• Prevalência e desigualdades no uso de métodos contraceptivos entre adolescentes e mulheres jovens: dados de uma coorte de nascimentos no Brasil Article

    Machado, Adriana Kramer Fiala; Gräf, Débora Dalmas; Höfs, Fabiane; Hellwig, Franciele; Barros, Karoline Sampaio; Moreira, Laísa Rodrigues; Crespo, Pedro Augusto; Silveira, Mariângela Freitas

    Resumo em Português:

    É necessário monitorar as tendências no uso de métodos contraceptivos e identificar os grupos com menor cobertura, a fim de orientar as políticas públicas e torná-las mais eficientes. Entretanto, no Brasil, são limitados os dados recentes sobre a cobertura dos métodos contraceptivos. O estudo buscou investigar a prevalência do uso de métodos contraceptivos e as desigualdades no uso durante a adolescência e início da vida adulta. Foram usados dados da coorte de nascimentos de Pelotas de 1993, Rio Grande do Sul, Brasil. Aos 15, 18 e 22 anos, respectivamente, 335, 1.458 e 1.711 mulheres informaram já terem iniciado a vida sexual e foram incluídas na análise. Foram obtidas as prevalências e intervalos de 95% de confiança para descrever os métodos contraceptivos mais utilizados. As desigualdades no uso de métodos contraceptivos modernos foram avaliadas de acordo com o índice de riqueza, atraso escolar e cor da pele. Em todos os seguimentos, mais de 80% das mulheres informavam usar pelo menos um método moderno. O uso de métodos de barreira diminuiu com a idade (prevalência de 36,3% aos 22 anos). Esse uso junto com outro método moderno era menos de 50% em todos os seguimentos. Foram observadas desigualdades no uso de métodos contraceptivos modernos, principalmente no uso de método de barreira junto com outro método moderno. Os achados podem contribuir para melhorar as políticas públicas em planejamento familiar.

    Resumo em Espanhol:

    Es necesario monitorizar las tendencias en el uso de métodos contraceptivos e identificar los grupos con menor cobertura, a fin de orientar las políticas públicas y hacerlas más eficientes. Sin embargo, en Brasil, son limitados los datos recientes sobre la cobertura de los métodos contraceptivos. El estudio buscó investigar la prevalencia del uso de métodos contraceptivos y las desigualdades en su uso, durante la adolescencia e inicio de la vida adulta. Se usaron datos de la cohorte de nacimientos de 1993 en Pelotas, Río Grande do Sul, Brasil. A los 15, 18 y 22 años, respectivamente, 335, 1.458 y 1.711 mujeres informaron ya haber iniciado la vida sexual y fueron incluidas en el análisis. Se obtuvieron las prevalencias e intervalos de 95% de confianza para describir los métodos contraceptivos más utilizados. Las desigualdades en el uso de métodos contraceptivos modernos fueron evaluadas de acuerdo con el índice de riqueza, atraso escolar y color de piel. En todos los seguimientos, más de un 80% de las mujeres informaban usar por lo menos un método moderno. El uso de métodos de barrera disminuía con la edad (prevalencia de 36,3% a los 22 años). Ese uso junto con otro método moderno era menos de un 50% en todos los seguimientos. Se observaron desigualdades en el uso de métodos contraceptivos modernos, principalmente en el uso del método de barrera junto a otro método moderno. Los hallazgos pueden contribuir a mejorar las políticas públicas en la planificación familiar.

    Resumo em Inglês:

    Monitoring trends of contraceptive use and identifying the groups with less coverage are needed to guide public policies and make them more efficient. But, in Brazil, recent data about these aspects are limited. This study aimed to investigate the prevalence of contraceptive use and its inequalities during adolescence and early adulthood. Data from the 1993 Pelotas birth cohort, Rio Grande do Sul State, Brazil, were used. At 15, 18 and 22 years, respectively, 335, 1,458 and 1,711 women reported having started their sexual lives and were included in analysis. Prevalence and 95% confidence intervals were obtained to describe the most used contraceptive methods. Inequalities in modern contraceptive use were evaluated according to wealth index, scholastic backwardness and ethnicity. In all follow-ups, more than 80% of women used at least one modern method. The use of barrier methods decreased with age; at 22 this prevalence was 36.3%. Such use concomitant with other modern methods was lower than 50% in all follow-ups. We observed inequalities in the use of modern contraceptive methods, mainly in barrier methods used with other modern methods. These findings may contribute and improve the public policies in family planning.
  • Condição socioeconômica e índice de massa corporal em modelos de curso de vida: coorte de nascimentos de 1993 de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil Article

