Cadernos de Saúde Pública, Volume: 38, Número: 8, Publicado: 2022
  • Diferenças de gênero no uso de estratégias de combate à insegurança alimentar na Colômbia Article

    Sanchez-Céspedes, Lina María; Suárez-Higuera, Eliana Lorena; Soto-Rojas, Victoria Eugenia; Rosas-Vargas, Lina Johanna; Castillo-Matamoros, Sara Eloísa Del

    Resumo em Português:

    Este estudo explora as diferenças no uso de estratégias de combate para superar a insegurança alimentar em domicílios urbanos e rurais da Colômbia, cujas famílias são chefiadas por mulheres e homens. Este estudo utilizou a Pesquisa Nacional da Situação Nutricional da Colômbia (ENSIN 2015). Três tipos de modelos foram estimados: regressão logística ordinal, logística e equação simultânea. Domicílios rurais apresentam maior prevalência de insegurança alimentar do que os urbanos. No entanto, após controlar as características - por exemplo, a escolaridade dos chefes de família -, os domicílios urbanos são mais propensos a sofrer insegurança alimentar severa e moderada, ao passo que os domicílios rurais são mais propensos a insegurança alimentar leve. Esse resultado foi explicado pelo consumo de produção própria e algumas estratégias de enfrentamento, como a venda de sementes da próxima safra ou animais, que podem ser implementadas por famílias rurais. Descobrimos que as famílias chefiadas por mulheres são mais propensas a usar estratégias de enfrentamento do que as famílias chefiadas por homens. Como resultado, embora as famílias chefiadas por mulheres tenham, em média, níveis de insegurança alimentar mais elevados do que as chefiadas por homens, o uso de estratégias de enfrentamento por mulheres, especialmente nas áreas rurais, reduz e pode até cancelar essa lacuna. Concluímos, então, que chefes mulheres são mais bem sucedidas em mitigar a insegurança alimentar.

    Resumo em Espanhol:

    El objetivo del estudio fue explorar las diferencias en el uso de estrategias de afrontamiento para superar la inseguridad alimentaria en los hogares colombianos entre los hogares encabezados por mujeres y los encabezados por hombres, tanto en zonas urbanas como rurales. Este estudio utilizó la Encuesta Nacional de Situación Nutricional (ENSIN 2015). Para lograr nuestro objetivo, estimamos tres tipos de modelos: modelos de regresión logística ordinal, modelos logísticos y modelos de ecuaciones simultáneas. Encontramos que los hogares rurales tienen una mayor prevalencia de inseguridad alimentaria que los urbanos; sin embargo, después de controlar por las características del hogar, por ejemplo, el nivel educativo de su jefe, los hogares urbanos tienen más probabilidades de presentar inseguridad alimentaria severa y moderada, mientras que los hogares rurales tienen más probabilidades de experimentar inseguridad alimentaria leve. Este resultado se explica por el autoconsumo y algunas estrategias de afrontamiento, como la venta de semillas de la próxima cosecha o de animales, que los hogares rurales pueden poner en práctica. Hemos observado que los hogares encabezados por mujeres son más propensos a utilizar estrategias de afrontamiento que los hogares encabezados por hombres. En consecuencia, aunque los hogares encabezados por mujeres tienen en promedio niveles más altos de inseguridad alimentaria que los encabezados por hombres, el uso de estrategias de afrontamiento por parte de las mujeres cabeza de familia, especialmente en las zonas rurales, reduce e incluso puede anular esta diferencia. Por lo tanto, concluimos que las mujeres cabeza de familia tienen más éxito a la hora de mitigar la inseguridad alimentaria.

