Resumo
OBJETIVO:
Investigar as características do comportamento sexual de adolescentes escolares e verificar se há diferenças em relação ao sexo dos estudantes e ao tipo de escola.
MÉTODOS:
Estudo transversal utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE. A amostra foi composta por 3.099 escolares do 9° ano residentes em Goiânia (GO), com predomínio das idades de 13 a 15 anos, que responderam um questionário sobre fatores de risco e proteção à saúde. Na análise estatística, foi utilizado o teste de Rao-Scott, considerando o efeito do desenho amostral para amostras complexas.
RESULTADOS:
A prevalência de relação sexual alguma vez na vida foi de 26,5% (IC95% 23,8 - 29,4), e, no último ano, foi de 18,5% (IC95% 16,5 - 20,8), sendo mais frequentes entre os meninos e estudantes de escolas públicas. A maioria teve a primeira relação com 13 anos ou menos, com até 3 parceiros, utilizou algum método contraceptivo na última relação e recebeu orientação sobre prevenção na escola. A idade da primeira relação foi mais precoce e o número de parceiros foi mais elevado entre os meninos. O relato de orientações recebidas sobre prevenção de gravidez foi mais frequente entre meninas e nas instituições privadas. Nestas, foi também mais elevado o relato de orientações sobre DST/AIDS.
CONCLUSÃO:
Os resultados mostraram a necessidade de ações educativas, buscando reduzir as discrepâncias encontradas em relação ao sexo e o tipo de escola, com envolvimento de profissionais das áreas da educação e saúde e dos pais.
Sexo; Saúde sexual e reprodutiva; Adolescente; Saúde escolar; Comportamento sexual; Parceiros sexuais
INTRODUÇÃO
A adolescência constitui um período de transição entre a fase da infância e a fase adulta, com grandes transformações nos aspectos sociais, cognitivos, emocionais e corporais. Neste período, as oportunidades de se atuar na saúde são grandes e padrões futuros de comportamento em saúde na vida adulta são estabelecidos11. Sawyer SM, Afifi RA, Bearinger LH, Blakemore SJ, Dick B, Ezeh AC et al. Adolescence: a foundation for future health. Lancet 2012; 379(9826): 1630-40..
Dentre as mudanças ocorridas, destacam-se os aspectos do relacionamento afetivo e, sobretudo, o fenômeno da sexualidade22. Abramovay M, Castro MG, Silva LB. Juventudes e sexualidade. Brasília: UNESCO Brasil; 2004.,33. Moraes SP, Vitalle MSS. Direitos sexuais e reprodutivos na adolescência. Rev Assoc Med Bras 2012; 58(1): 48-52.. O início da atividade sexual é um marco importante da vida das pessoas, e se sobressai na adolescência pela característica própria desta fase, pois os jovens buscam a afirmação da sua própria identidade e estão ávidos por experiências novas44. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56.. De modo geral, por se sentirem jovens, saudáveis e curiosos a novas situações, os adolescentes podem adotar comportamentos sexuais sem proteção, tornando-os vulneráveis a agravos e infecções, especialmente pelas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e a gravidez precoce55. Alves CA, Brandão ER. Vulnerabilidades no uso de métodos contraceptivos entre adolescentes e jovens: interseções entre políticas públicas e atenção à saúde. Ciênc Saúde Coletiva 2009; 14(2): 661-70.,66. Dias FLA, Silva KL, Vieira NFC, Pinheiro PNC, Maia CC. Riscos e vulnerabilidades relacionados à sexualidade na adolescência. Rev Enferm UERJ 2010; 18(3): 456-61..