    Vieira, Luna Strieder; Vaz, Juliana dos Santos; Wehrmeister, Fernando César; Ribeiro, Felipe Garcia; Motta, Janaína Vieira dos Santos; Silva, Helen Denise Gonçalves da; Assunção, Maria Cecília Formoso

    Resumo em Português:

    Resumo: O artigo busca avaliar a relação entre condição socioeconômica ao longo da vida e índice de massa corporal (IMC) aos 22 anos de idade, de acordo com as hipóteses geradas pelos modelos de acúmulo de riscos, período crítico e mobilidade social. Este é um estudo prospectivo de base populacional, na coorte de nascimentos de 1993 de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Os modelos de acúmulo de riscos, período crítico e mobilidade social foram testados em relação a um model saturado, e comparados através de um teste F parcial. Após escolher o melhor modelo, a análise de regressão linear foi realizada para determinar os coeficientes de regressão, brutos e ajustados, da associação entre a condição socioeconômica ao longo da vida e o IMC aos 22 anos. A amostra consistia em 3.292 indivíduos (53,3% mulheres). Foram identificados efeitos de dose-resposta em homens e mulheres, embora os efeitos fossem opostos. Entre os homens, um aumento na pontuação baixa no modelo de acúmulo de condição socioeconômica levou a um IMC médio mais baixo aos 22 anos de idade; enquanto isso, nas mulheres, um aumento na pontuação baixa no modelo de acúmulo de condição socioeconômica levou a um aumento no IMC aos 22 anos de idade.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: El objetivo de este artículo es evaluar la relación entre el estatus socioeconómico a lo largo del ciclo vital y el índice de masa corporal (IMC) con 22 años de edad, según las hipótesis generadas por riesgo de acumulación, período crítico y modelos de movilidad social. Se trata de un estudio prospectivo de base poblacional con la cohorte de nacimiento de 1993 en Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Se probaron tanto el riesgo de acumulación, como el período crítico y modelos de movilidad social, en relación con un modelo saturado y comparado mediante un F-test parcial. Tras haber elegido el mejor modelo, se llevó a cabo una regresión lineal para determinar los coeficientes de asociación crudos y ajustados entre estatus socioeconómico, a lo largo del ciclo vital, e IMC a los 22 años de edad. La muestra estuvo compuesta por 3.292 individuos (53,3% mujeres). Se encontraron efectos dosis-respuesta para ambos hombres y mujeres, a pesar de que los efectos fueron opuestos. Entre hombres, el aumento en la puntación del modelo de acumulación en el estatus socioeconómico bajo condujo a un promedio más bajo de IMC a los 22 años de edad, mientras que, entre mujeres, el aumento en la puntuación del modelo de acumulación en el estatus socioeconómico bajo provocó un incremento en el IMC a los 22 años de edad.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: This article aims to assess the relationship between an individual’s socioeconomic status over their life-course and their body mass index (BMI) at 22 years of age, according to the hypotheses generated by risk accumulation, critical period, and social mobility models. This was a population-based prospective study based on the Pelotas (Brazil) 1993 birth cohort. The risk accumulation, critical period, and social mobility models were tested in relation to a saturated model and compared with a partial F-test. After the best model was chosen, linear regression was carried out to determine the crude and adjusted regression coefficients of the association between socioeconomic status over the life-course and BMI at 22 years of age. The sample was comprised of 3,292 individuals (53.3% women). We found dose-response effect for both men and women, although the results were opposite. Among men, a lower score in socioeconomic status accumulation model led to a lower BMI average at 22 years of age; whereas among women, a lower score in socioeconomic status accumulation model caused an increase in BMI at 22 years of age.
  • Potencial nefropatia associada ao uso do remdesivir para COVID-19: análise de uma base de dados de farmacovigilância Article

    Silva, Nayara Aparecida de Oliveira; Zara, Ana Laura de Sene Amâncio; Figueras, Albert; Melo, Daniela Oliveira de

    Resumo em Português:

    Resumo: De acordo com a Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), a prescrição do remdesivir deve ser feita com cautela em pacientes com taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) < 30, sendo que diversos estudos relatam risco de eventos adversos renais. São limitados os dados disponíveis sobre o perfil de segurança renal do remdesivir. Assim, analisamos as reações adversas renais e urinárias atribuídas ao remdesivir e notificadas em um grande base de dados abertos de farmacovigilância. Obtivemos notificações sobre remdesivir e outros medicamentos usados para tratar a COVID-19 (tocilizumabe, hidroxicloroquina, lopinavir/ritonavir) registradas até 30 de setembro de 2020 do Sistema de Notificação de Eventos Adversos da FDA (FAERS). Analisamos as razões de chances de notificação (RORs) para notificações de eventos adversos renais e urinários referentes ao remdesivir e outros medicamentos. Encontramos 2.922 notificações sobre remdesivir registradas no FAERS para COVID-19. Entre esses casos, foram notificados 493 efeitos adversos renais e urinários (16,9%). Os eventos mais frequentes foram lesão renal aguda (338; 11,6%), comprometimento renal (86; 2,9%) e insuficiência renal (53; 1,8%). Comparado com a hidroxicloroquina, lopinavir/ritonavir ou tocilizumabe, o uso do remdesivir esteve associado com um aumento das chances de notificação de transtornos renais e urinários, independentemente do sexo e idade dos pacientes (2,53; IC95%: 2,10-3,06). A ROR permaneceu significativo quando limitamos a análise à hidroxicloroquina (4,31; IC95%: 3,25-5,71) ou ao tocilizumabe (3,92; IC95%: 2,51-6,12). Nossos resultados corroboram outros estudos e destacam a utilidade para profissionais da saúde que usam esse novo antiviral para tratar a COVID-19, sobretudo em função de sua baixa eficácia.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: La Agencia Americana de Control de Alimentos y Medicamentos (FDA) ha destacado que la prescripción de remdesivir debe ser prudente con pacientes con tasa de filtración glomerular estimada (TGFe) < 30; además, algunos estudios informaron del riesgo de reacciones adversas renales. La información disponible sobre el perfil de seguridad renal, en el caso del remdesivir, es limitada. Por ello, analizamos las reacciones adversas renales y urinarias atribuidas al remdesivir e notificadas en una extensa base de datos abierta de farmacovigilancia. Obtuvimos las notificaciones de remdesivir y otros medicamentos usados para tratar la COVID-19 (tocilizumab, hidroxicloroquina, lopinavir/ritonavir) registrados el 30 de septiembre de 2020 por el Sistema de Notificación de Eventos Adversos de la FDA (FAERS). Analizamos las odds ratios informadas (RORs) en el caso de informes de eventos adversos renales y urinarios adversos relacionados con el remdesivir y otros medicamentos. En el FAERS, encontramos 2.922 notificaciones de remdesivir registradas como medicament sospechoso usado en COVID-19. De estos, habían 493 con efectos renales y urinarios adversos (16,9%). Los efectos adversos más frecuentes fueron lesiones renales agudas (338; 11,6%), insuficiencia renal (86; 2,9%), y fallo renal (53; 1,8%). Frente a hidroxicloroquina, lopinavir/ritonavir, o tocilizumab, el uso de remdesivir se asoció con un riesgo mayor de notificar alteraciones renales y urinarios, independientemente del género y edad de los pacientes (2,53; IC95%: 2,10-3,06). La ROR permaneció significativo al restringir el análisis a la hidroxicloroquina (4,31; IC95%: 3,25-5,71) o tocilizumab (3,92; IC95%: 2,51-6,12). Nuestros resultados corroboran datos previos, algo que podría ser extremadamente útil para los profesionales de la salud que decidan usar este nuevo antiviral para tratar la COVID-19, sobre todo conociendo su baja eficacia.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: The U.S. Food and Drug Administration (FDA) has stated that the prescription of remdesivir should be cautious for patients with estimated glomerular filtration rate (eGFR) < 30 and some studies reported risk of adverse renal events. The available information on the renal safety profile for remdesivir is limited, thus we analyzed the renal and urinary adverse reactions attributed to remdesivir reported in a large open pharmacovigilance database. We obtained reports of remdesivir and other drugs used to treat COVID-19 (tocilizumab, hydroxychloroquine, lopinavir/ritonavir) registered by September 30 2020, from the U.S. Food and Drug Administration Adverse Event Reporting System (FAERS). We analyzed the reporting odds ratios (RORs) for reports of adverse renal and urinary events for remdesivir and other drugs. We found 2,922 reports with remdesivir registered in FAERS for COVID-19. Among these, 493 renal and urinary adverse effects (16.9%) were reported. The most frequent events were acute kidney injury (338; 11.6%), renal impairment (86; 2.9%), and renal failure (53; 1.8%). Versus hydroxychloroquine, lopinavir/ritonavir, or tocilizumab, the use of remdesivir was associated with an increased chance of reporting renal and urinary disorders regardless of gender and age of patients (2.53; 95%CI: 2.10-3.06). The ROR remained significant when we restricted the analysis to hydroxychloroquine (4.31; 95%CI: 3.25-5.71) or tocilizumab (3.92; 95%CI: 2.51-6.12). Our results reinforce this already reported signal, emphasizing that it could be extremely useful for health professionals who prescribe this new antiviral to treat COVID-19, mainly knowing its low efficacy.
  • Tendências temporais na incidência do câncer colorretal em quatro regiões da América Latina: 1983-2012 Article