    Resumo em Inglês:

    This study explores the gender differences in the use of coping strategies to reduce food insecurity in Colombian urban and rural households. Data was collected from the Colombian National Survey of Nutritional Status (ENSIN 2015), and analyzed using ordinal logistic regression models, logistic models, and simultaneous equation models. Results show that rural households have a higher prevalence of food insecurity than their urban counterparts. After adjusting for household characteristics - e.g., head of household schooling level -, urban households were more likely to present severe and moderate food insecurity, whereas rural households were more likely to experience mild food insecurity. This result was explained by self-consumption and certain coping strategies, such as selling seeds from the next harvest or animals, implemented by rural households. Even though female-headed households present on average higher levels of food insecurity than male-headed ones, because they are more likely to use coping strategies, especially in rural areas, they can reduce and even cancel out this gap. Hence, female heads are more successful in mitigating food insecurity.
  • Declínio no crescimento do perímetro cefálico e fatores associados à síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika Article

    Takahasi, Eliana Harumi Morioka; Alves, Maria Teresa Seabra Soares de Britto e; Ribeiro, Marizélia Rodrigues Costa; Santos, Alcione Miranda dos; Campos, Marcos Adriano Garcia; Simões, Vanda Maria Ferreira; Amaral, Gláucio Andrade; Sousa, Patrícia da Silva; Miranda-Filho, Demócrito de Barros; Silva, Antônio Augusto Moura da

    Resumo em Português:

    Pouco se sabe sobre a evolução do perímetro cefálico (PC) em crianças com síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) em acompanhamentos contínuos. Este estudo buscou avaliar o crescimento do PC em crianças com SCZ nos primeiros três anos de suas vidas e identificar os fatores associados a ele. Os dados do PC ao nascimento e obtidos em consultas neuropediátricas de 74 crianças com SCZ foram coletados no Cartão da Criança, nos laudos paternos e em seus prontuários. Os preditores de escore-z para PC foram investigados utilizando-se diferentes modelos de efeitos mistos. O critério de informação de Akaike foi utilizado para selecionar os modelos usados. O escore-z de PC diminuiu de -2,7 ± 1,6 ao nascimento para -5,5 ± 2,2 aos 3 meses de idade, mas permaneceu relativamente estável desde então. No modelo ajustado selecionado, a presença de atrofia parênquimal cerebral grave e sintomas maternos de infecção no primeiro trimestre de sua gravidez estiveram associados a uma redução mais acentuada no escore-z de PC nos primeiros três anos de vida dos participantes. A diminuição do escore-z de PC em crianças com SCZ nos primeiros 3 meses de sua vida monstra o potencial reduzido de crescimento e desenvolvimento do sistema nervoso central dessas crianças. O prognóstico de crescimento do perímetro cefálico nos primeiros 3 anos de vida é pior quando a infecção materna ocorreu no primeiro trimestre gestacional e em crianças que tiveram atrofia parênquimal grave.

    Resumo em Espanhol:

    Se conoce poco sobre la evolución del perímetro cefálico (PC) en niños con síndrome de Zika congénito (SZC) en los seguimientos continuos. El objetivo del estudio fue evaluar el crecimiento del PC en niños con SZC en los primeros 3 años de vida e identificar los factores asociados. Se recogieron datos del PC al nacimiento y obtenidos en las consultas de neuropediatría de 74 niños con SZC a partir de la Tarjeta del Niño, los informes de los padres y los registros médicos. Se investigaron los predictores de la puntuación Z del PC mediante diferentes modelos de efectos mixtos; se utilizó el criterio de información de Akaike para la selección del modelo. La puntuación Z del PC disminuyó de -2,7 ± 1,6 al nacer a -5,5 ± 2,2 a los 3 meses de edad, pero a partir de entonces se mantuvo relativamente estable. En el modelo ajustado seleccionado, la presencia de atrofia grave del parénquima cerebral y los síntomas maternos de infección en el primer trimestre del embarazo se asociaron con una reducción más pronunciada de la puntuación Z del PC en los primeros 3 años de vida. La disminución de la puntuación Z del PC en los niños con SZC durante los primeros 3 meses demuestra el menor potencial de crecimiento y desarrollo del sistema nervioso central de estos niños. El pronóstico del crecimiento de la cabeza en los primeros 3 años de vida es peor cuando la infección materna se produjo en el primer trimestre gestacional y en los niños que tenían una atrofia grave del parénquima cerebral.