O comportamento sexual dos adolescentes deve ser estudado considerando-se as desigualdades sociais, a cultura sexual, o sexo e a escolaridade, os quais são importantes fatores determinantes para comportamento de risco e podem resultar em morbidades nesta população. Assim, é importante conhecer a realidade deste grupo populacional nos diferentes cenários onde estão inseridos. A maioria dos jovens brasileiros frequenta instituições de ensino, e este ambiente, além de ser reconhecido como espaço social para o aprendizado, é também local de socialização e discussões no âmbito da educação sexual77. Moizes JS, Bueno SMV. Compreensão sobre sexualidade e sexo nas escolas segundo professores do ensino fundamental. Rev Esc Enferm 2010; 44(1): 205-12..
O comportamento sexual dos meninos até recentemente era pouco estudado, sendo o enfoque mais concentrado nas meninas88. Figueroa-Perea JG. Algunos elementos para interpretar la presencia de los varones en los procesos de salud reproductiva. Cad Saúde Pública 1998; 14(Supl. 1): 87-96.,99. Vilhena M. Sexualidade masculina do adolescente - Perspectivas. Adolesc Saude 2013; 10(Supl. 3): 67-71.. Estudos sobre o tema são também mais frequentemente realizados em escolas públicas devido à maior facilidade de acesso a estas pelos pesquisadores, e são poucos os estudos comparando ambos os tipos de dependências administrativas das instituições1010. Silva CB, Gama CS, Souza DT, Paula LP, Mucenic M, Foppa M. Iniciação sexual em estudantes secundaristas de Porto Alegre, RS, 1990. Rev AMRIGS 1993; 37(2): 88-92.
11. Carlini-Cotrim B, Gazal-Carvalho C, Gouveia N. Comportamento de saúde entre jovens estudantes das redes pública e privada da área metropolitana do Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública 2000; 34(6): 636-45.
12. Nascimento LCS, Lopes CM. Atividade sexual e doenças sexualmente transmissíveis em escolares do 2º grau de Rio Branco-Acre, Brasil. Rev Latino-am Enfermagem 2000; 8(1): 107-13.-1313. Martins LBM, Costa-Paiva LHS, Osis MJD, Souza MH, Pinto-Neto AM, Tadini V. Fatores associados ao uso de preservativo masculino e ao conhecimento sobre DST/AIDS em adolescentes de escolas públicas e privadas do Município de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública 2006; 22(2): 315-23.. Os resultados mostraram comportamentos de risco e níveis de informação diferentes em relação ao sexo e ao tipo de escola1010. Silva CB, Gama CS, Souza DT, Paula LP, Mucenic M, Foppa M. Iniciação sexual em estudantes secundaristas de Porto Alegre, RS, 1990. Rev AMRIGS 1993; 37(2): 88-92.
11. Carlini-Cotrim B, Gazal-Carvalho C, Gouveia N. Comportamento de saúde entre jovens estudantes das redes pública e privada da área metropolitana do Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública 2000; 34(6): 636-45.
12. Nascimento LCS, Lopes CM. Atividade sexual e doenças sexualmente transmissíveis em escolares do 2º grau de Rio Branco-Acre, Brasil. Rev Latino-am Enfermagem 2000; 8(1): 107-13.-1313. Martins LBM, Costa-Paiva LHS, Osis MJD, Souza MH, Pinto-Neto AM, Tadini V. Fatores associados ao uso de preservativo masculino e ao conhecimento sobre DST/AIDS em adolescentes de escolas públicas e privadas do Município de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública 2006; 22(2): 315-23..
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2009 pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foi pioneira no cenário nacional, com o intuito de conhecer os fatores de risco e proteção entre adolescentes brasileiros1414. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Rio de Janeiro: IBGE; 2009.. O estudo mostrou que 30,5% dos adolescentes brasileiros residentes nas capitais já tiveram relação sexual alguma vez na vida, com frequência maior entre meninos (43,7%), em comparação com as meninas (18,7%), e entre estudantes de escolas públicas (33,1%). Dos que tiveram relação, 40,1% relataram um único parceiro na vida44. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56..