    Carvalho, Thayana Calixto de; Borges, Anne Karin da Mota; Koifman, Rosalina Jorge; Silva, Ilce Ferreira da

    Resumo em Português:

    Resumo: O estudo teve como objetivo avaliar as tendências temporais na incidência do câncer colorretal entre 1983 e 2012 na América Latina. Este é um estudo ecológico de séries temporais com uma população de indivíduos com 20 anos ou mais, diagnosticados com câncer colorretal. Foram usados os dados dos registros de câncer de base populacional de Cáli (Colômbia), Costa Rica, Goiânia (Brasil) e Quito (Equador) para estimar taxas, enquanto as estimativas das tendências temporais foram realizadas com o software Joinpoint Regression Program. O estudo mostrou um aumento na incidência do câncer colorretal em homens e mulheres em Cáli (2,8% e 3,2%, respectivamente), Costa Rica (3,1% e 2,1%, respectivamente) e Quito (2,6% e 1,2%, respectivamente). Em Goiânia, somente as mulheres mostraram um aumento na incidência do câncer colorretal (3,3%). Para o câncer de cólon, houve uma tendência crescente na incidência em homens e mulheres em Cali (3,1% e 2,9%, respectivamente), Costa Rica (3,9% e 2,8%, respectivamente) e Quito (2,9% e 1,8%). Para o câncer retal, houve uma tendência crescente na incidência em homens e mulheres em Cali (2,5% e 2,6%, respectivamente), Costa Rica (2,2% e 1%, respectivamente) e Goiânia (5,5% e 4,6%, respectivamente), enquanto em Quito somente os homens mostraram tendência crescente (2,8%). O estudo encontrou aumentos no câncer colorretal, câncer de cólon e câncer retal em quatro regiões latino-americanas. Os achados refletem mudanças no estilo de vida, como mudanças de dieta, após a abertura econômica, e variações na prevalência de fatores de risco para câncer colorretal de acordo com gênero e entre as quatro regiões estudadas. Finalmente, as diferentes estratégias adotadas pelas regiões para o diagnóstico e triagem do câncer colorretal parecem influenciar a variação observada entre os sítios anatômicos.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: El objetivo fue evaluar las tendencias temporales en la incidencia del cáncer colorrectal, de 1983 a 2012, en Latinoamérica. Se trata de un estudio ecológico de series temporales, cuya población consistió en individuos con 20 años de edad, diagnosticados con cáncer colorrectal. Para las tasas de estimación se utilizaron los datos provenientes de los registros de cáncer de base poblacional en: Cali (Colombia), Costa Rica, Goiânia (Brasil), y Quito (Ecuador), mientras que las estimaciones en las tendencias temporales se obtuvieron mediante el software Joinpoint Regression Program. El estudio mostró un incremento en la incidencia de cáncer colorrectal en hombres y mujeres en Cali (2.8% y 3.2%, respectivamente), Costa Rica (3.1% y 2.1%, respectivamente), y Quito (2.6% y 1.2%, respectivamente). En Goiânia, solo las mujeres mostraron un incremento en las tasas de cáncer colorrectal (3.3%). Para el cáncer de colon, hubo una tendencia creciente en las tasas de incidencia en hombres y mujeres en Cali (3.1% y 2.9%, respectivamente), Costa Rica (3.9% y 2.8%, respectivamente), y Quito (2.9% y 1.8%). En el caso del cáner rectal, hubo una tendencia creciente en la incidencia en hombres y mujeres en Cali (2.5% y 2.6%, respectivamente), Costa Rica (2.2% y 1%, respectivamente), y Goiânia (5.5% y 4.6%, respectivamentre), mientras en Quito solo los hombres mostraron una tendencia creciente (2.8%). El estudio encontró incrementos en cáncer colorrectal, cáncer de colon, y cáncer rectal en cuatro regiones de Latinoamérica. Los resultados reflejan un estilo de vida con cambios en la dieta, que siguió a la apertura económica, así como variaciones en la prevalencia de los factores de riesgo de cancer colorrectal por sexos y entre las cuatro regiones estudiadas. Finalmente, las diferentes estrategias adoptadas por las regiones para el diagnóstico del cáncer colorrectal y su pruebas de cribado parece que influencian la variación observada entre los sitios anatómicos donde surge.