    Resumo em Inglês:

    Little is known about the evolution of head circumference (HC) in children with congenital Zika syndrome (CZS). This study aims to evaluate HC growth in children with CZS in the first three years of life and identify associated factors. HC data obtained at birth and in neuropediatric consultations from 74 children with CZS were collected from the Child’s Health Handbook, parents’ reports, and medical records. Predictors of HC z-score were investigated using different mixed-effects models; Akaike’s information criterion was used for model selection. The HC z-score decreased from -2.7 ± 1.6 at birth to -5.5 ± 2.2 at 3 months of age, remaining relatively stable thereafter. In the selected adjusted model, the presence of severe brain parenchymal atrophy and maternal symptoms of infection in the first trimester of pregnancy were associated with a more pronounced reduction in the HC z-score in the first three years of life. The decrease of HC z-score in CZS children over the first three months demonstrated a reduced potential for growth and development of the central nervous system of these children. The prognosis of head growth in the first 3 years of life is worse when maternal infection occurs in the first gestational trimester and in children who have severe brain parenchymal atrophy.
  • Saúde cardiovascular ideal na ELSA-Brasil: efeitos não-aditivos de gênero, raça e escolaridade através do uso de interações aditivas e multiplicativas Article

    Freitas, Roberta Souza; Santos, Itamar de Souza; Matos, Sheila Maria Alvim de; Aquino, Estela Maria Leão de; Amorim, Leila Denise Alves Ferreira

    Resumo em Português:

    Este estudo visa avaliar a não-aditividade dos efeitos de gênero, raça e escolaridade na saúde cardiovascular ideal entre os participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA-Brasil. Trata-se de um estudo transversal utilizando dados da linha de base do ELSA-Brasil, realizado entre 2008-2010. A Associação Americana do Coração definiu a pontuação de saúde cardiovascular ideal (ICH) como a soma dos indicadores da presença de sete fatores e comportamentos favoráveis à saúde: não fumante, índice de massa corporal ideal, atividade física e dieta saudável, níveis adequados de colesterol total, pressão arterial normal e ausência de diabetes mellitus. Interações multiplicativas e aditivas entre gênero, raça e escolaridade foram avaliadas usando o modelo de Poisson, como uma abordagem para discutir a interseccionalidade. A pontuação média de saúde cardiovascular foi de 2,49 (DP = 1,31). Este estudo encontrou uma interação positiva entre gênero e escolaridade (mulheres com Ensino Médio e Superior), tanto na escala aditiva quanto na escala multiplicativa, para a pontuação de saúde cardiovascular ideal. Houve tendência para maiores valores médios de saúde cardiovascular com o aumento da escolaridade, com diferença acentuada entre as mulheres. As pontuações mais baixas de saúde cardiovascular observadas reforçam a importância de compreender-se as experiências psicossociais que influenciam as atitudes em relação aos serviços de saúde, ao acesso à saúde e às escolhas de estilo de vida saudável, que afetam a ICH, para reduzir as desigualdades em saúde e propor políticas públicas mais adequadas como uma estratégia de assistência e prevenção das doenças cardiovasculares.

    Resumo em Espanhol:

    Este estudio tiene como objetivo evaluar los efectos no aditivos de género, raza y educación en la salud cardiovascular ideal entre los participantes del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto -ELSA-Brasil. Se trata de un estudio transversal realizado a partir de datos de línea de base de ELSA-Brasil entre 2008-2010. La Asociación Americana del Corazón definió el puntaje ideal de salud cardiovascular (ICH) como la suma de indicadores de la presencia de siete factores y comportamientos favorables a la salud: no fumador, índice de masa corporal ideal, actividad física y alimentación saludable, niveles adecuados de colesterol total, presión arterial normal y ausencia de diabetes mellitus. Las interacciones multiplicativas y aditivas entre género, raza y educación se evaluaron utilizando el modelo de Poisson como un enfoque para discutir la interseccionalidad. La puntuación media de salud cardiovascular fue de 2,49 (DE = 1,31). Este estudio encontró una interacción positiva entre el género y la educación (mujeres con educación secundaria y universitaria), tanto en la escala aditiva como en la escala multiplicativa, para puntajes ideales de salud cardiovascular. Hubo una tendencia a valores medios más altos de salud cardiovascular conforme aumenta el nivel de educación, con una marcada diferencia entre las mujeres. Los puntajes más bajos de salud cardiovascular refuerzan la importancia de comprender las experiencias psicosociales que influyen en las actitudes hacia la salud, el acceso a la salud y la elección de un estilo de vida saludable, que inciden en el ICH, para reducir las desigualdades en salud y proponer políticas públicas más adecuadas como estrategia de asistencia y prevención de enfermedades cardiovasculares.

    Resumo em Inglês:

    This study aims to assess the non-additivity effects of gender, race, and schooling on ideal cardiovascular health among participants of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health - ELSA-Brasil. This is a cross-sectional study using data from the baseline of ELSA-Brasil, conducted from 2008 to 2010. The American Heart Association defined a score of ideal cardiovascular health (ICH) as the sum of indicators for the presence of seven favorable health factors and behaviors: non-smoking, ideal body mass index, physical activity and healthy diet, adequate levels of total cholesterol, normal blood pressure, and absence of diabetes mellitus. Multiplicative and additive interactions between gender, race, and schooling were assessed using the Poisson regression model to discuss intersectionality. The mean cardiovascular health score was 2.49 (SD = 1.31). This study showed a positive interaction between gender and schooling (women with high school and higher education) in both additive and multiplicative scales for the score of ideal cardiovascular health. We observed a trend towards higher mean values of cardiovascular health for increased schooling, with a marked difference among women. The lowest cardiovascular health scores observed reinforce the importance of understanding the psychosocial experiences that influence health attitudes, access to health care, and healthy lifestyle choices, which affect ICH, to reduce inequities in health and propose more adequate public policies that assist and prevent cardiovascular diseases.
  • Vulnerabilidade à COVID-19 entre as minorias sexuais e de gênero no Brasil: um estudo transversal Article

    Macedo Neto, Avelar Oliveira; Silva, Samuel Araujo Gomes da; Gonçalves, Gabriela Persio; Torres, Juliana Lustosa

    Resumo em Português:

    Grupos minoritários são mais propensos a fortalecer suas vulnerabilidades pessoais e sociais, aumentando a vulnerabilidade à COVID-19 durante a pandemia. Este estudo objetivou identificar fatores associados à maior vulnerabilidade à COVID-19 entre as minorias sexuais e de gênero no Brasil. Trata-se de um estudo transversal realizado com 826 entrevistados do Inquérito Nacional de Saúde LGBT+, realizado online de agosto a novembro de 2020. A vulnerabilidade à COVID-19 pautou-se em um índice de vulnerabilidade anterior criado por uma instituição LGBT+, compreendendo três dimensões (renda, exposição à COVID-19, e saúde). O resultado foi o quartil de maior pontuação. A análise estatística foi baseada em modelos de regressão logística. Vulnerabilidade à COVID-19 foi maior em heterossexuais e outras sexualidades menores (OR = 2,34; IC95%: 1,01-9,20, vs. homossexual), homens cisgênero (OR = 3,52; IC95%: 1,35-4,44, vs. mulheres cisgênero), e aqueles com 50 anos ou mais (OR = 3,74; IC95%: 1,24-11,25, vs. 18-29 anos). Verificou-se associação negativa entre ter pós-graduação (OR = 0,06; IC95%: 0,02-0,22, vs. até o Ensino Médio), ter cor de pele branca (OR = 0,44; IC95%: 0,23-0,83) e usar máscara adequada (OR = 0,31; IC95%: 0,13-0,76). Exceto pelo uso adequado da máscara, fatores associados à maior vulnerabilidade à COVID-19 são determinantes estruturais e sugerem vulnerabilidades que se sobrepõem, como descrito pelo modelo sindêmico. Ele orienta estratégias para lidar com a pandemia, que engloba uma abordagem conjunta da epidemia comum que afeta as minorias sexuais e de gênero, ampliando a abordagem intersetorial para diminuir as desigualdades.

