high prevalence (> 5%) were noted in some indigenous communities in Venezuela (Warao) (9.6%), Peru (Chayahuita) (7.5%), and Colombia (Wayuu females) (7.0%). High active syphilis prevalence (> 5%) was seen in some indigenous communities in Paraguay (11.6% and 9.7%) and Peru (Chayahuita) (6.3%). High endemicity (> 8%) of hepatitis B was found in some indigenous peoples in Mexico (Huichol) (9.4%) and Venezuela (Yanomami: 14.3%; Japreira: 29.5%) and among Afro-descendant quilombola populations in Brazil (Frechal: 12.5%; Furnas do Dionísio: 8.4% in 2008, 9.2% in 2003). Conclusions The gaps in existing data on the burden of HIV, STIs, and VH in indigenous peoples and Afro-descendants in Latin America highlight the need to 1) improve national surveillance, by systematically collecting and analyzing ethnicity variables, and implementing integrated biobehavioral studies using robust methodologies and culturally sensitive strategies; 2) develop a region-wide response policy that considers the needs of indigenous peoples and Afro-descendants; and 3) implement an intercultural approach to health and service delivery to eliminate health access barriers and improve health outcomes for these populations.
Organización Panamericana de la Salud Washington - Washington - United States
E-mail: contacto_rpsp@paho.org