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: This study aimed to assess time trends in colorectal cancer incidence from 1983 to 2012 in Latin America. This was an ecological time-series study whose population consisted of individuals aged 20 years or older diagnosed with colorectal cancer. Data from population-based cancer registries in Cali (Colombia), Costa Rica, Goiânia (Brazil), and Quito (Ecuador), were used for rates estimation, while time trends estimations were proceeded by the Joinpoint Regression Program. The study showed an increase in colorectal cancer incidence in men and women in Cali (2.8% and 3.2%, respectively), Costa Rica (3.1% and 2.1%, respectively), and Quito (2.6% and 1.2%, respectively), whereas in Goiânia, only women showed an increase in colorectal cancer rates (3.3%). For colon cancer, we observed an increasing trend in incidence rates in men and women in Cali (3.1% and 2.9%, respectively), Costa Rica (3.9% and 2.8%, respectively), and Quito (2.9% and 1.8%). For rectal cancer, we observed an increasing trend in incidence in men and women in Cali (2.5% and 2.6%, respectively), Costa Rica (2.2% and 1%, respectively), and Goiânia (5.5% and 4.6%, respectively), while in Quito only men showed an upward trend (2.8%). The study found increases in colorectal cancer, colon cancer, and rectal cancer in four Latin America regions. This findings reflect lifestyle, such as dietary changes, following the economic opening, and the prevalence variations of colorectal cancer risk factors by sex and between the four studied regions. Finally, the different strategies adopted by regions for colorectal cancer diagnosis and screening seem to influence the observed variation between anatomical sites.
  • Interesse na COVID-19 na América Latina e Caribe: um estudo infodemiológico com o uso do Google Trends Article

    Aragón-Ayala, Carlos Jesús; Copa-Uscamayta, Julissa; Herrera, Luis; Zela-Coila, Frank; Quispe-Juli, Cender Udai

    Resumo em Português:

    A infodemiologia tem sido largamente utilizada para avaliar as epidemias. À luz da mais recente pandemia, utilizamos dados da Google Search para explorar o interesse online sobre COVID-19 e temas correlatos em 20 países da América Latina e Caribe. Foram recuperados e correlacionados dados do Google Trends entre 12 de dezembro de 2019 e 25 de abril de 2020, sobre COVID-19 e temas relacionados, com dados oficiais sobre casos de COVID-19 e com indicadores epidemiológicos nacionais. Os países latino-americanos e caribenhos com maior interesse na COVID-19 foram Peru (100%) e Panamá (98.39%). Não foi encontrada correlação entre esse interesse e os indicadores epidemiológicos nacionais. Os tempos de resposta global e local foram de 20,2 ± 1,2 dias e 16,7 ± 15 dias, respectivamente. A duração da atenção do público foi de 64,8 ± 12,5 dias. Os temas mais populares relacionados à COVID-19 foram: a situação do respectivo país (100 ± 0) e os sintomas relacionados ao novo coronavírus (36,82 ± 16,16). A maioria dos países mostrou uma associação significativa forte ou moderada (r = 0,72) entre buscas relacionadas à COVID-19 e casos novos diários. Além disso, a correlação defasada significativa mais alta foi encontrada no dia 13,35 ± 5,76 (r = 0,79). Os países latino-americanos e caribenhos demonstraram forte interesse na COVID-19. O grau de interesse na internet em um país não reflete claramente a magnitude de seus indicadores epidemiológicos. O tempo de resposta e a correlação defasada foram maiores que nos países europeus e asiáticos. Houve pouco interesse em medidas preventivas. A correlação forte entre busca por COVID-19 e casos novos diários sugere utilidade preditiva.