    Resumo em Espanhol:

    Los grupos minoritarios son los más propensos a intensificar sus vulnerabilidades individuales y sociales, lo que aumenta la vulnerabilidad al COVID-19 durante la pandemia. Este estudio tuvo como objetivo identificar los factores asociados con mayor vulnerabilidad al COVID-19 entre las minorías sexuales y de género en Brasil. Se trata de un estudio transversal, realizado con 826 personas que respondieron la Encuesta Brasileña sobre la Salud LGBT+, aplicada en línea entre agosto y noviembre de 2020. La vulnerabilidad al COVID-19 se basó en un índice de vulnerabilidad anterior creado por una institución LGBT+, el cual comprende tres dimensiones (renta, exposición al COVID-19 y salud). El resultado fue el cuartil de mayor puntuación. El análisis estadístico se basó en modelos de regresión logística. La vulnerabilidad al COVID-19 fue mayor en heterosexuales y otras sexualidades menores (OR = 2,34; IC95%: 1,01-9,20, vs. homosexual), hombres cisgénero (OR = 3,52; IC95%: 1,35-4,44, vs. mujeres cisgénero), y los de 50 años o más (OR = 3,74; IC95%: 1,24-11,25, vs. 18-29 años). Hubo una asociación negativa entre tener un título de posgrado (OR = 0,06; IC95%: 0,02-0,22, vs. hasta la secundaria), tener color de piel blanca (OR = 0,44; IC95%: 0,23-0,83) y usar mascarilla adecuadamente (OR = 0,31; IC95%: 0,13-0,76). Excepto por el uso adecuado de mascarilla, los factores asociados con una mayor vulnerabilidad al COVID-19 son determinantes estructurales y apuntan vulnerabilidades superpuestas, tal como lo describe el modelo sindémico. Este orienta estrategias para enfrentar la pandemia, que constan de un enfoque conjunto de la epidemia común que afecta a las minorías sexuales y de género, ampliando el enfoque intersectorial para reducir las desigualdades.

    Resumo em Inglês:

    Minority groups are more prone to worsen their personal and social vulnerabilities during the COVID-19 pandemic. This study aimed to identify factors associated with the highest COVID-19 vulnerability in the Brazilian sexual and gender minorities. This is a cross-sectional study based on 826 respondents of the Brazilian LGBT+ Health Survey, conducted online from August to November 2020. The COVID-19 vulnerability was based on a previous vulnerability index created by an LGBT+ institution, which comprises three dimensions (income, COVID-19 exposure, and health). The outcome was the highest score quartile. Statistical analysis was based on logistic regression models. The COVID-19 vulnerability was higher in heterosexual and other scarce sexual orientations (OR = 2.34; 95%CI: 1.01-9.20, vs. homosexual), cisgender men (OR = 3.52; 95%CI: 1.35-4.44, vs. cisgender women), and those aged ≥ 50 years (OR = 3.74; 95%CI: 1.24-11.25, vs. 18-29 years old). A negative association was found with complete graduate education (OR = 0.06; 95%CI: 0.02-0.22, vs. complete high school), being white (OR = 0.44; 95%CI: 0.23-0.83), and proper facemask use (OR = 0.31; 95%CI: 0.13-0.76). Except for proper facemask use, factors associated with higher COVID-19 vulnerability are structural determinate and suggest overlapping vulnerabilities, as described by the syndemic model. It guides strategies to deal with the pandemic, which includes a joint approach to the common epidemic that affects sexual and gender minorities, broadening the intersectoral approach to decrease inequalities.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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