Estudos anteriores utilizando dados da PeNSE 2009 apresentaram resultados importantes a respeito do conjunto da amostra nacional, e alguns dados descritivos de cada capital pesquisada44. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56.,1515. Malta DC, Sardinha LMV, Brito I, Gomes MRO, Rabelo M, Morais Neto OL, Penna GO. Orientações de saúde reprodutiva recebidas na escola - uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, 2009. Epidemiol Serv Saúde 2011; 20(4): 481-90.,1616. Oliveira-Campos M, Giatti L, Malta D, Barreto SM. Contextual factors associated with sexual behavior among Brazilian adolescents. Ann Epidemiol 2013; 23(10): 629-35.. Contudo, é também relevante analisar de forma mais ampla a situação das capitais separadamente, buscando estabelecer comparações com o cenário nacional. Com base na realidade local, estratégias mais apropriadas poderão ser implementadas para beneficiar os envolvidos. Estudos sobre o comportamento sexual de adolescentes no município de Goiânia são escassos e referem-se ao conhecimento sobre os meios de transmissão de DST e uso dos métodos contraceptivos1717. Vieira AS, Guimarães EMB, Barbosa MA, Turchi MD, Alves MFC, Seixas MSC. Fatores associados ao uso do preservativo em adolescentes do gênero feminino no município de Goiânia. DST - J Bras Doenças Sex Transm 2004; 16(3): 77-83.
18. Marques ES, Mendes DA, Tornis NHM, Lopes CLR, Barbosa MA. O conhecimento dos escolares adolescentes sobre doenças sexualmente transmissíveis. Rev Eletron Enferm 2006; 8(1): 58-62.-1919. Coelho RFS, Souto TG, Soares LR, Lacerda LCM, Matão MEL. Conhecimentos e crenças sobre doenças sexualmente transmissíveis e HIV/AIDS entre adolescentes e jovens de escolas públicas estaduais da região Oeste de Goiânia. Rev Patol Trop 2011; 40(1): 56-66.. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi descrever as características do comportamento sexual dos adolescentes escolares do município de Goiânia (GO) e verificar se há diferenças em relação ao sexo dos estudantes e o tipo de escola.
MÉTODOS
Estudo transversal utilizando a base de dados de uma amostra probabilística de escolares do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas do município de Goiânia (GO) que participaram da PeNSE em 20091414. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Rio de Janeiro: IBGE; 2009.. A pesquisa utilizou plano amostral de conglomerados em dois estágios, onde as unidades primárias de amostragem foram as escolas e as unidades secundárias foram as turmas do 9º ano das escolas selecionadas. A amostra de escolares foi formada por todos os escolares das turmas selecionadas que se encontravam na escola no momento da coleta dos dados e que aceitaram participar. Para critérios de exclusão, definiram-se estudantes do período noturno, não frequentadores habituais, e aqueles que se recusaram a responder o questionário. A coleta dos dados foi realizada por equipes estaduais do IBGE entre março e junho de 2009. Em Goiânia, foram amostradas 73 escolas e 112 turmas, com número total de 3.727 matriculados.
No presente estudo, foram incluídos os adolescentes que responderam as questões sobre sexo (feminino/masculino) e sobre comportamento sexual, totalizando 3.099 participantes com idade entre 11 e 17 anos ou mais, sendo a maioria de 13 a 15 anos. Foram analisadas as seguintes variáveis relativas ao seu comportamento sexual: ocorrência de relação sexual, características do comportamento sexual e orientações sobre prevenção recebidas na escola. Estas variáveis foram analisadas de acordo com o sexo do escolar e a natureza administrativa da escola, se pública ou privada.
O comportamento sexual do adolescente foi obtido a partir da questão "Você já teve relação sexual (transou) alguma vez?", com as categorias de respostas "Sim" e "Não". Foram também investigadas as variáveis relação sexual nos últimos 12 meses, idade da primeira relação sexual, com quantas pessoas teve relação sexual, se na última relação usou método para evitar gravidez, se usou preservativo, se recebeu orientação na escola sobre prevenção de gravidez, AIDS ou outras DST, ou sobre como conseguir preservativo.