    Resumo em Espanhol:

    La infodemiología ha sido utilizada ampliamente para evaluar epidemias. A la luz de la pandemia reciente, usamos datos de Google Search para investigar el interés en línea sobre COVID-19 y temas relacionados en 20 países de Latinoamérica y el Caribe. Los datos se obtuvieron de Google Trends, desde el 12 de diciembre 2019 al 25 de abril de 2020, respecto a la COVID-19 y otros temas relacionados, y se correlacionaron con datos oficiales sobre casos de COVID-19, así como con indicadores nacionales epidemiológicos. Los países latinoamericanos y del Caribe con mayor interés en la COVID-19 fueron: Perú (100%) y Panamá (98,39%). No se encontró correlación entre este interés y los indicadores nacionales epidemiológicos. Los tiempos de respuesta global y local fueron 20,2 ± 1,2 días and 16,7 ± 15 días, respectivamente. La duración de la atención pública fue 64,8 ± 12,5 días. Los temas más populares relacionados con la COVID-19 fueron: la situación del país (100 ± 0) y síntomas de coronavirus (36,82 ± 16,16). La mayoría de los países mostraron una correlación significativa fuerte o moderada (r = 0,72) entre las búsquedas relacionadas con la COVID-19 y los nuevos casos diarios. Asimismo, se descubrió que la correlación de retraso significativa más alta se produjo el día 13,35 ± 5,76 (r = 0,79). El interés mostrado por países latinoamericanos y del Caribe sobre la COVID-19 fue alto. El grado de interés en línea en un país no refleja claramente la magnitud de sus indicadores epidemiológicos. El tiempo de respuesta y la correlación de retraso fueron mayores que en los países europeos y asiáticos. Se descubrió poco interés respecto a las medidas preventivas. Una fuerte correlación entre las búsquedas de COVID-19 y nuevos casos diarios sugiere una utilidad predictiva.

    Resumo em Inglês:

    Infodemiology has been widely used to assess epidemics. In light of the recent pandemic, we use Google Search data to explore online interest about COVID-19 and related topics in 20 countries of Latin America and the Caribbean. Data from Google Trends from December 12, 2019, to April 25, 2020, regarding COVID-19 and other related topics were retrieved and correlated with official data on COVID-19 cases and with national epidemiological indicators. The Latin American and Caribbean countries with the most interest for COVID-19 were Peru (100%) and Panama (98.39%). No correlation was found between this interest and national epidemiological indicators. The global and local response time were 20.2 ± 1.2 days and 16.7 ± 15 days, respectively. The duration of public attention was 64.8 ± 12.5 days. The most popular topics related to COVID-19 were: the country’s situation (100 ± 0) and coronavirus symptoms (36.82 ± 16.16). Most countries showed a strong or moderated (r = 0.72) significant correlation between searches related to COVID-19 and daily new cases. In addition, the highest significant lag correlation was found on day 13.35 ± 5.76 (r = 0.79). Interest shown by Latin American and Caribbean countries for COVID-19 was high. The degree of online interest in a country does not clearly reflect the magnitude of their epidemiological indicators. The response time and the lag correlation were greater than in European and Asian countries. Less interest was found for preventive measures. Strong correlation between searches for COVID-19 and daily new cases suggests a predictive utility.
  • O misoprostol nos tribunais: um estudo descritivo da criminalização de um medicamento essencial no Brasil Article

    Assis, Mariana Prandini

    Resumo em Português:

    O misoprostol é um medicamento com uma “dupla” vida social registrada em vários lugares, inclusive no Brasil. Nos serviços de saúde formais e autorizados, é considerado um medicamento essencial, utilizado para procedimentos obstétricos que salvam vidas. Nas ruas ou nos mercados informais online, o misoprostol é tratado como um medicamento perigoso, usado para induzir abortos ilegais. No caso brasileiro, apesar de uma rica análise antropológica e de saúde pública das consequências sociais da vida dupla do misoprostol, não há estudos sobre as implicações jurídicas. O artigo oferece essa análise, apresentando e examinando um amplo banco de dados sobre o tratamento dado ao misoprostol pelos tribunais brasileiros nas últimas três décadas. Ele consiste em um mapeamento. Consiste em um mapeamento amplo do “quando, onde, como e por quem” da criminalização do misoprostol no Brasil, apontando as consequências injustas do uso do direito penal em questões de saúde pública.

    Resumo em Espanhol:

    El misoprostol es una medicina con una “doble” vida social registrada en varios países, incluyendo Brasil. En los centros de salud formales y autorizados, es una medicina esencial, usada en procedimientos obstétricos que salvan vidas. En las calles o en las tiendas en línea informales, el misoprostol está considerado como una peligrosa medicina usada para inducir abortos ilegales. En el caso brasileño, a pesar del rico análisis antropológico y de la salud pública sobre las consecuencias sociales de la doble vida del misoprostol, no existen estudios de sus implicaciones jurídicas. Este artículo ofrece este análisis, presentando y examinando un banco de datos completo de cómo las cortes brasileñas de justicia han tratado el misoprostol en las últimas tres décadas. Consiste en un exhaustivo mapeo del “cuándo, dónde, cómo y quién” respecto a la criminalización del misoprostol en Brasil, señalando las injustas consecuencias del uso del derecho penal en cuestiones de salud pública.

    Resumo em Inglês:

    Misoprostol is a medicine with a “double” social life recorded in several places, including Brazil. Within formal and authorized health facilities, it is an essential medicine, used for life-saving obstetric procedures. On the streets, or in online informal markets, misoprostol is treated as a dangerous drug used to induce illegal abortions. In the Brazilian case, despite a rich anthropological and public health analysis of the social consequences of misoprostol’s double life, there are no studies on the legal implications. This article offers such descriptive analysis, presenting and examining a comprehensive dataset of how Brazilian courts have treated misoprostol in the past three decades. It consists of an encompassing mapping of the “when, where, how, and who” of misoprostol criminalization in Brazil, pointing to the unjust consequences of the use of criminal law for the purpose of protecting public health.
  • Comportamentos relacionados ao estilo de vida e sintomas depressivos em estudantes universitários Article

    Vieira, Flávia da Silva Taques; Muraro, Ana Paula; Rodrigues, Paulo Rogério Melo; Sichieri, Rosely; Pereira, Rosangela Alves; Ferreira, Márcia Gonçalves

    Resumo em Português:

    Resumo: O estudo buscou examinar a associação entre comportamentos relacionados ao estilo de vida e sintomas depressivos em estudantes universitários. O estudo transversal analisou os dados da linha de base de um estudo em estilo coorte dinâmica de uma universidade pública da Região Centro-oeste do Brasil, recrutados em 21 cursos de graduação de tempo integral. Foram incluídos no estudo, universitários de até 25 anos de idade matriculados pela primeira vez na universidade, exceto mulheres gestantes e lactantes. Todos os universitários que atenderam os critérios de elegibilidade foram convidados a participar do estudo. Entre o total de 1.212 elegíveis, 1.038 foram estudados (85,6%). Todos os participantes responderam a um questionário auto-aplicado sobre tabagismo, consumo de álcool, tempo de uso de computador, Internet e TV, duração do sono e padrões alimentares. Os sintomas depressivos foram avaliados com o Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Modelos de regressão Poisson multivariada, estratificados por sexo, foram usados para estimar as associações. Sintomas depressivos foram observados em 31,6% da amostra (homens, 23,6%; mulheres, 39,9%; valor de p do teste de qui-quadrado = 0,01). Tabagismo, consumo de bebidas destiladas e hábitos alimentares irregulares mostraram associação direta com sintomas depressivos em homens e mulheres. A ocorrência simultânea de dois comportamentos de risco (homens: RPa = 2,23, IC95%: 1,25; 3,99; mulheres: RPa = 1,54, IC95%: 1,03; 2,30) e três ou mais comportamentos de risco (homens: RPa = 3,42, IC95%: 1,90; 6,16; mulheres: RPa = 2,09, IC95%: 1,39; 3,15) aumentaram a ocorrência de sintomas depressivos entre os universitários. Comportamentos não saudáveis relacionados ao estilo de vida mostraram uma associação com o aumento de sintomas depressivos entre os universitários. Os achados sugerem a necessidade de intervenções para incentivar mudanças de estilo de vida, no sentido de promover a saúde mental e melhorar a qualidade de vida desse grupo.