Inicialmente foram calculadas as frequências (porcentagem e respectivos intervalos de confiança de 95%) das variáveis. Para a análise das associações entre cada uma das variáveis relacionadas ao comportamento sexual e as variáveis sexo e tipo de escola, foi utilizado o teste do χ2 com correção de Rao-Scott. Como se trata de amostra por conglomerados, em todas as análises foi considerado o efeito do desenho amostral para amostras complexas, utilizando-se pesos amostrais calculados no módulo Complex Samples do programa estatístico SPSS, versão 17.0. O peso amostral representa a probabilidade de cada escolar participar da amostra, segundo a escola que ele frequentava2020. Szwarcwald CL, Damacena GN. Amostras complexas em inquéritos populacionais: planejamento e implicações na análise estatística dos dados. Rev Bras Epidemiol 2008; 11(Suppl 1): 38-45. .
O projeto da PeNSE foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP, através do Parecer de Emenda nº 005 de 10 de junho de 2009, sendo registrado sob o nº 11.537.
RESULTADOS
Dos 3.099 respondentes, aproximadamente a metade era do sexo feminino (51,6%). Quanto à cor da pele/raça autorrelatada, menos da metade eram pardos (41,1%), 39,0% eram brancos, 10% eram pretos, 5,3% eram orientais e 3,9% eram indígenas. Quase a metade dos participantes estava na faixa etária de 14 anos (49,8%), enquanto 29,7% tinham 13 anos ou menos e 20,4% tinham 15 anos ou mais. Mais da metade dos estudantes (66,1%) era de escola pública.
A prevalência de relação sexual alguma vez na vida foi de 26,5%, e, nos últimos 12 meses, foi de 18,5% (Tabela 1). Mais da metade dos adolescentes que tiveram relação sexual alguma vez na vida iniciaram com 13 anos ou menos (63,2%). O número de parceiros variou de 1 a 6, sendo um único parceiro a categoria mais frequente (41,9%). A maioria dos adolescentes afirmaram que utilizaram algum método para evitar a gravidez na última relação (71,9%) e usaram preservativo na última relação (75,9%). A grande maioria relatou também ter recebido orientação sobre saúde sexual na escola em relação à prevenção de gravidez (82,1%), AIDS e outras DST (89,6%), e sobre como conseguir preservativo (70,1%).
A prevalência de relação sexual alguma vez na vida e nos últimos doze meses foi maior em escolares do sexo masculino que no sexo feminino, e entre os estudantes de escola pública em comparação com aqueles que estudavam em escolas privadas (p < 0,001). A idade da primeira relação foi mais precoce e o número de parceiros foi mais elevado entre os estudantes do sexo masculino do que do feminino (p < 0,001), e não houve diferença estatística entre o tipo de escola e o sexo quando comparado ao uso de algum método preventivo na última relação (Tabelas 2 e 3).
O relato de orientação sobre prevenção de gravidez recebida na escola foi mais frequente entre adolescentes do sexo feminino e em escolas públicas (p < 0,05). Informações sobre prevenção da gravidez e sobre AIDS e outras DST foram mais frequentes nas escolas privadas (p < 0,05). Não houve diferenças entre os grupos quanto à orientação sobre como adquirir preservativo (Tabela 4).
DISCUSSÃO
Este estudo foi o primeiro a avaliar a prevalência de relação sexual e sua associação com o sexo dos estudantes e o tipo de escola no município de Goiânia. Dentre os seus aspectos relevantes, destaca-se a utilização de uma base de dados de pesquisa nacional, com metodologia bem fundamentada e amostra representativa das capitais brasileiras1414. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Rio de Janeiro: IBGE; 2009..
As características da amostra são também importantes por contemplarem tanto o sexo feminino quanto o masculino em suas proporções reais, pois até na Conferência do Cairo2121. Organização das Nações Unidas. Programme of Action of the United Nations International Conference on population & Development. Cairo: ONU; 1994. Disponível em: http://www.iisd.ca/Cairo/program/p01000.html (Acessado em 6 de dezembro de 2011).
http://www.iisd.ca/Cairo/program/p01000.... , os meninos não tinham a atenção necessária do ponto de vista de pesquisa, avaliação e ações.
A prevalência de relação sexual alguma vez na vida entre os escolares de Goiânia (26,5%) foi inferior àquela observada na amostra nacional da PeNSE (30,5%)44. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56.. Estudos realizados em adolescentes nas escolas ou em domicílios de outros municípios brasileiros mostraram prevalências mais altas, mas as amostras apresentavam indivíduos mais velhos1010. Silva CB, Gama CS, Souza DT, Paula LP, Mucenic M, Foppa M. Iniciação sexual em estudantes secundaristas de Porto Alegre, RS, 1990. Rev AMRIGS 1993; 37(2): 88-92.
11. Carlini-Cotrim B, Gazal-Carvalho C, Gouveia N. Comportamento de saúde entre jovens estudantes das redes pública e privada da área metropolitana do Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública 2000; 34(6): 636-45.-1212. Nascimento LCS, Lopes CM. Atividade sexual e doenças sexualmente transmissíveis em escolares do 2º grau de Rio Branco-Acre, Brasil. Rev Latino-am Enfermagem 2000; 8(1): 107-13.,2222. Borges ALV, Latorre MRDO, Schor N. Fatores associados ao início da vida sexual de adolescentes matriculados em uma unidade de saúde da família da zona leste do Município de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública 2007; 23(7): 1583-94.
23. Cruzeiro ALS, Souza LDM, Silva RA, Pinheiro RT, Rocha CLA, Horta BL. Comportamento sexual de risco: fatores associados ao número de parceiros sexuais e ao uso de preservativo em adolescentes. Ciênc Saúde Coletiva 2010; 15(Suppl. 1): 1149-58.-2424. Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Aguiar Junior W, Oliveira JR. Aspectos da sexualidade na adolescência. Ciênc Saúde Coletiva 2011; 16(7): 3221-28..
Quanto à distribuição por sexo, foi mais elevada entre os meninos, coincidindo com os dados nacionais da PeNSE 200944. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56. e de pesquisas realizadas em outras localidades1010. Silva CB, Gama CS, Souza DT, Paula LP, Mucenic M, Foppa M. Iniciação sexual em estudantes secundaristas de Porto Alegre, RS, 1990. Rev AMRIGS 1993; 37(2): 88-92.
11. Carlini-Cotrim B, Gazal-Carvalho C, Gouveia N. Comportamento de saúde entre jovens estudantes das redes pública e privada da área metropolitana do Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública 2000; 34(6): 636-45.
12. Nascimento LCS, Lopes CM. Atividade sexual e doenças sexualmente transmissíveis em escolares do 2º grau de Rio Branco-Acre, Brasil. Rev Latino-am Enfermagem 2000; 8(1): 107-13.-1313. Martins LBM, Costa-Paiva LHS, Osis MJD, Souza MH, Pinto-Neto AM, Tadini V. Fatores associados ao uso de preservativo masculino e ao conhecimento sobre DST/AIDS em adolescentes de escolas públicas e privadas do Município de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública 2006; 22(2): 315-23.,2222. Borges ALV, Latorre MRDO, Schor N. Fatores associados ao início da vida sexual de adolescentes matriculados em uma unidade de saúde da família da zona leste do Município de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública 2007; 23(7): 1583-94.