    Resumo em Espanhol:

    Resumen: El objetivo de este estudio fue examinar la asociación entre los comportamientos relacionados con el estilo de vida y síntomas depresivos entre estudiantes universitarios. Este estudio transversal analizó datos de referencia de un estudio de cohorte dinámica, procedentes de una universidad pública en la Región Centro Oeste de Brasil, en los 21 cursos universitarios a tiempo completo. Se incluyeron en el estudio a estudiantes de hasta los 25 años de edad, que estaban inscritos por primera vez en la universidad, excepto mujeres embarazadas y/o mujeres lactantes. Todos los estudiantes que cumplieron con los criterios de eligilidad fueron invitados a participar en el estudio. De un total de 1.212 estudiantes elegibles, fueron estudiados 1.038 (85,6%). Todos los participantes respondieron a un cuestionario autoadministrado sobre tabaco, consumo de bebidas destiladas, tiempo ante la pantalla, duración del sueño, así como patrones de comidas. Los síntomas depresivos se evaluaron usando el Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). También se utilizaron modelos de regresión de Poisson multivariados estratificados por sexo para estimar las asociaciones. Se observaron síntomas depresivos en un 31,6% (hombres 23,6%; mujeres 39,9%; valor de p test de chi-cuadrado = 0,01) de los estudiantes. Fumar, beber bebidas alcohólicas, y tener hábitos irregulares de comidas estuvieron directamente asociados con síntomas depresivos, tanto en hombres, como en mujeres. La co-ocurrencia de dos comportamientos de riesgo (hombres: aPR = 2,23, IC95%: 1,25; 3,99; mujeres: aPR = 1,54, IC95%: 1,03; 2,30) y tres o más comportamientos de riesgo (hombres: aPR = 3,42, IC95%: 1,90; 6,16; mujeres: aPR = 2,09, IC95%: 1,39; 3,15) incrementaron la ocurrencia de síntomas depresivos entre los estudiantes. El estilo de vida, relacionado con comportamientos poco saludables, estuvo asociado con un incremento en la ocurrencia de síntomas depresivos entre estudiantes universitarios. Estos resultados sugieren la necesidad de intervenciones animando cambios en el estilo de vida para promover la salud mental y para mejorar la calidad de vida de este grupo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract: This study sought to examine the association between lifestyle-related behaviors and depressive symptoms among college students. This cross-sectional study analyzed baseline data of a dynamic-cohort study from a public university in Central-Western Brazil, in all 21 undergraduate full-time courses. Students up to 25 years old who were enrolled for the first time in a university were included in the study, except pregnant and/or nursing women. All students who met the eligibility criteria were invited to participate in the study. From a total of 1,212 eligible students, 1,038 were included (85.6%). All participants answered a self-administered questionnaire on smoking, alcohol consumption, screen time, sleep duration, and meal patterns. Depressive symptoms were assessed using the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Multivariate Poisson regression models stratified by sex were used to estimate the associations. Depressive symptoms was observed in 31.6% (males 23.6%; females 39.9%; p-value chi-square test = 0.01) of the students. Smoking, drinking spirits, and having irregular meal habits were directly associated with depressive symptoms in both males and females. The co-occurrence of two risk behaviors (men: aPR = 2.23, 95%CI: 1.25; 3.99; women: aPR = 1.54, 95%CI: 1.03; 2.30) and three or more risk behaviors (men: aPR = 3.42, 95%CI: 1.90; 6.16; women: aPR = 2.09, 95%CI: 1.39; 3.15) increased the occurrence of depressive symptoms among the students. Lifestyle-related unhealthy behaviors were associated with an increased occurrence of depressive symptoms among college students. These findings suggest the need of interventions encouraging changes in lifestyle to promote mental health and to improve the quality of life in this group.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@ensp.fiocruz.br