23. Cruzeiro ALS, Souza LDM, Silva RA, Pinheiro RT, Rocha CLA, Horta BL. Comportamento sexual de risco: fatores associados ao número de parceiros sexuais e ao uso de preservativo em adolescentes. Ciênc Saúde Coletiva 2010; 15(Suppl. 1): 1149-58.-2424. Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Aguiar Junior W, Oliveira JR. Aspectos da sexualidade na adolescência. Ciênc Saúde Coletiva 2011; 16(7): 3221-28.. Nos Estados Unidos, o Sistema de Vigilância de Risco e Comportamento da Juventude, avaliando estudantes que corresponderiam no Brasil aos estudantes do 9° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio em 2009, não encontrou diferença entre meninos e meninas quanto ao relato de relação sexual2525. Centers for Disease Control and Prevention. Trends in the Prevalence of Sexual Behaviors. National YRBS: 19912009. Atlanta: CDC; 2009. Disponível em: http://www.cdc.gov/healthyyouth/yrbs/pdf/us_sexual_trend_yrbs.pdf (Acessado em 1 de fevereiro de 2012).
http://www.cdc.gov/healthyyouth/yrbs/pdf... . Os resultados diferentes podem ser devido aos fatores culturais e à idade, pois no estudo americano, a amostra incluiu indivíduos mais velhos.
Os resultados em relação ao tipo de escola mostraram que nas instituições públicas a prevalência de relação sexual alguma vez na vida foi mais alta do que nas instituições privadas. Estudo anterior realizado em estudantes de 15 a 18 anos na área metropolitana de São Paulo confirma este achado1111. Carlini-Cotrim B, Gazal-Carvalho C, Gouveia N. Comportamento de saúde entre jovens estudantes das redes pública e privada da área metropolitana do Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública 2000; 34(6): 636-45.. Da mesma forma, na amostra nacional da PeNSE, os alunos de escola pública tiveram maior frequência de relação sexual (30,4%) do que os de escola privada (18,8%)44. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56.. Malta et al.44. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56. consideraram que a maior prevalência nas escolas públicas poderia ser explicada pela diferença etária, já que nestas os estudantes do nono ano são mais velhos que os estudantes das escolas privadas, e alunos mais velhos apresentam maior prevalência de iniciação sexual.
O percentual de adolescentes que tiveram entre quatro e seis parceiros (21%) foi o mesmo encontrado nos dados nacionais da PeNSE44. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56.. O número elevado de parceiros constitui motivo de preocupação no campo da saúde, pois pode aumentar o risco de transmissão de HIV e outras DST. Assim, estratégias educativas são necessárias para a redução da vulnerabilidade dos adolescentes, respeitando suas escolhas. A criação do Programa Saúde na Escola (PSE) pelo Governo Federal em 20072626. Ministério da Saúde. Decreto no 6286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola-PSE. Brasília: Ministério da Saúde; 2007.constitui um exemplo de iniciativa que inclui a abordagem da saúde sexual e reprodutiva no contexto das escolas do país e que pode ter impacto positivo nesta questão.
A idade é um fator importante a ser considerado, pois caso se saiba da probabilidade de início da vida sexual nesta época, ações educacionais e preventivas podem ser aplicadas antes da primeira relação sexual. Vieira et al.1717. Vieira AS, Guimarães EMB, Barbosa MA, Turchi MD, Alves MFC, Seixas MSC. Fatores associados ao uso do preservativo em adolescentes do gênero feminino no município de Goiânia. DST - J Bras Doenças Sex Transm 2004; 16(3): 77-83., estudando adolescentes do sexo feminino sexualmente ativas, com idade entre 15 e 19 anos, residentes em um distrito sanitário de Goiânia, encontraram que mais da metade teve a primeira relação sexual com idade igual ou menor a quinze anos. Segundo estudo realizado pelo Ministério da Saúde, a frequência das mulheres que iniciaram a relação antes dos 14 anos passou de 13,6% a 32,3% no período de 1984 a 1998, tendo mais que dobrado2727. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional DST/AIDS. Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Pesquisa sobre comportamento sexual da população brasileira e percepções sobre HIV/AIDS. Brasília: Ministério da Saúde; 2000.. Observamos em nosso estudo que a maioria dos adolescentes teve a primeira relação aos 13 anos ou menos (63,2%), sendo este percentual maior que o encontrado a nível nacional (47,1%)44. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56.. Iniciação em idades mais jovens tem sido relatada também em outros estudos1010. Silva CB, Gama CS, Souza DT, Paula LP, Mucenic M, Foppa M. Iniciação sexual em estudantes secundaristas de Porto Alegre, RS, 1990. Rev AMRIGS 1993; 37(2): 88-92.,1212. Nascimento LCS, Lopes CM. Atividade sexual e doenças sexualmente transmissíveis em escolares do 2º grau de Rio Branco-Acre, Brasil. Rev Latino-am Enfermagem 2000; 8(1): 107-13.,2424. Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Aguiar Junior W, Oliveira JR. Aspectos da sexualidade na adolescência. Ciênc Saúde Coletiva 2011; 16(7): 3221-28.,2828. Borges ALV, Schor N. Início da vida sexual na adolescência e relações de gênero: um estudo transversal em São Paulo, Brasil, 2002. Cad Saúde Pública 2005; 21(2): 499-507..Na maioria das vezes, o início da relação sexual dos meninos ocorre antes das meninas1010. Silva CB, Gama CS, Souza DT, Paula LP, Mucenic M, Foppa M. Iniciação sexual em estudantes secundaristas de Porto Alegre, RS, 1990. Rev AMRIGS 1993; 37(2): 88-92.,1212. Nascimento LCS, Lopes CM. Atividade sexual e doenças sexualmente transmissíveis em escolares do 2º grau de Rio Branco-Acre, Brasil. Rev Latino-am Enfermagem 2000; 8(1): 107-13.,2424. Brêtas JRS, Ohara CVS, Jardim DP, Aguiar Junior W, Oliveira JR. Aspectos da sexualidade na adolescência. Ciênc Saúde Coletiva 2011; 16(7): 3221-28.,2929. Upchurch DM, Levy-Storms L, Sucoff CA, Aneshensel CS. Gender and ethnics differences in the timing of first sexual intercourse. Fam Plann Perspect 1998; 30(3): 121-7..
Chama a atenção no presente estudo a alta prevalência de relatos de uso de preservativo masculino e de recebimento de orientação escolar sobre questões relacionadas à saúde sexual. Este resultado está de acordo com aquele verificado na amostra nacional da PeNSE44. Malta DC, Silva MAI, Mello FCM, Monteiro RA, Porto DL, Sardinha LMV et al. Saúde sexual dos adolescentes segundo a Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 147-56.. Contudo, em outra investigação realizada pelo Ministério da Saúde em 2009, a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira, apenas 33,6% dos indivíduos do sexo feminino e 57,4% do sexo masculino entre 15 e 24 anos usaram preservativos em todas as relações3030. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites virais. Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.. Em estudo anterior, realizado no município de Goiânia, o uso inconsistente do preservativo (às vezes, raramente e nunca) totalizou 79,5% dos casos entre adolescentes do sexo feminino1717. Vieira AS, Guimarães EMB, Barbosa MA, Turchi MD, Alves MFC, Seixas MSC. Fatores associados ao uso do preservativo em adolescentes do gênero feminino no município de Goiânia. DST - J Bras Doenças Sex Transm 2004; 16(3): 77-83.. Além disso, em um município da Região Sudeste3131. Moura LR, Lamounier JR, Guimarães PR, Duarte JM, Beling MTC, Pinto JA, et al. A lacuna entre o conhecimento sobre HIV/AIDS e o comportamento sexual: uma investigação com adolescentes de Vespasiano, Minas Gerais, Brasil. Cad Saúde Pública 2013; 29(5): 1008-18., foi observada uma lacuna entre o conhecimento e o uso de contraceptivos, pois as adolescentes, apesar de conhecê-los, não os utilizavam.
Quanto às orientações sobre prevenção da gravidez e das DST/AIDS, chama a atenção o fato de terem sido menos frequentes nas instituições públicas, pois sabe-se que geralmente atendem escolares oriundos de estratos socioeconômicos mais baixos e, portanto, mais vulneráveis a fatores de risco à saúde. Resultados similares foram observados na amostra nacional da PeNSE em relação à DST/AIDS, enquanto que a orientação sobre aquisição de preservativo foi mais comum nas escolas públicas1515. Malta DC, Sardinha LMV, Brito I, Gomes MRO, Rabelo M, Morais Neto OL, Penna GO. Orientações de saúde reprodutiva recebidas na escola - uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, 2009. Epidemiol Serv Saúde 2011; 20(4): 481-90.. Nestas, são geralmente desenvolvidos programas públicos de saúde, especialmente aqueles voltados para a prevenção das DST, que podem contribuir para um maior nível de informação entre os estudantes e resultar em práticas mais seguras, apesar de não reduzirem necessariamente a frequência das relações sexuais. Contudo, estas medidas não parecem ter sido suficientes para a superação das desigualdades existentes.
Algumas considerações devem ser feitas quanto à amostra, pois ela se limita aos estudantes com frequência regular na escola, excluindo os adolescentes fora do sistema educacional regular e aqueles em situação de rua. Contudo, esta situação é geralmente encontrada em indivíduos de 15 a 17 anos, que tiveram menor representatividade na amostra da PeNSE. Além disso, a cobertura do sistema de ensino, quando considerados adolescentes mais jovens (entre 10 e 14 anos), foi alta em 20073232. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2009., o que serviu de base para o cálculo amostral da pesquisa. Também não estão contemplados nesta amostra os estudantes dos cursos noturnos. Estes podem diferir daqueles do turno diurno, pois frequentemente são estudantes de situação econômica inferior, com objetivos diferentes, inseridos no mercado de trabalho, com maior taxa de abandono das escolas e muitas vezes com educação de pior qualidade3333. Togni AC, Carvalho MJS. A escola noturna de ensino médio no Brasil. Rev Iberoamericana de Educación 2007; 44: 61-76..
CONCLUSÃO
Conclui-se que o comportamento sexual dos adolescentes escolares de Goiânia em 2009 foi associado ao sexo e ao tipo de escolas que frequentavam, sendo a prevalência de relação sexual mais elevada em meninos e em escolas públicas. Estes resultados podem contribuir para o planejamento e avaliação das ações no campo da saúde sexual voltados para este grupo populacional. Analisando o comportamento sexual e os fatores associados, os pais, educadores e profissionais da saúde têm, portanto, informações para identificar os adolescentes escolares com maior chance de iniciar ou ter iniciado vida sexual e promover ações de promoção da saúde sexual para que, nesta fase de profundas mudanças na vida dos escolares, os riscos deste comportamento sejam minimizados. A orientação sexual instituída precocemente tem o potencial de minimizar as intercorrências que podem comprometer a saúde sexual e reprodutiva do adolescente. Merecem atenção especial os estudantes adolescentes do sexo masculino, por terem iniciação sexual mais frequente, precoce e maior número de parceiros. As escolas públicas devem expandir e fortalecer suas ações de educação em saúde com enfoque no comportamento sexual. De modo geral, a orientação sexual nas escolas tem o potencial de contribuir para o bem-estar dos jovens na vivência de sua sexualidade atual e futura.
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- Fonte de financiamento: nenhuma.
Datas de Publicação
- Publicação nesta coleção
2014
Histórico
- Recebido
18 Jan 2014 - Revisado
20 Mar 2014 - Aceito
24 Mar 2014